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Alguém aqui do Rio está indo na RING Global GAME JAM? (20 de janeiro – 22 de janeiro)

sephius

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Estamos indo nessa Jam. Quem do Rio estiver indo podemos combinar algo lá.

Alguém vai participar da Global Game Jam em algum outro lugar do país?
 

gamermaniacow

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Participei de Curitiba em 2015 e 2016. Esse ano vou passar.
É legal o ambiente e o clima que fica, além da experiência, mas é muito desgastante. E rola muita panela, o que é desmotivador.

Mas recomendo fortemente para quem tem interesse na área.
 

sephius

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Participei de Curitiba em 2015 e 2016. Esse ano vou passar.
É legal o ambiente e o clima que fica, além da experiência, mas é muito desgastante. E rola muita panela, o que é desmotivador.

Mas recomendo fortemente para quem tem interesse na área.
Bem cansativo. Aqui no Rio levamos 7 horas de viagem para chegar no local. É meio longe de tudo e erramos o caminho. Para quem é jovem é mais interessante. Eu, como nunca participei, queria ver como era. Bom, estamos fazendo o tal jogo aqui, vamos ver no que dá.
 

gamermaniacow

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Bem cansativo. Aqui no Rio levamos 7 horas de viagem para chegar no local. É meio longe de tudo e erramos o caminho. Para quem é jovem é mais interessante. Eu, como nunca participei, queria ver como era. Bom, estamos fazendo o tal jogo aqui, vamos ver no que dá.

As 2x eu fiquei completamente desgastado, tanto fisicamente quanto mentalmente. Em ambas eu não fui com a equipe formada, só com um amigo, e conheci os integrantes lá, rolava muito desacordo e desgaste mental, pois as pessoas veem games como brincadeira e menos como profissão.
Só participei pois era bem próximo de casa, jamais viajaria 7 horas para tal hahahhaa
Mas realmente, é mais para jovens e universitários.

Mas tudo isso é relevado por conta da experiencia geral. Porém como comentei (não sei quanto nas edições do RJ), o que mais me desmotivou nas 2 edições que participei foi que rola muuuuuuuuita panela, de gente que se conhece e ficam entre eles e acabam testando e falando sobre os jogos deles apenas, pois conhecem os organizadores, e uma galera fica no "limbo". No final do evento rola uma votação do jogo que a galera mais curtiu, e os premiados sempre são os mais pops das panelas. Sei que o foco do evento não é competir, e nem quero isso, mas só a galera da panela receber atenção também foge do foco do evento.

Enfim, a cena brasileira de desenvolvimento de jogos é pura panela, e eu acredito que é um dos porques que ainda não teve um boom.
 

sephius

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As 2x eu fiquei completamente desgastado, tanto fisicamente quanto mentalmente. Em ambas eu não fui com a equipe formada, só com um amigo, e conheci os integrantes lá, rolava muito desacordo e desgaste mental, pois as pessoas veem games como brincadeira e menos como profissão.
Só participei pois era bem próximo de casa, jamais viajaria 7 horas para tal hahahhaa
Mas realmente, é mais para jovens e universitários.

Mas tudo isso é relevado por conta da experiencia geral. Porém como comentei (não sei quanto nas edições do RJ), o que mais me desmotivou nas 2 edições que participei foi que rola muuuuuuuuita panela, de gente que se conhece e ficam entre eles e acabam testando e falando sobre os jogos deles apenas, pois conhecem os organizadores, e uma galera fica no "limbo". No final do evento rola uma votação do jogo que a galera mais curtiu, e os premiados sempre são os mais pops das panelas. Sei que o foco do evento não é competir, e nem quero isso, mas só a galera da panela receber atenção também foge do foco do evento.

Enfim, a cena brasileira de desenvolvimento de jogos é pura panela, e eu acredito que é um dos porques que ainda não teve um boom.
Concordo 100%.
 

Macbee

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Enfim, a cena brasileira de desenvolvimento de jogos é pura panela, e eu acredito que é um dos porques que ainda não teve um boom.
Por que teria um boom se não tivesse panela?
Não estou duvidando da sua ideia, só não entendi a ligação dos dois mesmo.
 


Preses

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Interessante.

