O que há de Novo?
Fórum Outer Space - O maior fórum de games do Brasil

Registre uma conta gratuita hoje para se tornar um membro! Uma vez conectado, você poderá participar neste site adicionando seus próprios tópicos e postagens, além de se conectar com outros membros por meio de sua própria caixa de entrada privada!

  • Anunciando os planos GOLD no Fórum Outer Space
    Visitante, agora você pode ajudar o Fórum Outer Space e receber alguns recursos exclusivos, incluindo navegação sem anúncios e dois temas exclusivos. Veja os detalhes aqui.


[COMICS] Social Justice War - O fim está próximo?

Bloodstained

Mil pontos, LOL!
Mensagens
23.645
Reações
106.776
Pontos
1.003
Pela volta da sutileza da cueca por cima da calça

432264-nightcrawler-monster-2-768x565.jpg

Quadrinhos podem ser puro escapismo, pura diversão, pura poesia (Moonshadow, de J. M. DeMatteis), pulo lirismo (O Edifício, de Will Eisner é obrigatório) pura alegoria política (Maus, do Art Spiegelman) ou pura comédia (Liga da Justiça, de Keith Geffen).

Há quadrinhos panfletários, quadrinhos de contracultura, mas não quer dizer que os quadrinhos “de linha” sejam alienados. O sujeito usar uma capa e a cueca por cima da calça não o torna ignorante ao resto do mundo. Nem o leitor.

A primeira vez que eu soube que havia perseguição e preconceito sistemático contra ciganos na Europa foi em X-Men, quando narraram a infância de Vanda e Pietro, a Feiticeira Escarlate e o Mercúrio não tão legal na Disney quanto na Fox. O Homem-Aranha foi muito mais do que um paralelo de identificação para nerds hostilizados por valentões no colégio. Muitas questões sociais eram discutidas abertamente nas histórias.

Randy-Tells-It-Like-It-Is.jpg

Em 1970 no número 106 de Superman’s Girlfriend, Lois Lane, ela resolve usar um equipamento kryptoniano para mudar de etnia, e experimentar 24 horas como uma mulher negra. Poderia ser uma chance de várias páginas de puro humor racista rasteiro, hoje em dia fariam denúncia social maniqueísta de mão pesada. Ela encontrou uma realidade diferente da sua, com pessoas boas, pessoas ruins e militantes bem-intencionados mas com discurso de ódio.

subway-lois-768x391.jpg

No final o militante é salvo por uma transfusão de sangue de Lois e percebe que o mundo não é preto e branco. Ela por sua vez descobre que há milhares de atitudes racistas do dia-a-dia que nunca havia notado. Hoje em dia essa história jamais seria feita pois os militantes ignorariam todo o contexto, só sairiam gritando “BLACKFACE” e pedindo boicote contra a DC.

Lois_Lane_106.jpg

Um título que abordava frequentemente questões sociais era X-Men, onde Noturno tinha crises existenciais por causa de sua fé, algo raramente discutido em quadrinhos. As histórias usavam o preconceito contra mutantes como uma alegoria, abrindo um guarda-chuva tão grande que praticamente todos as minorias se viam representadas ali. A metáfora funciona tanto para gays quanto para negros, orientais, etc. Até porque o modus operandi é sempre o mesmo, começa com a desumanização do seu alvo:

daysfuture.jpg
Dias de Um Futuro Esquecido é um clássico até hoje, uma narração quase didática de como, ao abrir mão de algumas liberdades e segregar um grupo, a Humanidade inexoravelmente termina em uma distopia totalitária, onde o menor desvio do comportamento “correto” é punido com rigor.

O melhor de tudo é que todas essas histórias eram ótimas, não tinham mão pesada, não eram cartilhas de DCE, não eram textão de Facebook. Eram histórias de super-heróis abordando temas da realidade, às vezes usando alegorias, às vezes sendo diretos. Pombas, um dos mutantes mais poderosos do Universo era cadeirante! Tão poderoso que só tinha um inimigo verdadeiro:

professorxinimigo.jpg

Hoje em dia os jovens são burros e mimados demais para entender alegorias e metáforas. No Tumblr, acusam o Professor X de ser “branco privilegiado”. Só entendem mensagens repletas de slogans e clichês, de preferência com letras grandes e palavras pequenas. Não aceitam contexto e tudo, TUDO deve ser visto sob a pior luz possível.

Um bom exemplo foi o chilique que rolou por causa deste poster do último X-Men:

2648149449.jpg

Ele é o Apocalypse, o primeiro dos mutantes, uma entidade maligna e poderosíssima, nascido no Egito dos Faraós. Ele quer destruir o mundo, considera todas as coisas vivas insignificantes como insetos. Na cena da foto ele acaba de ser traído quando a Mística muda de lado e se alia aos X-Men.

Segundo os chiliquentos a cena é sexista machista e promove violência contra mulheres.

Matar um sujeito usando só os pés, tudo bem eu imagino.

misticafoda.jpg
Vivemos uma época em que não há mais sutileza. Lembra do clássico episódio de Star Trek, que discutiu abertamente racismo, mostrando como era uma prática idiota e sem-sentido, e para isso usaram um planeta com duas espécies idênticas, com apenas uma diferença de cor, que por isso se odiavam?

