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Doria deixa prefeitura de SP e cumpre apenas 20% das promessas
Levantamento realizado pelo R7 mostra que 40% das metas estabelecidas por ele em campanha ficarão para o vice e 38% não foram cumpridas
Doria passa o comando da prefeitura de SP para Bruno Covas
Agência Estado
João Doria deixou a prefeitura de São Paulo nesta sexta-feira (06). Durante seus 15 meses de mandato, cumpriu apenas 21% das promessas que fez em seu programa de governo e durante campanha eleitoral de acordo com levantamento realizado pelo R7.
Foram 19 promessas cumpridas, 35 não cumpridas e 36 em andamento. Nessa última categoria, porém, existem projetos em etapas muito iniciais e outros em estágios mais avançados.
Em importantes áreas como a educação, o prefeito havia prometido fazer convênios e zerar o déficit de vagas em creches em um ano. Apesar de a prefeitura ter informado que a gestão ampliou em 27.501 o número de matrículas em creches para crianças de até três ano, o déficit não foi zerado. No âmbito da Cultura, Doria não criou o Centro de Memória da Dramaturgia, nem o Museu da História de São Paulo.
Uma medida polêmica, nessa área, foi a proibição dos pancadões. O prefeito chegou a dizer em uma entrevista que as festas seriam realizadas por integrantes de facções criminosas. De acordo com a prefeitura, um projeto piloto reduziu de 50 para cinco o número de festas em Cidades Tiradentes, na zona leste da cidade.
Na área dos Direitos Humanos, apenas três promessas foram cumpridas, também de forma polêmica. Doria criou os Centros Temporários de Acolhimento que oferece abrigo para moradores de rua com canil. A gestão de Doria foi marcada ainda pelo fim do programa De Braços Abertos, de seu antecessor Fernando Haddad. Doria criou o Redenção e desativou os hotéis que faziam parte da concepção do projeto anterior. Quase todas as ações na região da Cracolândia, no centro da cidade, foram marcadas por confrontos.
Doria não criou um centro regional de atendimento a crianças e adolescentes, nem implantou centros de informação e orientação ao imigrante e ao refugiado em pontos de entrada da cidade, tampouco os centros de combate ao racismo.
Na área da saúde, algumas promessas do prefeito foram cumpridas como a criação de um sistema de informações de saúde para facilitar o acesso aos serviços da rede municipal. Além disso, segundo a prefeitura, o programa corujão da Saúde normalizou a fila de 485,3 mil exames remanescentes de 2016. “Hoje, a demanda é de 92.688, porém há 143.877 vagas livres para agendamento, o que significa que a demanda existente será atendida e não há mais o represamento de solicitações”, afirmou a Secretaria Municipal da Saúde por meio de nota.
Outras promessas, no entanto, não foram cumpridas, como a integração dos hospitais municipais e estaduais, ou cumpridas apenas em partes, como colocar carretas do programa “Doutor Saúde” nas 32 prefeituras regionais. Segundo o órgão, foram colocadas somente 12 carretas para atendimento. Doria também prometeu a contratação de 800 médicos. No entanto, foram contratados 647.
Uma das principais bandeiras de Doria enquanto candidato eram as privatizações. Com toda a campanha baseada na necessidade de aproximação do poder público à iniciativa privada, nenhuma das principais propostas de concessão foi concluída. De acordo com a prefeitura, foi aprovada a lei que autoriza a concessão de três mercados municipais, o estádio do Pacaembu e de parques municipais, como o Ibirapuera.
Em relação aos cuidados e melhorias com a cidades, a prefeitura afirma que a Guarda Civil Metropolitana trabalhou para coibir pichações na cidade, foram 134 prisões em flagrante em 2017. Em campanha, Doria prometeu construir 30 piscinões em áreas mais vulneráveis a enchentes e não cumpriu. Segundo o órgão, foram entregues apenas dois, ambos na zona leste da cidade, em Guarmiranga e Aricanduva. Três outros estão em obras, na zona sul e leste.
