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Automação vs trabalho: o grande paradoxo das proximas décadas?

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Uma questão que muito me preocupa e não vejo solução é a questão de como lidaremos com a automação e desenvolvimento cada vez maior da inteligência artificial.

Não vejo nenhuma ocupação atual, estando imune a isto. Afinal não tem nada que, com a evolução da tecnologia uma máquina possa fazer mais e melhor que a gente.

Só que ao mesmo tempo isto leva a um paradoxo de uma crise sistêmica como nunca antes vista. A prevalência das máquinas deixaria cada vez mais gente sem emprego e sem ter como arcar com os produtos e serviços realizados de forma automata.

Alguém mais se preocupa com isto ou tem uma opinião formada sobre o assunto?

Cada robô desemprega 3 nos EUA, mas humanos terão vagas, indica estudo


Pau Barrena - 5.abr.2017/AFP
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Robô multitarefas trabalha na montadora Gestamp Automocion na região de Barcelona
ANA ESTELA DE SOUSA PINTO
DE SÃO PAULO

Cada novo robô industrial por 1.000 trabalhadores instalado nos Estados Unidos desempregou três pessoas, segundo estudo recém-divulgado por Daron Acemoglu, professor do MIT (Massachusetts Institute of Technology), e Pascual Restrepo, da Universidade de Boston.

"Há muita especulação sobre o que pode acontecer quando os robôs chegarem. Decidimos ir além e investigar o que já está de fato ocorrendo", escrevem os dois na apresentação do trabalho.

De fato, as estimativas variam muito: de 9% dos empregos em risco nos próximos 20 anos nos países desenvolvidos, nos cálculos de Arnoud Arntz, da Universidade de Amsterdã, a 57%, na previsão do Banco Mundial, ambos sobre os países da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico, que reúne os países mais ricos do mundo).

Para medir o impacto real, Acemoglu e Restrepo estudaram regiões industrializadas dos EUA após a implantação de robôs classificados como "máquinas multitarefas reprogramáveis e controladas automaticamente".


Há hoje em operação nos EUA quase 1,8 robô por 1.000 trabalhadores -em 2010, era 1,4 e na virada do século, 0,7. A indústria que mais os usa é a automotiva (39%), seguida por eletrônicos (19%).
para mais e para menos

O trabalho de Acemoglu e Restrepo exclui outras tecnologias que podem substituir o trabalho humano (software ou máquinas mais simples) e decompõe o impacto dos robôs em duas vertentes: uma negativa, que ocorre diretamente sobre os trabalhadores, e outra positiva, com o aumento de produtividade da economia como um todo.

Nas regiões do país mais expostas às máquinas multitarefas -o centro-oeste americano e parte da Nova Inglaterra-, os economistas observaram redução significativa do emprego e do salário.


De 1990 a 2007, quando a taxa de robôs por 1.000 habitantes triplicou (de 0,4 para 1,2), cada nova máquina desempregou 6,2 trabalhadores (queda de 0,37 pontos percentuais da população ocupada) e os salários caíram 0,73%.

No país como um todo há consequências econômicas positivas, como a redução do custo de produção que pode beneficiar outros setores. Esse ganho, no entanto, depende de quão fácil é substituir os produtos e do mercado de trabalho em cada região.

Em seu estudo, Acemoglu e Restrepo calcularam que a possibilidade de substituição suaviza (pouco) o efeito sobre emprego e salário: a queda no emprego passa de 0,4 para 0,34 e a dos salários, de 0,75 para 0,5.

Considerada a repercussão positiva sobre outros setores, a redução final é de 3 demitidos para cada novo robô e redução de 0,25% no salário.


No total, segundo eles, foram desempregados entre 360 mil e 670 mil americanos desde a introdução das máquinas multitarefas no país, nos anos 1990.

O próximo passo do estudo será aperfeiçoar estimativas de impacto futuro.

Tomando como base o cenário mais agressivo do Boston Consulting Group de que o número de robôs industriais quadruplicaria até 2025, Acemoglu e Restrepo calculam uma perda de até 1,76 ponto percentual na taxa de ocupação e de até 2,6% na remuneração nessa década.

"É um efeito mensurável, mas é preciso notar que, mesmo no mais agressivo dos cenários, estamos falando sobre uma fração pequena do mercado de trabalho sendo afetado", escrevem.

"Nada respalda até o momento a visão de que novas tecnologias tornarão obsoleta a maior parte dos empregos e dos humanos."


Automação vai mudar a carreira de 16 milhões de brasileiros até 2030
FERNANDA PERRIN
DE SÃO PAULO

21/01/2018 02h00

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A elite política e econômica global está preocupada com o futuro do trabalho.

Além das já conhecidas ameaças geopolíticas e ambientais, as transformações do mercado de trabalho também ganharam lugar de destaque na agenda do Fórum Econômico Mundial, que começa nesta terça-feira (23) em Davos, na Suíça.

Só no Brasil, 15,7 milhões de trabalhadores serão afetados pela automação até 2030, segundo estimativa da consultoria McKinsey.

Uma amostra recente foi o corte de 60 mil cargos públicos anunciado pelo governo Michel Temer este mês, boa parte em razão da obsolescência, como no caso de datilógrafos e digitadores.

