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Eu até cito números algumas vezes aqui, pois acredito que eles tem sim sua importância, mas eu procuro não ficar apegado somente a eles. Acho que nada substitui você sentar e ver o jogo, pois números enganam às vezes. Mas estava lendo essa matéria e achei interessante o modo como ela foi feita. E o legal foi que citaram números de outros jogadores, que algumas vezes nem são lembrados nessas estatísticas.

Messi, Neymar ou CR7: os números dizem quem é o melhor - parte 1

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Real Madrid e Barcelona disputam novamente cabeça a cabeça o título do Campeonato Espanhol. As três principais estrelas do futebol mundial vestem suas gloriosas camisas. Nos últimos nove anos, na premiação de melhor do planeta, só deu o culé Messi e o merengue Cristiano Ronaldo (5 x 4 para o argentino), mas o também barcelonista Neymar parece que está chegando cada vez mais perto deles, flertando com seu primeiro troféu.

Mas como compará-los sem avaliações subjetivas? Sem preferências pessoais? Como diferenciar três craques? O melhor é aquele que faz mais gols? Ou aquele que faz o gol decisivo?

A ESPN lançou o desafio de responder a essa pergunta ao FutLab, grupo de estudiosos formado pelo jornalista Maurício Barros, nosso blogueiro e comentarista, e os economistas Celso Toledo, Fábio Moraes e Marco Antônio, e que busca lançar um olhar objetivo para as coisas do futebol, tendo os números como ferramenta exclusiva. Eles toparam! O resultado você vê abaixo.

1- GOLS E FINALIZAÇÃO

Primeiro, vamos falar das virtudes individuais de cada um. E nada melhor do que começar tratando daquilo que mais interessa no futebol - em especial, para atacantes: gols. Antes de iniciarmos, algumas explicações básicas sobre as análises que virão:

- Coletamos os dados a partir da temporada 2013/2014, quando Neymar iniciou sua carreira no Barcelona. Eles vão até a 28ª rodada do atual Espanhol. Desta maneira, pudemos comparar diretamente a evolução dos três jogadores nos mesmos campeonatos, contra os mesmos adversários. Os dados foram coletados pela Opta, maior empresa do planeta em estatísticas esportivas, parceira da ESPN.

- As estatísticas são apresentadas quase sempre utilizando o valor da variável (gols, por exemplo) por jogo - de nada adianta compararmos o total de gols marcados por dois jogadores que não jogaram a mesma quantidade de partidas.

- Para cada estatística, apresentamos não só os valores observados para os três craques em questão, mas também para um jogador de destaque naquele quesito específico.

- Por fim, vamos apresentar nas análises um termo estatístico pouco conhecido, mas de fácil entendimento, o percentil. Esta medida serve, em linhas gerais, para situar os jogadores em um ranking, comparando-o aos demais. Como exemplo, se dissermos que "Neymar se encontra no 97º percentil na estatística gols por jogo", isso significa que ele marca mais gols por jogo do que 97% dos jogadores analisados; e se ele estiver no 66º percentil na estatística % de passes certos, isto significa que ele é melhor que 66% dos jogadores neste quesito, e assim por diante.

Feitas estas explicações, vamos iniciar nossas análises com a estatística mais simples, número de gols por jogo.

Ao longo dos últimos quatro anos, Cristiano Ronaldo e Messi foram os dois maiores goleadores da Liga Espanhola, com o português marcando 1,05 gol/jogo, contra 0,99 gol/jogo do argentino, enquanto Neymar ficou em um longínquo 0,55 gol/jogo (nesta categoria, o brasileiro ficou no 97º percentil - ainda uma excelente marca, mas muito aquém dos outros dois). Um jogador de destaque no período foi Luis Suarez, com impressionantes 0,89 gol/jogo. Neste quesito, ponto para Cristiano Ronaldo e Messi.

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Mas a quantidade de gols por jogo é a melhor maneira de compararmos o valor de dois atacantes para seus times? A quantidade de gols que um jogador marca depende não apenas dele, mas também de seus companheiros; certamente, um atacante do Barcelona ou do Real Madrid terá mais chance de finalizações (e, por consequência, de marcar gols) do que um jogador do Osasuna.

Desta maneira, a comparação seguinte foi feita em relação à proporção de gols marcados pelo seu time - no caso, dividimos a quantidade de gols por jogo de cada jogador pela quantidade de gols por jogo de seu time. Observamos aqui que Messi e Cristiano Ronaldo continuam sendo importantíssimos para seus times, sendo responsáveis por mais de 35% dos gols marcados no período em que estiveram em campo, porém outros jogadores se mostraram mais importantes para seus times neste quesito (Cristiano Ronaldo se encontrou no 96º percentil, enquanto Messi ficou no 95º percentil). Destacamos aqui Aritz Aduriz, do Atlético de Bilbao, que durante os últimos quatro anos foi responsável por mais de 40% dos gols de seu time no período em que esteve em campo. Neymar mais uma vez ficou para trás, sendo responsável por apenas 19% dos gols do Barcelona no período.

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Mas assim como os homens, nem todos os gols são criados iguais. Uma das principais diferenças está se o gol é assistido (ou seja, depende de passe direto de um companheiro), ou se é não assistido (ou seja, fruto de uma jogada individual). Obviamente ambos são importantes. Um gol assistido mostra que o jogador se colocou suficientemente bem em campo para receber a bola e finalizar - porém depende de seus companheiros. Já um gol não assistido é um melhor indicador da individualidade do jogador, sua capacidade de criar.

Abaixo temos as estatísticas de gols não assistidos por jogo para nossos três jogadores, e mais as de Gareth Bale, para comparação. Tanto Messi quanto Cristiano Ronaldo se encontraram, ano após ano, entre os melhores do campeonato. Neymar teve um ano bastante positivo na criação de seus próprios gols, na temporada 2013/2014, mas ficou bem atrás de seus competidores nos outros anos - Messi cria mais de três vezes mais gols não assistidos por jogo que o brasileiro. Ainda que não no nível de Messi e Cristiano Ronaldo, Gareth Bale é um dos maiores goleadores por meio de jogadas individuais da Espanha.

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Olhando para os gols assistidos, podemos observar um padrão semelhante, com Messi e Cristiano Ronaldo entre os maiores goleadores da Espanha (e aproveitando, assim, as muitas oportunidades criadas por jogar em dois dos maiores times do mundo), com Neymar novamente bastante atrás (e, novamente, atrás de Gareth Bale).
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Observamos até aqui estatísticas que nos falam de quantidade de gols que os três craques marcam, e a sua importância como goleador (e criador de jogadas) dentro do time. Entendemos que falta, porém, uma dimensão: a eficiência do jogador. Se um atacante chuta toda e qualquer bola que recebe para o gol, espera-se que ele marque um bocado de gols. Mas será que ele é eficiente? Será que ele aproveita bem as chances que tem?

Ao analisarmos as estatísticas compiladas pela Opta, deparamos com uma medida interessantíssima, relacionada exatamente à eficiência de um jogador. A partir de sua imensa base de dados, a Opta compilou diversas informações relacionadas a todas as finalizações a gol realizadas em vários campeonatos, a partir de 2010 (entre estas informações, temos se a finalização foi um chute ou uma cabeçada, a distância da finalização, se a finalização foi fruto de cruzamento, contra ataque, e assim por diante). Para cada finalização, temos também o seu resultado: defesa do goleiro, gol, chute na trave, chute para fora. A partir dessas informações, foi criado o conceito de gol esperado: dada uma determinada finalização (por exemplo, um chute a 30 metros, em uma jogada de contra-ataque), a Opta calcula qual a probabilidade de acontecer um gol.

Com isso, pode criar a quantidade de gols esperados de um determinado jogador ao longo de um campeonato. Dada as características de todas as suas finalizações, poderia se esperar que ele fizesse uma determinada quantidade de gols (por exemplo, 15 gols esperados). Caso, na prática, ele tenha feito mais gols que o esperado (por exemplo, 18 gols), temos que este jogador foi eficiente em suas finalizações; caso tenha feito menos gols que o esperado, (por exemplo, 10 gols), temos um jogador ineficiente, que perde muitos gols.