A meta sobre revitalização dos córregos da cidade foi cumprida em partes, uma vez que está em execução a canalização de 230 metros do Córrego dos Alcatrazes, 772 metros do Córrego Tremembé e 160 metros do Córrego de Mirassol. Nenhuma dessas obras, porém, foi concluída durante os meses de mandato de Doria.
O que saiu do papel
Entre as principais promessas cumpridas por Doria durante os meses que esteve à frente da prefeitura, algumas estão relacionadas à criação de aplicativos que facilitariam o acesso da população à saúde, ao transporte e aos meios para empreender. Outras delas estão relacionadas à gestão, como a mudança do nome de subprefeituras para prefeituras regionais e adoção de metas nessas prefeituras.
Uma das medidas cumpridas nos meses de mandato e mais comentadas pela população foi a mudança na velocidade nas marginais. Questionada por especialistas que acreditavam que o programa aumentaria o número de acidentes, a Prefeitura afirmou que foram adotadas medidas para aumentar a segurança dos motoristas, pedestres, ciclistas e usuários do transporte público. Projetos na área de transporte e mobilidade urbana como a liberação de carros no viaduto da Nove de Julho, ampliação do horário de ônibus noturno foram cumpridos.
Outro lado
O R7 usou como base o levantamento enviado para a Prefeitura de São Paulo sobre as 90 promessas feitas pelo tucano durante as eleições. Cada uma das secretarias municipais enviou um posicionamento sobre o cumprimento ou andamento de suas metas.
A reportagem também solicitou uma entrevista com o ex-prefeito João Doria e outra com o atual prefeito Bruno Covas. Ambas foram negadas pela Secretaria Especial de Comunicação.
https://noticias.r7.com/sao-paulo/d...-sp-e-cumpre-apenas-20-das-promessas-07042018
A cruzada da mídia contra o gestor que quis ser político
Faz apenas 17 dias que João Dória assumiu a prefeitura de São Paulo. Nesse meio tempo, as manchetes dos mais diversos canais de mídia tentam, a todo custo, achar algo para desqualificá-lo, principalmente usando o fato de ele ser um empresário dono de um patrimônio de aproximadamente R$180 milhões. Jornalistas que deveriam, eticamente, informar seus leitores, estão numa briga de foice com a prefeitura. É claro que é importante e crucial criticar as ações de políticos (de todos os políticos, por sinal), a mídia é feita para isso mesmo, mas até que ponto a ideologia de alguns pode fazê-los sucumbir a falta de ética e manipulação de informação?
João Dória é, como todos sabem, um empresário bem-sucedido que resolveu se aventurar na política. Segundo ele, estava cansado de ver as coisas malfeitas e bancou do seu próprio bolso praticamente toda a campanha. Eu, que não sou fã de político nenhum e sempre desconfio de tudo, confesso que achei a atitude muito boa para ser verdade. Se fosse eu, com toda essa grana no bolso, estava provavelmente tomando um mojito nas Ilhas Seychelles em vez de arrumar um abacaxi deste tamanho. Além disso, não gosto do partido pelo qual ele se candidatou, o PSDB, coisa que nem preciso justificar os motivos aqui porque todo mundo que é minimamente consciente, sabe que além de uma péssima oposição no âmbito federal, foram alvos de diversos escândalos e são como um PT arrumadinho. Diante das opções que tínhamos, entretanto, achei que era a melhor votar num empresário que dizia que não queria ser político, mas gestor, do que manter Fernando Haddad. Ciclovias e mobilidade urbana são muito legais e bem-vindas, mas a cidade precisa de muito mais do que isso. Mesmo assim, a mídia vivia um caso de amor com Haddad.