No mundo, no período entre 2015 e 2020, o Fórum Econômico Mundial prevê a perda de 7,1 milhões de empregos, principalmente aqueles relacionados a funções administrativas e industriais.

A avaliação de especialistas da área é que o mercado de trabalho passa por uma grande reestruturação, semelhante à revolução industrial. A diferença é que agora tudo acontece muito mais rápido: desde 2010, o número de robôs industriais cresce a uma taxa de 9% ao ano, segundo a Organização Internacional do Trabalho (OIT).

No Brasil, cerca de 11.900 robôs industriais serão comercializados entre 2015 e 2020, segundo a Federação Internacional de Robótica.

A Roboris, que tem entre seus clientes a Embraer, é uma das fornecedoras que atuam no país. Segundo o presidente da empresa, Guilherme Souza, 30, o interesse da indústria brasileira pela automação vem crescendo.


Editoria de Arte/Folhapress
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RECURSO ESCASSO Estimativa é de perda de 7 milhões de vagas e abertura de 2 milhões até 2020
"Acredito que os custos falam por si só, são um fator bem convincente. Mas, mais do que os custos, as empresas perceberam que se não aderissem a essa tecnologia, elas não seriam mais competitivas", afirma.

No mundo, entre 400 milhões e 800 milhões serão afetados pela automação até 2030, a depender do ritmo de avanço tecnológico, segundo a McKinsey. Isso equivale a algo entre 11% e 23% da população economicamente ativa global, calculada pela OIT em 3,5 bilhões de pessoas.

Isso não significa que todos perderão o emprego, mas que serão impactados em algum grau, que vai de desemprego a ter um "cobot" (colega de trabalho robô com quem divide as funções).

'DE HUMANOS'

A mudança é positiva na medida em que libera profissionais de tarefas monótonas, que por sua vez podem ser feitas com maior rapidez e eficiência quando automatizadas.

"A boa notícia é que fica claro que os trabalhos para humanos terão que envolver qualidades humanas, como criatividade", afirma José Manuel Salazar-Xirinachs, diretor regional da OIT para a América Latina e Caribe. "Isso soa muito legal, mas a questão é: quantos trabalhos para pessoas criativas serão gerados?", questiona.

O Fórum Econômico Mundial, por exemplo, projeta um aumento na demanda nas áreas de arquitetura, engenharia, computação e matemática, entre outras.

Esse incremento de vagas, contudo, não será suficiente para absorver quem perdeu o trabalho em outros setores, além de exigirem alta qualificação, avalia a organização.


Editoria de Arte/Folhapress
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RECURSO ESCASSO Estimativa é de perda de 7 milhões de vagas e abertura de 2 milhões até 2020
DESIGUALDADE

Nesse cenário de extinção grande de trabalhos que exigem pouca qualificação e criação de um número menor que exige muita, a tendência é de aumento da desigualdade, alerta a OIT.

O fim de funções hoje exercidas pela população de baixa e média renda vai gerar desemprego e pressionar para baixo o salário das que restarem, diante da massa de pessoas buscando trabalho.

Mesmo quem tem uma visão mais positiva sobre o futuro, como a McKinsey, sugere a criação de uma renda básica universal (principal bandeira do petista Eduardo Suplicy) como uma opção diante do enxugamento de vagas de menor qualificação.

Um sintoma já perceptível desse processo é a queda ou estagnação da renda fruto de salários e capital em dois terços dos lares das economias avançadas entre 2005 e 2014, maior retrocesso desde os anos 1970, diz a consultoria.

Um caminho para contornar o problema é treinar a força de trabalho para que aqueles de menor qualificação profissional não fiquem para trás, diz o diretor da OIT.

"Os novos empregos que estão sendo criados demandam habilidades matemáticas, analíticas e digitais. Isso significa que é preciso treino vocacional", afirma. Ele cita como exemplo o Senai, cuja proposta é preparar mão de obra técnica para a indústria.

Estudo na Unicef divulgado em dezembro alerta para o risco da tecnologia digital transformar-se em um novo motor de desigualdade. Embora 1 em cada 3 usuários da internet seja uma criança, há ainda 346 milhões de jovens sem acesso ao mundo digital.

"Há uma forte preocupação com os trabalhadores de menor qualificação, em termos do impacto da tecnologia. Essas pessoas não são realmente alfabetizadas digitais, e não terão oportunidade para aprender habilidades específicas. Eles serão deixados para trás e terão uma empregabilidade muito pequena", diz Salazar, da OIT.

A velocidade com que as mudanças ocorrem demanda mudanças também na educação dos mais velhos, diante do prolongamento da vida profissional, na esteira do aumento da longevidade.

A automação não é a único motivo de preocupação. A emergência de novas relações profissionais fora do contrato tradicional é outro fator desestabilizador. Um novo grupo de pessoas cresce à margem dos direitos trabalhistas, classificados ora como "trabalhadores independentes", ora como "invisíveis" ou simplesmente "informais".