Para analisarmos a eficiência dos jogadores, dividimos as finalizações de curta e de longa distância - para tanto, comparamos a quantidade de gols marcada e esperada para finalizações dentro e fora da grande área. Abaixo, temos a evolução dos três jogadores para finalizações por jogo, gols por jogo e gols por jogo acima do esperado, para gols dentro da grande área, e fora da grande área.

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Temos aqui que Cristiano Ronaldo é um prolixo chutador de longa distância, com quase três finalizações por jogo. Messi finaliza cerca de metade desse valor, e Neymar um pouco menos.

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Apesar de finalizar menos que o português, temos que Messi marca mais gols por jogo em chutes de longa distância - parece ser, dessa forma, muito mais eficiente. Ainda assim, ambos estão dentre os maiores destaques do campeonato: tanto Messi quanto Cristiano Ronaldo se situam no 98º percentil. Neymar, por sua vez, quase não marca em distâncias mais longas, situando-se apenas no 76º percentil. Como comparação, trouxemos os números de James Rodriguez, que desde que chegou no Real Madrid é um dos maiores goleadores de fora da área da Espanha.

E quanto à eficiência desses quatro jogadores? Abaixo temos a evolução de seus gols de fora da área acima do esperado:

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Os grandes destaques aqui são Messi e James: os números mostram que, além de finalizarem muito de fora da área, suas finalizações geram muito mais gols que o esperado. Cristiano Ronaldo fica um pouco para trás aqui, mas ainda assim suas finalizações estão acima da média. Já Neymar, além de finalizar pouco de longa distância, finaliza mal (situou-se, como comparativo, no 20º percentil, enquanto que Messi e Cristiano Ronaldo estiveram nos percentis 99º e 95º, respectivamente).

Passamos agora para as finalizações e os gols dentro da grande área. O jogador comparado aos três foi Gareth Bale:

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Novamente podemos observar um grande número de finalizações de Cristiano Ronaldo, seguido (agora mais de perto) por Messi e Neymar. Agora, vamos observar os gols por jogo:

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Novamente Messi e Cristiano Ronaldo se destacam - estão entre os maiores finalizadores e goleadores dentro da grande área do Campeonato Espanhol no período. Neste quesito Neymar se aproxima dos dois, situando-se no 96º percentil. E quanto à eficiência destas finalizações? Aqui temos talvez a maior surpresa da análise até aqui:

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Dentre os três jogadores, Cristiano Ronaldo é disparado o finalizador mais eficiente dentro da grande área, encontrando-se no 92º percentil na média dos 4 anos. Messi, por sua vez, fica bem atrás, apenas no 67º percentil no período (nota-se que Messi teve uma temporada espetacular em 2014/2015, mas de lá para cá a eficiência de suas finalizações caiu muito). O destaque negativo aqui é Neymar: suas finalizações dentro da grande área, ano após anos, são extremamente ineficientes - em outras palavras, Neymar perde muitos "gols feitos". Nota-se que todos ficam muito para trás de Gareth Bale, o melhor finalizador dentro da grande área do campeonato Espanhol.

Encerramos aqui a primeira etapa de nossa análise, relacionada à capacidade individual. Na segunda parte, analisaremos as contribuições coletivas dos três craques dentro do jogo: participação, criação de jogadas, auxílio na defesa e afins.


Messi, Neymar ou CR7: os números dizem quem é o melhor - parte 2

2 - PARTICIPAÇÃO NO JOGO

O foco agora da comparação entre Messi, CR7 e Neymar se desloca das qualidades individuais para as virtudes coletivas: participação nas jogadas dos times, criação de chances para outros, ajuda na defesa, etc.

O primeiro ponto a ser analisado aqui é a quantidade de toques dados por jogo. A ideia aqui é tentar capturar o quanto cada jogador participa do jogo, qual sua importância no volume de sua equipe.

Como era esperado para quem conhece o jogo do Barcelona, não é surpresa observar diversos de seus jogadores dominando o topo desta estatística - a posse de bola do time catalão ao longo das últimas 4 temporadas foi, em média, de 67,4%. Temos, assim, que Neymar e Messi participam muito mais do jogo que Cristiano Ronaldo (como referência, a posse de bola média do Real Madrid no mesmo período foi de 57,4%), e muito próximos entre si. Colocamos aqui na comparação Jordi Alba, que, juntamente com Iniesta, é o jogador que mais toca na bola no Campeonato Espanhol.

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Dado o estilo de jogo característico do Barça, é preciso fazer alguma correção deste número para não desnivelar a comparação em detrimento de Cristiano Ronaldo. A solução adotada foi calcular a porcentagem dos toques de cada jogador em relação ao total de seu time, considerando o tempo que estiveram em campo.

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Mesmo sob este prisma, podemos observar que os dois jogadores do Barcelona são mais "ativos" em campo que Cristiano Ronaldo em relação ao volume de jogo de seus times. Calculando os percentis para cada jogador no período, temos Messi no 52%, Neymar no 49% e Cristiano Ronaldo apenas no 15º percentil (o que significa que 85% dos jogadores no período tocam mais na bola que Cristiano Ronaldo - talvez um desperdício de suas habilidades). Nesta categoria destacamos Koke, do Atlético de Madrid, responsável ano após ano por cerca de 12% dos toques na bola de seu time.

Passamos em seguida para a análise de uma variável muito parecida com toques - passes. Como os números por jogo e participação nos passes do time são muito parecidos com a estatística anterior, destacamos aqui a acurácia desses passes, ou seja, % de passes corretos.

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Nesta categoria observamos números muito semelhantes dos três, com leve vantagem para o argentino. Apesar de sua qualidade, nenhum dos três se destaca considerando todos os jogadores do campeonato - Messi está no 78º percentil, enquanto Neymar e Cristiano Ronaldo se encontram nos percentis 66º e 65º, respectivamente. O destaque aqui foi Busquets, um dos passadores mais precisos da Liga.

Analisando os números da Opta, deparamo-nos com uma estatística interessantíssima: % de segundo passes corretos. Esta medida nos dá qual a porcentagem de acerto dos passes seguintes aos passes de cada jogador. Podemos pensar na seguinte situação: se um jogador sempre passa uma bola dividida, espera-se que os passes seguintes a estes sejam sempre menos precisos do que aqueles que vêm de um jogador que passa uma bola "limpa".

Dado que esta estatística depende da qualidade do jogador que recebe a 1ª bola, ajustamos a estatística da Opta pela qualidade geral de passe de cada time. Vamos, assim, aos números:

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Neste quesito os três jogadores estão muito próximos, encontrando-se no ranking por volta do 45º percentil. De maneira pouco surpreendente, Busquets, Mascherano (retratado no gráfico) e Kovacic estão entre os melhores - ou seja, além de acertarem muitos passes, estes colocam os recebedores em posição tranquila para acertar os passes seguintes.

Cada passe, porém, não tem a mesma importância para o time. Um passe que gera uma assistência certamente vale mais que um passe para trás no meio de campo. Apresentamos a seguir a estatística de chances criadas por jogo. Esta estatística considera tanto as assistências (passes que resultam em gols) como passes-chave (que são passes que a Opta entende que deveriam ter gerado gols, mas cujo resultado acaba por fugir do controle de quem fez o passe).

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Nesta estatística, Messi e Neymar aparecem praticamente empatados e à frente de Cristiano Ronaldo, com Neymar levando vantagem considerável no decorrer das duas últimas temporadas. O brasileiro e seu companheiro estão entre os maiores criadores de chances do Campeonato Espanhol (ambos estão no 99º percentil). Enquanto Cristiano Ronaldo fica mais para trás (86º percentil), seu companheiro de time, James Rodriguez, apresenta incríveis 3,2 chances por jogo no período que está em campo.

Tabém é necessário aqui levar em conta a característica de jogo do time. Dado que o Barcelona fica muito mais com a bola no pé, naturalmente seus jogadores terão mais oportunidades de criar chances de gols para seus companheiros. Apresentamos, assim, a participação de cada jogador na criação de chances de seu time.