Dória sempre era questionado pelo tamanho do seu patrimônio durante a campanha, como se ganhar dinheiro honestamente fosse um problema. Os mesmos jornalistas que defendem políticos corruptos e suas políticas públicas furadas, travaram uma briga inacreditável contra o candidato tucano usando como arma apenas o fato de ele ser rico. Não colou. Dória venceu logo no primeiro turno, o que é algo inédito na cidade de São Paulo. Qual é a reflexão que isso nos traz, seja qual for seu viés ideológico ou preferência de partido ou político? Que as pessoas da cidade queriam algo diferente. Das 58 zonas eleitorais da cidade, Dória venceu em 56, inclusive nas regiões da periferia onde o PT sempre venceu. Não precisa ser muito inteligente para perceber que algo deu errado na gestão de Haddad, certo? Mas uma boa parte da mídia preferiu dizer que o eleitor é que ficou burro de repente e não sabia mais votar. Em vez de fazer uma reflexão sobre isso, preferiram atacar o eleitorado. E os ataques estavam só começando!
Em seu primeiro dia como prefeito, Dória reiterou algumas das promessas de campanha como zerar a fila por exames médicos no SUS, zerar o número de espera por vagas em creches, cortar gastos, aumentar a velocidade das marginais, limpar a cidade e melhorar abrigos. Como bom marqueteiro que é, se vestiu de gari e foi inaugurar o projeto "Cidade Linda", varrendo a calçada rapidamente para tirar fotos e prometer que agora a cidade seria melhor cuidada. Sim, eu também achei esta uma ação populista para mostrar serviço. Mas queria mesmo era ver se aquilo que estava sendo falado seria cumprido. Quando Fernando Haddad foi de ônibus para o SP Fashion Week, carregado de fotógrafos por todos os lados, a mídia encarou isso como algo bacana e descolado. O velho e bom "um peso e duas medidas."
E as ações concretas?
Dória fechou parceria com empresas privadas para melhorar os abrigos para sem-teto, conseguindo doações de sabonetes e shampoos com a Unilever, alimentos orgânicos com a Mundo Verde, tintas com a Coral, o SENAC irá fornecer cursos profissionalizantes, além da parceria com a rede hoteleira Accor para revitalização dos ambientes e cursos de capacitação. Antes, os desabrigados eram separados entre homens e mulheres e não podiam levar seus companheiros caninos. Agora, aceitam-se famílias e também haverá canis espalhados pelos mais de 80 abrigos da cidade. ONGs que administravam tais abrigos recebiam em torno de R$15 milhões da prefeitura na gestão passada, mas ainda sim faltavam alimentos, vasos sanitários, colchões e cobertores.
Outra promessa que começou a ser cumprida veio com o Corujão da Saúde, que pretende zerar as filas de exames pelo SUS em até três meses. Através de parcerias com hospitais de primeira linha, inclusive o famoso Albert Einstein, 485 mil pessoas que aguardavam por exames, algumas por mais de um ano, serão atendidas em horários alternativos.
Em relação às creches, foi anunciada a criação de 66 mil novas vagas que serão disponibilizadas em até 12 meses. Isso ainda não é suficiente para zerar a fila por essas vagas, que hoje está na casa dos 130 mil. A ideia do prefeito é utilizar espaços de agências bancárias para fazer creches e destinar R$230 milhões dos cofres públicos.
Houve também o anúncio de corte de gastos, sendo 15% em todos os contratos, excluindo-se os de saúde, educação e transporte. 30% dos cargos comissionados serão cortados, além da devolução de 1300 carros alugados que, sozinhos, custavam mais de R$10 milhões mensais à prefeitura. Também deverão ser cortados 30% dos aluguéis. As estimativas apontam que serão reduzidos até 15% do orçamento total da cidade, que representa uma economia de R$8 bilhões, de forma gradual.
O projeto Cidade Linda, por sua vez, é uma força-tarefa de limpeza da cidade que consiste não só na retirada de lixo, como poda de árvores, corte de grama, desentupimento de bocas-de-lobo, reparos na via urbana e adequação das calçadas conforme a lei. Além disso, o projeto pretende eliminar pichações e destinar oito locais específicos para o grafite. Um outro projeto pretende revitalizar alguns bairros da cidade através de parcerias com consulados, como no Largo do Arouche e Liberdade. A prefeitura também passou a fiscalizar intensamente o número de artistas que expõem seus produtos na Av. Paulista, já que por determinação de uma lei promulgada na gestão anterior, o número máximo seria de 50 pessoas e em pontos específicos da via. Na prática, entretanto, o número é bem maior e não há fiscalização.