FLEXIBILIDADE

Segundo pesquisa feita pelo Fórum Econômico Mundial com diretores das áreas de recursos humanos em empresas de 15 países, 44% deles acreditam que o maior impacto no mercado hoje vem das mudanças no ambiente de trabalho, como home office, e nos arranjos flexíveis, como contratação de pessoas físicas para trabalhar por projeto (a chamada "pejotização ). O percentual é semelhante entre os brasileiros (42%).

Outra forma emergente de trabalho são os relacionados à "gig economy", como plataformas online e aplicativos –programadores freelance e motoristas de Uber entram nessa categoria.

A tendência é de que as empresas reduzam ao máximo o número de empregados fixos dentro do contrato tradicional, terceirizando para consultores o que for possível como forma de redução de custos e ganho de eficiência, segundo o Fórum Econômico Mundial.

Assim, embora a tecnologia gere uma demanda por novas atividades altamente qualificadas, como programação de um aplicativo, a probabilidade é que as empresas terceirizem a função, em vez de contratar diretamente esse profissional.

Gerenciamento de mídias sociais é um exemplo de função repassada a consultores, pagos por tarefa. Essa ausência do reconhecimento de uma relação de emprego faz a OIT classificar esse tipo de trabalho como "invisível".
Ainda não está claro se elas serão regulamentadas ou se cairão no trabalho informal, diz a OIT.

Já nos Estados Unidos e na Europa ganha força a classificação da categoria como "trabalhadores independentes", calculada em 162 milhões de pessoas pela consultoria McKinsey.

A reforma trabalhista feita no Brasil no final de 2017 tentou abarcar em parte essas mudanças, ao regulamentar o home office, por exemplo. Polêmicas, como a situação dos motoristas de Uber, contudo, persistem.

O NOVO E O VELHO

Um desafio extra para o Brasil é que ele precisa começar a lidar com essas questões novas ao mesmo tempo em que ainda não resolveu problemas antigos, como o alto índice de informalidade, que voltou a subir durante a crise e hoje atinge 44,6% dos trabalhadores, segundo o IBGE.

É preciso estender a cobertura da legislação ao "velho" e ao "novo" mercado, Salazar-Xirinachs, diretor regional da OIT para a América Latina e Caribe.

"O objetivo não é proteger o emprego em si, mas sim garantir os direitos trabalhistas clássicos mesmo que haja mais flexibilidade", diz.


Editoria de Arte/Folhapress
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RECURSO ESCASSO Estimativa é de perda de 7 milhões de vagas e abertura de 2 milhões até 2020
Para o sociólogo Ruy Braga, professor da USP e autor dos livros "A Rebeldia do Precariado" (2017) e "A Política do Precariado" (2012), as novas formas de trabalho que surgem mascaram o avanço do velho subemprego.

Para ele, a reforma trabalhista, ao formalizar atividades de tempo parcial ou de curta duração, oficializa essa desestruturação do mercado.

"Do ponto de vista microeconômico, é bastante racional que você elimine cargos intermediários. Mas, do ponto de vista social, a coisa se complica, porque você vai ter menos empregos de qualidade e de maior renda. Consequentemente, uma sociedade mais polarizada, o que significa mais desigual e com dificuldades de se integrar", avalia.

Crianças começam a ser preparadas para a era da automação

Kayana Szymczak/New York Times
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A pesquisadora Amanda Sullivan com crianças em acampamento organizado pela Universidade Tufts
Do "New York Times"

07/08/2017 02h00

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Amory Kahan, 7, queria saber a que horas viria o lanche. Harvey Borisy, 5, se queixava de um arranhão no cotovelo. E Declan Lewis, 8, não entendia porque o robô de madeira com duas rodas que ele estava programando não fazia o passo de dança prescrito. Ele suspirou: "Um passo para frente, um passo para trás, e aí ele para".

Declan tentou de novo, e o robô desta vez dançou sobre o tapete cinzento. "Ele dançou!", o menino disse, entusiasmado. Amanda Sullivan, uma das coordenadoras do acampamento e pesquisadora de pós-doutorado em tecnologia para a primeira infância, sorriu. "Eles estão resolvendo problemas de programação dos robôs", disse.

As crianças que participaram de um acampamento de verão realizado no mês passado pelo Grupo de Pesquisa e Desenvolvimento de Tecnologia da Universidade Tufts estavam aprendendo coisas típicas da infância: construir coisas com blocos de madeira, esperar por sua vez, perseverar apesar da frustração. E também estavam aprendendo as competências necessárias a vencer na economia automatizada, segundo os pesquisadores.

Avanços tecnológicos tornaram diversas profissões obsoletas nos últimos 10 anos –e os pesquisadores dizem que porções da maioria dos trabalhos serão automatizadas no futuro. Que cara terá o mercado de trabalho quando as crianças de hoje começarem a procurar emprego é algo talvez mais difícil de prever agora do que em qualquer momento da história recente.

Os empregos serão muito diferentes, mas não sabemos quais deles ainda existirão, o que será feito apenas por máquinas e que novas profissões serão criadas.


Kayana Szymczak/New York Times
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Henry Sayre, 8, constrói robô em acampamento promovido por universidade
Para se preparar, as crianças precisam começar já na pré-escola, dizem educadores. As competências fundamentais que definem se uma pessoa vai prosperar ou ficar para trás na economia moderna são desenvolvidas cedo, e disparidades nas realizações aparecem já no pré-primário.