Startrek1.jpg

Para a geração Tumblr lacradora moderna de militantes, a única forma com que o episódio funcionaria é assim!

startrek2.jpg

Acha que estou exagerando na lacração, acha que os quadrinhos não estão de mão pesada? Veja esta capa:

Você não viu nada. Lembra quando Thor virou mulher? Não, não digo quando a Jane Foster virou Thordis:

Também não falo da mitologia nórdica, quando Thor e Like de disfarçaram de mulher para recuperar Mjolnir, digo da versão recente, quando a Marvel agradou (aparentes) milhões de militantes com um Thor mulher, completa com discurso lacrador:

ladythor.jpg

A Thor é tão empoderada que sua simples presença conseguiu convencer a vilã a decretar uma trégua, afinal o que vale é a sororidade e as minas não devem lutar entre si:

kdompoz.jpg

Eu sei, eu sei... O QI médio atual é abaixo da temperatura ambiente, as pessoas não são como antigamente, quando a gente leu a aventura da Jane Foster como Thor, achou o máximo ela chutar bundas e não mandamos cartas ameaçando Stan Lee de morte porque o mais poderoso dos Vingadores era uma mulher:

thordis.jpg

E por falar em mulher, lembra da Mulher-Maravilha? Princesa amazona, basicamente uma deusa, que chuta bundas e é um dos 3 Grandes Personagens da DC, lado a lado com Batman e Super-Homem?

837ad1d7503e5286b9ce7a12581471a8.jpg

Pois é. A mulher que é quase tão forte quando o Super-Homem, a mulher que enfrenta o Darkseid na unha e ganha, a mulher que peita Ares, o Deus da Guerra, essa mulher reclama de… mansplaining.

rnFASzz.jpg

CARDOSOSPLAINING:
O conceito de “mansplaining” é bem simples: é uma idéia surreal criada por feministas lacradoras de xoxomídia, para rejeitar qualquer explicação que contrarie a Narrativa, se vier de um homem. Por exemplo: Quando uma retardada do Tumblr chilicou dizendo que tinham ESCONDIDO a Mulher-Maravilha na divulgação de Batman vs Superman… Você sabe, este filme aqui:

wonder-woman-superman-batman-justice-dawn-cover-entertainment.jpg

Quer ver o motivo pelo qual não devemos dar atenção a alas loucas e extremistas? Esta capa não é boa o suficiente para a militância. As loucas do Jezebel reclamaram que… o nome da Mulher-Maravilha não aparece.
Vários comentaristas explicaram que a personagem havia aparecido em toneladas de material de divulgação que sua presença foi anunciada na ComicCon, etc, etc. A autora do post desconsiderou TODAS as informações, dizendo que eram “mansplaining”, homens exercendo seu privilégio e a tratando de forma condescendentezzzzzz….
Ou seja: é algo que uma princesa amazona não chegaria nem a notar em seu radar. Não combina com a personagem, é pequeno, chega a ser mesquinho. Ela enfrenta deuses, não vai se irritar com um idiota falando bobagem.
Infelizmente a indústria dos quadrinhos está quase toda assim. Autores atrás de aplauso fácil e com medo da turba dos ofendidos profissionais criam histórias com mão pesada, maniqueístas e com zero sutileza ou estilo. Títulos como Mockingbird, uma personagem que ficou popular com Agentes da SHIELD viraram pura panfletagem:

QLDU4EP.jpg

Não que todos os títulos sejam assim. Há excelentes personagens muito bem escritos que preenchem os critérios de minorias, o Homem-Aranha de Miles Morales é excelente, e os leitores AMAM a Ms Marvel. O mesmo leitor que rejeita a Mockingbird e seu feminismo de marreta ADORA a Kamala Khan, uma MS Marvel adolescente muçulmana:

ms_marvel.jpg

A militância precisa entender que quando nós leitores rejeitamos essas histórias, não estamos rejeitando as causas. Não é “eu odeio feminismo não vou ler essa história”. Nós rejeitamos por serem histórias RUINS. Não adianta tentar justificar com machismo e preconceito o fato de não saberem escrever boas histórias. Essa desculpa não colou com Ghostbusters.
Até porque, convenhamos, por essa lógica nós pirocos opressores iríamos ODIAR um filme cheio de minorias, negros, onde todos os brancos são vilões e a principal personagem é uma mulher forte poderosa decidida e empoderada, certo?

timthumb.jpg

P.S.: Achou que acabou? Amanhã tem a continuação, e a coisa piora muito.

Fonte
 
Ultima Edição:

Bloodstained

Mil pontos, LOL!
Mensagens
23.645
Reações
106.776
Pontos
1.003
Militar é preciso mas tirar o escorpião do bolso também ajuda, floquinho.

ghostbusters.jpg

No texto de ontem (tecnicamente anteontem, mas quem está contando?) mostrei como a indústria de quadrinhos está abrindo as pernas para a militância, trocando suas histórias que divertiam ao mesmo tempo em que muitas vezes apontavam problemas sérios ocorrendo no mundo por panfletagem rasteira, pregando aos convertidos e transformando uma mídia que levou décadas para desenvolver tons de cinza em algo maniqueísta e rasteiro.

O discurso que as editoras compraram, e boa parte dos estúdios de cinema e TV também é que diversidade vende. Que Hollywood era branca demais, e que havia todo um contingente de minorias excluídas clamando por representatividade. Você sabe, se construir, eles virão.

field1-jumbo.jpg

Claro que esse é o racional dos estúdios, a militância que cobra diversidade nos filmes está pouco se lixando pra lucro, ou perceberiam que Hollywood faz isso desde sempre, Máquina Mortífera não colocou Mel Gibson do lado de um negro para irritar o Fürher, Danny Glover estava lá para agradar uma boa parcela dos espectadores, e isso deu tão certo que o estúdio topou colocar supremacistas brancos como vilões do segundo. Sim, eu aprecio a ironia de Mel Gibson (mesmo sendo) ser chamado de racista depois de ter feito um filme com sulafricanos brancos malvados e denunciando o Apartheid.

Só que Roger Murtaugh é um put* personagem, e, reforçando o texto anterior, o filme não é panfletário. Mesmo com Mel Gibson literalmente carregando cartazes

placeholder-title.jpg

Se o objetivo fosse mais diversidade, seria excelente. Sandman de Neil Gaiman é uma obra maravilhosa por incorporar lendas de dezenas de culturas. Wolverine é sempre mais legal quando vai pro Japão. Até The Martian ficou muito mais legal com a participação da China. Mais diversidade significa mais possibilidades de contar histórias, e isso é bom.