Dória também irá rever gastos da Secretaria de Educação que não estejam diretamente ligados ao ensino, como a distribuição de leite, material escolar e transporte para os alunos. No fim de sua gestão, Haddad já havia reduzido a entrega de leite, justamente por contar com um problema orçamentário. Segundo o secretário de educação, é preciso fazer um pente fino nesses programas para adequar ao que realmente for necessário, mas ainda não foi divulgado nenhum corte.
Em relação às passagens de ônibus, Dória havia prometido que não haveria ajustes. Entretanto, o governador Geraldo Alckmin propôs reajustes nas tarifas de integração de ônibus com trilhos e nos bilhetes temporais, aumento esse baseado na inflação estimada para 2016 pela Fipe. O pedido foi barrado por uma liminar que suspendeu os reajustes, dizendo que estariam acima da inflação. Essa medida acabaria por neutralizar a promessa do prefeito.
No dia 25 de janeiro, as velocidades das marginais Pinheiros e Tietê serão aumentadas para o que era antes - 90 km/h na pista expressa e 70 km/h na pista local. Também será reaberto o viaduto Nove de Julho que na gestão de Haddad era apenas para ônibus. A partir desta data serão permitidos carros que estejam com pelo menos dois passageiros.
De todas essas medidas que já foram tomadas em pouco mais de duas semanas de mandato, você pode ter a opinião que quiser. Pode achar bom, ruim, pode achar que precisa melhorar, pode ter suas ressalvas, pode achar que deveria ser feito de outro jeito, pode não concordar. O fato é que boa parte da mídia está mais atacando o prefeito do que fazendo seu trabalho de informar corretamente o que cada medida representa, como estava cada setor na gestão anterior e as intenções do prefeito segundo suas entrevistas. Manchetes tendenciosas e que beiram o bizarro da falta de ética podem ser vistas todos os dias. Até mesmo uma foto de um carro da prefeitura parado em local proibido - autorizado na ocasião pela CET por conta de um evento, foi colocada como manchete. Alguns exemplos de manchetes:
"Dória, o prefeito showbiz, tira leite, mas dá shampoo" - Brasil 247
"Dória usa tom de autoajuda e alta frequência para bombar no Facebook" - UOL
"Políticas de Dória são higienistas e dificilmente vão mudar vida de morador de rua, dizem especialistas" - R7
"O prefeito de cashemire que não quis matar mosquito" - Huffpost Brasil
"João Dória apaga pichações e suja tênis de marca" - VEJA
"Corujão tem idoso na madrugada e exame sem reavaliação médica" - Estadão
"Após visita de Dória, Itaim Paulista convive com lixo e ruas esburacadas" - IstoÉ
"TV mostra carro de Dória parado em frente a placa de proibido estacionar" - Folha
"Prefeito Dória, seu maior desafio será o de sair da bolha" - El País Brasil
Resumo da ópera: Para saber se ele realmente vai ser um bom prefeito que mereceu o voto de tantos paulistanos que lhe deram a vitória em primeiro turno, melhorar a cidade e a vida das pessoas DE VERDADE, é preciso muito mais tempo do que este curto período e devemos estar atentos, criticá-lo, clamar por mudanças necessárias e analisar tudo de forma lógica. O fato é que uma legião de jornalistas militantes inconformados com a derrota do antigo prefeito, esquecendo totalmente suas funções primordiais nesta profissão, farão de tudo para manipular as notícias e não ter que, eventualmente, dar o braço a torcer. É importante sim sermos críticos, desde que com informações pertinentes e uso irrestrito da verdade.
http://www.infomoney.com.br/blogs/e...ada-midia-contra-gestor-que-quis-ser-politico
Levantamento realizado pelo R7 mostra que 40% das metas estabelecidas por ele em campanha ficarão para o vice e 38% não foram cumpridas
Doria passa o comando da prefeitura de SP para Bruno Covas
Agência Estado
João Doria deixou a prefeitura de São Paulo nesta sexta-feira (06). Durante seus 15 meses de mandato, cumpriu apenas 21% das promessas que fez em seu programa de governo e durante campanha eleitoral de acordo com levantamento realizado pelo R7.