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Esta estatística mostra uma diferença ainda maior entre os dois jogadores do Barcelona e Cristiano Ronaldo. Enquanto Messi e Neymar se encontram no 92º e 91º percentil, respectivamente, o português se encontra apenas no 59º percentil. Note que James Rodriguez segue acima dos três.

Por fim, temos uma última estatística relacionada a chances: quantidade de chances criadas a cada passe. Já vimos que Cristiano Ronaldo pega muito menos na bola que seus concorrentes do Barcelona, mesmo com o ajuste de posse de bola do Barcelona. Mas será que cada um de seus passes gera mais valor?

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Aqui temos um número muito mais equilibrado. Os três jogadores criam praticamente a mesma quantidade de chances por passe, e estão entre os melhores da Liga (todos próximos ao 90º percentil - o que nos diz que talvez Cristiano Ronaldo pudesse ser mais aproveitado como criador). Além disso, conseguimos perceber também a melhora de Neymar durante as duas últimas temporadas, ficando à frente dos outros dois. O jogador de comparação aqui é Benzema, que cria uma chance em 6% de seus passes.

A análise seguinte é em relação a dribles. Analisamos aqui tanto a quantidade de dribles por jogo, e o sucesso em seus dribles. Aqui Neymar e Messi são destaques absolutos. No período, Neymar tentou 9 dribles a cada jogo, e Messi 7,6 dribles. Cristiano Ronaldo ficou bem para trás, e suas tentativas foram diminuindo ano a ano.

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Não só os dois jogadores do Barcelona tentam muito dribles, mas possuem grande sucesso - estão entre os três atacantes que mais ganham jogadas mano a mano (termo utilizado pela Opta para disputas que envolvem drible). Muniain, do Atlético de Bilbao, é o atacante que se intromete entre eles no topo.

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Por fim, examinamos agora a contribuição defensiva dos três. Para tanto, somamos algumas estatísticas compiladas pela Opta (a saber, interceptações, rebatidas, e desarmes completos). Nenhum dos três (como esperado) contribui muito, em especial quando comparados com Griezmann, melhor atacante "defensor" da Liga.

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Aqui vale também fazer uma ressalva em relação ao estilo de jogo praticado pelo time do francês. Apesar de ser um dos melhores times da liga, o Atlético de Madri de Diego Simeone não se incomoda em jogar sem a bola (tem apenas 50% de posse de bola média no período) e reagir a ações ofensivas do adversário.

Na próxima e última parte de nossa análise, faremos um balanço das capacidades individuais e coletivas e responderemos o que os números dizem sobre quem é melhor: Messi, Cristiano Ronaldo ou Neymar.

Messi, Neymar ou CR7: os números dizem quem é o melhor - a conclusão

No mais recente capítulo da disputa entre Messi e CR7 pelo posto de melhor do mundo, o argentino levou vantagem, fazendo dois belos gols e decretando, no último minuto, a vitória do Barcelona sobre Real Madrid por 3 x 2 no Santiago Bernabéu. Vamos agora, finalmente, responder à pergunta sobre o melhor do mundo.

Vale lembrar que o FutLab se baseia apenas e tão somente na objetividade dos números.

Na Parte 1, analisamos as habilidades quanto a gols e finalização. Na parte 2, a participação no jogo. Nos dois gráficos abaixo consolidamos essas análises, deixando visível semelhanças e diferenças entre os três. Quanto mais próximo das bordas, mais perto o jogador está dos melhores do campeonato no critério determinado.

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Para diversas estatísticas, fica difícil distinguir entre o ranking de Messi e de Cristiano Ronaldo. Eles estão praticamente empatados em critérios de gols por jogo (tanto assistidos como não assistidos), dentro e fora da área. A maior diferença entre os dois está na eficiência das finalizações: Messi é um pouco melhor em chutes de fora da área, e Cristiano Ronaldo é mais eficiente dentro da área.



MESSI, NEYMAR OU CR7?
Esta é a conclusão da análise especial. As duas primeiras partes (links acima) foram ao ar no sábado e no domingo. Clique acima e confira!



Já Neymar, nesta avaliação, ficou bem para trás. Destaca-se mais em gols assistidos do que criados em jogadas próprias, mas mesmo assim fica um pouco atrás de seus concorrentes. Seu principal destaque negativo, porém, fica na eficiência de suas finalizações, encontrando-se não apenas atrás de Messi e Cristiano Ronaldo, mas de quase todos os atacantes da Liga no período.

Mas fazer gols é apenas uma parte da história. Abaixo temos as mesmas análises, porém para critérios relacionados a presença de campo, criação de jogadas, dribles e ajuda na marcação.

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Temos aqui que os dois melhores jogadores, muito próximos entre si, são Messi e Neymar. Ambos participam muito mais do jogo que Cristiano Ronaldo, criam mais chances para seus times, passam melhor (em especial Messi), tentam mais dribles e com mais sucesso.

A resposta vai ficando clara. Comparar Neymar e Cristiano Ronaldo depende mais do que você procura: Cristiano Ronaldo é um atacante finalizador superior, enquanto Neymar participa mais e melhor dos jogos. Já o primeiro colocado... Messi é como se fosse uma mistura das melhores características de seus dois rivais: tão bom em matéria de gols quanto Cristiano Ronaldo, e tão importante na participação nos jogos quanto Neymar. Mesmo que você seja um daqueles torcedores que odeia a Argentina, tampe o nariz e aproveite a genialidade de Messi enquanto durar!

http://espn.uol.com.br/noticia/6886...-os-numeros-dizem-quem-e-o-melhor-a-conclusao
 
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thebigkratos

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Acho que essas fotos do Messi deveriam ser postadas no perfil do tortas.

Só acho.
 

s0ier

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Eu até cito números algumas vezes aqui, pois acredito que eles tem sim sua importância, mas eu procuro não ficar apegado somente a eles. Acho que nada substitui você sentar e ver o jogo, pois números enganam às vezes. Mas estava lendo essa matéria e achei interessante o modo como ela foi feita. E o legal foi que citaram números de outros jogadores, que algumas vezes nem são lembrados nessas estatísticas.

Messi, Neymar ou CR7: os números dizem quem é o melhor - parte 1

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Real Madrid e Barcelona disputam novamente cabeça a cabeça o título do Campeonato Espanhol. As três principais estrelas do futebol mundial vestem suas gloriosas camisas. Nos últimos nove anos, na premiação de melhor do planeta, só deu o culé Messi e o merengue Cristiano Ronaldo (5 x 4 para o argentino), mas o também barcelonista Neymar parece que está chegando cada vez mais perto deles, flertando com seu primeiro troféu.

Mas como compará-los sem avaliações subjetivas? Sem preferências pessoais? Como diferenciar três craques? O melhor é aquele que faz mais gols? Ou aquele que faz o gol decisivo?

A ESPN lançou o desafio de responder a essa pergunta ao FutLab, grupo de estudiosos formado pelo jornalista Maurício Barros, nosso blogueiro e comentarista, e os economistas Celso Toledo, Fábio Moraes e Marco Antônio, e que busca lançar um olhar objetivo para as coisas do futebol, tendo os números como ferramenta exclusiva. Eles toparam! O resultado você vê abaixo.

1- GOLS E FINALIZAÇÃO

Primeiro, vamos falar das virtudes individuais de cada um. E nada melhor do que começar tratando daquilo que mais interessa no futebol - em especial, para atacantes: gols. Antes de iniciarmos, algumas explicações básicas sobre as análises que virão:

- Coletamos os dados a partir da temporada 2013/2014, quando Neymar iniciou sua carreira no Barcelona. Eles vão até a 28ª rodada do atual Espanhol. Desta maneira, pudemos comparar diretamente a evolução dos três jogadores nos mesmos campeonatos, contra os mesmos adversários. Os dados foram coletados pela Opta, maior empresa do planeta em estatísticas esportivas, parceira da ESPN.

- As estatísticas são apresentadas quase sempre utilizando o valor da variável (gols, por exemplo) por jogo - de nada adianta compararmos o total de gols marcados por dois jogadores que não jogaram a mesma quantidade de partidas.

