sparcx86_GHOST
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Em alguns países onde estive me deparei com uma realidade muito diferente do que imaginava, conversei com uns caras que haviam me dito que eram da função pública e haviam saído pelo "termino do contrato". Perguntei o que era isto e me disseram que no país deles, o funcionário publico de autarquias era designado mediante um concurso de títulos e provas específicos, mas somente era garantido seu emprego por 5 anos, depois de findo este prazo, tinham de arrumar outra ocupação.
Além disto, soube também que era vedado por Lei que o mesmo renovasse o contrato a não ser em ocasiões extraordinárias onde não houvesse outros concorrentes ao cargo o que nunca acontecia pois todos sempre querem algum emprego governamental por razões óbvias.
Descobri que em Portugal muitos até tem contratos de trabalho iguais ou piores que o meu que sou estrangeiro, trabalham em funções publicas mas não é algo eterno e vitalício, tem sempre de correr atrás de novas colocações. A principal vantagem deste esquema é que sempre há "sangue novo", funcionarios mais motivados para o serviço e não aqueles caras de 40 50 anos na mesma repartição.
Relatório sobre precariedade no Estado é apresentado hoje ao PCP e Bloco. Há mais de 100 mil trabalhadores nesta situação
Com Mário Centeno à cabeça, o Governo reúne-se hoje à tarde com o PCP e, depois à noite, com o BE para apresentar o relatório sobre a precariedade no Estado, mas os bloquistas mantêm a pressão sobre o executivo socialista apontando a necessidade de uma entrada generalizada desses precários na administração pública, que o partido contabiliza em mais de 100 mil.
Com um outdoor nas ruas na próxima segunda-feira e uma sessão pública sobre a precariedade no Estado, a ter lugar no Porto no domingo, o Bloco de Esquerda sinaliza publicamente essa pressão - "Precariedade. Nem no Estado, nem no privado" é o mote do cartaz que será colocado por todo o país.
Os bloquistas já deixaram claro numa resolução da Mesa Nacional, do passado dia 8 de janeiro, que "o acordo entre o Bloco e o PS para um plano nacional de combate à precariedade tem revelado a sua pertinência mas também a enorme dificuldade na sua execução".
Essa dificuldade é sentida há meses. Um primeiro relatório, prometido pelo Governo para outubro, ficou na gaveta porque estava incompleto. Para BE e PCP faltava incluir contratados a prazo, e não apenas bolseiros, estagiários, contratados no programa de "emprego inserção" ou temporários.
Os bloquistas identificam "mais de uma centena de milhar de trabalhadores e trabalhadoras do Estado com vínculos precários", notando que, no caso "do setor público, aumenta a expectativa sobre quem será incluído numa solução de vinculação, com que critérios e em que condições de transparência". É isto que estará à mesa entre o Governo e os seus parceiros parlamentares nas reuniões de hoje. Falta conhecer o universo de trabalhadores abrangidos, que o executivo mantém fechado a sete chaves - e como poderá o Governo incluir esses trabalhadores. A solução pode passar por concurso como fez António Guterres em 1997 (ao incluir 40 mil recibos verdes na função pública).
Segundo um estudo recente, elaborado pelo economista Eugénio Rosa e divulgado em outubro, há mais de 110 mil trabalhadores precários na administração pública, com um grande peso na Educação.
Este universo será a pedra de toque das negociações entre os três partidos, mas o BE foi avisando que estes "trabalhadores e trabalhadoras do Estado com vínculos precários - contratos a prazo, bolsas, estágios, contratos emprego inserção, contratos temporários, prestação de serviço, tarefeiros - esperam uma resposta e não podem ser esquecidos".
Em novembro, no quadro da discussão do Orçamento para 2017, o governo socialista, o BE e o PCP chegaram a um entendimento prévio para integrar os trabalhadores nestas situações de precariedade. "Encontrámos a fórmula", apontou então Catarina Martins, para "começar a integrar os precários da função pública", acrescentando que o objetivo era dar em 2017 contratos efetivos a "mais de 100 mil pessoas".