Foram 19 promessas cumpridas, 35 não cumpridas e 36 em andamento. Nessa última categoria, porém, existem projetos em etapas muito iniciais e outros em estágios mais avançados.
Em importantes áreas como a educação, o prefeito havia prometido fazer convênios e zerar o déficit de vagas em creches em um ano. Apesar de a prefeitura ter informado que a gestão ampliou em 27.501 o número de matrículas em creches para crianças de até três ano, o déficit não foi zerado. No âmbito da Cultura, Doria não criou o Centro de Memória da Dramaturgia, nem o Museu da História de São Paulo.
Uma medida polêmica, nessa área, foi a proibição dos pancadões. O prefeito chegou a dizer em uma entrevista que as festas seriam realizadas por integrantes de facções criminosas. De acordo com a prefeitura, um projeto piloto reduziu de 50 para cinco o número de festas em Cidades Tiradentes, na zona leste da cidade.
Na área dos Direitos Humanos, apenas três promessas foram cumpridas, também de forma polêmica. Doria criou os Centros Temporários de Acolhimento que oferece abrigo para moradores de rua com canil. A gestão de Doria foi marcada ainda pelo fim do programa De Braços Abertos, de seu antecessor Fernando Haddad. Doria criou o Redenção e desativou os hotéis que faziam parte da concepção do projeto anterior. Quase todas as ações na região da Cracolândia, no centro da cidade, foram marcadas por confrontos.
Doria não criou um centro regional de atendimento a crianças e adolescentes, nem implantou centros de informação e orientação ao imigrante e ao refugiado em pontos de entrada da cidade, tampouco os centros de combate ao racismo.
Na área da saúde, algumas promessas do prefeito foram cumpridas como a criação de um sistema de informações de saúde para facilitar o acesso aos serviços da rede municipal. Além disso, segundo a prefeitura, o programa corujão da Saúde normalizou a fila de 485,3 mil exames remanescentes de 2016. “Hoje, a demanda é de 92.688, porém há 143.877 vagas livres para agendamento, o que significa que a demanda existente será atendida e não há mais o represamento de solicitações”, afirmou a Secretaria Municipal da Saúde por meio de nota.
Outras promessas, no entanto, não foram cumpridas, como a integração dos hospitais municipais e estaduais, ou cumpridas apenas em partes, como colocar carretas do programa “Doutor Saúde” nas 32 prefeituras regionais. Segundo o órgão, foram colocadas somente 12 carretas para atendimento. Doria também prometeu a contratação de 800 médicos. No entanto, foram contratados 647.
Uma das principais bandeiras de Doria enquanto candidato eram as privatizações. Com toda a campanha baseada na necessidade de aproximação do poder público à iniciativa privada, nenhuma das principais propostas de concessão foi concluída. De acordo com a prefeitura, foi aprovada a lei que autoriza a concessão de três mercados municipais, o estádio do Pacaembu e de parques municipais, como o Ibirapuera.
Em relação aos cuidados e melhorias com a cidades, a prefeitura afirma que a Guarda Civil Metropolitana trabalhou para coibir pichações na cidade, foram 134 prisões em flagrante em 2017. Em campanha, Doria prometeu construir 30 piscinões em áreas mais vulneráveis a enchentes e não cumpriu. Segundo o órgão, foram entregues apenas dois, ambos na zona leste da cidade, em Guarmiranga e Aricanduva. Três outros estão em obras, na zona sul e leste.