Só que a militância não quer isso, quer panfletagem de verdade, quer filmes didáticos, maniqueístas e que não deixem dúvida de quem são os vilões. Homens Brancos Ocidentais, claro. Alguns estúdios compraram o peixe, a Marvel principalmente comprou o peixe, e agora estamos vendo o resultado.

Quando anunciaram um ghostbusters com mulheres os fãs ficaram com pé atrás, já a militância adorou. A internet entrou em êxtase, seria a grande virada, a quebra de paradigma, o momento em que Hollywood perceberia que o caminho é a diversidade, que as mulheres estavam cansadas daquelas estrelas impossivelmente magras e seu padrão de beleza inatingível. A representatividade venceria.

O resultado? O filme fez US$229 milhões no mercado mundial. Só o orçamento foi de US$144 milhões. Lanterna Verde, aquela pilha fumegante de b*sta fez US$219 milhões. Ghostbusters foi execrado por público e crítica. As piadas quando não eram sem-graça eram com mão pesada. Chris Hemsworth virou o secretário das caça-fantasmas, REGREDINDO o papel original da Janine, que não era sexualizada, mas competente e sabia se virar.

Durante toda a campanha do filme o diretor foi o primeiro a vender o discurso de empoderamento feminino, aí quando o resultado apareceu, declarou que a culpa havia sido dos haters de Internet, que queimaram o filme do filme. Machistas sexistas que não aceitavam um filme com mulheres empoderadas.

OK, imaginemos que NENHUM homem tenha levantado a bunda para ver o filme. NENHUM. O que sobra? Bem, segundo o relatório da Motion Picture Association of America, sobra bastante gente.

fatos.jpg

Isso mesmo: a proporção de mulheres no público de cinema é exatamente a mesma da população: 51%. A única justificativa para Ghostbusters bombar como bombou seria um enorme percentual do público feminino ter rejeitado o filme.

O argumento aqui vira comédia. Vi gente defendendo que os maridos e namorados PROIBIRAM as mulheres de ir assistir Ghostbusters. Obviamente isso foi idéia de uma daquelas mal-amadas do Tumblr, uma mulher saudável sabe que quem detém o poder de decisão cinematográfica são elas, não nós.

Mesmo que não fosse, esse argumento não se sustenta. Em 2015 esses mesmos machistas ajudaram Force Awakens a faturar US$2 bilhões. Rogue One, que tem muito mais diversidade que Ghostbusters, protagonista mulher empoderada e tudo mais, já passou de US$1 bilhão. E tem isto…

figures.jpg

Um filme sobre mulheres… negras… e CIÊNCIA? Os tais pirocos machistas proibidores de namoradas no cinema jamais deveriam permitir que elas assistissem e… ops.

Hidden Figures estreou um mês atrás, já faturou US$131 milhões com um orçamento de US$33 milhões e agora que está chegando no mercado internacional. Liderou por muito tempo na bilheteria e só agora caiu para segundo.

O segredo? Simples: é uma put* HISTÓRIA, contada com habilidade e emoção, não é panfletário e infantil.

Então o problema de Ghostbusters foi ser ruim?

NÃO! O problema de Ghostbusters foi que ninguém levantou a bunda pra assistir.

A militância lotou a Internet enchendo a bola do filme, mas não se deram ao trabalho de prestigiar, estavam ocupados procurando outra coisa para patrulhar e reclamar. Prometeram uma revolução nas telas, mas ela não chegou nem às bilheterias. E isso é uma constante.

Lembra o mimimi de representatividade nos quadrinhos, que querem personagens com que possam se identificar, etc? (Sim, essa gente trata representatividade como espelho, e são incapazes de trabalhar com metáforas...) Então temos esta personagem da Valliant, Faith.

faith-1.jpg

Caso você seja um de meus leitores cegos, eu explico: ela é gorda. Muito gorda. É uma super-heróina da Valiant, que desafia padrões de beleza e estética de gibis de heróis. Ela é empoderada, poderosa e passa uma importante lição de aceitação de seu corpo para meninas vítimas de bullying.

A personagem surgiu antes, mas foi relançada em 2016 com uma mini-série e muita fanfarra, afinal nada está mais na moda que o discurso de inclusão, certo? O Atlantic a apresentou com o título “Conheça Faith, a super-heróina que os fãs de gibis merecem

faithatlantic.jpg

Note que o discurso de positivismo e diversidade só vale pra mulheres, na hora de pegar os machos a Faith volta pro tal padrão:

Screen-Shot-2016-01-20-at-3.24.59-AM.png

Ou seja: Perfeito para as militantes do Tumblr. Super-heroína, gorda, que pega os saradões, o sonho molhado das excluídas. Vai vender HORRORES afinal o que mais há é gente excluída fora dos padrões de beleza, e mulheres precisando de representatividade, não gostosonas de maiô desenhadas por machos, certo?

Faith teve uma primeira série de quatro números. Em Janeiro de 2016 a revista vendeu 22 mil exemplares, o que a colocou como a 102ª revista de quadrinhos mais vendida naquele mês. Howard the Duck ficou em 69º com 28,971 exemplares.

No mês seguinte o número dois vendeu METADE, 12266 exemplares. Ou seja: Além de quase ninguém comprar, 50% das minas empoderadas abandonaram a revista depois de UM EXEMPLAR. Depois disso as vendas se mantiveram até o arco acabar em Abril.