Depois, Jerónimo de Sousa exaltou a participação do PCP. "É um começo e significa um bom caminho, mas a exigir uma luta permanente e prolongada", antecipando que foram abertas portas. "Sim, algumas portas foram abertas, na administração pública. Falta ainda no setor privado." Recados dados.
http://www.dn.pt/portugal/interior/...a-generalizada-na-funcao-publica-5642608.html
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Além disto, soube também que era vedado por Lei que o mesmo renovasse o contrato a não ser em ocasiões extraordinárias onde não houvesse outros concorrentes ao cargo o que nunca acontecia pois todos sempre querem algum emprego governamental por razões óbvias.
Descobri que em Portugal muitos até tem contratos de trabalho iguais ou piores que o meu que sou estrangeiro, trabalham em funções publicas mas não é algo eterno e vitalício, tem sempre de correr atrás de novas colocações. A principal vantagem deste esquema é que sempre há "sangue novo", funcionarios mais motivados para o serviço e não aqueles caras de 40 50 anos na mesma repartição.
Relatório sobre precariedade no Estado é apresentado hoje ao PCP e Bloco. Há mais de 100 mil trabalhadores nesta situação
Com Mário Centeno à cabeça, o Governo reúne-se hoje à tarde com o PCP e, depois à noite, com o BE para apresentar o relatório sobre a precariedade no Estado, mas os bloquistas mantêm a pressão sobre o executivo socialista apontando a necessidade de uma entrada generalizada desses precários na administração pública, que o partido contabiliza em mais de 100 mil.
Com um outdoor nas ruas na próxima segunda-feira e uma sessão pública sobre a precariedade no Estado, a ter lugar no Porto no domingo, o Bloco de Esquerda sinaliza publicamente essa pressão - "Precariedade. Nem no Estado, nem no privado" é o mote do cartaz que será colocado por todo o país.
Os bloquistas já deixaram claro numa resolução da Mesa Nacional, do passado dia 8 de janeiro, que "o acordo entre o Bloco e o PS para um plano nacional de combate à precariedade tem revelado a sua pertinência mas também a enorme dificuldade na sua execução".
Essa dificuldade é sentida há meses. Um primeiro relatório, prometido pelo Governo para outubro, ficou na gaveta porque estava incompleto. Para BE e PCP faltava incluir contratados a prazo, e não apenas bolseiros, estagiários, contratados no programa de "emprego inserção" ou temporários.
Os bloquistas identificam "mais de uma centena de milhar de trabalhadores e trabalhadoras do Estado com vínculos precários", notando que, no caso "do setor público, aumenta a expectativa sobre quem será incluído numa solução de vinculação, com que critérios e em que condições de transparência". É isto que estará à mesa entre o Governo e os seus parceiros parlamentares nas reuniões de hoje. Falta conhecer o universo de trabalhadores abrangidos, que o executivo mantém fechado a sete chaves - e como poderá o Governo incluir esses trabalhadores. A solução pode passar por concurso como fez António Guterres em 1997 (ao incluir 40 mil recibos verdes na função pública).
Segundo um estudo recente, elaborado pelo economista Eugénio Rosa e divulgado em outubro, há mais de 110 mil trabalhadores precários na administração pública, com um grande peso na Educação.
Este universo será a pedra de toque das negociações entre os três partidos, mas o BE foi avisando que estes "trabalhadores e trabalhadoras do Estado com vínculos precários - contratos a prazo, bolsas, estágios, contratos emprego inserção, contratos temporários, prestação de serviço, tarefeiros - esperam uma resposta e não podem ser esquecidos".
Em novembro, no quadro da discussão do Orçamento para 2017, o governo socialista, o BE e o PCP chegaram a um entendimento prévio para integrar os trabalhadores nestas situações de precariedade. "Encontrámos a fórmula", apontou então Catarina Martins, para "começar a integrar os precários da função pública", acrescentando que o objetivo era dar em 2017 contratos efetivos a "mais de 100 mil pessoas".
Depois, Jerónimo de Sousa exaltou a participação do PCP. "É um começo e significa um bom caminho, mas a exigir uma luta permanente e prolongada", antecipando que foram abertas portas. "Sim, algumas portas foram abertas, na administração pública. Falta ainda no setor privado." Recados dados.
http://www.dn.pt/portugal/interior/...a-generalizada-na-funcao-publica-5642608.html
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