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Do Nazismo

zohan

Bam-bam-bam
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Afinal, o nazismo foi de extrema direita ou extrema esquerda? Dissertem.

Controle total do estado? Esquerda.
Nacionalismo exacerbado? Esquerda.
Resistência à diferenças? Direita.

Enfim, dentro dos estereótipos predefinidos, qual a melhor categorização para o terceiro reich?


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WhiteHorseBR01

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Afinal, o nazismo foi de extrema direita ou extrema esquerda? Dissertem.

Controle total do estado? Esquerda.
Nacionalismo exacerbado? Esquerda.
Resistência à diferenças? Direita.

Enfim, dentro dos estereótipos predefinidos, qual a melhor categorização para o terceiro reich?


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Extrema Direita, se fosse extrema esquerda a Alemanha seria uma Cuba da vida e não uma superpotencia.

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Oh Dae-su

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Nazismo, fascismo e comunismo são irmãos gêmeos separados por minutos no nascimento.
Por mais que a ovelha negra da famila seja o nazismo e tanto a direita como a esquerda queiram empurrar a paternidade para o outro lado é fato que o nazismo é o que mais bebe dos dois lados, embora beba um pouco mais mais da esquerda pelos motivos que citou.
 

Doutor Sono

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Pessoal tem que criar um tópico oficial para debater se nazismo é de direita ou esquerda, toda semana é um tópico sobre isso...
 


Uma outra pessoa

Bam-bam-bam
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Nazismo é comunismo
E aquele tal do Luiz Inacio é o próprio Aldolph Hitler

Não viu qtas pessoas ele matou?
 

John Peter

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Acho que cabe a terceira via.

Mas é engraçado como a direita e a esquerda tratam o nazismo como uma batata quente e ficam jogando um pro outro, só pra deixar a ideologia deles mais bonitinha :klol
 

Vegito

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As três características não tem lado ao meu ver, são ferramentas básicas de qualquer poder totalitário que deseja se manter.
 

John Peter

Ser evoluído
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As três características não tem lado ao meu ver, são ferramentas básicas de qualquer poder totalitário que deseja se manter.

Concordo, varia de contexto pra contexto, por exemplo aqui no BR a direita(estereótipo) é nacionalista.

O Trumpo é um cara de direita que se diz "liberal" e prática protecionismo por exemplo.

Não da pra dividir certinho em A ou B. Outro exemplo interessante é o porte de armas aqui no Braziu, apoia-lo é considerado uma atitude de direita, mas o PCO( partido de esquerda) também é a favor.
 

BlueWingedTiger

ROAR!
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Diógenes Laércio

Bam-bam-bam
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Eu acho que é terceira via.
Há bons motivos para acreditar que ele seja tanto de direita quanto de esquerda.
Bobbio diz que a dicotomia esquerda-direita exaure qualquer possibilidade de interpretação dos movimentos políticos.
Bom.
Há que estudar mais.
 

Flango Chines

Bam-bam-bam
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Esquerda = socialismo/comunismo
Direlta = liberalismo econômico/capitalismo

Quanto mais à direita, mais capitalista.
E o capitalismo em si é liberal.
Extrema-direita é o anarco capitalismo, vulgo ancap.
É a liberdade total.
Ausência total de Estado ditando o que cada um pode fazer.
A esquerda é o contrário.
É mais poder nas mãos do Estado.
A Extrema-esquerda é a ditadura.
Acho que isso responde.
Em tempo, conservadorismo - resistência à mudança - é um traço mais de esquerda.
O capitalismo não impõe;
ele SERVE.
Se o capitalista não SERVIR bem o seu cliente, ele vai pra concorrência.
 

John Peter

Ser evoluído
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C
Esquerda = socialismo/comunismo
Direlta = liberalismo econômico/capitalismo

Quanto mais à direita, mais capitalista.
E o capitalismo em si é liberal.
Extrema-direita é o anarco capitalismo, vulgo ancap.
É a liberdade total.
Ausência total de Estado ditando o que cada um pode fazer.
A esquerda é o contrário.
É mais poder nas mãos do Estado.
A Extrema-esquerda é a ditadura.
Acho que isso responde.
Em tempo, conservadorismo - resistência à mudança - é um traço mais de esquerda.
O capitalismo não impõe;
ele SERVE.
Se o capitalista não SERVIR bem o seu cliente, ele vai pra concorrência.