- Para cada estatística, apresentamos não só os valores observados para os três craques em questão, mas também para um jogador de destaque naquele quesito específico.

- Por fim, vamos apresentar nas análises um termo estatístico pouco conhecido, mas de fácil entendimento, o percentil. Esta medida serve, em linhas gerais, para situar os jogadores em um ranking, comparando-o aos demais. Como exemplo, se dissermos que "Neymar se encontra no 97º percentil na estatística gols por jogo", isso significa que ele marca mais gols por jogo do que 97% dos jogadores analisados; e se ele estiver no 66º percentil na estatística % de passes certos, isto significa que ele é melhor que 66% dos jogadores neste quesito, e assim por diante.

Feitas estas explicações, vamos iniciar nossas análises com a estatística mais simples, número de gols por jogo.

Ao longo dos últimos quatro anos, Cristiano Ronaldo e Messi foram os dois maiores goleadores da Liga Espanhola, com o português marcando 1,05 gol/jogo, contra 0,99 gol/jogo do argentino, enquanto Neymar ficou em um longínquo 0,55 gol/jogo (nesta categoria, o brasileiro ficou no 97º percentil - ainda uma excelente marca, mas muito aquém dos outros dois). Um jogador de destaque no período foi Luis Suarez, com impressionantes 0,89 gol/jogo. Neste quesito, ponto para Cristiano Ronaldo e Messi.

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Mas a quantidade de gols por jogo é a melhor maneira de compararmos o valor de dois atacantes para seus times? A quantidade de gols que um jogador marca depende não apenas dele, mas também de seus companheiros; certamente, um atacante do Barcelona ou do Real Madrid terá mais chance de finalizações (e, por consequência, de marcar gols) do que um jogador do Osasuna.

Desta maneira, a comparação seguinte foi feita em relação à proporção de gols marcados pelo seu time - no caso, dividimos a quantidade de gols por jogo de cada jogador pela quantidade de gols por jogo de seu time. Observamos aqui que Messi e Cristiano Ronaldo continuam sendo importantíssimos para seus times, sendo responsáveis por mais de 35% dos gols marcados no período em que estiveram em campo, porém outros jogadores se mostraram mais importantes para seus times neste quesito (Cristiano Ronaldo se encontrou no 96º percentil, enquanto Messi ficou no 95º percentil). Destacamos aqui Aritz Aduriz, do Atlético de Bilbao, que durante os últimos quatro anos foi responsável por mais de 40% dos gols de seu time no período em que esteve em campo. Neymar mais uma vez ficou para trás, sendo responsável por apenas 19% dos gols do Barcelona no período.

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Mas assim como os homens, nem todos os gols são criados iguais. Uma das principais diferenças está se o gol é assistido (ou seja, depende de passe direto de um companheiro), ou se é não assistido (ou seja, fruto de uma jogada individual). Obviamente ambos são importantes. Um gol assistido mostra que o jogador se colocou suficientemente bem em campo para receber a bola e finalizar - porém depende de seus companheiros. Já um gol não assistido é um melhor indicador da individualidade do jogador, sua capacidade de criar.

Abaixo temos as estatísticas de gols não assistidos por jogo para nossos três jogadores, e mais as de Gareth Bale, para comparação. Tanto Messi quanto Cristiano Ronaldo se encontraram, ano após ano, entre os melhores do campeonato. Neymar teve um ano bastante positivo na criação de seus próprios gols, na temporada 2013/2014, mas ficou bem atrás de seus competidores nos outros anos - Messi cria mais de três vezes mais gols não assistidos por jogo que o brasileiro. Ainda que não no nível de Messi e Cristiano Ronaldo, Gareth Bale é um dos maiores goleadores por meio de jogadas individuais da Espanha.

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Olhando para os gols assistidos, podemos observar um padrão semelhante, com Messi e Cristiano Ronaldo entre os maiores goleadores da Espanha (e aproveitando, assim, as muitas oportunidades criadas por jogar em dois dos maiores times do mundo), com Neymar novamente bastante atrás (e, novamente, atrás de Gareth Bale).
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Observamos até aqui estatísticas que nos falam de quantidade de gols que os três craques marcam, e a sua importância como goleador (e criador de jogadas) dentro do time. Entendemos que falta, porém, uma dimensão: a eficiência do jogador. Se um atacante chuta toda e qualquer bola que recebe para o gol, espera-se que ele marque um bocado de gols. Mas será que ele é eficiente? Será que ele aproveita bem as chances que tem?

Ao analisarmos as estatísticas compiladas pela Opta, deparamos com uma medida interessantíssima, relacionada exatamente à eficiência de um jogador. A partir de sua imensa base de dados, a Opta compilou diversas informações relacionadas a todas as finalizações a gol realizadas em vários campeonatos, a partir de 2010 (entre estas informações, temos se a finalização foi um chute ou uma cabeçada, a distância da finalização, se a finalização foi fruto de cruzamento, contra ataque, e assim por diante). Para cada finalização, temos também o seu resultado: defesa do goleiro, gol, chute na trave, chute para fora. A partir dessas informações, foi criado o conceito de gol esperado: dada uma determinada finalização (por exemplo, um chute a 30 metros, em uma jogada de contra-ataque), a Opta calcula qual a probabilidade de acontecer um gol.

Com isso, pode criar a quantidade de gols esperados de um determinado jogador ao longo de um campeonato. Dada as características de todas as suas finalizações, poderia se esperar que ele fizesse uma determinada quantidade de gols (por exemplo, 15 gols esperados). Caso, na prática, ele tenha feito mais gols que o esperado (por exemplo, 18 gols), temos que este jogador foi eficiente em suas finalizações; caso tenha feito menos gols que o esperado, (por exemplo, 10 gols), temos um jogador ineficiente, que perde muitos gols.

Para analisarmos a eficiência dos jogadores, dividimos as finalizações de curta e de longa distância - para tanto, comparamos a quantidade de gols marcada e esperada para finalizações dentro e fora da grande área. Abaixo, temos a evolução dos três jogadores para finalizações por jogo, gols por jogo e gols por jogo acima do esperado, para gols dentro da grande área, e fora da grande área.

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Temos aqui que Cristiano Ronaldo é um prolixo chutador de longa distância, com quase três finalizações por jogo. Messi finaliza cerca de metade desse valor, e Neymar um pouco menos.

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Apesar de finalizar menos que o português, temos que Messi marca mais gols por jogo em chutes de longa distância - parece ser, dessa forma, muito mais eficiente. Ainda assim, ambos estão dentre os maiores destaques do campeonato: tanto Messi quanto Cristiano Ronaldo se situam no 98º percentil. Neymar, por sua vez, quase não marca em distâncias mais longas, situando-se apenas no 76º percentil. Como comparação, trouxemos os números de James Rodriguez, que desde que chegou no Real Madrid é um dos maiores goleadores de fora da área da Espanha.

E quanto à eficiência desses quatro jogadores? Abaixo temos a evolução de seus gols de fora da área acima do esperado:

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Os grandes destaques aqui são Messi e James: os números mostram que, além de finalizarem muito de fora da área, suas finalizações geram muito mais gols que o esperado. Cristiano Ronaldo fica um pouco para trás aqui, mas ainda assim suas finalizações estão acima da média. Já Neymar, além de finalizar pouco de longa distância, finaliza mal (situou-se, como comparativo, no 20º percentil, enquanto que Messi e Cristiano Ronaldo estiveram nos percentis 99º e 95º, respectivamente).

Passamos agora para as finalizações e os gols dentro da grande área. O jogador comparado aos três foi Gareth Bale:

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Novamente podemos observar um grande número de finalizações de Cristiano Ronaldo, seguido (agora mais de perto) por Messi e Neymar. Agora, vamos observar os gols por jogo:

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Novamente Messi e Cristiano Ronaldo se destacam - estão entre os maiores finalizadores e goleadores dentro da grande área do Campeonato Espanhol no período. Neste quesito Neymar se aproxima dos dois, situando-se no 96º percentil. E quanto à eficiência destas finalizações? Aqui temos talvez a maior surpresa da análise até aqui:

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Dentre os três jogadores, Cristiano Ronaldo é disparado o finalizador mais eficiente dentro da grande área, encontrando-se no 92º percentil na média dos 4 anos. Messi, por sua vez, fica bem atrás, apenas no 67º percentil no período (nota-se que Messi teve uma temporada espetacular em 2014/2015, mas de lá para cá a eficiência de suas finalizações caiu muito). O destaque negativo aqui é Neymar: suas finalizações dentro da grande área, ano após anos, são extremamente ineficientes - em outras palavras, Neymar perde muitos "gols feitos". Nota-se que todos ficam muito para trás de Gareth Bale, o melhor finalizador dentro da grande área do campeonato Espanhol.