Em Julho do mesmo ano resolveram relançar Faith, republicando o mesmo arco, com mais dois exemplares e muita divulgação nas redes sociais, Facebook, páginas feministas, etc. A História se repetiu: 22386 de venda, 103ª revista mais vendida, em Agosto caiu para 195º lugar, com 10588 exemplares. A primeira edição inédita, em Novembro vendeu 16463. A segunda e última, no mês seguinte, 7375 exemplares, colocando Faith em 221º lugar, atrás até de Josie e as Gatinhas, que ficou em 210º.

faith-vendas1.jpg

Fonte: ComiChron
faith-vendas2.jpg

Fonte: ComiChron
O problema, como sempre, não é Faith ser gorda, o problema é que ela é mal-escrita. Na época clássica do Esquadrão Suicida, ele era comandado com mão de ferro por Amanda Waller, que era gorda E negra, coisa que segundo os floquinhos deveria provocar urticária em nós porcos machistas leitores de gibi.

Só que nós adoramos a Amanda Waller, ela chuta bundas, ela já peitou o Darkseid, ela peita o Batman!

4008181-0833892896-13112.jpg

Sério, veja esta cena do desenho da Liga da Justiça:



Você já viu algum militante falar da Amanda Waller? Pois é.

Nesta pesquisa aqui foi constatado que em 2016 dos 200 títulos mais vendidos em quadrinhos, 38 eram protagonizados por minorias, o que é um grande avanço em termos de diversidade, mas isso só não adianta.

Red_Wolf_1_large.gif

Não adianta fazer uma revista em quadrinhos protagonizada por um índio americano, se o troço só vende 7000 exemplares e é tão impopular que não consigo SEQUER achar uma capa em alta resolução. Uma boa parte dos tais 38 títulos com diversidade foram pra vala, eram pura panfletagem.

E a militância, que tanto pediu revistas assim, não meteu a mão no bolso, continuaram não consumindo quadrinhos, pois como eu sempre digo, quem chilica não consome.

Lembra da Mockingbird, que voltou a ficar popular na TV em Agentes da SHIELD e que ganhou revista própria? Aconteceu o mesmo de sempre: mão pesada, panfletagem:

mock1.jpg

Piora. Em uma das histórias ela conta sua origem, de como queria ter super-poderes. Só que ela era fascinada pelos heróis homens e percebeu que a única forma de ser super-herói era ter um cromossomo Y.

42f.jpg

Isso mesmo que você leu. A autora/personagem para promover a Narrativa ignorou a existência de centenas, talvez milhares de mulheres heroínas em toda a História da Marvel.

08dcff6285081d48e6c841aa8759423c.jpg

Por algum motivo é culpa de nós, homens, que a Mockingbird não tenha se inspirado na Sue Storm, Vampira, Cristal, Feiticeira Escarlate, Vespa, Viúva Negra, Ororo, Mulher-Hulk, Capitã Marvel, Lady Sif, etc, etc etc.

Qual o resultado disso tudo?

MOCKRANK1.jpg

Fonte: ComiChron

MOCKRANK2.jpg

Fonte: ComiChron

MOCKRANK3.jpg

Fonte: ComiChron

Mockingbird sofreu uma queda absurda de vendas, todas as mulheres que seriam atraídas em bandos para o título não apareceram, os leitores tradicionais fugiram também.

detail_1-1.jpg

Sobre a agenda feminista da Mockingbird, deve estar cheia de horário vazio, a revista foi cancelada no número 8.

Agora o resultado final disso tudo: temos gente que chilica e patrulha quadrinhos sem ser consumidor de quadrinhos, editoras que foram enganadas por essa gente e vendas abissais. A mensagem (errada) é que diversidade não vende, temas sociais não vendem. Os Social Justice Warriors conseguiram fazer a indústria de quadrinhos regredir 20 anos.

A Marvel, em seu retiro criativo anual decidiu que chega de política e ativismo, seus personagens vão voltar a combater vilões tradicionais e monstros do espaço. Marc Guggenheim, que assumiu um dos títulos dos X-Men falou que as histórias serão

“Mais sobre os X-Men como heróis do que sobre os X-Men como minoria oprimida lutando pela própria existência”

Isso não é o que os leitores querem. Nós gostamos dos X-Men perseguidos, olhados com desconfiança. Porra, aprendemos mais sobre segregação e discriminação ali do que com todos os militantes radicais que gritam MATEM OS BRANCOS. Respeitamos Charles Xavier justamente por ele não segregar de volta. Aliás existe até um termo para mutantes que odeiam humanos: vilões.

Em 2017 teremos menos minorias e menos diversidade nos gibis, não por culpa do homem branco malvado cis racista, mas dos próprios militantes, que criaram uma inclusão forçada, não compraram o produto que tanto diziam querer e abandonaram os autores, pois sem ter sobre o quê chilicar, não podem lacrar na Internet.

Ao invés de prestigiar e promover os trabalhos que acertam na diversidade, a militância ou se cala ou se volta contra os personagens que não seguem a Narrativa de vítimas oprimidas, como o caso de Miles Morales, o garoto negro que é o novo Homem-Aranha, favorito de quase todos os fãs, até por não ser um clone. Esta sequência o tornou persona non grata entre a militância. Não que faça diferença, eles não compravam os gibis mesmo…

SM-Edited-2.jpg
SM-Edited-3.jpg

Miles não quer ser o Homem-Aranha Negro, ele quer ser o Homem-Aranha. Miles quer ser julgado pelo conteúdo de seu caráter e não pela cor de sua pele. É disso que são feitos os heróis.

Originalmente ele era de um Universo alternativo, mas por causa da popularidade foi trazido pra cronologia oficial, integra a mais nova formação dos Vingadores e ganhou revista própria. Nada mau para um público que, segundo a militância, odeia diversidade.

Esperemos que a Marvel tenha aprendido a lição, que volte a valorizar as histórias por seu conteúdo, não pela quantidade de panfletagem, e que PELAMORDEDEUS parem de dar atenção a chiliquentos de Internet.

