Vou te dizer porque achei ele triste. O cara não é mal, o filme transmite a ideia de homem como produto do meio, e como as pequenas escolhas que fazemos são determinantes nas nossas vidas. Tipo aquela coisinha que te incomoda, você sabe que tem que fazer, e não faz. E eu me identifiquei com o filme, pois sou assim. rs
Se em algum ponto da vida, ele resolvesse mudar a modo de viver, tudo poderia ter sido melhor. Ele não viveria sozinho, não seria odiado pela filha, poderia ser o pai que o filho da Pamela precisava e por ai vai... A luta maior dele é com a vida, e com as pequenas coisas que colocaram ele onde ele estava. Saca? É a tia na fila do mercado, que fica estressando ele, ter que aturar o patrão escroto, marcar coisas com a filha e avacalhar tudo... Ele luta para ter dias bons, mas os dias ruins são MUITO ruins, é um soco na cara a cada dia que a vida dá nele. E ai, no final, eu não sei se ele ganhou ou perdeu. Se ele escolheu vencer da maneira dele, ou se ele simplesmente desistiu e se entregou. Ainda tinha salvação para ele...