Encerramos aqui a primeira etapa de nossa análise, relacionada à capacidade individual. Na segunda parte, analisaremos as contribuições coletivas dos três craques dentro do jogo: participação, criação de jogadas, auxílio na defesa e afins.


Messi, Neymar ou CR7: os números dizem quem é o melhor - parte 2

2 - PARTICIPAÇÃO NO JOGO

O foco agora da comparação entre Messi, CR7 e Neymar se desloca das qualidades individuais para as virtudes coletivas: participação nas jogadas dos times, criação de chances para outros, ajuda na defesa, etc.

O primeiro ponto a ser analisado aqui é a quantidade de toques dados por jogo. A ideia aqui é tentar capturar o quanto cada jogador participa do jogo, qual sua importância no volume de sua equipe.

Como era esperado para quem conhece o jogo do Barcelona, não é surpresa observar diversos de seus jogadores dominando o topo desta estatística - a posse de bola do time catalão ao longo das últimas 4 temporadas foi, em média, de 67,4%. Temos, assim, que Neymar e Messi participam muito mais do jogo que Cristiano Ronaldo (como referência, a posse de bola média do Real Madrid no mesmo período foi de 57,4%), e muito próximos entre si. Colocamos aqui na comparação Jordi Alba, que, juntamente com Iniesta, é o jogador que mais toca na bola no Campeonato Espanhol.

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Dado o estilo de jogo característico do Barça, é preciso fazer alguma correção deste número para não desnivelar a comparação em detrimento de Cristiano Ronaldo. A solução adotada foi calcular a porcentagem dos toques de cada jogador em relação ao total de seu time, considerando o tempo que estiveram em campo.

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Mesmo sob este prisma, podemos observar que os dois jogadores do Barcelona são mais "ativos" em campo que Cristiano Ronaldo em relação ao volume de jogo de seus times. Calculando os percentis para cada jogador no período, temos Messi no 52%, Neymar no 49% e Cristiano Ronaldo apenas no 15º percentil (o que significa que 85% dos jogadores no período tocam mais na bola que Cristiano Ronaldo - talvez um desperdício de suas habilidades). Nesta categoria destacamos Koke, do Atlético de Madrid, responsável ano após ano por cerca de 12% dos toques na bola de seu time.

Passamos em seguida para a análise de uma variável muito parecida com toques - passes. Como os números por jogo e participação nos passes do time são muito parecidos com a estatística anterior, destacamos aqui a acurácia desses passes, ou seja, % de passes corretos.

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Nesta categoria observamos números muito semelhantes dos três, com leve vantagem para o argentino. Apesar de sua qualidade, nenhum dos três se destaca considerando todos os jogadores do campeonato - Messi está no 78º percentil, enquanto Neymar e Cristiano Ronaldo se encontram nos percentis 66º e 65º, respectivamente. O destaque aqui foi Busquets, um dos passadores mais precisos da Liga.

Analisando os números da Opta, deparamo-nos com uma estatística interessantíssima: % de segundo passes corretos. Esta medida nos dá qual a porcentagem de acerto dos passes seguintes aos passes de cada jogador. Podemos pensar na seguinte situação: se um jogador sempre passa uma bola dividida, espera-se que os passes seguintes a estes sejam sempre menos precisos do que aqueles que vêm de um jogador que passa uma bola "limpa".

Dado que esta estatística depende da qualidade do jogador que recebe a 1ª bola, ajustamos a estatística da Opta pela qualidade geral de passe de cada time. Vamos, assim, aos números:

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Neste quesito os três jogadores estão muito próximos, encontrando-se no ranking por volta do 45º percentil. De maneira pouco surpreendente, Busquets, Mascherano (retratado no gráfico) e Kovacic estão entre os melhores - ou seja, além de acertarem muitos passes, estes colocam os recebedores em posição tranquila para acertar os passes seguintes.

Cada passe, porém, não tem a mesma importância para o time. Um passe que gera uma assistência certamente vale mais que um passe para trás no meio de campo. Apresentamos a seguir a estatística de chances criadas por jogo. Esta estatística considera tanto as assistências (passes que resultam em gols) como passes-chave (que são passes que a Opta entende que deveriam ter gerado gols, mas cujo resultado acaba por fugir do controle de quem fez o passe).

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Nesta estatística, Messi e Neymar aparecem praticamente empatados e à frente de Cristiano Ronaldo, com Neymar levando vantagem considerável no decorrer das duas últimas temporadas. O brasileiro e seu companheiro estão entre os maiores criadores de chances do Campeonato Espanhol (ambos estão no 99º percentil). Enquanto Cristiano Ronaldo fica mais para trás (86º percentil), seu companheiro de time, James Rodriguez, apresenta incríveis 3,2 chances por jogo no período que está em campo.

Tabém é necessário aqui levar em conta a característica de jogo do time. Dado que o Barcelona fica muito mais com a bola no pé, naturalmente seus jogadores terão mais oportunidades de criar chances de gols para seus companheiros. Apresentamos, assim, a participação de cada jogador na criação de chances de seu time.

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Esta estatística mostra uma diferença ainda maior entre os dois jogadores do Barcelona e Cristiano Ronaldo. Enquanto Messi e Neymar se encontram no 92º e 91º percentil, respectivamente, o português se encontra apenas no 59º percentil. Note que James Rodriguez segue acima dos três.

Por fim, temos uma última estatística relacionada a chances: quantidade de chances criadas a cada passe. Já vimos que Cristiano Ronaldo pega muito menos na bola que seus concorrentes do Barcelona, mesmo com o ajuste de posse de bola do Barcelona. Mas será que cada um de seus passes gera mais valor?

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Aqui temos um número muito mais equilibrado. Os três jogadores criam praticamente a mesma quantidade de chances por passe, e estão entre os melhores da Liga (todos próximos ao 90º percentil - o que nos diz que talvez Cristiano Ronaldo pudesse ser mais aproveitado como criador). Além disso, conseguimos perceber também a melhora de Neymar durante as duas últimas temporadas, ficando à frente dos outros dois. O jogador de comparação aqui é Benzema, que cria uma chance em 6% de seus passes.

A análise seguinte é em relação a dribles. Analisamos aqui tanto a quantidade de dribles por jogo, e o sucesso em seus dribles. Aqui Neymar e Messi são destaques absolutos. No período, Neymar tentou 9 dribles a cada jogo, e Messi 7,6 dribles. Cristiano Ronaldo ficou bem para trás, e suas tentativas foram diminuindo ano a ano.

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Não só os dois jogadores do Barcelona tentam muito dribles, mas possuem grande sucesso - estão entre os três atacantes que mais ganham jogadas mano a mano (termo utilizado pela Opta para disputas que envolvem drible). Muniain, do Atlético de Bilbao, é o atacante que se intromete entre eles no topo.

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Por fim, examinamos agora a contribuição defensiva dos três. Para tanto, somamos algumas estatísticas compiladas pela Opta (a saber, interceptações, rebatidas, e desarmes completos). Nenhum dos três (como esperado) contribui muito, em especial quando comparados com Griezmann, melhor atacante "defensor" da Liga.

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Aqui vale também fazer uma ressalva em relação ao estilo de jogo praticado pelo time do francês. Apesar de ser um dos melhores times da liga, o Atlético de Madri de Diego Simeone não se incomoda em jogar sem a bola (tem apenas 50% de posse de bola média no período) e reagir a ações ofensivas do adversário.

Na próxima e última parte de nossa análise, faremos um balanço das capacidades individuais e coletivas e responderemos o que os números dizem sobre quem é melhor: Messi, Cristiano Ronaldo ou Neymar.