Isso vale para todo mundo que cria conteúdo. Se você acha que está fazendo a coisa certa, não dê ouvido a chiliquentos patrulhando e tentando forçar a agenda de militância deles no seu trabalho. Ignore, espante, seja implacável. Confie em sua consciência e não se preocupe com as ameaças: QUEM CHILICA NÃO CONSOME.


Fonte
 
Ultima Edição:

doutordoom

Lenda da internet
Mensagens
33.542
Reações
26.684
Pontos
1.954
A exposição foi muito boa. Detalhadamente justificaram que o que importa não é polêmica ou panfletagem gratuita e sim boas histórias.

Claro, é de suma importância entender que a militância de hoje nada mais é do que uma reação legítima a injustiças históricas que reverberam até hoje. Todavia falta aos dois lados (militantes e anti-militantes) equilibro e tolerância ao emitir sua opinião e ao se manifestar. As coisas estavam longe de serem corretas no passado recente das histórias de super heróis e da mesma forma panfletagem descarada ou desequilibrada não garante uma boa história ou sucesso comercial.

Venha aqui Sr. @Irregular Hunter.

As histórias do Waid com os Vingadores diversificados estavam recheadas de panfletagem também?
 

Tacrovy

Mil pontos, LOL!
Mensagens
19.176
Reações
53.694
Pontos
1.284
òtimo texto, resumiu tudo que vem acontecendo dentro da indústria com esse tema, fazem um monte desses títulos, e todos caem no esquecimento, pois o público alvo nem consome o produto, mas quer dar pitaco em algo que nem interesse tem
 


Irregular Hunter

O BATMAN da internet
Mensagens
35.945
Reações
11.721
Pontos
1.814
É um texto que tem boas informações, mas não sabe interpretar corretamente muitas delas, especialmente sobre vendas que vou citar abaixo, pessoalmente não tenho particular interesse nesse tipo de texto, como já foi em outro post criado aqui no tópico, porque o foco é em usar uma forma especifica de entretenimento para discutir uma ou mais formas especificas de militância, algo que ao meu ver é inerentemente vazio porque toda militância vai ter seus extremos e futilidades, quantas pessoas realmente acharam que o poster do X-MEN era sexista? Quase ninguém, talvez hashtags ou posts no facebook feitos em segundos sejam uma contabilidade assustadora, mas a realidade é que esses exemplos só existem nas cabeças desses militantes extremistas e também de seus opositores que também faltam de bom senso em perceber como apontar um argumento ridículo sobre algo fútil... é igualmente ridículo.

Como eu já falei em outro tópico... a grande sacada da MARVEL e da DC não é se aproveitar de tendências sociais e políticas, e sim criar o problema, vender a solução e repetir o processo, assim nunca se envolvendo realmente (fora roteiristas e artistas que verdadeiramente se importam sobre o assunto), enquanto seus fãs discutem arduamente discussões que não tem realmente um paralelo real nos quadrinhos.


A propósito, a grande maioria das historias antigas que tratam de temas sociais, especialmente dos anos 60/70... realmente não seria aceitas hoje em dia, não pela sua premissa, mas porque eram extremamente condescendentes, nessa mesma historia da Lois Lane, aparentemente a única forma de dissipar tensões sociais, é quando um homem negro leva um tiro e recebe uma transfusão de sangue de uma mulher branca que usou CIÊNCIA para virar negra... uma historia boba e com uma boa mensagem para época, mas que cai em muitos estereótipos criticados de hoje em dia, em um passado não tão distante... a MARVEL fez a mesma coisa com o justiceiro, o Frank Castle virou negro por 2 edições, essa é uma historia dos anos 90 que prova o que acontece quando um roteirista menos sensível a questões raciais tenta fazer o mesmo argumento... não é particularmente um momento de sua historia que a MARVEL gostaria de relembrar.

Mas com certeza é uma historia viável porque seria promovida assim pela própria DC, ninguém seria pego de surpresa, algo que provavelmente nunca mais vai ocorrer são momentos assim:

C1nkPR8W8AAwlek.jpg


Porque nunca a equipe de marketing de qualquer meio de entretenimento deixaria o personagem principal sequer ser indagado nessa posição, porque infelizmente a própria ideia/menção do preconceito virou um tabu maior do que o preconceito de fato.






O único problema grave mesmo que eu enxergo é querer fazer uma correlação de vendas x qualidade x publico alvo, a grande maioria dos quadrinhos americanos tem um gráfico exatamente igual independente da proposta do produto, claro que dependendo do titulo (como homem aranha por exemplo), a escala é diferente, todavia a curva acaba sendo a mesma, mercado de quadrinhos é dominado pelo mercado de especuladores, é o que explica primariamente essas curvas, ainda mais quando tanto a MARVEL e DC vem fazendo estratégias para "encher" as lojas de certas revistas, sendo com descontos, capas alternativas caríssimas, etc... entre outras estratégias como parcerias para distribuir milhares de centenas de edições e inflar as vendas de certas revistas (mesmo com o lucro sendo bem menor).

Boas historias nunca significaram necessariamente boas vendas
, obvio que uma boa historia tem melhores chances de boas vendas que uma historia ruim, mas é o mercado e não só de quadrinhos é muito mais complexo que isso, o fator marca, o fator marketing, o fator publico alvo, o fator qualidade, o fator momento, entre muitos outros determinam o sucesso ou fracasso do titulo, algo que por sinal... é subjetivo, como eu já falei... MARVEL e DC estão propositalmente inflando o mercado de especuladores, pois mesmo cancelando a revistas mais tarde, o processo já se pagou, já houve algum lucro.

Não que eu discorde que a grande maioria (ou até todas, já que tanto o Miles quanto a Kamala começaram ser recentemente duramente criticados por... não irem mais a lugar nenhum e estarem constantemente sendo empurrados para crossovers e eventos) são muito ruins, na realidade... são terríveis e parte disso é porque são historias que claramente tem medo de lidar justamente com a própria premissa.


