Darkx1
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As bancas estão morrendo e não dá pra usar Esferas do Dragão
24/10/2017Mara
Desculpa você leitor que acordou animado nessa terça-feira, mas aqui no Mais de Oito Mil euzinha quero falar sobre morte. Calma, Rumiko Takahashi continua viva e o robô Akira Toriyama acabou de trocar o óleo, quem está morrendo na verdade são as bancas de jornal.
Com o passar do tempo acompanhamos mudanças na distribuição de mangás aqui no Burajiru. Antigamente as bancas se abarrotavam de meio-tankos com impressão ruim, e atualmente temos pessoas garimpando descontos de lojas online em grupos de otakus exaltadores de lombadas de mangás. As editoras também foram mudando a forma como oferecem seus títulos: a NewPOP largou as bancas de vez e partiu para lojas especializadas, a JBC tem apostado em livraria aliadas às assinaturas e a Panini… bem… ela claramente ainda não resolveu a treta com a distribuição.
Por mais que eu percebesse um certo declínio das bancas de jornal por observação, eu não tinha nenhum dado concreto sobre a tal queda. Por sorte eu estava acordadinha quando o Bom Dia SP do último dia 23 de outubro exibiu uma matéria sobre esses quiosques de vendas de revistas.
O jornalístico da Globo (aquela emissora que tem gente acreditando que possui um plano maligno de transformar os jovens em transexuais e homossexuais) fez um levantamento e apresentou números bem preocupantes:
Desculpa, coloquei esse print apenas para mostrar o repórter gatinho que madrugou para filmar uma banca abandonada que virou residência de sem-teto. Agora sim vamos para o dado preocupante que a Globo levantou sobre essa matéria:
É meio surreal pensarmos que de 10 anos pra cá o número de bancas que fecharam em São Paulo foi tão elevado. E essas 3500 sobreviventes não andam tão bem assim das pernas. Segundo um entrevistado da matéria, atualmente ele vende cerca de 30% das revistas que vendia anos atrás. E então, como é que as bancas sobrevivem? Será que cobrando pelas informações de rua? Ou então através das vendas gigantescas de mangás? CLARO QUE NÃO NÉ, as bancas estão se mantendo de pé virando verdadeiros magazines de serviços variados.
Nessa imagem em baixa definição porque o player da Globo é uma b*sta, vemos o repórter gatinho na frente de uma banca que vende capinha de celular, fone de ouvido, doces, salgadinhos, brinquedos, pelúcias, bolsas (!) e até refrescos. Lá atrás, escondidas pela baixa procura, as tradicionais revistas.
Isso é um sinal de que o público brasileiro parou de ler e está emburrecendo? Não necessariamente. Na verdade toda a leitura acabou indo para a internet em vez das revistas. O importante é pensar como isso vai mudar o mercado de mangás, talvez ocasionando num aumento da venda online ou do quadrinho digital (como é o caso do prometido-há-séculos Henshin Drive).
Mas, por mais que compras online sejam uma realidade bem acessível para pessoas dos cantos mais longínquos do país, isso faz a venda do mangá se destinar cada vez mais a um nicho. Apenas quem conhece já o produto que vai atrás de uma livraria online para adquirir um volume. E vamos ser sinceros, alimentar apenas o próprio nicho não vai fazer mercado algum crescer.
O ponto principal é: o mercado de bancas está diferente de como era 10 anos atrás, no caso está pior e morrendo. Não é caso de fazer campanha “comprem nas bancas” porque seria algo irreal. Resta só esperar que as editoras se mexam pra mudar a própria forma de vender o peixe e acompanhar essa mudança. Porque do jeito que tá, apenas jogando mangá na banca sem um marketing feito para atrair pessoas novas, o negócio vai afundar igual as bancas.
https://maisdeoitomil.wordpress.com...-morrendo-e-nao-da-pra-usar-esfera-do-dragao/
24/10/2017Mara
Desculpa você leitor que acordou animado nessa terça-feira, mas aqui no Mais de Oito Mil euzinha quero falar sobre morte. Calma, Rumiko Takahashi continua viva e o robô Akira Toriyama acabou de trocar o óleo, quem está morrendo na verdade são as bancas de jornal.
Com o passar do tempo acompanhamos mudanças na distribuição de mangás aqui no Burajiru. Antigamente as bancas se abarrotavam de meio-tankos com impressão ruim, e atualmente temos pessoas garimpando descontos de lojas online em grupos de otakus exaltadores de lombadas de mangás. As editoras também foram mudando a forma como oferecem seus títulos: a NewPOP largou as bancas de vez e partiu para lojas especializadas, a JBC tem apostado em livraria aliadas às assinaturas e a Panini… bem… ela claramente ainda não resolveu a treta com a distribuição.
Por mais que eu percebesse um certo declínio das bancas de jornal por observação, eu não tinha nenhum dado concreto sobre a tal queda. Por sorte eu estava acordadinha quando o Bom Dia SP do último dia 23 de outubro exibiu uma matéria sobre esses quiosques de vendas de revistas.
O jornalístico da Globo (aquela emissora que tem gente acreditando que possui um plano maligno de transformar os jovens em transexuais e homossexuais) fez um levantamento e apresentou números bem preocupantes:
Desculpa, coloquei esse print apenas para mostrar o repórter gatinho que madrugou para filmar uma banca abandonada que virou residência de sem-teto. Agora sim vamos para o dado preocupante que a Globo levantou sobre essa matéria:
É meio surreal pensarmos que de 10 anos pra cá o número de bancas que fecharam em São Paulo foi tão elevado. E essas 3500 sobreviventes não andam tão bem assim das pernas. Segundo um entrevistado da matéria, atualmente ele vende cerca de 30% das revistas que vendia anos atrás. E então, como é que as bancas sobrevivem? Será que cobrando pelas informações de rua? Ou então através das vendas gigantescas de mangás? CLARO QUE NÃO NÉ, as bancas estão se mantendo de pé virando verdadeiros magazines de serviços variados.
Nessa imagem em baixa definição porque o player da Globo é uma b*sta, vemos o repórter gatinho na frente de uma banca que vende capinha de celular, fone de ouvido, doces, salgadinhos, brinquedos, pelúcias, bolsas (!) e até refrescos. Lá atrás, escondidas pela baixa procura, as tradicionais revistas.
Isso é um sinal de que o público brasileiro parou de ler e está emburrecendo? Não necessariamente. Na verdade toda a leitura acabou indo para a internet em vez das revistas. O importante é pensar como isso vai mudar o mercado de mangás, talvez ocasionando num aumento da venda online ou do quadrinho digital (como é o caso do prometido-há-séculos Henshin Drive).
Mas, por mais que compras online sejam uma realidade bem acessível para pessoas dos cantos mais longínquos do país, isso faz a venda do mangá se destinar cada vez mais a um nicho. Apenas quem conhece já o produto que vai atrás de uma livraria online para adquirir um volume. E vamos ser sinceros, alimentar apenas o próprio nicho não vai fazer mercado algum crescer.
O ponto principal é: o mercado de bancas está diferente de como era 10 anos atrás, no caso está pior e morrendo. Não é caso de fazer campanha “comprem nas bancas” porque seria algo irreal. Resta só esperar que as editoras se mexam pra mudar a própria forma de vender o peixe e acompanhar essa mudança. Porque do jeito que tá, apenas jogando mangá na banca sem um marketing feito para atrair pessoas novas, o negócio vai afundar igual as bancas.
https://maisdeoitomil.wordpress.com...-morrendo-e-nao-da-pra-usar-esfera-do-dragao/