Não sei se cabe colocar extrema-esquerda como sinônimo de ditadura, tipo, o passo final do socialismo é a extinção do estado, sim, não faz muito sentido todo poder ao estado e ai acabar com ele, mas estamos em um campo teórico( já que tu citou ancapistão) certo?.
 

Tatuira Mamicuda

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Extrema direita é anarco-capitalismo.

Nazismo é como se fosse um filho da esquerda (mãe) e da direita (pai). Só que no caso o pai abandonou e quem criou a criança foi a esquerda, visto a quantidade MAIOR de semelhanças entre regimes totalitários de esquerda do que os regimes de direita.

O fato do Hitler odiar os Judeus, representantes da classe capitalista na época, já mostra muita coisa...
 

Tatuira Mamicuda

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até o Trump já foi chamado aqui na OS de socialista. :klol
É que para os liberais, não existe muito essa coisa de esquerda e direita, é liberdade X estado.

Qualquer coisa que se afaste da liberdade é socialismo... Inclusive a ditadura militar brasileira.

Eu acho isso meio autismo por parte deles.
É como se eles chegassem e dissessem - Não existe cores, só preto e branco. Azul tá mais pro preto, é socialismo. Amarelo tá mais pro branco, é liberal.

Algo nesse tipo...
 

nitzerebb

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O Nazismo foi um governo conservador/direita , controle de estado e intervenção estatal não é exclusividade do socialismo coleguinhas
 

LHand

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Não existem "elementos de esquerda" no nazismo.

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Tatuira Mamicuda

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Nazismo é de direita porque defende a hierarquia, enquanto que a esquerda, ideologia virtuosa e do bem, defende apenas a desigualdade.

Logo, nazismo é de direita.

Engels:
“Entre todas as nações e grupos étnicos da Áustria, há apenas três que têm sido portadores do progresso. […] Os alemães, os poloneses e os magiares. Por essa razão eles são, agora, revolucionários. A grande missão de todas as outras raças e povos – grandes e pequenos – é perecer no holocausto revolucionário.”

Engels era nazista e de direita, podemos concluir.
 

WhiteHorseBR01

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Não que queira justificar algum regime, mas o comunismo detona com toda a população, iguala todos por baixo. Vale lembrar que a população alemã só ficou sabendo dos campos de extermínio e atrocidades após a guerra, ainda mais com o controle que o regime tinha sobre a mídia.
Nenhum governo Extremista é bom e duradouro. A China com seu comunismo capitalista é a prova de que se não se adaptarem ao seu tempo, há um declínio e o regime não dura.

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LHand

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Nazismo é de direita porque defende a hierarquia, enquanto que a esquerda, ideologia virtuosa e do bem, defende apenas a desigualdade.

Logo, nazismo é de direita.

Engels:
“Entre todas as nações e grupos étnicos da Áustria, há apenas três que têm sido portadores do progresso. […] Os alemães, os poloneses e os magiares. Por essa razão eles são, agora, revolucionários. A grande missão de todas as outras raças e povos – grandes e pequenos – é perecer no holocausto revolucionário.”

Engels era nazista e de direita, podemos concluir.
Não faz nenhum sentido isso aí...

Via de regra, enquanto o nacionalismo é uma pedra angular do nazismo, o comunismo é internacionalista. Tanto que havia o conceito de Internacionalismo Proletário, com o objetivo de espalhar as ideias revolucionárias para o mundo todo... daí surgiu a Primeira Internacional, por exemplo.

Esse trecho aí é uma opinião do Engels em que ele afirma que apenas os povos "revolucionários" vão prosperar no mundo porque o marxismo crê no colapso do sistema capitalista. Não tem defesa de hierarquia aí, é só uma constatação dele (que sinceramente não sei se é correta) de que alemães, poloneses e húngaros eram mais propensos a ideias comunistas que outras etnias da Áustria. Também não há implícita defesa de superioridade étnica ou genocídio, uma vez que pelo caráter internacionalista do marxismo, qualquer proletário pode se converter em revolucionário, independente da nacionalidade.
 

Flango Chines

Bam-bam-bam
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Não existe direita autoritária.
Isso é balela criada pela esquerda pra tentar jogar a culpa das merdas que aconteceram na direita.