Não sabia que rolava essas panelas. Mas faz todo sentido mesmo.
 

sephius

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Por que teria um boom se não tivesse panela?
Não estou duvidando da sua ideia, só não entendi a ligação dos dois mesmo.
Por que as panelas se boicotam e, principalmente, boicotam quem não está em panela alguma. Nesse cenário há um favorecimento em relação à certos grupos e projetos em detrimento de outros. Então as oportunidades ficam difusas e confusas e o jogo fica mais em torno de fazer lobby do que em fazer games.

Esse que é o problema que percebo no Brasil.

Mas isso pode mudar. Existem alguns atores que tem agido neste sentido. Resta esperar que esse movimento de mudança realmente faça o cenário ficar mais lógico.
 

Macbee

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Por que as panelas se boicotam e, principalmente, boicotam quem não está em panela alguma. Nesse cenário há um favorecimento em relação à certos grupos e projetos em detrimento de outros. Então as oportunidades ficam difusas e confusas e o jogo fica mais em torno de fazer lobby do que em fazer games.

Esse que é o problema que percebo no Brasil.
Entendo seu ponto de vista, mas pra mim é difícil concordar com ele (ainda mais sem exemplos concretos).

Talvez você esteja se referindo a gente graúda dessa área, não sei... O "mundo" que conheço é o de jogos bem pequenos, com uma pessoa fazendo tudo (ou no máximo trabalhando com grupos minúsculos). E, sério, nunca vi rolar boicote ou favorecimento pra nada nem ninguém. Mas também nunca fiz muita questão de conviver com gente da área (jamais fui numa feira/Jam/etc.), então na verdade nem tenho muito parâmetro pra avaliar nada.

Comigo pelo menos vejo as pessoas serem sempre super cordiais - e olha que sou um abusado, critico "a cena" abertamente (até mais do que deveria).

Enfim, não estou dizendo que você está inventando coisas. Só me espanto um pouco porque é algo que nunca vi. Fora que a gente nem *precisa* ser brother de ninguém: Numa época em que se manda um jogo diretamente pra Valve (sem publisher nem nada no meio do caminho) eu tenho dificuldade de entender como outros desenvolvedores BR poderiam boicotar um processo tão direto (entre o desenvolvedor, sozinho no quarto, e o servidor do Gabe Newell).

Pra mim esse "boom" não aconteceu foi por outro motivo: Praticamente não existem pessoas (e, consequentemente, ideias) interessantes na indústria nacional. Quando o número de profissionais *verdadeiramente* admiráveis pular dessa meia dúzia atual pra uns 50, aí pode ser que a coisa ganhe relevância (e gere grana) por aqui.
 

gamermaniacow

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O contato que tive foi que essas pessoas (peixes grandes) ficam nessa panela, e a grande maioria é apenas fundamentalista, gente que nunca produziu nada.

E sim, tem muita gente empenhada nesse Brasilzão (a maioria, os desenvolvedores de fato), mas nos sabemos que apenas fazer e deixar a sorte determinar o sucesso acontece apenas em raros casos isolados.
 

sephius

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Entendo seu ponto de vista, mas pra mim é difícil concordar com ele (ainda mais sem exemplos concretos).
"Exemplos concretos" você nunca vai ter. Por que é difícil você provar que alguém boicotou alguém. Boicotar é simplesmente não dar atenção de propósito. Ignorar. Você não tem como provar isso, mas você tem como saber quando isso acontece. E sim, isso acontece e bastante.

Talvez você esteja se referindo a gente graúda dessa área, não sei... O "mundo" que conheço é o de jogos bem pequenos, com uma pessoa fazendo tudo (ou no máximo trabalhando com grupos minúsculos). E, sério, nunca vi rolar boicote ou favorecimento pra nada nem ninguém. Mas também nunca fiz muita questão de conviver com gente da área (jamais fui numa feira/Jam/etc.), então na verdade nem tenho muito parâmetro pra avaliar nada.
Bom, não entendi bem. Como você pode ver se nunca conviveu? E por que se espantar de algo que você não tem parâmetro para avaliar?

E no Brasil não se produz somente jogos pequenos. A maioria são projetos bem pequenos sim. Mas grande parte do que se produz aqui são equipes de umas 5 pessoas. A maioria dos times tem nome inclusive.

Comigo pelo menos vejo as pessoas serem sempre super cordiais - e olha que sou um abusado, critico "a cena" abertamente (até mais do que deveria).
Cordial todo mundo é. Não é sobre isso a questão.

