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[ANÁLISE] Amnesia: The Dark Descent

Nemo Nobody

Bam-bam-bam
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Amnesia: The Dark Descent é um dos melhores jogos de survival horror de todos os tempos e talvez pai do novo rumo que o horror tomou. Na verdade, Penumbra, também da Frictional Games, veio antes mas não se tornou tão popular quanto Amnesia. Aqui darei os porquês de ele ser um dos melhores.

a) Ambientação única. O jogo se passa num castelo macabro, isolado em uma região pacata, no século XIX. O simples fato de se passar num lugar antiquado, erudito, isolado, já é o suficiente para causar um certo ar de estranheza e assombro (já leram "A Queda da Casa de Usher", do sr. Poe?). Para piorar, você fica cada vez mais boquiaberto ao descobrir, conforme progride no jogo, o que era feito naquele castelo pelo dono e seu servos. A atmosfera é escura, pesada, opressiva, e você sempre tem a impressão de estar sendo seguido por alguém ou alguma coisa. A sensação de isolamento intensifica cada vez mais isto. Ao jogar Amnesia pela primeira vez, o primeiro jogo que meio veio à cabeça foi o primeiro Silent Hill, pelo fato destas diversas semelhanças com relação à atmosfera. São sussurros, sons estranhos, a trilha sonora peculiar, o ar misterioso, o castelo colapsando, coisas esquisitas acontecendo, a nictofobia de Daniel, dando um certo senso de urgência. Lovecraft com certeza se orgulharia de ver algo assim.

b) Daniel, o protagonista.
Engana-se quem acha que ele é bland, estando ali somente para cumprir o papel de protagonista, não dizendo uma palavra. Muito pelo contrário, ele fala. Quer dizer, não enquanto você joga, mas sim em seus flashbacks e em suas páginas de diário gradativamente recuperadas. Talvez ele seja um personagem mais palpável do que qualquer um em Resident Evil. Durante a jogatina, nós descobrimos algumas coisas sobre o seu passado e o motivo de ele vir até o castelo. Muito é contado sobre ele enquanto esteve com Alexander, o proprietário do castelo e o antagonista do jogo.

c) Mecânicas. Não há muito o que comentar, uma vez que se trata de um jogo em que apenas caminhamos, corremos, pulamos, fugimos e nos escondemos dos monstros. Porém o jogo tem uma pegada própria. Por exemplo, você tem de economizar os frascos de pólvora porque, como já mencionado, Daniel tem nictofobia. Ao ficar muito tempo no escuro, sem alguma fonte mínima de luz, a sanidade de Daniel é drenada (o jogo tem tanto um medidor de vida quanto de sanidade). Para auxiliar, além da pólvora, temos um lampião, e devemos encontrar frascos de óleo para ele, caso não queiramos ficar no escuro. Olhar para os monstros também drena a sanidade de Daniel. Além disto tudo, temos os puzzles, que tem um nível de dificuldade razoável. Muitos deles são interativos com os cenários, sendo este um dos excelentes aspectos do jogo: a sua física. Temos também os memorandos, sendo eles arquivos do castelo e as páginas do diário de Daniel. Uma coisa que gosto sobre isto é a linguagem usada. A Frictional Games conseguiu usar um inglês muito refinado e parecido com o da época em que se passa. (Não apenas nos memorandos, mas nas dublagens também; você sente que não se trata do inglês contemporâneo.)

d) Pontos fracos. Para mim, o único que me vem à cabeça é os monstros, que não são tão assustadores, embora o background deles seja, após você descobrir o que eles são. Depois de entender como eles "trabalham", acaba que eles se tornam meio dumb. Mas uma coisa boa é que praticamente não vemos eles diretamente. Na maioria das vezes, eles estão em meio à penumbra, e você vai querer mesmo é manter distância. Mas garanto que você terá uns bons momentos de tensão. Juntando os monstros com a impecável atmosfera, entretanto, temos um resultado satisfatório.

e) Em suma.

Prós:
+ Gráficos bons mesmo em 2017.
+ História interessante e misteriosa (principalmente para os fãs de Lovecraft).
+ Atmosfera impecável e imersiva.
+ Mecânicas bem variadas para um jogo em que só caminhamos.
+ Frictional Games lançou um livro de mais ou menos 50 páginas no formato digital com contos sobre alguns eventos antes do jogo (está disponível na versão do Steam; nas de console, eu não sei).

Contras:
-
Monstros são meio dumb.
- Não tem combate, caso você não goste de jogos assim.
 

waking life

Habitué da casa
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Legal a sua análise. Estou esperando uma promoção para pegar o Collection no PS4.
 

Nemo Nobody

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Legal a sua análise. Estou esperando uma promoção para pegar o Collection no PS4.
Valeu, cara! É um jogo muito bom. É uma proposta diferente para o survival horror, mas que não deixa a desejar em nada neste quesito. Se quiser, posta depois a tua opinião aqui! Com certeza enriquecerá o tópico.
 

Delphinus

Enjoy Yourself!
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Boa análise, fiquei até hoje de terminar o jogo, mas encarei SH1 no escuro de madrugada, e Amnesia é mais tenso, justo por não ter combate, em SH/RE no começo você fica com medo, mas posteriormente encara numa boa

Agora amnésia, rapaaaaaaaaaaaaaz, o negócio é tenso, um dia crio coragem e termino ele e Outlast

Excelente tópico ^^
 
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