Nervosos quanto ao futuro, alguns pais estão pressionando seus filhos para que aprendam a escrever código de software aos dois anos de idade, e os proponentes dessa modalidade de educação dizem que isso é tão importante quanto aprender letras e números.

Mas muitos pesquisadores e educadores dizem que o foco em aprender a codificar é incorreto, e que as competências mais importantes que uma criança tem de aprender se relacionam mais a brincar com outras crianças e nada têm a ver com máquinas: trata-se de capacidades humanas que as máquinas não podem reproduzir com facilidade, como empatia, colaboração e solução de problemas.

"É um erro supor que aprender código de software seja a resposta", disse Ken Goldberg, diretor do departamento de engenharia na Universidade da Califórnia em Berkeley. "Não precisamos que todo mundo seja extremamente capacitado como desenvolvedor de código Python. O que precisamos é compreender em que as máquinas são boas e em que elas não são –isso é algo que todo mundo precisa aprender".

Não é que a tecnologia deva ser evitada: muitos pesquisadores dizem que as crianças deveriam ser expostas a ela. Mas não sabemos do que as máquinas serão capazes dentro de duas décadas, quanto mais que linguagens de programação os engenheiros de software estarão usando. E esses estudiosos dizem que as crianças aprendem melhor brincando e construindo coisas do que sentadas diante de uma tela.

"Não queremos que as crianças pequenas fiquem sentadas diante do computador", disse Marina Umaschi Bers, professora de ciência da computação e desenvolvimento infantil do grupo de pesquisa da Tufts. "Queremos que elas se movimentem e trabalhem juntas".

Bers desenvolveu o robô Kibo que Declan estava usando, e a linguagem de programação ScratchJr, para crianças com menos de sete anos de idade. Mas ela diz que o ponto mais importante é ensinar pensamento computacional. Isso essencialmente envolve dividir os problemas em partes menores e criar planos para resolvê-los –com protótipos, avaliações e revisões–, em todas as áreas da vida.

"Isso é essencial para a programação e essencial para a vida", disse Bers. O currículo que ela desenvolveu, usado em escolas de todos os Estados Unidos e também no exterior, está integrado a todos os aspectos da vida escolar. Por exemplo, as crianças podem programar robôs para que interpretem os papéis de uma história que estão lendo.

Essas ideias surgiram cinco décadas atrás, por obra de Seymour Papert, matemático e teórico da educação. As crianças aprendem melhor não quando um professor ou computador lhes ministra conhecimento, dizia ele, mas quando seguem sua curiosidade e fazem coisas –seja um castelo de areia ou um robô. Como os programadores de computador, as crianças cometem erros e resolvem problemas ao longo do caminho.

Em 2006, Jeannette Wing, cientista da computação na Universidade Colúmbia, revisitou o conceito do pensamento computacional como algo que todos deveriam aprender e usar. "O pensamento computacional é a maneira pela qual pessoas resolvem problemas", ela escreveu, acrescentando exemplos do cotidiano: "Se sua filha vai à escola pela manhã, ela coloca na mochila as coisas de que precisará para o dia. Isso é acesso antecipado e uso de cache".

No acampamento da Tufts, as crianças estavam programando o robô –que não tem tela mas usa blocos coloridos de madeira e um leitor de código de barra– por meio da montagem de uma sequência de blocos que traziam comandos como "virar à direita" ou "girar".

Há uma área de teste, na qual as crianças ganham pontos pelo número de vezes que tentaram alguma coisa sem sucesso. "Não criamos um ambiente artificial em que tudo vá funcionar", disse Bers. "Permitimos que eles se frustrem, porque só aprenderão a administrar a frustração caso a sofram".

Ensinar competências sociais e emocionais está na moda na educação, agora, mas já era parte do ensino de alta qualidade há décadas, e testes aleatórios ao longo do tempo demonstraram o quanto essas competências são importantes para o sucesso adulto, disse Stephanie Jones, que estuda desenvolvimento social e emocional.

"Se você cria e educa crianças para que sejam flexíveis, resolvam problemas e se comuniquem bem, elas poderão se adaptar a um mundo novo", disse Jones.

Tradução de PAULO MIGLIACCI
 

Narlok

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antonioli

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Busca pela eficiência. Faz parte da vida e temos que nos adaptar.
 

antonioli

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Concordo. Mas meu receio é o ponto que não vai ser mais possível adaptação, entende?
Ou você se adapta ou você deixa de existir. Sempre foi assim e sempre será. Agora é muito difícil de compreender como poderemos solucionar isso no futuro mas antigamente também era quando apareciam dificuldades.
 

Ero_Seenin

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se a produtividade da humanidade subir muito pela automação + desenvolvimento científico, (e provavelmente vai mesmo), ao mesmo tempo que a demanda por mão de obra cai, acho que vai ser praticamente inevitável o uso de políticas de renda mínima, e digo isso mesmo sendo liberal, e contrário à essas coisas hoje (e principalmente em países como o Brasil que não tem economia forte para sustentar isso).
 