"Que é o intervencionismo? O intervencionismo significa a não restrição,
por parte do governo, de sua atividade, em relação à preservação
da ordem, ou – como se costumava dizer cem anos atrás
– em relação à “produção da segurança”. O intervencionismo revela
um governo desejoso de fazer mais. Desejoso de interferir nos fenômenos
de mercado. Alguém que discorde, afirmando que o governo
não deveria intervir nos negócios, poderá ouvir, com muita
frequência, a seguinte resposta: “Mas o governo sempre interfere,
necessariamente. Se há policiais nas ruas, o governo está interferindo.
Interfere quando um assaltante rouba uma loja ou quando
evita que alguém furte um automóvel”. Mas quando falamos de
intervencionismo, e definimos o significado do termo, referimo-nos
à interferência governamental no mercado. (Que o governo e a polícia
se encarreguem de proteger os cidadãos, e entre eles os homens
de negócio e, evidentemente, seus empregados, contra ataques de
bandidos nacionais ou do exterior, é efetivamente uma expectativa
normal e necessária, algo a se esperar de qualquer governo. Essa
proteção não constitui uma intervenção, pois a única função legítima
do governo é, precisamente, produzir segurança.) Quando falamos
de intervencionismo, referimo-nos ao desejo que experimenta
o governo de fazer mais que impedir assaltos e fraudes. O intervencionismo
significa que o governo não somente fracassa em proteger
o funcionamento harmonioso da economia de mercado, como
também interfere em vários fenômenos de mercado: interfere nos
preços, nos padrões salariais, nas taxas de juro e de lucro."


"O governo quer interferir com a finalidade de obrigar os homens
de negócio a conduzir suas atividades de maneira diversa
da que escolheriam caso tivessem de obedecer apenas aos consu-
midores. Assim, todas as medidas de intervencionismo governamental
têm por objetivo restringir a supremacia do consumidor.

O governo quer arrogar a si mesmo o poder – ou pelo menos
parte do poder – que, na economia de mercado livre, pertence aos
consumidores. Consideremos um exemplo de intervencionismo
bastante conhecido em muitos países e experimentado, vezes
sem conta, por inúmeros governos, especialmente em tempos de
inflação. Refiro-me ao controle de preços. Em geral, os governos
recorrem ao controle de preços depois de terem inflacionado a
oferta de moeda e de a população ter começado a se queixar do
decorrente aumento dos preços. Há muitos e famosos exemplos
históricos do fracasso de métodos de controle dos preços, mas
mencionarei apenas dois, porque em ambos os governos foram,
de fato, extremamente enérgicos ao impor, ou tentar impor, seus
controles de preço."

"Analisemos agora as razões desse fracasso. O governo ouve as
queixas do povo de que o preço do leite subiu. E o leite é, sem
dúvida, muito importante, sobretudo para a geração em crescimento,
para as crianças. Por conseguinte, estabelece um preço máximo
para esse produto, preço máximo que é inferior ao que seria o preço
potencial de mercado. Então o governo diz: “Estamos certos de que
fizemos tudo o que era preciso para permitir aos pobres a compra de
todo o leite de que necessitam para alimentar os filhos”.


Mas que acontece? Por um lado, o menor preço do leite provoca
o aumento da demanda do produto; pessoas que não tinham meios
de comprá-lo a um preço mais alto, podem agora fazê-lo ao preço
reduzido por decreto oficial. Por outro lado, parte dos produtores
de leite, aqueles que estão produzindo a custos mais elevados – isto
é, os produtores marginais – começam a sofrer prejuízos, visto que o
preço decretado pelo governo é inferior aos custos do produto. Este
é o ponto crucial na economia de mercado. O empresário privado, o
produtor privado, não pode sofrer prejuízo no cômputo final de suas
atividades. E como não pode ter prejuízos com o leite, restringe a
venda deste produto para o mercado. Pode vender algumas de suas
vacas para o matadouro; pode também, em vez de leite, fabricar e
vender derivados do produto, como coalhada, manteiga ou queijo.

A interferência do governo no preço do leite redunda, pois,
em menor quantidade do produto do que a que havia antes, redução
que é concomitante a uma ampliação da demanda. Algumas
pessoas dispostas a pagar o preço decretado pelo governo não
conseguirão comprar leite. Outro efeito é a precipitação de pessoas
ansiosas por chegarem em primeiro lugar às lojas. São obrigadas
a esperar do lado de fora. As longas filas diante das lojas
parecem sempre um fenômeno corriqueiro numa cidade em que
o governo tenha decretado preços máximos para as mercadorias
que lhe pareciam importantes.