Enfim, não estou dizendo que você está inventando coisas. Só me espanto um pouco porque é algo que nunca vi. Fora que a gente nem *precisa* ser brother de ninguém: Numa época em que se manda um jogo diretamente pra Valve (sem publisher nem nada no meio do caminho) eu tenho dificuldade de entender como outros desenvolvedores BR poderiam boicotar um processo tão direto (entre o desenvolvedor, sozinho no quarto, e o servidor do Gabe Newell).
Hum. Como assim? Você acha realmente que fazer jogos é ficar num quarto sozinho e colocar ele num servidor do Gabe Newells e ficar rico? Oras, é óbvio que você precisa de suporte, pessoas para colaborar com você e, principalmente, você precisa de atenção, repercussão. Isso só é possível se as pessoas falarem do seu projeto. Os primeiros que vão falar serão pessoas da indústria e da mídia. Se as pessoas decidem deliberadamente não falar do seu projeto é óbvio que isso vai ter atrapalhar bastante.

É óbvio que isso não necessariamente vai ter impedir de alcançar o sucesso, mas é claro que é bem ruim. Torna tudo mais difícil.

Ainda não entendi por que você se espanta de algo que nunca viu por que você nunca conviveu com pessoal da área. Se alguém me fala de algo que eu nunca vi, eu só vou me espantar se for algo que tive muita oportunidade de ver, mas não vi.

Pra mim esse "boom" não aconteceu foi por outro motivo: Praticamente não existem pessoas (e, consequentemente, ideias) interessantes na indústria nacional. Quando o número de profissionais *verdadeiramente* admiráveis pular dessa meia dúzia atual pra uns 50, aí pode ser que a coisa ganhe relevância (e gere grana) por aqui.
Como você sabe que não exitem 50 profissionais "verdadeiramente admiráveis"? Você nunca foi numa feira, num evento da indústria, numa jam. Como diabos você sabe?

Olha, existem muitos profissionais brasileiros muito bons que trabalham lá fora. Existe muita gente muito boa que trabalha em outras indústrias como publicidade, vídeo e etc. Por que diabos os Brasileiros seriam piores que qualquer outra nação do mundo? As ferramentas são as mesmas. Ok, a formação lá fora é bem melhor, mas não é somente formação que criam bons profissionais. No começo da indústria de games, não havia formação alguma e isso não impediu clássicos de serem criados.

E entenda, se as pessoas boas não se juntarem, mas ao contrário disso se boicotarem, é óbvio que isso vai impedir um boom de acontecer. Claro que outras coisas também vão impactar. Mas isso também pode, e é, algo negativo.

Esse tipo de coisa realmente acontece, e acontece muito. Eu tenho várias experiências bem cabeludas e conheço outras pessoas também com histórias bem chatas sobre isso. Além de que este é um assunto bem discutido entre as comunidades de desenvolvedores do Brasil.
 

Macbee

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O contato que tive foi que essas pessoas (peixes grandes) ficam nessa panela, e a grande maioria é apenas fundamentalista, gente que nunca produziu nada.
Suspeitei desde o princípio. =D
Geralmente o pessoal menor é mais sussa.

E sim, tem muita gente empenhada nesse Brasilzão (a maioria, os desenvolvedores de fato), mas nos sabemos que apenas fazer e deixar a sorte determinar o sucesso acontece apenas em raros casos isolados.
Sim, tem razão. Mas em um momento em que poucos têm verba pra marketing, infelizmente é o que acaba acontecendo.

"Exemplos concretos" você nunca vai ter. Por que é difícil você provar que alguém boicotou alguém.
Nem tanto. Lembro de algumas poucas tretas que rolaram em grupos - e estavam todas bastante documentadas em prints de Facebook, por exemplo.

Boicotar é simplesmente não dar atenção de propósito. Ignorar. Você não tem como provar isso, mas você tem como saber quando isso acontece. E sim, isso acontece e bastante.
Eu vejo um abismo de diferença entre não darem bola pra alguém e boicotarem essa pessoa de propósito. E ser ignorado (principalmente no início) acontece com todo mundo, desde sempre, em todas as áreas (não é por acaso que a frase do Steve Martin sobre isso ficou famosa).