Doug.Exausto

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Acho a questão interessante. Que os avanços tecnológicos criarão mais empregos acho que há poucas dúvidas. Mas eu duvido muito que será na mesma proporção que a quantidade que será extinta.
 

mendingo_26

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O que vai acontecer uma hora ou outra é alguém tocar em assuntos que são tabus hoje, principalmente aquele do "crescei e multiplicai-vos". Só vejo como possível manter de forma sustentável a atual taxa de crescimento populacional se a humanidade começar a colonizar outros planetas e luas. Nesse cenário scifi iria até faltar gente. Mas com a evolução do programa espacial atual quase nulo, o que é mais provável de acontecer será partir pro controle de natalidade para tentar equalizar as coisas.

O futuro é negro.

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JrlegendrJ

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Área de ciências, pesquisa, ensino, novas tecnologias e área agricola, fora parte de vendas e marketing. Existe tbm a variável de custo de energia pra manter um número absurdo de robôs, que demanda um suprimento maior na área de energia. São essas as áreas a serem aprofundadas no futuro, creio eu.
 

ffaabbiio

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Eu sou agricultor, eu tenho 33 anos e comecei a trabalhar com meu pai na atividade quando tinha 15 anos, naquela época pra produzir na mesma área eram necessárias umas 20 ou 30 pessoas envolvidas no processo, não que todas essas pessoas eram funcionários fixos da atividade, umas 5 ou 6 pessoas fixas e o resto fazendo serviços intermitentes. Hoje só eu, meu irmão e minha mãe já fazemos tudo sozinhos, com a evolução das máquinas que usamos, só necessita de uma pessoa pra ajudar no plantio.

Mas a minha ocupação de agricultor, vejo que está com os dias contados, já existem máquinas autônomas e no futuro vejo cada vez mais a atividade concentrada na mão de quem tiver recursos para adquirir essas máquinas.

E não, não vão ser criadas vagas proporcionalmente as que serão extintas, pelo menos até hoje não aconteceu. Em várias áreas da agricultura, cada vez mais vagas são extintas e no processo de industrialização da produção agrícola, acontece a mesma coisa.

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Tudo que puder ser automatizado vai ser automatizado, isso vai acabar criar uma concentração de renda maior e mais desigual do que a que já existe hoje, na agricultura, área de processos e em algum ponto no futuro até médicos, advogados e juízes, trabalho com isso, as vezes me sinto um agente do Caos, vamos ver o que acontece, já cansei de estar vivo, então.. Fod4-C
 

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Assitam AlphaGo no Netflix é triste ver o Ser Humano se esforçando e sendo superado pela maquina..
 

quid

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O futuro será nós recebendo um tipo de bolsa família do governo enquanto robôs fazem tudo.

A única visão otimista, que tem algum fundamento, foi uma vez que eu li que podem existir profissões no futuro que nem imaginamos, se vc falasse para alguém em 1900 que existiria desenvolvedores de jogos a pessoa não poderia nem conceber o que vc estava falando, em todo caso acho que o futuro será ruim, um economista chamado Schumpeter tinha um conceito de capitalismo como destruição inovadora, ao mesmo tempo que ele destrói antigos trabalhos floresce novos, mas acho que isso há um limite quando essa automação já atinge processos cognitivos de IA.
 
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Ou você se adapta ou você deixa de existir. Sempre foi assim e sempre será. Agora é muito difícil de compreender como poderemos solucionar isso no futuro mas antigamente também era quando apareciam dificuldades.
Sim. Continuo concordando. Mas o que sempre existiu foi que o que as ocupações que deixavam de existir, eram meio que repostas por ocupações advindas dessa nova tecnologia. Meu receio é o da impossibilidade de adaptação que se avizinha.
Área de ciências, pesquisa, ensino, novas tecnologias e área agricola, fora parte de vendas e marketing. Existe tbm a variável de custo de energia pra manter um número absurdo de robôs, que demanda um suprimento maior na área de energia. São essas as áreas a serem aprofundadas no futuro, creio eu.
Não tem nada ai que não possa ser substituido.
Area agricola, o colega já falou como tá rolando.
Ensino, tem o EAD.
Vendas, a internet já reduziu e muito o mercado de vendedores.
IA e deep learning vão tomar empregos da galera de marketing.
Desses setores os unicos que manterão empregos seria o de ciências, pesquisa e novas tecnologias. Mas é um numero infimo comparado com os que tem potencial para ir embora.
 

Seu Oscar

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Tudo que puder ser automatizado vai ser automatizado, isso vai acabar criar uma concentração de renda maior e mais desigual do que a que já existe hoje, na agricultura, área de processos e em algum ponto no futuro até médicos, advogados e juízes, trabalho com isso, as vezes me sinto um agente do Caos, vamos ver o que acontece, já cansei de estar vivo, então
O problema nem é a concentração de renda. É como isso não vai quebrar o sistema.
Lembre-se por trás de uma máquina há sempre alguém controlando (monitorando)
Mas é uma pessoa controlando apenas. Continua sendo uma taxa muito baixa de reposição.
 

Doctor Kafka

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Cara, essa discussão existe desde a revolução industrial.