Foi o que se passou em todos os lugares onde o preço do leite
foi controlado. Por outro lado, isso foi sempre prognosticado pelos
economistas – obviamente apenas pelos economistas sensatos,
que, aliás, não são muito numerosos. Mas qual é a consequência do
controle governamental de preços? O governo se frustra. Pretendia
aumentar a satisfação dos consumidores de leite, mas na verdade,
descontentou-os. Antes de sua interferência, o leite era caro, mas
era possível comprá-lo. Agora a quantidade disponível é insuficiente.

Com isso, o consumo total se reduz. As crianças passam a tomar
menos leite, e chegam a não mais tomá-lo. A medida a que o governo
recorre em seguida é o racionamento. Mas racionamento significa
tão somente que algumas pessoas são privilegiadas e conseguem
obter leite, enquanto outras ficam sem nenhum. Quem obtém e
quem não obtém é obviamente algo sempre determinado de forma
muito arbitrária. Pode ser estipulado, por exemplo, que crianças
com menos de quatro anos de idade devem tomar leite, e aquelas
com mais de quatro, ou entre quatro e seis, devem receber apenas a
metade da ração a que as menores fazem jus.



Faça o governo o que fizer, permanece o fato de que só há
disponível uma menor quantidade de leite. Consequentemente,
a população está ainda mais insatisfeita que antes. O governo
pergunta, então, aos produtores de leite (porque não tem imaginação
suficiente para descobrir por si mesmo): “Por que não
produzem a mesma quantidade que antes?”. Obtém a resposta:
“É impossível, uma vez que os custos de produção são superiores
ao preço máximo fixado pelo governo”. As autoridades se
põem em seguida a estudar os custos dos vários fatores de produção,
vindo a descobrir que um deles é a ração. “Pois bem”,
diz o governo, “o mesmo controle que impusemos ao leite, vamos
aplicar agora à ração. Determinaremos um preço máximo
para ela e os produtores de leite poderão alimentar seu gado
a preços mais baixos, com menor dispêndio. Com isto, tudo
se resolverá: os produtores de leite terão condições de produzir
em maior quantidade e venderão mais.” Que acontece nesse
caso? Repete-se, com a ração, a mesma história acontecida com
o leite, e, como é fácil depreender, pelas mesmíssimas razões. A
produção de ração diminui e as autoridades se veem novamente
diante de um dilema.



Nessas circunstâncias, providenciam novos interlocutores, no
intuito de descobrir o que há de errado com a produção de ração.
E recebem dos produtores de ração uma explicação idêntica à
que lhes fora fornecida pelos produtores de leite. De sorte que
o governo é compelido a dar um outro passo, já que não quer
abrir mão do princípio do controle de preços. Determina preços
máximos para os bens de produção necessários à produção de
ração. E a mesma história, mais uma vez, se desenrola. Assim,
o governo começa a controlar não mais apenas o leite, mas também
os ovos, a carne e outros artigos essenciais. E todas as vezes
alcança o mesmo resultado, por toda parte a consequência é a
mesma. A partir do momento em que fixa preços máximos para
bens de consumo, vê-se obrigado a recuar no sentido dos bens de
produção, e a limitar os preços dos bens de produção necessários
à elaboração daqueles bens de consumo com preços tabelados. E
assim o governo, que começara com o controle de alguns poucos
fatores, recua cada vez mais em direção à base do processo produtivo,
fixando preços máximos para todas as modalidades de bens
de produção, incluindo-se ai, evidentemente, o preço da mão-deobra,
pois, sem controle salarial, o “controle de custos” efetuado
pelo governo seria um contra-senso.