A exposição foi muito boa. Detalhadamente justificaram que o que importa não é polêmica ou panfletagem gratuita e sim boas histórias.

Claro, é de suma importância entender que a militância de hoje nada mais é do que uma reação legítima a injustiças históricas que reverberam até hoje. Todavia falta aos dois lados (militantes e anti-militantes) equilibro e tolerância ao emitir sua opinião e ao se manifestar. As coisas estavam longe de serem corretas no passado recente das histórias de super heróis e da mesma forma panfletagem descarada ou desequilibrada não garante uma boa história ou sucesso comercial.

Venha aqui Sr. @Irregular Hunter.

As histórias do Waid com os Vingadores diversificados estavam recheadas de panfletagem também?

Para o leitor sim, para o mercado... o que é importa só são as pretensões das grandes empresas mesmo, como eu falei acima, criam o problema, vendem a solução, repetem o processo.

Pouco... a fase do Waid nos vingadores... é confusa, muito ruim em certos aspectos, especialmente na forma como os adultos tratam as crianças, ou seja de forma extremamente irresponsável, perigosa e até antagonista, na realidade... eles tratam os vingadores como um clube de elite e não como um time de super heróis.

A fase deles nos champions (Titans da DC) faz mais sentido nesse contexto, a minha única critica mesmo é que... existe um medo de tratar problemas sem uma visão extremamente otimista, tem uma edição que eles vão em uma região do oriente médio ajudar mulheres tentando promover igualdade... você lê essa historia sabendo que no momento que eles colocarem o pé fora dali... elas vão morrer e não será nas mãos de criminosos ou terroristas.


òtimo texto, resumiu tudo que vem acontecendo dentro da indústria com esse tema, fazem um monte desses títulos, e todos caem no esquecimento, pois o público alvo nem consome o produto, mas quer dar pitaco em algo que nem interesse tem

Quadrinhos vivem de tentar alcançar novos públicos, se 5% dos consumidores continuarem comprando historias da editora, foi um ganho, processo que não começou hoje, nem a 10 anos atrás, mas desde os anos 40.
 

doutordoom

Lenda da internet
Mensagens
33.542
Reações
26.684
Pontos
1.954
É um texto que tem boas informações, mas não sabe interpretar corretamente muitas delas, especialmente sobre vendas que vou citar abaixo, pessoalmente não tenho particular interesse nesse tipo de texto, como já foi em outro post criado aqui no tópico, porque o foco é em usar uma forma especifica de entretenimento para discutir uma ou mais formas especificas de militância, algo que ao meu ver é inerentemente vazio porque toda militância vai ter seus extremos e futilidades, quantas pessoas realmente acharam que o poster do X-MEN era sexista? Quase ninguém, talvez hashtags ou posts no facebook feitos em segundos sejam uma contabilidade assustadora, mas a realidade é que esses exemplos só existem nas cabeças desses militantes extremistas e também de seus opositores que também faltam de bom senso em perceber como apontar um argumento ridículo sobre algo fútil... é igualmente ridículo.

Como eu já falei em outro tópico... a grande sacada da MARVEL e da DC não é se aproveitar de tendências sociais e políticas, e sim criar o problema, vender a solução e repetir o processo, assim nunca se envolvendo realmente (fora roteiristas e artistas que verdadeiramente se importam sobre o assunto), enquanto seus fãs discutem arduamente discussões que não tem realmente um paralelo real nos quadrinhos.


A propósito, a grande maioria das historias antigas que tratam de temas sociais, especialmente dos anos 60/70... realmente não seria aceitas hoje em dia, não pela sua premissa, mas porque eram extremamente condescendentes, nessa mesma historia da Lois Lane, aparentemente a única forma de dissipar tensões sociais, é quando um homem negro leva um tiro e recebe uma transfusão de sangue de uma mulher branca que usou CIÊNCIA para virar negra... uma historia boba e com uma boa mensagem para época, mas que cai em muitos estereótipos criticados de hoje em dia, em um passado não tão distante... a MARVEL fez a mesma coisa com o justiceiro, o Frank Castle virou negro por 2 edições, essa é uma historia dos anos 90 que prova o que acontece quando um roteirista menos sensível a questões raciais tenta fazer o mesmo argumento... não é particularmente um momento de sua historia que a MARVEL gostaria de relembrar.

Mas com certeza é uma historia viável porque seria promovida assim pela própria DC, ninguém seria pego de surpresa, algo que provavelmente nunca mais vai ocorrer são momentos assim:

C1nkPR8W8AAwlek.jpg


Porque nunca a equipe de marketing de qualquer meio de entretenimento deixaria o personagem principal sequer ser indagado nessa posição, porque infelizmente a própria ideia/menção do preconceito virou um tabu maior do que o preconceito de fato.






O único problema grave mesmo que eu enxergo é querer fazer uma correlação de vendas x qualidade x publico alvo, a grande maioria dos quadrinhos americanos tem um gráfico exatamente igual independente da proposta do produto, claro que dependendo do titulo (como homem aranha por exemplo), a escala é diferente, todavia a curva acaba sendo a mesma, mercado de quadrinhos é dominado pelo mercado de especuladores, é o que explica primariamente essas curvas, ainda mais quando tanto a MARVEL e DC vem fazendo estratégias para "encher" as lojas de certas revistas, sendo com descontos, capas alternativas caríssimas, etc... entre outras estratégias como parcerias para distribuir milhares de centenas de edições e inflar as vendas de certas revistas (mesmo com o lucro sendo bem menor).