As pessoas vão simplesmente fazer outras coisas, como tem sido desde que inventaram a máquina a vapor.
 

Citizen Kane

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Já tem tópico sobre esse assunto e para eu não ser repetitivo, vou simplificar: Têm maquinas de refrigerantes via moedinhas em todos os estados brasileiros e demais países do globo? Não, então essas inovações tecnológicas podem até modificar o meio social, organizacional, econômico de algumas localidades, mas isso jamais será globalizado integralmente e massificado.
 

quid

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Cara, essa discussão existe desde a revolução industrial.

As pessoas vão simplesmente fazer outras coisas, como tem sido desde que inventaram a máquina a vapor.
É beeeeemm diferente de antigamente, antes máquinas substituíam processos padronizados, repetitivos, hoje elas tem um processo cognitivo de autonomia. Trabalhei em uma empresa que fazia automação de centro de distribuição e era impressionante o nível de autonomia das máquinas que eles criavam.
 

quid

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Já tem tópico sobre esse assunto e para eu não ser repetitivo, vou simplificar: Têm maquinas de refrigerantes via moedinhas em todos os estados brasileiros e demais países do globo? Não, então essas inovações tecnológicas podem até modificar o meio social, organizacional, econômico de algumas localidades, mas isso jamais será globalizado integralmente e massificado.
Assim como até hoje existe frentista no Brasil e desde sabe-se lá quando nos países desenvolvidos não existem mais, caixas de supermercado reduzidos drasticamente, até atendentes de McDonalds substituídos por tablets, mas se pensar que é só proibir isso vai criar um abismo maior entre o poderio econômico de empresas dos lugares desenvolvidos com os subdesenvolvidos.
 

Maldito Canalha

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Ou você se adapta ou você deixa de existir. Sempre foi assim e sempre será. Agora é muito difícil de compreender como poderemos solucionar isso no futuro mas antigamente também era quando apareciam dificuldades.
This.
Esses artigos todos e seu desenvolvimento, e aqui incluo o outro tópico sobre os "inúteis", ao meu ver, são paradoxais, pois fazem uma análise aparentemente dinâmica conseguir ser estática. A última frase do @Furlan e o post que citei resumem tudo. De nada adianta projetar algo com base na interatividade do ser humano de hj com seu meio. As mudanças serão sempre conjuntas, e até a palavra "adaptação" é insuficiente, mas a mais adequada. Minha opinião.
 
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Sim. Continuo concordando. Mas o que sempre existiu foi que o que as ocupações que deixavam de existir, eram meio que repostas por ocupações advindas dessa nova tecnologia. Meu receio é o da impossibilidade de adaptação que se avizinha.

Não tem nada ai que não possa ser substituido.
Area agricola, o colega já falou como tá rolando.
Ensino, tem o EAD.
Vendas, a internet já reduziu e muito o mercado de vendedores.
IA e deep learning vão tomar empregos da galera de marketing.
Desses setores os unicos que manterão empregos seria o de ciências, pesquisa e novas tecnologias. Mas é um numero infimo comparado com os que tem potencial para ir embora.
Ascensão social no futuro será só para mentes brilhantes, melhor seria ter nascido 40 anos antes que só com trabalho duro vc conseguia ascensão social.
 

sparcx86_GHOST

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já vejo por aqui uns kits de desenvolvimento de robos para crianças, custam aí coisa de 20 30 euros no máximo.
da pra ter uma boa introdução de como funciona.
acho que a tendencia é esta mesmo
 

Narlok

Bam-bam-bam
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Tudo que puder ser automatizado vai ser automatizado, isso vai acabar criar uma concentração de renda maior e mais desigual do que a que já existe hoje

Vai? Da mesma maneira que as inovações surgidas da revolução industrial elevaram absurdamente a qualidade de vida daqueles que eram escória no sistema feudal? Blz


.
 

Dig Joy

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Vai? Da mesma maneira que as inovações surgidas da revolução industrial elevaram absurdamente a qualidade de vida daqueles que eram escória no sistema feudal? Blz


.
Existe um abismo de diferença na sua comparação...
  • No inicio da revolução industrial, investiu-se na qualidade de vida humana pela simples necessidade de venda de produtos. Não por que eles eram bonzinhos, os produtos foram criados para serem vendidos. Um exemplo disso são os smartphones hoje, antes até que podiam ser algo altamente necessário, porem com o avanço tão rápido da massificação, eles tem de inventar coisas para vender smartphones, coisas que até são extremamente desnecessárias.
  • Agora com a automação, pensa-se não na venda de produtos, sim na facilidade de produção desses produtos, diminuindo a mão de obra e invariavelmente não diminuindo o custo dos produtos para o consumidor final. Ou você sentiu a diminuição dos preços dos produtos básicos, mesmo com o uso de cada vez mais maquinas para aumentarem a produção?
Comparar as duas épocas soa no mínimo burro, já que as revoluções são totalmente diferentes, além da latente diferença delas enquanto ao seu objetivo final.
Enquanto uma queria a produção de novos produtos, para vender mais (coisas diferentes).
Outra quer o aumento de sua produção sem a necessidade de mão de obra (diminuição do custo de produção).