Bom, não entendi bem. Como você pode ver se nunca conviveu? E por que se espantar de algo que você não tem parâmetro para avaliar?
Internet. Eu já trabalhei pra muita gente desse meio nos últimos anos, mas nunca vi a fuça de quem me paga ao vivo. Recebo ordens remotamente, converso amenidades com quem me contrata e fica nisso. Tirando um ou outro doido, a maioria esmagadora do pessoal que conheci nessa área sempre foi bastante ético comigo.

E no Brasil não se produz somente jogos pequenos. A maioria são projetos bem pequenos sim. Mas grande parte do que se produz aqui são equipes de umas 5 pessoas. A maioria dos times tem nome inclusive.
Desculpe, mas eu não disse que só se produzem jogos pequenos por aqui.

Cordial todo mundo é. Não é sobre isso a questão.
Nem todo mundo. Você mesmo está cheio das ironias, enquanto eu estou tentando debater numa boa.

Hum. Como assim? Você acha realmente que fazer jogos é ficar num quarto sozinho e colocar ele num servidor do Gabe Newells e ficar rico?
Eu estou falando sobre fazer jogos, não sobre ficar rico. São duas coisas bem diferentes (meus almoços fartos em Miojo que o digam). O modelo de ficar no quarto e mandar pro servidor do Gabe existe. Tem gente por aqui que faz isso e (dizem que) dá grana pra uns.

Oras, é óbvio que você precisa de suporte, pessoas para colaborar com você e, principalmente, você precisa de atenção, repercussão.
Marketing é fundamental, concordo. Já uma equipe (dependendo da proposta), não necessariamente.

Isso só é possível se as pessoas falarem do seu projeto. Os primeiros que vão falar serão pessoas da indústria e da mídia. Se as pessoas decidem deliberadamente não falar do seu projeto é óbvio que isso vai ter atrapalhar bastante.

É óbvio que isso não necessariamente vai ter impedir de alcançar o sucesso, mas é claro que é bem ruim. Torna tudo mais difícil.
Mas pode acontecer - e com a mídia então, provavelmente vai acontecer mesmo (não no seu caso, que já teve o jogo bem divulgado - falo de quem ainda vai lançar algo). É normal ouvir histórias de gente que mandou milhares de e-mails pra publicações de jogos e ninguém deu bola (eu mesmo mandei centenas na época e só uns dois publicaram).

Ainda não entendi por que você se espanta de algo que nunca viu por que você nunca conviveu com pessoal da área. Se alguém me fala de algo que eu nunca vi, eu só vou me espantar se for algo que tive muita oportunidade de ver, mas não vi.
Porque já trabalhei pra quem desenvolve, repito (fora que conheço gente da área aqui de POA - não é preciso ir em eventos pra encontrar pessoas). Me espanto porque é uma afirmação que não bate com o que vivo (é normal ser procurado por gente que não conheço, a ideia da "panela" não reflete a experiência que tive nos últimos anos). Mas como meu contato com desenvolvedores é superficial e estritamente profissional (com raríssimas exceções, como o @Danilo_Dias, que admiro pacas), então pode ser que aconteça mesmo e eu nunca fiquei sabendo.

Como você sabe que não exitem 50 profissionais "verdadeiramente admiráveis"?
Essa é só minha opinião - subjetiva como qualquer outra.

50 artistas fodelassos já teriam criado algumas dezenas de jogos igualmente fantásticos. E, por enquanto, eu sigo contando nos dedos os jogos (criados por essas bandas) que considero extraordinários. Tomara que mude logo.

Você nunca foi numa feira, num evento da indústria, numa jam. Como diabos você sabe?
Grande coisa que nunca fui nesses eventos (e queira Deus que eu nunca precise ir!). Estou muito mais interessado em produzir (e ver o que é produzido) que em socialização e tapinha nas costas.

Olha, existem muitos profissionais brasileiros muito bons que trabalham lá fora. Existe muita gente muito boa que trabalha em outras indústrias como publicidade, vídeo e etc. Por que diabos os Brasileiros seriam piores que qualquer outra nação do mundo?
A gente não está na mesma sintonia definitivamente. Eu escrevo uma coisa e você entende outra.
Eu estou falando de gente que vá criar algo relevante (tanto criativa quanto comercialmente). Muito diferente de gente tecnicamente capacitada (isso tem às pencas mesmo).