Boas historias nunca significaram necessariamente boas vendas
, obvio que uma boa historia tem melhores chances de boas vendas que uma historia ruim, mas é o mercado e não só de quadrinhos é muito mais complexo que isso, o fator marca, o fator marketing, o fator publico alvo, o fator qualidade, o fator momento, entre muitos outros determinam o sucesso ou fracasso do titulo, algo que por sinal... é subjetivo, como eu já falei... MARVEL e DC estão propositalmente inflando o mercado de especuladores, pois mesmo cancelando a revistas mais tarde, o processo já se pagou, já houve algum lucro.

Não que eu discorde que a grande maioria (ou até todas, já que tanto o Miles quanto a Kamala começaram ser recentemente duramente criticados por... não irem mais a lugar nenhum e estarem constantemente sendo empurrados para crossovers e eventos) são muito ruins, na realidade... são terríveis e parte disso é porque são historias que claramente tem medo de lidar justamente com a própria premissa.




Para o leitor sim, para o mercado... o que é importa só são as pretensões das grandes empresas mesmo, como eu falei acima, criam o problema, vendem a solução, repetem o processo.

Pouco... a fase do Waid nos vingadores... é confusa, muito ruim em certos aspectos, especialmente na forma como os adultos tratam as crianças, ou seja de forma extremamente irresponsável, perigosa e até antagonista, na realidade... eles tratam os vingadores como um clube de elite e não como um time de super heróis.

A fase deles nos champions (Titans da DC) faz mais sentido nesse contexto, a minha única critica mesmo é que... existe um medo de tratar problemas sem uma visão extremamente otimista, tem uma edição que eles vão em uma região do oriente médio ajudar mulheres tentando promover igualdade... você lê essa historia sabendo que no momento que eles colocarem o pé fora dali... elas vão morrer e não será nas mãos de criminosos ou terroristas.




Quadrinhos vivem de tentar alcançar novos públicos, se 5% dos consumidores continuarem comprando historias da editora, foi um ganho, processo que não começou hoje, nem a 10 anos atrás, mas desde os anos 40.

Essa fase do Lanterna foi finalmente relançada aqui adequadamente. Três edições. Comprei tudo e vou ler em breve.
 

Irregular Hunter

O BATMAN da internet
Mensagens
35.945
Reações
11.721
Pontos
1.814
Essa fase do Lanterna foi finalmente relançada aqui adequadamente. Três edições. Comprei tudo e vou ler em breve.

São historias muito boas, mas não acredito que sejam realmente efetivas sem o contexto da época, o Neal Adams e o Dennis O Niel pegaram personagens que não tinham características tão estabelecidas e propositalmente exageraram ambos para encaixarem nos argumentos que estavam fazendo.
 

doutordoom

Lenda da internet
Mensagens
33.542
Reações
26.684
Pontos
1.954
São historias muito boas, mas não acredito que sejam realmente efetivas sem o contexto da época, o Neal Adams e o Dennis O Niel pegaram personagens que não tinham características tão estabelecidas e propositalmente exageraram ambos para encaixarem nos argumentos que estavam fazendo.

Mas esse exagero foi bem incorporado a muito do que escreveram depois sobre esses heróis. É perceptível a quantidade de personagens da DC que foram tendo sua personalidade definida, redefinida ou restabelecida ao longo dos anos. Esse é o tipo de coisa que a editora não pode deixar se perder. Marvel nesse ponto é diferente, pois o Lee, Kirby e Ditko souberam definir bem personalidades que serviriam de base para quase tudo que foi feito depois da criação dos personagens. E mesmo escritores que vieram depois redefiniram de forma definitiva heróis como X-men e Demolidor.

Ok... Com exceção dos mutantes.
 

Irregular Hunter

O BATMAN da internet
Mensagens
35.945
Reações
11.721
Pontos
1.814
Mas esse exagero foi bem incorporado a muito do que escreveram depois sobre esses heróis. É perceptível a quantidade de personagens da DC que foram tendo sua personalidade definida, redefinida ou restabelecida ao longo dos anos. Esse é o tipo de coisa que a editora não pode deixar se perder. Marvel nesse ponto é diferente, pois o Lee, Kirby e Ditko souberam definir bem personalidades que serviriam de base para quase tudo que foi feito depois da criação dos personagens. E mesmo escritores que vieram depois redefiniram de forma definitiva heróis como X-men e Demolidor.

Ok... Com exceção dos mutantes.

Sim e não, em relação ao Arqueiro Verde sim, ele nunca mais perdeu essas qualidades, o Hal Jordan em compensação foi perdendo defeitos, se tornando mais outro herói perfeito e menos um humano com super poderes.

Talvez, quero dizer... em relação ao quarteto fantástico, o coisa e o tocha são os únicos dois que se mantiveram realmente com personalidades estáveis, a Sue é uma personagem que constante mudou até alcançar a versão atual que é muito diferente da personagem reprimida da época do Stan Lee e o Reed por mais arrogante que continue quase nunca mais foi retratado como a voz da razão, muito pelo contrario geralmente.

Na realidade a fase do Roy Thomas imediatamente já mudava consideravelmente o quarteto fantástico, até diria que ele introduziu muito mais da "personalidade" atual dos personagens.

O que é irônico porque o Romita que imediatamente substituiu o Kirby... claramente não sabia desenhar ação naquele momento, ele estava saindo de revistas de romance, por isso tínhamos quadros detalhadíssimos da Sue e Crystal comprando roupas, era o tipo de coisa que ele gostava de desenhar.
 

doutordoom

Lenda da internet
Mensagens
33.542
Reações
26.684
Pontos
1.954
Sim e não, em relação ao Arqueiro Verde sim, ele nunca mais perdeu essas qualidades, o Hal Jordan em compensação foi perdendo defeitos, se tornando mais outro herói perfeito e menos um humano com super poderes.

Eu não li tanto do Hal pra saber o que pode ter perdido ou não. Acho que o Hal de Amanhecer Esmeralda 1 e 2 e posteriormente o Hal que provoca o Crepúsculo Esmeralda é bem esse personagem falho e muito menos um herói perfeito. Eu vi o Geoff Johns ressaltando as qualidades heróicas do Hal e nesse ponto vejo sim grande diferença.