A meta sobre revitalização dos córregos da cidade foi cumprida em partes, uma vez que está em execução a canalização de 230 metros do Córrego dos Alcatrazes, 772 metros do Córrego Tremembé e 160 metros do Córrego de Mirassol. Nenhuma dessas obras, porém, foi concluída durante os meses de mandato de Doria.
O que saiu do papel
Entre as principais promessas cumpridas por Doria durante os meses que esteve à frente da prefeitura, algumas estão relacionadas à criação de aplicativos que facilitariam o acesso da população à saúde, ao transporte e aos meios para empreender. Outras delas estão relacionadas à gestão, como a mudança do nome de subprefeituras para prefeituras regionais e adoção de metas nessas prefeituras.
Uma das medidas cumpridas nos meses de mandato e mais comentadas pela população foi a mudança na velocidade nas marginais. Questionada por especialistas que acreditavam que o programa aumentaria o número de acidentes, a Prefeitura afirmou que foram adotadas medidas para aumentar a segurança dos motoristas, pedestres, ciclistas e usuários do transporte público. Projetos na área de transporte e mobilidade urbana como a liberação de carros no viaduto da Nove de Julho, ampliação do horário de ônibus noturno foram cumpridos.
Outro lado
O R7 usou como base o levantamento enviado para a Prefeitura de São Paulo sobre as 90 promessas feitas pelo tucano durante as eleições. Cada uma das secretarias municipais enviou um posicionamento sobre o cumprimento ou andamento de suas metas.
A reportagem também solicitou uma entrevista com o ex-prefeito João Doria e outra com o atual prefeito Bruno Covas. Ambas foram negadas pela Secretaria Especial de Comunicação.
https://noticias.r7.com/sao-paulo/d...-sp-e-cumpre-apenas-20-das-promessas-07042018
A cruzada da mídia contra o gestor que quis ser político
Faz apenas 17 dias que João Dória assumiu a prefeitura de São Paulo. Nesse meio tempo, as manchetes dos mais diversos canais de mídia tentam, a todo custo, achar algo para desqualificá-lo, principalmente usando o fato de ele ser um empresário dono de um patrimônio de aproximadamente R$180 milhões. Jornalistas que deveriam, eticamente, informar seus leitores, estão numa briga de foice com a prefeitura. É claro que é importante e crucial criticar as ações de políticos (de todos os políticos, por sinal), a mídia é feita para isso mesmo, mas até que ponto a ideologia de alguns pode fazê-los sucumbir a falta de ética e manipulação de informação?
João Dória é, como todos sabem, um empresário bem-sucedido que resolveu se aventurar na política. Segundo ele, estava cansado de ver as coisas malfeitas e bancou do seu próprio bolso praticamente toda a campanha. Eu, que não sou fã de político nenhum e sempre desconfio de tudo, confesso que achei a atitude muito boa para ser verdade. Se fosse eu, com toda essa grana no bolso, estava provavelmente tomando um mojito nas Ilhas Seychelles em vez de arrumar um abacaxi deste tamanho. Além disso, não gosto do partido pelo qual ele se candidatou, o PSDB, coisa que nem preciso justificar os motivos aqui porque todo mundo que é minimamente consciente, sabe que além de uma péssima oposição no âmbito federal, foram alvos de diversos escândalos e são como um PT arrumadinho. Diante das opções que tínhamos, entretanto, achei que era a melhor votar num empresário que dizia que não queria ser político, mas gestor, do que manter Fernando Haddad. Ciclovias e mobilidade urbana são muito legais e bem-vindas, mas a cidade precisa de muito mais do que isso. Mesmo assim, a mídia vivia um caso de amor com Haddad.