Pra te dar um exemplo prático: Eu nunca vi nada que o @gamermaniacow tenha produzido (também nem sei se já produziu). Mas ele debate sobre vídeo games "como gente grande", é sempre um prazer ler o que ele escreve. Tenho certeza que, no momento em que ele inventar de trabalhar com isso, com o embasamento teórico que ele tem (existente em quantidade muito pequena dentro da própria indústria brasileira, que pouco reflete sobre ela mesma), só vai sair coisa boa.

Tem gente bacana e produção igualmente bacana por aqui, mas (ao meu ver) em quantidade muito pequena.
Esse problema não é exclusivo do nosso país - mas minha análise (e interesse profissional/pessoal) é sobre o mercado brasileiro.

As ferramentas são as mesmas. Ok, a formação lá fora é bem melhor, mas não é somente formação que criam bons profissionais. No começo da indústria de games, não havia formação alguma e isso não impediu clássicos de serem criados.
Concordo. É mais ou menos por aí que eu penso também.
Nossos músicos já gravaram obras-primas em estúdios capengas.

E entenda, se as pessoas boas não se juntarem, mas ao contrário disso se boicotarem, é óbvio que isso vai impedir um boom de acontecer. Claro que outras coisas também vão impactar. Mas isso também pode, e é, algo negativo.
Mas as pessoas se juntam, cara. Os desenvolvedores independentes sequer se consideram concorrentes. Com base nas minhas experiências, é comum sanar dúvidas uns dos outros e até fazer umas camaradagens como cessão de propriedade intelectual: Às vezes rola de personagens de um jogo fazerem pontas em outros, sem grana envolvida nisso. Por exemplo, o Rodrigo Campos me procurou pra colocar meu personagem (Tcheco) no "Balloon e Moonkey", pra dar uma força mesmo. Me parece que o personagem faz uma participação bem extensa até, mas liberei de graça, numa boa (até ajudei com os gráficos dele). Tcheco é praticamente desconhecido - mas se ajudar a meia dúzia de pessoas que conhecem ele a comprar o jogo do Rodrigo, já valeu a pena. Até pra um easter egg rápido na "Lenda do Herói" eu liberei o Tcheco de graça (e olha que ali dinheiro não seria problema).

Esse tipo de coisa realmente acontece, e acontece muito. Eu tenho várias experiências bem cabeludas e conheço outras pessoas também com histórias bem chatas sobre isso. Além de que este é um assunto bem discutido entre as comunidades de desenvolvedores do Brasil.
Se acontece, independente da escala, tem que mudar mesmo.
 
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sephius

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Nem tanto. Lembro de algumas poucas tretas que rolaram em grupos - e estavam todas bastante documentadas em prints de Facebook, por exemplo.
Você está falando de treta. Estamos falando de boicote, ser fechado, panela. Essas coisas não são explícitas.

Eu vejo um abismo de diferença entre não darem bola pra alguém e boicotarem essa pessoa de propósito. E ser ignorado (principalmente no início) acontece com todo mundo, desde sempre, em todas as áreas (não é por acaso que a frase do Steve Martin sobre isso ficou famosa).
Oras, as duas coisas acontecem cara. Não tem motivo para você achar que em todos os casos é "não dar bola". Esse discussão não começa aqui não Macbee. Isso é muito discutido entre os desenvolvedores e a maior parte concorda que acontece.

Internet. Eu já trabalhei pra muita gente desse meio nos últimos anos, mas nunca vi a fuça de quem me paga ao vivo. Recebo ordens remotamente, converso amenidades com quem me contrata e fica nisso. Tirando um ou outro doido, a maioria esmagadora do pessoal que conheci nessa área sempre foi bastante ético comigo.
Não consigo ver o que isso tem a ver com o que estamos falando. Independente disso, não é prudente usar nossa experiência pessoal como regra. Esteja antenado com os acontecimentos, participe dos eventos, conheça as pessoas pessoalmente, esteja no cenário e você vai ter parâmetro para concordar ou discordar. Prestar serviço para terceiros não dá parâmetros para saber a respeito.

Desculpe, mas eu não disse que só se produzem jogos pequenos por aqui.
Você disse que a maioria dos casos são pessoas sozinhas ou grupos de uns 2. Não é.

Nem todo mundo. Você mesmo está cheio das ironias, enquanto eu estou tentando debater numa boa.
Não entendi onde eu fui irônico. Além do mais, ser cordial é tratar as pessoas com educação. Apenas isso. Isso, como eu disse, todos fazem. A pessoa pode te achar um mané, mas vai ser cordal com você.