Ademais, o governo não tem como limitar sua interferência no
mercado apenas ao que se lhe afigura como bem de primeira necessidade:
leite, manteiga, ovos e carne.
Precisa necessariamente
incluir os bens de luxo, porquanto, se não limitasse seus preços, o
capital e a mão-de-obra abandonariam a produção dos artigos de
primeira necessidade e acorreriam à produção dessas mercadorias
que o governo reputa supérfluas. Portanto, a interferência isolada
no preço de um ou outro bem de consumo sempre gera efeitos – e
é fundamental compreendê-lo – ainda menos satisfatórios que as
condições que prevaleciam anteriormente: antes da interferência, o
leite e os ovos são caros; depois, começam a sumir do mercado.
O governo considerava esses artigos tão importantes que interferiu;
queria torná-los mais abundantes, ampliar sua oferta. O resultado
foi o contrário: a interferência isolada deu origem a uma situação
que – do ponto de vista do governo – é ainda mais indesejável que
a anterior, que se pretendia alterar. E o governo acabará por chegar
a um ponto em que todos os preços, padrões salariais, taxas de juro,
em suma, tudo o que compõe o conjunto do sistema econômico, é
determinado por ele. E isso, obviamente, é socialismo."



O que lhes apresentei aqui, nesta explanação esquemática e teórica,
foi precisamente o que ocorreu nos países que tentaram impor
preços máximos, países cujos governos foram teimosos o bastante
para avançarem passo a passo até a própria derrocada. Foi o que

aconteceu, na Primeira Guerra Mundial, com a Alemanha e a Inglaterra.
Analisemos a situação que existia nos dois países. Ambos
experimentavam a inflação. Como os preços subiam, os dois
governos impuseram controles sobre eles. Tendo começado com
apenas alguns preços, nada mais que leite e ovos, foram forçados a
avançar cada vez mais. Mais a guerra se prolongava, maior se tornava
a inflação. E após três anos de guerra, os alemães – de maneira
sistemática, como é de seu estilo – elaboraram um grande plano.
Chamaram-no Plano Hindenburg (naquela época, tudo na Alemanha
que parecia bom ao governo era batizado de Hindenburg).
O Plano Hindenburg estabelecia o controle governamental sobre
todo o sistema econômico do país: preços, salários, lucros..., tudo.



E a burocracia tratou imediatamente de pôr em prática este plano.
Mas, antes de concluí-lo, veio a derrocada: o Império Alemão desintegrou-
se, o aparelho burocrático esfacelou-se, a revolução produziu
seus efeitos terríveis – tudo chegou ao fim. Os fatos, na Inglaterra,
inicialmente ocorreram dessa mesma maneira, mas, depois de algum
tempo, na primavera de 1917, os Estados Unidos entraram na guerra
e abasteceram os ingleses com quantidades suficientes de tudo.
Dessa forma, o caminho do socialismo, o caminho da servidão, foi
obstado. Antes da ascensão de Hitler ao poder, o controle de preços

foi mais uma vez introduzido na Alemanha pelo chanceler Brüning,
pelas razões de costume. O próprio Hitler aplicou-o antes mesmo do
início da guerra: na Alemanha de Hitler não havia empresa privada
ou iniciativa privada. Na Alemanha de Hitler havia um sistema de
socialismo que só diferia do sistema russo na medida em que ainda
eram mantidos a terminologia e os rótulos do sistema de livre economia.
Ainda existiam “empresas privadas”, como eram denominadas. Mas
o proprietário já não era um empresário; chamavam-no “gerente” ou
“chefe” de negócios (Betriebsführer).




Todo o país foi organizado numa hierarquia de führers; havia o
Führer supremo, obviamente Hitler, e em seguida uma longa sucessão
de führers, em ordem decrescente, até os führers do último escalão. E,
assim, o dirigente de uma empresa era o Betriebsführer. O conjunto de
seus empregados, os trabalhadores da empresa, era chamado por uma
palavra que, na Idade Média, designara o séquito de um senhor feudal:
o Gefolgschaft. E toda essa gente tinha de obedecer às ordens expedidas
por uma instituição que ostentava o nome assustadoramente
longo de Reichsführerwirtschaftsministerium (Ministério da Economia
do Império), a cuja frente estava o conhecido gorducho Goering, enfeitado
de joias e medalhas. E era desse corpo de ministros de nome
tão comprido que emanavam todas as ordens para todas as empresas:
o que produzir, em que quantidade, onde comprar matérias-primas
e quanto pagar por elas, a quem vender os produtos e a que preço.
Os trabalhadores eram designados para determinadas fábricas e recebiam
salários decretados pelo governo. Todo o sistema econômico era
agora regulado, em seus mínimos detalhes, pelo governo.