Messi, Neymar ou CR7: os números dizem quem é o melhor - a conclusão

No mais recente capítulo da disputa entre Messi e CR7 pelo posto de melhor do mundo, o argentino levou vantagem, fazendo dois belos gols e decretando, no último minuto, a vitória do Barcelona sobre Real Madrid por 3 x 2 no Santiago Bernabéu. Vamos agora, finalmente, responder à pergunta sobre o melhor do mundo.

Vale lembrar que o FutLab se baseia apenas e tão somente na objetividade dos números.

Na Parte 1, analisamos as habilidades quanto a gols e finalização. Na parte 2, a participação no jogo. Nos dois gráficos abaixo consolidamos essas análises, deixando visível semelhanças e diferenças entre os três. Quanto mais próximo das bordas, mais perto o jogador está dos melhores do campeonato no critério determinado.

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Para diversas estatísticas, fica difícil distinguir entre o ranking de Messi e de Cristiano Ronaldo. Eles estão praticamente empatados em critérios de gols por jogo (tanto assistidos como não assistidos), dentro e fora da área. A maior diferença entre os dois está na eficiência das finalizações: Messi é um pouco melhor em chutes de fora da área, e Cristiano Ronaldo é mais eficiente dentro da área.



MESSI, NEYMAR OU CR7?
Esta é a conclusão da análise especial. As duas primeiras partes (links acima) foram ao ar no sábado e no domingo. Clique acima e confira!



Já Neymar, nesta avaliação, ficou bem para trás. Destaca-se mais em gols assistidos do que criados em jogadas próprias, mas mesmo assim fica um pouco atrás de seus concorrentes. Seu principal destaque negativo, porém, fica na eficiência de suas finalizações, encontrando-se não apenas atrás de Messi e Cristiano Ronaldo, mas de quase todos os atacantes da Liga no período.

Mas fazer gols é apenas uma parte da história. Abaixo temos as mesmas análises, porém para critérios relacionados a presença de campo, criação de jogadas, dribles e ajuda na marcação.

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Temos aqui que os dois melhores jogadores, muito próximos entre si, são Messi e Neymar. Ambos participam muito mais do jogo que Cristiano Ronaldo, criam mais chances para seus times, passam melhor (em especial Messi), tentam mais dribles e com mais sucesso.

A resposta vai ficando clara. Comparar Neymar e Cristiano Ronaldo depende mais do que você procura: Cristiano Ronaldo é um atacante finalizador superior, enquanto Neymar participa mais e melhor dos jogos. Já o primeiro colocado... Messi é como se fosse uma mistura das melhores características de seus dois rivais: tão bom em matéria de gols quanto Cristiano Ronaldo, e tão importante na participação nos jogos quanto Neymar. Mesmo que você seja um daqueles torcedores que odeia a Argentina, tampe o nariz e aproveite a genialidade de Messi enquanto durar!

http://espn.uol.com.br/noticia/6886...-os-numeros-dizem-quem-e-o-melhor-a-conclusao
Achamos o Rogério Ceni do tópico, galera! :coolface
 


Joey Tribbiani

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Belo estudo.

Lá vai textão.

Esse estudo só reafirma aquilo que falei sobre o James. Um meio-atacante de muita chegada, criatividade e visão de gol, de muita qualidade no chute a gol. Acho um absurdo ele ser banco no RM, nessa conjuntura. Um cara desses não pode ser banco! Quando tinha confiança do técnico, jogava muita bola, assim foi com o Ancellotti e é na seleção da Colômbia. Foram e são muitos gols para um meia-atacante.

Sinceramente, não entendo o Zidane nesse assunto. Talvez ele não veja virtude um meio-campista ser ofensivo. Ele mesmo jamais foi um meia-atacante, mas um meia-armador, assim como o Modric, Iniesta, Xavi, Kroos, Sweinsteiger etc. Um meio-campista de pouca chegada, embora muito mais eficaz do que aqueles, pois quando chegava, fazia gols, e tenha sido marcado por gols antológicos e decisivos. A escola da Europa, em especial a espanhola (a mais afirmada hoje em dia) não é só perfeição, a meu ver. Ela tem esse pragmatismo, muito comum da nossa escola gaúcha, de ver futebol de forma metódica e automatizada (não falo de estilo de jogo!), com jogadores presos em posições fixas, que seguem uma cartilha bem desenhada de atribuições durante o jogo. Quem foi escalado na ponta, será ponta. Quem foi meia, será meia. E, assim, todos jogam especificamente em faixa de campo pré-determinada.

Nossa escola, sobretudo a carioca, paulista e mineira, ou seja, dos centros que produziu os maiores talentos do nosso futebol, gostava de uma certa bagunça e movimentação constante. A gente perdeu isso! É só ver a qualidade dos nossos meias-atacantes e centroavantes de outrora, de como eles eram técnicos e irrequietos em campo, produzindo muitas jogadas e lances de gol. Um jogo qualquer da seleção dos idos de 90, a gente ver, por exemplo, Careca, Muller e Bebeto em toda parte do campo, assim como o próprio Ronaldo.

No futebol, são poucos os meio-campistas que possuem essa virtude, de conjugar tanto criatividade, passe e visão gol. São raros! E caras que geralmente conjugam essas características são craques e fazem a diferença. Ora, eles tanto criam, como viram opção de gol para o time! Isso é lógica e matemática pura! É vantagem para um time ter um cara desses!

Os brasileiros eram os mais comuns, como Zico, Raí, Sócrates, Neto, Rivaldo, Alex, Giovanni, Ronaldinho, Marcelinho, ficando nos mais conhecidos... Alias, a nossa escola o meia-atacante sempre foi goleadora! Amoroso, Muller e Bebeto jogaram até nessa posição, no começo, e às vezes, no famigerado o ponta-de-lança. Até mesmo jogadores medianos, como Marcelinho Paraíba tinha esse cacuete.

Na Europa, isso é muito mais raro. Lembro de poucas figuras, como Maradona, Platini, Baggio, Totti, Del Piero, Djorkaeff, Moller, Platt e Gullit. Não foi à toa que esses caras ora eram escalados de meias, ora escalados como atacantes, seja como primeiro ou segundo homem de ataque. A meu ver, hoje em dia, os europeus gostam de meias propriamente meias. Sobretudo na atual conjuntura! Se o meia tiver o mínimo de visão de gol, é jogado para o ataque, para as pontas, como o Zidane faz com o James.

A Itália e a Argentina, por outro lado, por ironia (já que gostam de um futebol pegado) gostavam desse jogador. Eles adoravam um trequartista, que jogava atrás de um homem ou de dois homens de ataque, e três ou quatro volantes atrás dele. Não é a toa que o Ancelotti, vendo potencial de gol no James, o escalava na meia-esquerda, com a possibilidade de quando o RM estivesse com a bola, o James se aproximasse constantemente da grande área para conversar com os atacantes na grande área.

Com essa escola espanhola difundida pela seleção e o Barcelona, o trequatista, o enganche, o meia-atacante, o segundo atacante, o ponta-de-lança, support striker, forward, o dez, enfim, seja qual nomenclatura utilizar, caiu em desuso. É só reparar que a Espanha possui mais de dez meio campistas técnicos, de qualidade no passe, mais nenhum deles têm chegada, chute e visão de gol. São caras como Xavi, Iniesta, Carzola, Silva, Fábregas, Isco, Valéron, Luis Garcia Sanz, Mendieta (um pouco mais ofensivo)... E olhe que não a Espanha fora no passado assim, quando tinha José Maria Bakero, Julen Guerrero e o próprio Luís Enrique, meias-atacantes em excelência.

Que fique claro! Não estou falando mal da escola espanhola! Estou criticando uma suposta forma pragmática de ver o jogo hoje, de alguns técnicos! Cada escola tem a suas virtudes e defeitos! Só não concordo com a mesmice!