Eu estou falando sobre fazer jogos, não sobre ficar rico. São duas coisas bem diferentes (meus almoços fartos em Miojo que o digam). O modelo de ficar no quarto e mandar pro servidor do Gabe existe. Tem gente por aqui que faz isso e (dizem que) dá grana pra uns.
Não é tão simples assim. Isso é óbvio. O desenvolvedor precisa muito mais do que isso. Logo, ser boicotado, ou estar num cenário com grupos fechados ou as chamadas "panelas" é bem nocivo sim.

Marketing é fundamental, concordo. Já uma equipe (dependendo da proposta), não necessariamente.
Marketing, repercussão, pessoas colaborando das mais diversas formas. Não apenas desenvolvendo jogo com você. Você colocou a coisa de uma forma que deu a entender que você sozinho vai e faz um jogo coloca na steam e tá de boa. Isso é uma visão muito simplista do que é desenvolver jogos. Ainda mais no contexto que estamos falando, sobre ter um boom na indústria. Industria são empresas financeiramente viáveis lançando jogos financeiramente rentáveis no mercado.

Mas pode acontecer - e com a mídia então, provavelmente vai acontecer mesmo (não no seu caso, que já teve o jogo bem divulgado - falo de quem ainda vai lançar algo). É normal ouvir histórias de gente que mandou milhares de e-mails pra publicações de jogos e ninguém deu bola (eu mesmo mandei centenas na época e só uns dois publicaram).
Bom, o meu jogo não foi bem divulgado ainda, nem perto disso. O que eu fiz foi exatamente o que você fez. Mandei centenas de emails e alguns poucos fizeram matéria a respeito. Hoje, com minha empresa e um pouco mais de atuação nas redes sociais, a mídia dá um pouco mais de credibilidade e atenção (mesmo assim, muito aquém do necessário. Esse cenário não tem exatamente a ver com boicote, por que mídia funciona com pagamento. Você tem que pagar para falarem de você.

Uma comunidade de desenvolvedores coesa pode se ajudar muito. Uma difusa só atrapalha a si mesma.

Porque já trabalhei pra quem desenvolve, repito (fora que conheço gente da área aqui de POA - não é preciso ir em eventos pra encontrar pessoas). Me espanto porque é uma afirmação que não bate com o que vivo (é normal ser procurado por gente que não conheço, a ideia da "panela" não reflete a experiência que tive nos últimos anos). Mas como meu contato com desenvolvedores é superficial e estritamente profissional (com raríssimas exceções, como o @Danilo_Dias, que admiro pacas), então pode ser que aconteça mesmo e eu nunca fiquei sabendo.
Bom, eu discordo. Você precisa ir em eventos para conhecer as pessoas. Achar que você sabe alguma coisa por que troca emails e presta serviço. Bom, ok. Não digo que você seria um completo alienado da situação, mas está muito, muito distante de vivenciar a indústria de desenvolvimento nacional.

Todos os atores importantes da indústria participam desses eventos. Estão sempre por aí. Justamente devido a importância de se encontrar com as pessoas pessoalmente para fazer networking.

Essa é só minha opinião - subjetiva como qualquer outra.

50 artistas fodelassos já teriam criado algumas dezenas de jogos igualmente fantásticos. E, por enquanto, eu sigo contando nos dedos os jogos (criados por essas bandas) que considero extraordinários. Tomara que mude logo.
É mas não funciona assim. Não só uma questão de ter ou não gente boa. Tem que ter coordenação, interação, troca. A maioria dos profissionais bons vão para outros mercados como publicidade, cinema, web. Muitos saem do país. O resto fica pulverizado em trocentos estúdios e equipes misturados com um monte de gente que não é muito boa.

Como disse, as coisas não são tão simples assim.

Grande coisa que nunca fui nesses eventos (e queira Deus que eu nunca precise ir!). Estou muito mais interessado em produzir (e ver o que é produzido) que em socialização e tapinha nas costas.
Hum... Ok.