O Betriebsführer não tinha o direito de se apossar dos lucros; recebia
o equivalente a um salário e, se quisesse receber uma soma
maior, diria, por exemplo: “Estou muito doente, preciso me submeter
a uma operação imediatamente, e isso custará quinhentos
marcos”. Nesse caso, era obrigado a consultar o führers do distrito
(o Gauführer ou Gauleiter), que o autorizaria – ou não – a fazer uma
retirada superior ao salário que lhe era destinado. Os preços já não
eram preços, os salários já não eram salários – não passavam de expressões
quantitativas num sistema de socialismo.




Permitam-me agora contar-lhes como esse sistema entrou em
colapso. Um dia, após anos de combate, os exércitos estrangeiros
chegaram à Alemanha. Procuraram conservar esse sistema econômico
de direção governamental; mas para isso teria sido necessária

a brutalidade de Hitler. Sem ela, o sistema não funcionou.
 
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Tatuira Mamicuda

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Não faz nenhum sentido isso aí...
Na minha opinião, esse seu argumento de que o Nazismo é de direita por uma questão de hierarquia em diferença a igualdade é tão frágil quanto o argumento de que Nazismo é Socialismo pelo nome do partido.

"Superioridade da raça ariana" e "Igualdade comunista" eram simples bandeiras de propagandas. Na prática, os atos se assemelhavam, a "unidade nacional" e "igualdade de classes" só seriam atingidas quando um determinado grupo de pessoas fosse extinto. Na prática, tanto o comunismo da URSS quanto o Nazismo era hierarquizado. Os judeus propagavam o capitalismo na Alemanha assim como a burguesia na URSS.
Via de regra, enquanto o nacionalismo é uma pedra angular do nazismo, o comunismo é internacionalista. Tanto que havia o conceito de Internacionalismo Proletário, com o objetivo de espalhar as ideias revolucionárias para o mundo todo... daí surgiu a Primeira Internacional, por exemplo.
A internacionalização do Comunismo era proposto por Trotsky, mas Stalin defendia a "nacionalização" do Comunismo, mantendo apenas na URSS, que foi o que ocorreu.
Esse trecho aí é uma opinião do Engels em que ele afirma que apenas os povos "revolucionários" vão prosperar no mundo porque o marxismo crê no colapso do sistema capitalista. Não tem defesa de hierarquia aí, é só uma constatação dele (que sinceramente não sei se é correta) de que alemães, poloneses e húngaros eram mais propensos a ideias comunistas que outras etnias da Áustria. Também não há implícita defesa de superioridade étnica ou genocídio.
Na realidade ele estava falando de como surgiram as divisões entre as diferentes nações. Claramente defende a superioridade das 3 etnias, ainda que sejam de acordo com os termos dele de superioridade (no caso, ser "revolucionário").
uma vez que pelo caráter internacionalista do marxismo, qualquer proletário pode se converter em revolucionário, independente da nacionalidade.
Ucrânia que o diga, deve ter sido pura coincidência Stálin fechar certinho os limites da Ucrânia para deixar eles morrendo de fome, se "todos podem revolucionários"...
 

LHand

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A internacionalização do Comunismo era proposto por Trotsky, mas Stalin defendia a "nacionalização" do Comunismo, mantendo apenas na URSS, que foi o que ocorreu.

Ucrânia que o diga, deve ter sido pura coincidência Stálin fechar certinho os limites da Ucrânia para deixar eles morrendo de fome, se "todos podem revolucionários"...
A Primeira Internacional é bem mais antiga que a Revolução Russa.

Stalin consegue ser tão abominável que até o Fidel Castro tem defensores, mas ele não... ok, tem uns malucos revisionistas por aí, mas aí até o Hitler tem.


Na minha opinião, esse seu argumento de que o Nazismo é de direita por uma questão de hierarquia em diferença a igualdade é tão frágil quanto o argumento de que Nazismo é Socialismo pelo nome do partido.
E qual o critério que serve para classificar algo como direita ou esquerda? É só esse mesmo.

