Pré-estréia de Avatar, são 7h da noite e estamos eu mais três amigos comendo na praça de alimentação do shopping esperando as primeiras pessoas irem pra fila pra gente se juntar a eles. 7:45 h a fila começa a se formar para a primeira sessão de Avatar que começaria às 9h da noite. Fomos pra lá, e a expectativa era alta, comentários já denunciavam a ansiedade de quase todos presentes,e fiz questão de levar um amigo que nunca tinha ouvido falar em James Cameron, e nem se preocupa com cinema e tals, só pra ver sua reação.
Acomodados num dos melhores lugares da sala, começa-se então a sessão; os diálogos iniciais como em todo filme demoram a nos envolver, a dublagem (afinal assistimos numa sessão 3d) e o cinema daqui optou por esse formato, incomoda um pouco; principalmente para quem já se acostumou com as famosas frases do trailer. Com o tempo a gente se acostuma, e deixa rolar.
Sem dúvida nenhuma o filme começa a pegar fogo quando entramos, juntamente com Jake, em Pandora. Bom, falar das plantas, dos animais, da riqueza visual é chover no molhado; são mais que impressionantes, são inebriantes, todos os efeitos, as cores, o som, o deslumbramento do personagem, tudo é captado de uma forma tão sensorial pelos nossos sentidos que ficamos embasbacados pelo mundo criado pelo senhor James Cameron.
E sobre a imersão do espectador pela técnica do 3d esta é feita de forma gradual, nada forçada e muito bem planejada para colocar o espectador no lugar onde ele deve estar, dentro do filme. Aos poucos percebemos que estamos diante de um grande contador de histórias, que apenas está utilizando mais um recurso disponível para dar vida ao mundo imaginado por ele. Os efeitos em 3d são sim um recurso importantíssimo para nos trasnportar a Pandora, mas fica claro e muito claro que a história sobrevive sem tais efeitos; eles só trazem mais deslumbramento e mais "ohhh" "uhhh" por parte do espectador.
Quando os personagens mostram a que veio e a história começa a incendiar a tela, até esquecemos que estamos diante de um filme recheado de efeitos especiais ou que os tais navi´s foram feito com "motion picture" e cgi, esquecemos de todas as críticas negativas, inclusive as das pessoas que nem sequer viram o fime. Estamos tão imersos no universo de pandora, que como o personagem principal ficamos irritados cada vez que seu avatar volta para a forma humana. Até nesse ponto o diretor não esconde sua clara preferência por pandora e o espectador claro, acompanha essa tendência. Estamos, tal qual o personagem, apaixonados pelos habitantes, por sua cultura, por sua conexão com a natureza, pela pureza presente naquele mundo.
Que a história era simples, disso todos já sabíamos, mas as mesmas pessoas que a pré-julgaram de simples será que serão capazes de julgar, ou melhor, será que serão capazes de perceber o quanto a história é bela, apaixonante, e profunda em termos de sentimentos (não estou me referindo a emaranhado de situações que muitas vezes confundem o espectador, e é tido como ótimos roteiros), será que terão a sensatez de se entregarem a uma das mais puras sensações humanas; o delumbramento.
E quando falo em deslumbramento não falo apenas do visual, que é de longe, anos-luz, o mais perfeito já visto nas telas do cinema. Me refiro ao deslumbramento que a história como um todo nos causa, a cultura é tao rica, o universo deles está tão conectado ao puro, ao belo, ao natural, ao bom , que quem chama esse roteiro de um script falho é porque não teve a inteligência de entendê-lo.Cameron a cada tomada, a cada diálogo navi, nos transporta para o mundo deles, para um mundo simplesmente natural, singelo.
O roteiro não nos faz pensar? Bom considero muito mais um roteiro simples que me faz indagar sobre minha condicão humana do que um roteiro picoteado que me faz pensar somente sobre o desfecho da história, pois parece que essa é a noção de bom roteiro para muitos. Estamos diante de um filme que nos faz pensar a todo momento, que nos faz ter asco do que estamos a nos tornar, que faz a gente se deslumbrar com um mundo muito distante do nosso. Talvez seja a maior crítica que a nossa sociedade global tenha levado, pois nunca fomos apresentados a um mundo tão superior ao nosso, nunca fomos transportados para um universo tão bem criado e unicamente realizado como este. E pensar que um dia já tivemos culturas como as do navi´s, é impossível evitar as referências aos massacres que as culturas indígenas americanas sofreram e ainda sofrem.