E é por isso que o James não joga com Zidane. Zidane, embevecido nessa nova cultura futebolística, quando escala o James, por ele ter visão de gol, só o enxerga como atacante, e por isso, a meu ver, de forma equivocada, é escalado pelas pontas. James não é um Baggio, Ronaldinho, Rivaldo, Zico ou Messi que, além da qualidade técnica e visão de gol, tinham força física, mobilidade e velocidade para se adaptarem em jogar pelos lados de campo. James é um jogador que não tem velocidade. É como o Alex, Sócrates e Raí! Tem muita técnica, é lento, mas tem muita visão de gol! Esse cara tem que jogar de frente para o gol, atrás de um atacante central. É só reparar que os grandes lances de James sempre vêm quando ele está na zona do trequartista, ali de frente para o gol, na zona da meia-lua.

O Messi é um cara sensacional, não só pela técnica que conhecemos, mas pela leitura de jogo dele. Se é por determinação do técnico ou não, não sei, mas reparem que o Barcelona não joga mais nesse 433/343 pragmático e estaticamente distribuído, como tempos atrás. O Messi é o coração do time! Depois de algum tempo que ele foi escalado pelo Luis Enrique na ponta-esquerda, ele não se prende mais a esta posição. No papel, ele pode até começar jogando na ponta-esquerda, mas quando ele percebe que a bola não chega na grande área, ele se apresenta no meio, aumentando o número de jogadores para opção de passe e criação, e vira o enganche de Suárez e Neymar. Ontem foi assim. Acredito que isso seja total influência dos técnicos argentinos, seja o Tata, seja o Sabella, ou mesmo o amadurecimento próprio. Ele faz muito mais jogadas centrais hoje, do que quando era mais novo, que se resumia ao lado direito de campo, fazendo a diagonal.

O próprio Neymar faz esse papel no Barcelona, com raridade, quando o Messi não está bem e talvez quando se sente confiante a 'desobedecer' o técnico. Contra o PSG Neymar vez diversas jogadas na zona dos 3/4.

Só que os jogadores de ataque do RM não têm essa qualidade e cacoete. Os caras são limitadamente atacantes. Ontem teve uma jogada simbólica sobre isso: Benzema e CR7 correndo para a mesma bola enfiada, e quase se chocam. Nem um dos dois possuem aquele entrosamento bonito que as duplas de ataque da década de 90 tinham, de um jogar movimentando e sendo o suporte do atacante principal, como Bebeto e Romário, Caniggia e Batistuta, Baggio e Vialli, Del Piero e Vieri, Voller e Klinsmann etc. Faz tempo que esses dois são assim! Ninguém sabe que é o homem de referência do RM. E, como o Modric e o Kroos pouco chegam perto da grande área, resta por laterais serem as opções de ataque. O jogo do RM é muito baseado nos laterais!

Uma solução era convencer o Benzema esquecer a referência de ataque e procurar jogar ao derredor da grande área. Jogando como falso nove mesmo, deixando o Bale e o CR7 fazerem a diagonal em direção à grande área, como o Messi fazia nos tempos do Villanova e Guardiola. Que o Benzema deixasse o guloso do Cr7 lá na área ou na ponta correndo para diagonal, e vai jogar bola com o meias e o Bale/Asensio, na intermediária.

Se o RM quer jogar nesse esquema de três atacantes, acho que essencial um dos três ter poder de criação e improviso. Dos três, Benzema acho o melhor para isso. CR7 nunca se submeteria ao serviço. O Griezmann poderia ser um cara desses. O próprio Hazard também. James de falso nove? Talvez. Até porque são funções "opostamente parecidas", falso nove e enganche. James nos lados, nem pensar, seja porque é lento em mobilidade, seja para recompor a linha de quatro do meio. James poderia dar certo jogando atrás de dois atacantes, como falei no post anterior. Ou também de segundo homem, no lugar do Benzema, com o CR7 jogando de atacante principal, com o terceiro homem correndo pelas pontas , Bale ou Asensio - ao estilo Felipão - Ronaldo/Rivaldo/Ronaldinho; Jardel/Nunes/Miguel; Oseias/Nunes/Alex, aquela escola bem argentina do 442 diamante: Palermo/Schelloto/Riquelme, com três meias atrás dessa linha.
 
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zFerocityy

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Se o Real quer montar um ataque máquina, deixaria o CR de centro avante e comprava o Griezzmann ou o Hazard.
 

DarkMorten

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mas toda vez que o zidane tentou um esquema diferente, até mesmo 442, o time foi uma m****.
então talvez o zidane não seja o ideal ..:kpensa

enfim, eu acho que teria de mudar o esquema e uns jogadores
nada de benzema .. coloca o portugues de centro avante, contra algum cara novo e rapido pra jogar de segundo atacante (pq esse beiow tb não dá) e pronto
 

LeoshevBR

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então talvez o zidane não seja o ideal ..:kpensa

enfim, eu acho que teria de mudar o esquema e uns jogadores
nada de benzema .. coloca o portugues de centro avante, contra algum cara novo e rapido pra jogar de segundo atacante (pq esse beiow tb não dá) e pronto

Se o real for esperto, manda o Benzema pro Monaco e traz o Mbappé
 

LeoshevBR

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Yes!!! Achei a foto! Ontem no Sportcenter 2ª edição colocaram essa foto e não deu tempo de eu tirar com meu cel pra postar.
Messi operando milagres e convertendo infiéis

reuters12.jpg
 

Felipe1459

Lenda da internet
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A derrota do Real em casa para o Barcelona não caiu bem para a imprensa de Madri. Nesta segunda, o jornal "AS" informa que Zinedine Zidane correrá o risco de ser demitido se fracassar no Campeonato Espanhol e na Champions - e já cita nomes cotados para substitui-lo. O favorito, segundo a publicação, é o treinador da seleção alemã, Joachim Löw, que tem contrato até 2020, mas conta com uma cláusula que o libera para os espanhóis. Antonio Conte, do Chelsea, e Mauricio Pochettino, do Tottenham, são outros nomes citados.


 

Joey Tribbiani

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mas toda vez que o zidane tentou um esquema diferente, até mesmo 442, o time foi uma m****.

Já vi dois 442 do Zidane.

Um ele joga em quase toda partida, revezando do 433 (com a bola) para o 442 inglês (sem a bola), as famigeradas duas linhas. Geralmente todo time do futebol defende assim. E quando a partida está ganha, o Zidane fixa o 442, lá pelos meados do segundo tempo. Ele tira um dos atacantes (Benzema ou Bale) ou um dos meias (Kroos ou Modric), e põe o Isco, o James, o Asensio ou Vasquez. E CR7 e outro isolado lá frente ou até mesmo só.

O outro 442 foi o diamante (que eu defendo com o James), que vi com o Bale atrás do Ronaldo e Benzema. Bale não serve pra jogar ali, a meu ver. Foi muito raro, mas já vi, salvo engano, acho que foi no início da temporada. Por que não o James?

O problema é que o CR7 e o Benzema ficam a todo tempo entrando na área e jogando na linha de impedimento, e não buscam o jogo, para municiar o parceiro, e o buraco fica entre a linha de ataque e a linha do meio, pois Kroos e Modric não chegam com frequência na grande área, muito menos se infiltram.

Benzema/Morata e CR7 são finalizadores por excelência. Não digo que são cones, longe disso. Mas eles não jogam com a prioridade de alimentar o parceiro de ataque, como Bebeto fazia com Romário (vice-versa), Caniggia com Batistuta, Edmundo com Batistuta, Ronaldo com Zamorano, Del Piero com Trezeguet, Griezzman com Torres/Giroud etc. A mente de Benzema e CR7 é predatória de matar a jogada logo. Eles não tem aquela paciência de um Bebeto.

Nesse 442 inglês que vejo do Zidane, os meias abertos do RM não chegam junto dos dois atacantes, para trocarem passes curtos, no 1-2. Jogam mais pelas pontas e na diagonal da grande área, fechando para o meio. E só. O segundo volante poderia avançar para se achegar nos dois atacantes (coisa que o Paulinho, horrível tecnicamente, mas sabe fazer), mas ficam lá no centro, trocando passes e guarnecendo o contra-ataque até por razão das ofensivas dos laterais. Além do que o Isco, o que mais entra para formar o 442, NÃO CHUTA A GOL e NÃO OLHA O GOL NUNCA, não se apresenta para jogar atrás dos dois "centroavantes". Tal como o Kroos, jogando na meia-esquerda do 433.