"Superioridade da raça ariana" e "Igualdade comunista" eram simples bandeiras de propagandas. Na prática, os atos se assemelhavam, a "unidade nacional" e "igualdade de classes" só seriam atingidas quando um determinado grupo de pessoas fosse extinto. Na prática, tanto o comunismo da URSS quanto o Nazismo era hierarquizado. Os judeus propagavam o capitalismo na Alemanha assim como a burguesia na URSS.
Pode haver semelhanças, afinal tanto Alemanha como URSS eram ditaduras sanguinárias. Mas ideologicamente são opostas... a classificação direita e esquerda não pressupõe um juízo de valor. Não é porque um é ruim que o outro é bom. Para entender o espectro político, temos que ter em mente que não existe um checklist de coisinhas que a esquerda faz e um checklist de coisinhas que a direita faz... ambos os lados podem fazer coisas iguais, mas com justificativas diferentes. Por exemplo, anarquistas de esquerda querem abolir o Estado porque acreditam que ele privilegia os ricos e que, sem ele, o mundo seria mais igualitário. Anarquistas de direita (ancaps) querem fazer a mesmíssima coisa - acabar com o Estado - mas com a justificativa de que sua ausência proporcionaria mais liberdade para os indivíduos competirem entre si e enriquecerem.

Pra quem morre, tanto faz as justificativas do Hitler e do Stalin. Mas para o espectro político elas são importantes. As justificativas do Stalin pra matar ucranianos, por exemplo, eram justificativas de esquerda (exterminar a classe dos kulaks, que eram inimigos da igualdade por serem ricos). Já Hitler usava justificativas de direita para fazer a mesma coisa (judeus, ciganos, eslavos e praticamente todo mundo era inferior aos arianos na hierarquia racial). Como eu disse, espectro político não pressupõe juízo de valor... pra mim os dois são ruins.
 
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Tatuira Mamicuda

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A Primeira Internacional é bem mais antiga que a Revolução Russa.

Stalin consegue ser tão abominável que até o Fidel Castro tem defensores, mas ele não... ok, tem uns malucos revisionistas por aí, mas aí até o Hitler tem.
Bom, Stalin é um dos maiores nomes do movimento e contemporâneo do Hitler, não tem muito o que fazer, só aceitar a comparação entre nacionalismo do Hitler X Socialismo do Stalin...

E qual o critério que serve para classificar algo como direita ou esquerda? É só esse mesmo.
Eu acredito que a sua influência seja Bobbio:
A esquerda acredita que os indivíduos são mais iguais do que desiguais, enquanto a direita acredita que os indivíduos são mais desiguais do que iguais.

O problema é que essa é uma "visão de esquerda" das definições, é uma "apropriação" se formos brincar com as palavras do vocabulário esquerdista.

O liberalismo já pregava que os indivíduos são mais iguais do que desiguais, mas estamos falando de igualdade de fato, que dá sentido as ideias de competição, mérito e responsabilidade individual, que seriam posições de direita para Bobbio.

Evoluindo nesta definição, teríamos a questão do Coletivismo X Individualismo, que afastaria totalmente o Hitler do espectro da Direita, e nem é o meu objetivo, acredito no sincretismo das ideias dele.

Hitler soube usar de empresas capitalistas para os seus ideais...

Pra quem morre, tanto faz as justificativas do Hitler e do Stalin. Mas para o espectro político elas são importantes. As justificativas do Stalin pra matar ucranianos, por exemplo, eram justificativas de esquerda (exterminar a classe dos kulaks, que eram inimigos da igualdade por serem ricos). Já Hitler usava justificativas de direita para fazer a mesma coisa (judeus, ciganos, eslavos e praticamente todo mundo era inferior aos arianos na hierarquia racial). Como eu disse, espectro político não pressupõe juízo de valor... pra mim os dois são ruins.
Acho esse tipo de analise muito simplória.

