galva maximus
Bam-bam-bam
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Uma publicação movimentou fóruns sobre retrogaming mundo afora. Esta afirma que os Flash Carts (Everdrive, para citar o exemplo mais conhecido) podem danificar de pouco em pouco os consoles nos quais forem utilizados.
Até parece coisa de gente sensacionalista ou que não entende nada do assunto, mas, muito pelo contrário, o site db Electronics esmiuçou os potenciais perigos do uso prolongado de tal dispositivo nos consoles.
Mas, e aí, é melhor não usar os Flash Carts e ficar a mercê dos vendedores do Facada Livre ou deixar de jogar nos nossos amados consoles? Não, muito pelo contrário.
O que foi escrito no site da db Electronics é um aviso sobre possibilidades do seu console deixar de funcionar e, por conseguinte, fazer você ficar a ver navios. Ter ciência dos problemas eletrônicos que podem acontecer quando se usa um produto que, originalmente, o console não foi planejado a usar é de supra importância para deixar todo um mercado consumidor consciente em suas escolhas no produto.
Antes de repassar partes importantes sobre a postagem do site em questão, devemos esclarecer o que é um Flash Cart.
O que diachos é isso?
Um Flash Cart é um cartucho que tem uma memória flash na sua PCB (Placa de Circuito Impresso, na tradução do inglês). Estes cartuchos permitem o uso de programas homebrew e de jogos para rodarem nos consoles nos quais eles são compatíveis.
A capacidade deste cartuchos variam bastante onde estes, muitas vezes, utilizando-se de slots de cartão SD para o uso do mesmos. A forma que ele é fabricado é que permite que um jogo de maior ou menor densidade possa rodar sem maiores problemas.
Quando um usuário acessa o menu do Flash Cart vários títulos (roms) ficam a disposição. No momento em que um jogo é selecionado, o mesmo é descarregado na memória Flash e esta é lida pelo console, fazendo-o “achar” que é, na verdade, um cartucho de verdade.
E o que acontece ao usar estes Flash Carts?
De acordo com db Electronics existem alguns problemas como a questão dos cartuchos terem um circuito elétrico que requer apenas 3.3v enquanto que os consoles trabalham com circuitos que requerem 5v. Ele cita que muitos Flash Carts – assim como os cartuchos multijogos – não utilizam a técnica correta para que o “choque” entre estas duas arquiteturas deixe de causar um dano no console e, também, no Flash Cart, como ele diz:
Quando um console joga a voltagem de 5v numa entrada que requer apenas 3.3v a voltagem extra tem de ir a algum lugar; esta é a 1ª Lei da Termodinâmica. Então isto acaba se tornando calor através da condução térmica nos diodos, o que pode ser ruim para o circuito integrado.
Estes diodos estão lá para proteger o sistema de uma descarga eletrostática, que são infrequentes e rápidos picos de energia. Eles não foram desenvolvidos para ter uma condução elétrica contínua e, assim, uma contínua dissipação de calor. Agora vamos ver porquê isto ocorre.
Para entender o que acontece quando um sinal de 5v é aplicado numa entrada de 3.3v, nós primeiro precisamos entender o que é uma entrada de 3.3v se parece. Tipicamente, uma entrada digital tem dois diodos (D1 e D2 que pode-se ver na imagem abaixo) que é posto nesta entrada para proteger contra o choque eletrostático.
Quando uma voltagem de 5v é aplicada no circuito abaixo, D1 começa a conduzir e cria um curto circuito sob a corrente adicional acima da requerida, de 3.3v no caso. Em alguns flash carts, incluindo vários modelos de Everdrive que existem no mercado, existe um pequeno resistor (R1 – 100 ohms) para limitar o curto circuito para aproximadamente 12.5 mA entre a voltagem de 5v lançada pelo console e o circuito de 3.3v no qual trabalha o flash cart. Esta proteção é inadequada já que o CMOS trabalha com ± 5.2mA.
Em outros dispositivos, como os multijogos, não existe R1 e a voltagem de 5v diretamente no circuito de 3.3v resultando num curto circuito entre os dois sistemas. Em todos os casos, isto pode causar danos dos dois lados:
- Da saída do console já que o mesmo não foi desenvolvido para suprir uma corrente de 12.5mA (ou até mais nos multijogos) por pino;
- Do circuito de 3.3v dos Flash Carts já que os diodos D1 e D2 não foram feitos para dissipar grandes quantidades de calor.
O grande afã da questão é o seguinte. Como estes cartuchos não estão no mercado a muito tempo ainda não se tem dados mais concretos do que eles podem realmente fazer ao seu console.
Até que um estudo mais acurado sobre as eventualidades e problemas que venham a acontecer do uso exagerado dos cartuchos, ficamos muito numa área mais empírica do problema.
Mas antes ser avisado com antecedência do que ter um problema depois e ninguém saber o porquê. E o que vai acontecer quando o problema realmente chegar? Vamos ver aqui, continuando com o db Electronics.
O uso prolongado destes componentes fora das suas tolerâncias especificadas vai levar aos inevitáveis erros. Por parte do console, o stress é a corrente excessiva de saída nos pinagens. Do lado do cartucho, o stress excessivo na dissipação de calor por conta da condução térmica por parte dos diodos. Eu já ouvi vários amigos meus que os seus NES morreram muito provavelmente do uso excessivo dos cartuchos multijogos. Estes são os piores a serem usados. Eu sugiro que estes sejam evitados como se fossem a peste negra. Eu suspeito que o design mal elaborado dos Everdrive vai demandar um pouco mais de tempo para que os problemas possam começar a acontecer.
O db Electronics lançou um vídeo explicando os possíveis problemas no futuro.
[MEDIA]
, e ainda algum parente jogar os consoles, jogos e flash card fora 
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