Aberto a caixa de Pandora, já estamos acostumados ao seu habitat, já estamos quase falando ou entendo o idioma deles, tamanha a conexão. Há momentos que eles não traduzem as falas dos navi´s, e percebemos que não havia necessidade, pois as atuações, pasmem! as atuações, nos dizem, (isso sinceramente não acontece em nehuma parte de O Senhor dos Anéis). Bom quando passa o delumbramento inicial pela beleza de pandora e riqueza da cultura de seus habitantes, Cameron inicia o que ele sabe fazer e o faz com maestria, somos invadidos por cenas de ação sem precedentes na história, junte todas as batalhas de grandes filmes, e chegará perto da eclosão de Avatar. Falar que são impressionantes é usar clichê, para falar a verdade não existem palavras para definir as batalhas de Avatar, vá ao cinema mais próximo e veja, ou melhor sinta, se deixe imergir pela obra, sem preconceitos, sem cobranças, e de forma natural você estará diante de uma experiência inovadora, emocionante e estonteante.
Durante a sessão é fácil você ouvir palavras de ovações, suspiros e até frases como a de um moço sentado na fileira atrás de mim, que no ápice da batalha final soltou " put* que pariu, esse filme mandou star wars tomar no **" . Quando vemos as últimas imagens de pandora, a platéia não aguenta e um solta um "urhuuuuuuuu" e o cinema inteiro bate palmas, para a tela escura mesmo, para os créditos, para a viagem que acabamos de embarcar.
Meu amigo que nunca ouvir falar de Cameron ficou fascinado e veio me perguntar se todo filme era assim, se todo filme tinha esses efeitos, detalhe ele não é muito de ir ao cinema, eu falei para ele que na verdade esse era o filme que tava deixando todos os outros para trás, era o filme que veio para ser um marco do novo cinema, e que todas as grandes produções vão ter que suar muito para impressionar, para nos transportar para dentro de uma tela. As pernas, ao final da sessão não respondem mais ao sentido racional do corpo, que é deixar a sala de cinema, as pernas querem ficar, sério os arrepios são tão verdadeiros que não queremos abandonar o mundo para o qual o nosso corpo foi levado, talvez por isso esse filme atenda pelo nome de Avatar, pois viajamos juntos com os personagens, somos transportados a ponto de nosso corpo querer continuar ali. E sim, tem hora que quase tocamos em Pandora. Tem hora que Pandora nos toca, e nesse momento você não vai pensar em mais nada, vai apenas sentir....
Elton
Acomodados num dos melhores lugares da sala, começa-se então a sessão; os diálogos iniciais como em todo filme demoram a nos envolver, a dublagem (afinal assistimos numa sessão 3d) e o cinema daqui optou por esse formato, incomoda um pouco; principalmente para quem já se acostumou com as famosas frases do trailer. Com o tempo a gente se acostuma, e deixa rolar.
Sem dúvida nenhuma o filme começa a pegar fogo quando entramos, juntamente com Jake, em Pandora. Bom, falar das plantas, dos animais, da riqueza visual é chover no molhado; são mais que impressionantes, são inebriantes, todos os efeitos, as cores, o som, o deslumbramento do personagem, tudo é captado de uma forma tão sensorial pelos nossos sentidos que ficamos embasbacados pelo mundo criado pelo senhor James Cameron.
E sobre a imersão do espectador pela técnica do 3d esta é feita de forma gradual, nada forçada e muito bem planejada para colocar o espectador no lugar onde ele deve estar, dentro do filme. Aos poucos percebemos que estamos diante de um grande contador de histórias, que apenas está utilizando mais um recurso disponível para dar vida ao mundo imaginado por ele. Os efeitos em 3d são sim um recurso importantíssimo para nos trasnportar a Pandora, mas fica claro e muito claro que a história sobrevive sem tais efeitos; eles só trazem mais deslumbramento e mais "ohhh" "uhhh" por parte do espectador.
Quando os personagens mostram a que veio e a história começa a incendiar a tela, até esquecemos que estamos diante de um filme recheado de efeitos especiais ou que os tais navi´s foram feito com "motion picture" e cgi, esquecemos de todas as críticas negativas, inclusive as das pessoas que nem sequer viram o fime. Estamos tão imersos no universo de pandora, que como o personagem principal ficamos irritados cada vez que seu avatar volta para a forma humana. Até nesse ponto o diretor não esconde sua clara preferência por pandora e o espectador claro, acompanha essa tendência. Estamos, tal qual o personagem, apaixonados pelos habitantes, por sua cultura, por sua conexão com a natureza, pela pureza presente naquele mundo.