Enquanto uma inova, outra continua no arroz com feijão somente aumentando sua produção.

O avanço tecnológico atual não vira da revolução autômata, vira dos resquícios da revolução industrial (criar algo novo para vender).
 

mendingo_26

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Mas é uma pessoa controlando apenas. Continua sendo uma taxa muito baixa de reposição.
Isso é um dos vários exemplos que a máquina definitivamente não irá acabar com o trabalho humano, no caso estamos tendo uma repaginadas em vários setores e por exemplo, hoje a grande procura é de profissionais na área da robótica e de Inteligência Artificial. Hoje as grandes empresas estão visando a reformulação do funcionário e não que ele fique parado no tempo fazendo a mesma coisa a 30 anos, porque a visão de substituição de determinados setores na indústria é certa.
 

JrlegendrJ

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Sim. Continuo concordando. Mas o que sempre existiu foi que o que as ocupações que deixavam de existir, eram meio que repostas por ocupações advindas dessa nova tecnologia. Meu receio é o da impossibilidade de adaptação que se avizinha.

Não tem nada ai que não possa ser substituido.
Area agricola, o colega já falou como tá rolando. Verdade.
Ensino, tem o EAD. Que ainda depende da criação e renovação de conteúdo programático, além de sistemas por trás dos mesmos e da aula de pesquisa.
Vendas, a internet já reduziu e muito o mercado de vendedores. Mas ainda não acabou, e está longe de acabar. Parte grande da venda se deve ao palpável, e a não ser que inventem um sistema de AR absurdamente forte essa área ainda não corre risco de extinção. Não digo pra mercados aliás, digo para outros tipos de produto
IA e deep learning vão tomar empregos da galera de marketing. Nem sempre. A máquina pode ver a tendência e a probabilidade, mas o tato e a inovação ainda parte do humano. São pontos que a máquina ainda está longe de conseguir.
Desses setores os unicos que manterão empregos seria o de ciências, pesquisa e novas tecnologias. Mas é um numero infimo comparado com os que tem potencial para ir embora.
Mas são justamente desses ramos que podem seguir outros que façam que o trabalho humano consiga prosperar. O problema será se essas pesquisas se tornarem escassas no termo de inovação. Aí teremos um enorme problema.

Fora que ainda há o problema da energia x custo de máquina. Em um ponto teremos que otimizar as máquinas para gastarem quase nada de energia ou toda a população será voltada para produção da mesma.
 

The Observer

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Assunto muito interessante.

Parece que estamos lascados mesmo, porém isso leva a um paradoxo:

Os robôs produzirão mais e com menor custo substituindo empregados humanos, porém isso também aumentará gradativamente o desemprego. Se a maior parte dos trabalhadores estarão desempregados por causa da automação, como irão comprar os produtos produzidos pelos robôs?
 
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BCZero

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Cara, essa discussão existe desde a revolução industrial.

As pessoas vão simplesmente fazer outras coisas, como tem sido desde que inventaram a máquina a vapor.

Olá, Furlan.

Então, amigo, penso que de certa forma o seu racicínio está correto, pois a história da humanidade é justamente a história da luta pela adaptação e sobrevivência, sendo que a Revolução Industrial é um dos marcos mais notáveis nessa temática de homem x máquina.

No entanto, um posicionamento também citado pelos colegas, que me faz muito sentido, é justamente a velocidade com que essas mudanças tem se tornado realidade em nossas vidas, o que me faz pensar em até que pontos somos “adaptáveis” às novas tecnologias e a realidade que se avizinha.

E é justamente esse ponto obscuro que me preocupa, pois se o contigente de “inadaptáveis” for expressivo de mais, quer dizer que a necessidade do Estado para não os deixar perecer vai ser praticamente inafastável... E Estado faminto geralmente é sinônimo de alto custo para os profissionais ativos (vulgos contribuintes)...

Enfim, sei que estamos apenas expondo pontos de vistas sobre algo totalmente abstrato e sujeito às variações das mais diversas ordens, mas ainda assim é um tema de tirar o sono de quem está vivendo essa “era de mudança”, como diz o Murilo Gun.


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quid

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Assunto muito interessante.

Parece que estamos lascados mesmo, porém isso leva a um paradoxo:

Os robôs produzirão mais e com menor custo substituindo empregados humanos, porém isso também aumentará gradativamente o desemprego. Se a maior parte dos trabalhadores estarão desempregados por causa da automação, como irão comprar os produtos produzidos pelos robôs?
Com o que vão receber do governo, mesmo com robôs as empresas pagarão impostos que subsidiarão as pessoas.

Uma opção seria cobrar um imposto diferenciado; empresas que utilizam robôs pagariam mais imposto, que utilizam humanos pagarim menos imposto.

Curioso como isso deveria ser a discussão do momento no mundo, mas só o que leio é feminismo, homofobia, bla bla bla.
 
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Liljhou

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se a produtividade da humanidade subir muito pela automação + desenvolvimento científico, (e provavelmente vai mesmo), ao mesmo tempo que a demanda por mão de obra cai, acho que vai ser praticamente inevitável o uso de políticas de renda mínima, e digo isso mesmo sendo liberal, e contrário à essas coisas hoje (e principalmente em países como o Brasil que não tem economia forte para sustentar isso).