Dória sempre era questionado pelo tamanho do seu patrimônio durante a campanha, como se ganhar dinheiro honestamente fosse um problema. Os mesmos jornalistas que defendem políticos corruptos e suas políticas públicas furadas, travaram uma briga inacreditável contra o candidato tucano usando como arma apenas o fato de ele ser rico. Não colou. Dória venceu logo no primeiro turno, o que é algo inédito na cidade de São Paulo. Qual é a reflexão que isso nos traz, seja qual for seu viés ideológico ou preferência de partido ou político? Que as pessoas da cidade queriam algo diferente. Das 58 zonas eleitorais da cidade, Dória venceu em 56, inclusive nas regiões da periferia onde o PT sempre venceu. Não precisa ser muito inteligente para perceber que algo deu errado na gestão de Haddad, certo? Mas uma boa parte da mídia preferiu dizer que o eleitor é que ficou burro de repente e não sabia mais votar. Em vez de fazer uma reflexão sobre isso, preferiram atacar o eleitorado. E os ataques estavam só começando!
Em seu primeiro dia como prefeito, Dória reiterou algumas das promessas de campanha como zerar a fila por exames médicos no SUS, zerar o número de espera por vagas em creches, cortar gastos, aumentar a velocidade das marginais, limpar a cidade e melhorar abrigos. Como bom marqueteiro que é, se vestiu de gari e foi inaugurar o projeto "Cidade Linda", varrendo a calçada rapidamente para tirar fotos e prometer que agora a cidade seria melhor cuidada. Sim, eu também achei esta uma ação populista para mostrar serviço. Mas queria mesmo era ver se aquilo que estava sendo falado seria cumprido. Quando Fernando Haddad foi de ônibus para o SP Fashion Week, carregado de fotógrafos por todos os lados, a mídia encarou isso como algo bacana e descolado. O velho e bom "um peso e duas medidas."
E as ações concretas?
Dória fechou parceria com empresas privadas para melhorar os abrigos para sem-teto, conseguindo doações de sabonetes e shampoos com a Unilever, alimentos orgânicos com a Mundo Verde, tintas com a Coral, o SENAC irá fornecer cursos profissionalizantes, além da parceria com a rede hoteleira Accor para revitalização dos ambientes e cursos de capacitação. Antes, os desabrigados eram separados entre homens e mulheres e não podiam levar seus companheiros caninos. Agora, aceitam-se famílias e também haverá canis espalhados pelos mais de 80 abrigos da cidade. ONGs que administravam tais abrigos recebiam em torno de R$15 milhões da prefeitura na gestão passada, mas ainda sim faltavam alimentos, vasos sanitários, colchões e cobertores.
Outra promessa que começou a ser cumprida veio com o Corujão da Saúde, que pretende zerar as filas de exames pelo SUS em até três meses. Através de parcerias com hospitais de primeira linha, inclusive o famoso Albert Einstein, 485 mil pessoas que aguardavam por exames, algumas por mais de um ano, serão atendidas em horários alternativos.
Em relação às creches, foi anunciada a criação de 66 mil novas vagas que serão disponibilizadas em até 12 meses. Isso ainda não é suficiente para zerar a fila por essas vagas, que hoje está na casa dos 130 mil. A ideia do prefeito é utilizar espaços de agências bancárias para fazer creches e destinar R$230 milhões dos cofres públicos.
Houve também o anúncio de corte de gastos, sendo 15% em todos os contratos, excluindo-se os de saúde, educação e transporte. 30% dos cargos comissionados serão cortados, além da devolução de 1300 carros alugados que, sozinhos, custavam mais de R$10 milhões mensais à prefeitura. Também deverão ser cortados 30% dos aluguéis. As estimativas apontam que serão reduzidos até 15% do orçamento total da cidade, que representa uma economia de R$8 bilhões, de forma gradual.
O projeto Cidade Linda, por sua vez, é uma força-tarefa de limpeza da cidade que consiste não só na retirada de lixo, como poda de árvores, corte de grama, desentupimento de bocas-de-lobo, reparos na via urbana e adequação das calçadas conforme a lei. Além disso, o projeto pretende eliminar pichações e destinar oito locais específicos para o grafite. Um outro projeto pretende revitalizar alguns bairros da cidade através de parcerias com consulados, como no Largo do Arouche e Liberdade. A prefeitura também passou a fiscalizar intensamente o número de artistas que expõem seus produtos na Av. Paulista, já que por determinação de uma lei promulgada na gestão anterior, o número máximo seria de 50 pessoas e em pontos específicos da via. Na prática, entretanto, o número é bem maior e não há fiscalização.