A gente não está na mesma sintonia definitivamente. Eu escrevo uma coisa e você entende outra.
Eu estou falando de gente que vá criar algo relevante (tanto criativa quanto comercialmente). Muito diferente de gente tecnicamente capacitada (isso tem às pencas mesmo).
Eu não estou falando de gente "tecnicamente capacitada". Estou falando de bons profissionais. Jogos bons e relevantes são criados por bons profissionais. Pessoas criativas, esforçadas, talentosas. Essas pessoas vão para outros mercados e outros países. Simplesmente por que são pagas. Industria de games no Brasil não comporta ainda pagar bem esses profissionais. Logo, eles vão para outras indústrias.

Pra te dar um exemplo prático: Eu nunca vi nada que o @gamermaniacow tenha produzido (também nem sei se já produziu). Mas ele debate sobre vídeo games "como gente grande", é sempre um prazer ler o que ele escreve. Tenho certeza que, no momento em que ele inventar de trabalhar com isso, com o embasamento teórico que ele tem (existente em quantidade muito pequena dentro da própria indústria brasileira, que pouco reflete sobre ela mesma), só vai sair coisa boa.
Eu só acho que você parece conhecer muito pouco da indústria para ficar dizendo se tem muita gente boa ou não. Existe aquele lance da curva do conhecimento X vontade de opinar, onde o momento que temos mais vontade de opinar é quando temos pouco conhecimento sobre o assunto. Não vou dizer que seja o caso. Na verdade não há problema algum em você duvidar, discordar, e até mesmo está correto no que está indagando. Mas parece que há um excesso de certeza pelo que você parece ter experienciado. Só isso que estou dizendo.

Mas as pessoas se juntam, cara. Os desenvolvedores independentes sequer se consideram concorrentes. Com base nas minhas experiências, é comum sanar dúvidas uns dos outros e até fazer umas camaradagens como cessão de propriedade intelectual: Às vezes rola de personagens de um jogo fazerem pontas em outros, sem grana envolvida nisso. Por exemplo, o Rodrigo Campos me procurou pra colocar meu personagem (Tcheco) no "Balloon e Moonkey", pra dar uma força mesmo. Me parece que o personagem faz uma participação bem extensa até, mas liberei de graça, numa boa (até ajudei com os gráficos dele). Tcheco é praticamente desconhecido - mas se ajudar a meia dúzia de pessoas que conhecem ele a comprar o jogo do Rodrigo, já valeu a pena. Até pra um easter egg rápido na "Lenda do Herói" eu liberei o Tcheco de graça (e olha que ali dinheiro não seria problema).
De novo: Não use a sua experiência pessoal como regra para alguma coisa. É óbvio que existe interação. Pessoas que se ajudam, grupos que tem atual de forma muito positiva. Como o RING no Rio de Janeiro. Etc. etc. etc. Mas também existe o outro lado sombrio que nós estamos compartilhando aqui.

Como disse, isso não sou eu ou ele só que estamos falando. Isso é um assunto bem recorrente que geralmente é discutido nas rodas. Não entendo bem sua surpresa ou resistência, ainda que você não tenha vivido isso ainda.

No mais, espero que entenda que nossa discussão está "de boa". Não estou incomodado com sua opinião não. Eu tenho certeza que o que você está colocando é a sua experiência e ela é tão importante quanto a de qualquer um de nós.
 

sephius

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Making of do nosso jogo na Global Game Jam:


Fomos na IFRJ para participar da Global Game Jam com o intuito de aproveitar as 48h de evento para estudar a engine Unity.

Com o tema Onda, tivemos a idéia de fazer um jogo de carro com uma pista que se movimentava como ondas no mar. Não conseguimos programar isso
1f641.png
:( . Daí restou a idéia de uma espécie de "hover car" com uma arma que funcionava com formato de onda.

Modelamos o carro em 3d, fizemos o level design (pista com rampas e obstáculos), programamos a física do nosso jeito, e conseguimos terminar o jogo com ele funcionando!
Foi muito irado ter participado com a galera do RJ e parabéns ao RING pela organização.

Um jogo que nos chamou a atenção foi o SPECTROSCOPIC, parabéns à equipe:
http://globalgamejam.org/2017/games/spectroscopic

Equipe/Team: Rafael França, Fernando Rabello, Gabriel Casamasso, Rodolfo Soares, Nilo Paiva. Só faltou o Rogerio Batista (que não pode ir infelizmente)

Mais uma vez, quem quiser testar o 2741 - WAVE FUNCTION RACE, segue o link: | Game link:
http://globalgamejam.org/2017/games/2741-wave-function-race

#quartomundo #globalgamejam #RINGGGJ
 
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