O que vai acontecer é a migração de serviço das áreas afetadas, e o crescimento de empregos relacionado a computação, engenharia, programação de máquinas, suporte e etc
 

Setzer1

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Quem não quer ler o wall of text apenas veja o video 2 abaixo (em portugues).



Ou você se adapta ou você deixa de existir. Sempre foi assim e sempre será. Agora é muito difícil de compreender como poderemos solucionar isso no futuro mas antigamente também era quando apareciam dificuldades.

o problema não é que iremos nos adaptar no futuro. è o período de transição
Se milhões de pessoas começarem a se ver sem emprego e sem alternativa e chegar numa massa critica vc terá problemas sociais graves que podem até mesmo derrocar em revoltas e caos social.

O desafio a frente é novo numa proporção que não existia. Logo as soluções terão que ser novas.
E vão ter que vir mais rápidas do que nunca em um mundo que vai se automatizar mto mas mto rápido.

Acho a questão interessante. Que os avanços tecnológicos criarão mais empregos acho que há poucas dúvidas. Mas eu duvido muito que será na mesma proporção que a quantidade que será extinta.

Isso ja está acontecendo. Olhe o google. Compare o que eles dão de emprego vs todas as áreas da economia que eles simplesmente botaram na rua. A conta não fecha no curto nem no médio prazo.

Tb tem o problema que os empregos criados exigem curso superior. Mas se um país bota 50% da sua população no curso superior hoje é mto. Fora os que vão pra áreas de humanas que pra esses empregos é o mesmo que nada. (PS: Eu sou humanas, essencial pra humanidade mas pra empregos tecnológicos irrelevante ;P).

Lembre-se por trás de uma máquina há sempre alguém controlando (monitorando)

Era verde até o avanço das AI. Hoje já existem maquinas que estão demitindo os próprios programadores que as criam.
Se vc perguntar pro engenheiro chefe do google como o algoritmo de busca deles funciona exatamente ele não vai saber te responder.

Isso pq o algoritmo é tão complexo que nenhum humano é capaz de compreende-lo. (Video abaixo tem legenda em portugues).




Cara, essa discussão existe desde a revolução industrial.

As pessoas vão simplesmente fazer outras coisas, como tem sido desde que inventaram a máquina a vapor.

Vc está ignorando problemas básicos.
Digamos que nós próximos 20 anos. 30% dos empregos deixarão de existir.
Uma % conseguirá ir pra áreas como artesanato.
Outros virarão artistas.
E uma % menor ainda conseguirá usar suas reservas e montar um negocio.

Mas a verdade que se isso absorver 5% dessa força de trabalho é muito.

com 25% desempregado, sem vagas pq a demanda está sendo atingida e sem dinheiro para se sustentarem ou criarem um negocio ou mesmo conhecimento pra isso (Pq só tem 2º grau e universidade é cara) . A Sociedade não vai funcionar. Em 1929 era menos que isso e os EUA quase entrou em revolução.

Esses 25% exigirão uma solução e cabeças quentes vão acabar prevalecendo se algo não for feito.

Agora acha 30% muito? 50% dos Empregos nos EUA podem ser automatizados e serão nos próximos 20 anos.
Mais do que isso no Brasil. Especialmente se a tecnologia baratear.

Isso pq pela primeira vez não são apenas os trabalhos manuais sendo atingidos. Nem os trabalhos repetitivos.
Mas o Próprio trabalho pensante, de colarinho branco, está sendo afetado.

Nem quem tem curso superior está a salvo.

Só de taxis + motoristas de caminhão + Teleentrega você tem mais de 20% da força de trabalho dos EUA. E 100% deles estarão demitidos no momento que o carro autônomo (Que ja chega ano que vem) deslanchar.

Em Londres ja estão testando robos para tele-entrega. (vc abre o compartimento do robo com 1 código mandado por SMS). A empresa ta gostando e ja encomendou mais robôs. È questão de tempo aparecer robôs melhores, rápidos e baratos.

E quando a massa critica chegar, vai ocorrer tão rápido que quando perceberem a situação estará instalada.

O video abaixo explica melhor. (Em portugues).



Não significa que isso vá acontecer 100% de chance. (Como tudo tecnologia pode atrasar, nunca ficar barata o bastante, leis podem frear o avanço, impostos, etc).
Mas a chance de virarmos os cavalos de 1910 é real e a chance nunca foi tão grande. Não se preparar pra isso seria temeroso no minimo.

O que vai acontecer é a migração de serviço das áreas afetadas, e o crescimento de empregos relacionado a computação, engenharia, programação de máquinas, suporte e etc

não tem vagas na computação e tecnologia suficiente pra tanta gente pq elas tb estão sendo automatizadas.
 

Liljhou

Bam-bam-bam
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não tem vagas na computação e tecnologia suficiente pra tanta gente pq elas tb estão sendo automatizadas.

wtf? cara alguém ainda vai ter que projetar, criar, desenhar, programar etc as máquinas, se não estaríamos na Skynet do filme do Exterminador do futuro.
 
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