Dória também irá rever gastos da Secretaria de Educação que não estejam diretamente ligados ao ensino, como a distribuição de leite, material escolar e transporte para os alunos. No fim de sua gestão, Haddad já havia reduzido a entrega de leite, justamente por contar com um problema orçamentário. Segundo o secretário de educação, é preciso fazer um pente fino nesses programas para adequar ao que realmente for necessário, mas ainda não foi divulgado nenhum corte.
Em relação às passagens de ônibus, Dória havia prometido que não haveria ajustes. Entretanto, o governador Geraldo Alckmin propôs reajustes nas tarifas de integração de ônibus com trilhos e nos bilhetes temporais, aumento esse baseado na inflação estimada para 2016 pela Fipe. O pedido foi barrado por uma liminar que suspendeu os reajustes, dizendo que estariam acima da inflação. Essa medida acabaria por neutralizar a promessa do prefeito.
No dia 25 de janeiro, as velocidades das marginais Pinheiros e Tietê serão aumentadas para o que era antes - 90 km/h na pista expressa e 70 km/h na pista local. Também será reaberto o viaduto Nove de Julho que na gestão de Haddad era apenas para ônibus. A partir desta data serão permitidos carros que estejam com pelo menos dois passageiros.
De todas essas medidas que já foram tomadas em pouco mais de duas semanas de mandato, você pode ter a opinião que quiser. Pode achar bom, ruim, pode achar que precisa melhorar, pode ter suas ressalvas, pode achar que deveria ser feito de outro jeito, pode não concordar. O fato é que boa parte da mídia está mais atacando o prefeito do que fazendo seu trabalho de informar corretamente o que cada medida representa, como estava cada setor na gestão anterior e as intenções do prefeito segundo suas entrevistas. Manchetes tendenciosas e que beiram o bizarro da falta de ética podem ser vistas todos os dias. Até mesmo uma foto de um carro da prefeitura parado em local proibido - autorizado na ocasião pela CET por conta de um evento, foi colocada como manchete. Alguns exemplos de manchetes:
"Dória, o prefeito showbiz, tira leite, mas dá shampoo" - Brasil 247
"Dória usa tom de autoajuda e alta frequência para bombar no Facebook" - UOL
"Políticas de Dória são higienistas e dificilmente vão mudar vida de morador de rua, dizem especialistas" - R7
"O prefeito de cashemire que não quis matar mosquito" - Huffpost Brasil
"João Dória apaga pichações e suja tênis de marca" - VEJA
"Corujão tem idoso na madrugada e exame sem reavaliação médica" - Estadão
"Após visita de Dória, Itaim Paulista convive com lixo e ruas esburacadas" - IstoÉ
"TV mostra carro de Dória parado em frente a placa de proibido estacionar" - Folha
"Prefeito Dória, seu maior desafio será o de sair da bolha" - El País Brasil
Resumo da ópera: Para saber se ele realmente vai ser um bom prefeito que mereceu o voto de tantos paulistanos que lhe deram a vitória em primeiro turno, melhorar a cidade e a vida das pessoas DE VERDADE, é preciso muito mais tempo do que este curto período e devemos estar atentos, criticá-lo, clamar por mudanças necessárias e analisar tudo de forma lógica. O fato é que uma legião de jornalistas militantes inconformados com a derrota do antigo prefeito, esquecendo totalmente suas funções primordiais nesta profissão, farão de tudo para manipular as notícias e não ter que, eventualmente, dar o braço a torcer. É importante sim sermos críticos, desde que com informações pertinentes e uso irrestrito da verdade.
http://www.infomoney.com.br/blogs/e...ada-midia-contra-gestor-que-quis-ser-politico
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