Que a história era simples, disso todos já sabíamos, mas as mesmas pessoas que a pré-julgaram de simples será que serão capazes de julgar, ou melhor, será que serão capazes de perceber o quanto a história é bela, apaixonante, e profunda em termos de sentimentos (não estou me referindo a emaranhado de situações que muitas vezes confundem o espectador, e é tido como ótimos roteiros), será que terão a sensatez de se entregarem a uma das mais puras sensações humanas; o delumbramento.
E quando falo em deslumbramento não falo apenas do visual, que é de longe, anos-luz, o mais perfeito já visto nas telas do cinema. Me refiro ao deslumbramento que a história como um todo nos causa, a cultura é tao rica, o universo deles está tão conectado ao puro, ao belo, ao natural, ao bom , que quem chama esse roteiro de um script falho é porque não teve a inteligência de entendê-lo.Cameron a cada tomada, a cada diálogo navi, nos transporta para o mundo deles, para um mundo simplesmente natural, singelo.
O roteiro não nos faz pensar? Bom considero muito mais um roteiro simples que me faz indagar sobre minha condicão humana do que um roteiro picoteado que me faz pensar somente sobre o desfecho da história, pois parece que essa é a noção de bom roteiro para muitos. Estamos diante de um filme que nos faz pensar a todo momento, que nos faz ter asco do que estamos a nos tornar, que faz a gente se deslumbrar com um mundo muito distante do nosso. Talvez seja a maior crítica que a nossa sociedade global tenha levado, pois nunca fomos apresentados a um mundo tão superior ao nosso, nunca fomos transportados para um universo tão bem criado e unicamente realizado como este. E pensar que um dia já tivemos culturas como as do navi´s, é impossível evitar as referências aos massacres que as culturas indígenas americanas sofreram e ainda sofrem.
Aberto a caixa de Pandora, já estamos acostumados ao seu habitat, já estamos quase falando ou entendo o idioma deles, tamanha a conexão. Há momentos que eles não traduzem as falas dos navi´s, e percebemos que não havia necessidade, pois as atuações, pasmem! as atuações, nos dizem, (isso sinceramente não acontece em nehuma parte de O Senhor dos Anéis). Bom quando passa o delumbramento inicial pela beleza de pandora e riqueza da cultura de seus habitantes, Cameron inicia o que ele sabe fazer e o faz com maestria, somos invadidos por cenas de ação sem precedentes na história, junte todas as batalhas de grandes filmes, e chegará perto da eclosão de Avatar. Falar que são impressionantes é usar clichê, para falar a verdade não existem palavras para definir as batalhas de Avatar, vá ao cinema mais próximo e veja, ou melhor sinta, se deixe imergir pela obra, sem preconceitos, sem cobranças, e de forma natural você estará diante de uma experiência inovadora, emocionante e estonteante.
Durante a sessão é fácil você ouvir palavras de ovações, suspiros e até frases como a de um moço sentado na fileira atrás de mim, que no ápice da batalha final soltou " put* que pariu, esse filme mandou star wars tomar no **" . Quando vemos as últimas imagens de pandora, a platéia não aguenta e um solta um "urhuuuuuuuu" e o cinema inteiro bate palmas, para a tela escura mesmo, para os créditos, para a viagem que acabamos de embarcar.
Meu amigo que nunca ouvir falar de Cameron ficou fascinado e veio me perguntar se todo filme era assim, se todo filme tinha esses efeitos, detalhe ele não é muito de ir ao cinema, eu falei para ele que na verdade esse era o filme que tava deixando todos os outros para trás, era o filme que veio para ser um marco do novo cinema, e que todas as grandes produções vão ter que suar muito para impressionar, para nos transportar para dentro de uma tela. As pernas, ao final da sessão não respondem mais ao sentido racional do corpo, que é deixar a sala de cinema, as pernas querem ficar, sério os arrepios são tão verdadeiros que não queremos abandonar o mundo para o qual o nosso corpo foi levado, talvez por isso esse filme atenda pelo nome de Avatar, pois viajamos juntos com os personagens, somos transportados a ponto de nosso corpo querer continuar ali. E sim, tem hora que quase tocamos em Pandora. Tem hora que Pandora nos toca, e nesse momento você não vai pensar em mais nada, vai apenas sentir....
Elton