Se for por justificativas, Goebbels responde tudo:
Why Are We Socialists?
We are socialists because we see in socialism, that is the union of all citizens, the only chance to maintain our racial inheritance and to regain our political freedom and renew our German state.
Socialism is the doctrine of liberation for the working class. It promotes the rise of the fourth class and its incorporation in the political organism of our Fatherland, and is inextricably bound to breaking the present slavery and regaining German freedom. Socialism, therefore, is not merely a matter of the oppressed class, but a matter for everyone, for freeing the German people from slavery is the goal of contemporary policy. Socialism gains its true form only through a total fighting brotherhood with the forward-striving energies of a newly awakened nationalism. Without nationalism it is nothing, a phantom, a mere theory, a castle in the sky, a book. With it it is everything, the future, freedom, the fatherland!
The sin of liberal thinking was to overlook socialism’s nation-building strengths, thereby allowing its energies to go in anti-national directions. The sin of Marxism was to degrade socialism into a question of wages and the stomach, putting it in conflict with the state and its national existence. An understanding of both these facts leads us to a new sense of socialism, which sees its nature as nationalistic, state-building, liberating and constructive.
The bourgeois is about to leave the historical stage. In its place will come the class of productive workers, the working class, that has been up until today oppressed. It is beginning to fulfill its political mission. It is involved in a hard and bitter struggle for political power as it seeks to become part of the national organism. The battle began in the economic realm; it will finish in the political. It is not merely a matter of wages, not only a matter of the number of hours worked in a day — though we may never forget that these are an essential, perhaps even the most significant part of the socialist platform — but it is much more a matter of incorporating a powerful and responsible class in the state, perhaps even to make it the dominant force in the future politics of the fatherland. The bourgeoisie does not want to recognize the strength of the working class. Marxism has forced it into a straitjacket that will ruin it. While the working class gradually disintegrates in the Marxist front, bleeding itself dry, the bourgeoisie and Marxism have agreed on the general lines of capitalism, and see their task now to protect and defend it in various ways, often concealed.
We are socialists because we see the social question as a matter of necessity and justice for the very existence of a state for our people, not a question of cheap pity or insulting sentimentality. The worker has a claim to a living standard that corresponds to what he produces. We have no intention of begging for that right. Incorporating him in the state organism is not only a critical matter for him, but for the whole nation. The question is larger than the eight-hour day. It is a matter of forming a new state consciousness that includes every productive citizen. Since the political powers of the day are neither willing nor able to create such a situation, socialism must be fought for. It is a fighting sloganboth inwardly and outwardly. It is aimed domestically at the bourgeois parties and Marxism at the same time, because both are sworn enemies of the coming workers’ state. It is directed abroad at all powers that threaten our national existence and thereby the possibility of the coming socialist national state.
haken02.jpg

Explanation: “The thinking worker comes to Hitler,” the caption says. A communist and a socialist are accusing each other of betraying the working class.
Socialism is possible only in a state that is united domestically and free internationally. The bourgeoisie and Marxism are responsible for failing to reach both goals, domestic unity and international freedom. No matter how national and social these two forces present themselves, they are the sworn enemies of a socialist national state.
We must therefore break both groups politically. The lines of German socialism are sharp, and our path is clear.
We are against the political bourgeoisie, and for genuine nationalism!
We are against Marxism, but for true socialism!
We are for the first German national state of a socialist nature!
We are for the National Socialist German Workers’ Party!
 
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C R O I X

Bam-bam-bam
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Se ditadura eh exclusividade da esquerda, o governo de Pinochet foi o que?

Se esquerda destroi economias e direita constroe economias, o Nazismo foi o que?

O Regime do Keiser Alemao e Kzar Russo foi o que?

Esses pacotes ideologicos utopicos sao impossiveis de serem associados ao mundo real.


Eu nao vejo motivos para quererem ficar dando extra vertente ao Nazismo. Para mim nao passa de uma tentativa de querer associar o regime com a pior fama a ideologia oponente, e nao de fato saberem o que o Nazismo foi, o que na verdade nao importa.
 

farrokh_bulsara

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Acho que esse comichão revisionista do nazismo é produto do que move, por exemplo, esses posts sem pé nem cabeça do @Flango Chines: um esforço simplificador, tendencioso e desesperado de relacionar direita com progressismo, capitalismo, liberalismo.

É o sonho erótico do conservador brasileiro atual: ver aquele pensamento reacionário de sempre ganhar uma nova roupagem pra tentar se colocar como "novidade" diante da demanda por inovação política.

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Flango Chines

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Acho que esse comichão revisionista do nazismo é produto do que move, por exemplo, esses posts sem pé nem cabeça do @Flango Chines: um esforço simplificador, tendencioso e desesperado de relacionar direita com progressismo, capitalismo, liberalismo.

É o sonho erótico do conservador brasileiro atual: ver aquele pensamento reacionário de sempre ganhar uma nova roupagem pra tentar se colocar como "novidade" diante da demanda por inovação política.

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Fala, fala fala...
Mas argumentos refutadores que é bom, nada.
 
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