Talvez, quero dizer... em relação ao quarteto fantástico, o coisa e o tocha são os únicos dois que se mantiveram realmente com personalidades estáveis, a Sue é uma personagem que constante mudou até alcançar a versão atual que é muito diferente da personagem reprimida da época do Stan Lee e o Reed por mais arrogante que continue quase nunca mais foi retratado como a voz da razão, muito pelo contrario geralmente.

Na realidade a fase do Roy Thomas imediatamente já mudava consideravelmente o quarteto fantástico, até diria que ele introduziu muito mais da "personalidade" atual dos personagens.

O que é irônico porque o Romita que imediatamente substituiu o Kirby... claramente não sabia desenhar ação naquele momento, ele estava saindo de revistas de romance, por isso tínhamos quadros detalhadíssimos da Sue e Crystal comprando roupas, era o tipo de coisa que ele gostava de desenhar.

As mulheres são um problema a parte. Muito submissas ou mesmo fúteis como a Vespa. Com o tempo foram refletindo a mudança de pensamento da sociedade. Byrne fez uma excelente transição de uma Sue menos madura para uma mulher segura de si.
 

Irregular Hunter

O BATMAN da internet
Mensagens
35.945
Reações
11.721
Pontos
1.814
Eu não li tanto do Hal pra saber o que pode ter perdido ou não. Acho que o Hal de Amanhecer Esmeralda 1 e 2 e posteriormente o Hal que provoca o Crepúsculo Esmeralda é bem esse personagem falho e muito menos um herói perfeito. Eu vi o Geoff Johns ressaltando as qualidades heróicas do Hal e nesse ponto vejo sim grande diferença.

As mulheres são um problema a parte. Muito submissas ou mesmo fúteis como a Vespa. Com o tempo foram refletindo a mudança de pensamento da sociedade. Byrne fez uma excelente transição de uma Sue menos madura para uma mulher segura de si.

Eu acho que a gente tem que fazer uma distinção nesse sentido, o Hal dos anos 70 tinha falhas humanas, o Hal dos anos 80/90 era um herói ruim, eu até gosto bastante da transição dele para Parallax porque ele enlouquece de uma forma bem sincera, o Johns só consegue trazer o Hal de volta jogando fora toda a bagagem dele, é também curioso o fato de que os guardiões começaram como criaturas sensíveis e éticas, para basicamente monstros por trás de tudo de ruim no universo.

Na realidade refletindo mais a cabeça dos roteiristas, o Byrne desenhava a Sue como uma mulher segura e capaz de lidar sozinha dos problemas, o Stan Lee não ajudava quando introduzia textos com ela dizendo que só conseguiu se defender porque foi ensinada pelo maior mestre de Karate... Reed Richards...
 

doutordoom

Lenda da internet
Mensagens
33.542
Reações
26.684
Pontos
1.954
Eu não li tanto do Hal pra saber o que pode ter perdido ou não. Acho que o Hal de Amanhecer Esmeralda 1 e 2 e posteriormente o Hal que provoca o Crepúsculo Esmeralda é bem esse personagem falho e muito menos um herói perfeito. Eu vi o Geoff Johns ressaltando as qualidades heróicas do Hal e nesse ponto vejo sim grande diferença.



As mulheres são um problema a parte. Muito submissas ou mesmo fúteis como a Vespa. Com o tempo foram refletindo a mudança de pensamento da sociedade. Byrne fez uma excelente transição de uma Sue menos madura para uma mulher segura de si.
Eu acho que a gente tem que fazer uma distinção nesse sentido, o Hal dos anos 70 tinha falhas humanas, o Hal dos anos 80/90 era um herói ruim, eu até gosto bastante da transição dele para Parallax porque ele enlouquece de uma forma bem sincera, o Johns só consegue trazer o Hal de volta jogando fora toda a bagagem dele, é também curioso o fato de que os guardiões começaram como criaturas sensíveis e éticas, para basicamente monstros por trás de tudo de ruim no universo.

Na realidade refletindo mais a cabeça dos roteiristas, o Byrne desenhava a Sue como uma mulher segura e capaz de lidar sozinha dos problemas, o Stan Lee não ajudava quando introduzia textos com ela dizendo que só conseguiu se defender porque foi ensinada pelo maior mestre de Karate... Reed Richards...

Conheço mesmo Amanhecer Esmeralda I e II boas histórias onde Hal é um personagem interessante. Geoff bebe bem dessa fonte ao retratar Hal como um cara Destemido e impulsivo. Fora disso li pouco até chegar ao Crepúsculo Esmeralda que também gosto bastante justamente por desenvolver de forma competente a transformação dele em um vilão.

Já Stan é um gênio, mas como todo gênio é meio louco. Algumas idéias são muito sem noção he he he
 

Irregular Hunter

O BATMAN da internet
Mensagens
35.945
Reações
11.721
Pontos
1.814
Conheço mesmo Amanhecer Esmeralda I e II boas histórias onde Hal é um personagem interessante. Geoff bebe bem dessa fonte ao retratar Hal como um cara Destemido e impulsivo. Fora disso li pouco até chegar ao Crepúsculo Esmeralda que também gosto bastante justamente por desenvolver de forma competente a transformação dele em um vilão.

Já Stan é um gênio, mas como todo gênio é meio louco. Algumas idéias são muito sem noção he he he

Nota que eu quis dizer Kirby e não Byrne acima.

Eu acho que ele sempre escreveu bem personagens mais centrados no chão, sem o Kirby ele teve muitas dificuldades em manter uma lógica aceitável nas historias do quarteto, além do fato de que ele claramente estava mais interessado em desenvolver crossovers com outros personagens seus.
 
Topo Fundo