O que eles poderiam fazer, no 442, era eventualmente formar um 4222, para alimentar o ataque pelo meio e chutar a gol. Mas não fazem! É justamente o oposto do Barcelona. Messi sempre está por lá, hoje em dia, flutuando na zona da intermediária, tocando ombros com o cabeça de área do time adversário, jogando de frente para o Suárez e Neymar (na diagonal esquerda), no 1-2, em passes curtos, principalmente, com Iniesta e Rakitic nos seus lados, formando eventualmente o diamante 4-3-1-2

Agora, veja, por exemplo, este highlights do Griezmann, e imagina o CR7 ou Benzema jogando na frente dele:



Isso é um 4312, 4411, 4132 ou 4231, enfim, sempre tem um segundo atacante dando suporte ao centroavante, municiando o centro do ataque. O RM titular não tem esse homem (poderia ser o James), e logo ataca demasiadamente pelas laterais, sobretudo pela esquerda, com o Marcelo.

Voltando ao 433, esquema usual do RM.

O problema do 4-3-3 literal do RM, com os seus três atacantes de ofício e com os seus meias sem infiltração, é o espaço que na zona de 3/4. E automaticamente provoca o time a jogar pelas laterais, o que dá certo porque os laterais do RM são muito bons. Até o Carbajal que é uma formiguinha incansável, sempre aparecendo!

Agora veja o James quando jogava na meia-esquerda (na atual posição do Kroos), um pouco à frente do Modric, na meia-direta, e bem à frente de Kroos, na cabeça-de-área:



Ele fazia o literal ponta-de-lança (brasileiro), o losango na linha do ataque, com Benzema na sua frente, de centroavante e os dois ponteiros!

Repare que sempre ele se encontra na zona de 3/4 municiando os três atacantes, enquanto Kroos e Modric ficavam mais atrás. Sempre na entrada ou dentro da área com os três atacantes e os laterais por ali.

Kroos ou Modric podem fazer isso? Acho que não! Eles não têm esse cacoete ou timing para entrar na área e ser dotados de visão de gol. E talvez seja por esse ímpeto ofensivo do James que o Zidane o pretere, com receio de enfraquecer a linha de três do meio e prefere se proteger de contra-ataques, deixando os três da frente (mais Marcelo e Carbajal chegando pelos lados) para resolverem os gols.

Zizou resolveu proteger o meio com o Casimiro trocando o Kroos. Tirou o James e pôs o Kroos na meia-esquerda. O time ficou mais forte defensivamente, mas perdeu poder de ataque. O RM não goleia mais, com tanta frequência, como goleava com o Carlos.

Naquele tempo, o RM do Carlos era muito mais um 4213 do que o 433 em linha.

Quanto ao Barcelona, Messi carrega esse time nas costas. Quando Messi está mal, o time não rende. E só rende, nessa ocasião, quando o Neymar joga. Suárez só joga se a bola chegar nele. Se o Barcelona tirasse o Messi, esse time não estava nem disputando o título ainda. Time com algumas peças medianas do meio para trás e com dois laterais fracos.

Vou dizer, se Coutinho for contratado, e entrar no lugar do Rakitic ou Iniesta (talentosíssimo passador como Kroos, como podemos ver ontem, mas já inconstante pela idade), e arrumar a defesa e os laterais, tenho pena dos adversários do Barcelona.

OBS: Pessoal, desculpe-me pelo tamanho dos posts.
 
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Tião esqueletico

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O cara fala do James como se fosse o Nedved , quando na verdade está mais para Oscar

E comparar com Rai , Socrates e Alex é brincadeira

O que eu não entendo é pq não vende ele logo , deve valer uns 60 milhões . Junto com o dinheiro do Morata , 60 milhões , se o Real tivesse vendido pq a Juventus ofereceu isso , mais uma injeção de dinheiro e daria pra contratar a revelação francesa do Monaco , Coutinho e Aubameyang
 

Joey Tribbiani

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O cara fala do James como se fosse o Nedved , quando na verdade está mais para Oscar

E comparar com Rai , Socrates e Alex é brincadeira

O que eu não entendo é pq não vende ele logo , deve valer uns 60 milhões . Junto com o dinheiro do Morata , 60 milhões , se o Real tivesse vendido pq a Juventus ofereceu isso , mais uma injeção de dinheiro e daria pra contratar a revelação francesa do Monaco , Coutinho e Aubameyang

Todo jogador tem a sua identidade. Ninguém é igual a ninguém. Mas é inegável que existe estilos, sobretudo de posição, que dá sim para comparar. Mas nem toda comparação necessariamente se equipara a qualidade ou nível técnico de um ou outro jogador.

O próprio caso do Nedved, que você citou. Ele não tem nada a ver com o estilo do James. O Nedved está mais para Di Maria, Camoranesi, Burruchaga, Maxi Rodriguez, se fosse para encontrar alguém assemelhado. Porém, o tcheco é superior e muito a todos aqueles.

A comparação é totalmente válida entre o James e o Raí, ou Alex, ou Sócrates. Todos foram meia-atacantes sem potência física e velocidade, mas com capacidade de criação e finalização no mesmo nível. Nessa mesma posição, tinha Maradona, Zico, Baggio e Platini todos muito semelhantes em estilo entre si, porém, bem diferentes daqueles lá.

Estilo semelhantes, mas no quesito nível técnico, Maradona e Zico eram superiores a Baggio e Platini. Se eu disser que o Baggio é como o Maradona, não estou dizendo que Baggio tem a mesma qualidade técnica do Maradona. Até o Maradona já falou isso que o Baggio tinha tudo para ser seu herdeiro do futebol, só não foi por causa das contusões e brigas com os retranqueiros técnicos italianos. Isso na época, claro, quando o italiano ganhou a Bola de Ouro em 93.

Então, dentro desse estilo de jogo, James seria nota 8.5, Raí e Alex nota 9 e Sócrates 9.5, por exemplo. E James pode superar o Raí e o Alex. Ainda é novo! E depende de vários fatores.

Oscar é bem diferente do James. Oscar tem um estilo genérico de jogo! Aquele jogador que é bem razoável nos fundamentos, mas extremamente operário, como um Marchisio, Schurle, Park Ji Song. É o tipo do jogador que joga em qualquer função, sem brilhantismo, mas joga.

James é notadamente um dez sulamericano, como Aguinaga, Etcheverry, Riquelme, Gallardo, enfim, e os brasileiros que citei.

Nem um meia-atacante, com uma média de gols tão boa, no Porto, Mônaco e na primeira temporada no RM, e ainda artilheiro de uma Copa, pode ser reputado a mais um, e ainda comparado a um jogador mediano como o Oscar, que não se sabe se é meia-armador, meia-atacante, box-to-box, ponteiro, volante, mas é um pouquinho de cada coisa, não pela técnica, mas por sua vontade de jogar.

Em momento algum entrei na comparação de nível técnico.

Para a atual conjuntura do RM, pelas razões que expliquei, penso que o James teria vaga no time.

Espero ter me feito entender.
 

s0ier

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Uma das coisas que eu mais gostei do jogo foi da comemoração do Messi.




Vou imitar na pelada de hoje. :coolface
 

Tião esqueletico

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Eu entendi seu ponto mas discordo

Ficaremos em uma discussão infinita hehe

Vc acha James bom e eu acho ele mediano nivel Oscar

Alias Oscar ainda está na frente, pois fez aquela pintura de gol dando um drible da vaca invertido no Pirlo e destrui as redes do Buffon

James precisa provar a que veio , parece a promessa Pato , que tinha muito mais potencial que James quando surgiu mas não foi a lugar nenhum
 

Cute Black Cat

Bam-bam-bam
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Deve ser terrivel ser treinador do real madrid. O time basicamente tem que ganhar a maior competição da temporada todo santo ano se não é crise.
Pra mim, nao tem emoçao nenhuma torce pra um time assim.
 

tortinhas10

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Já vi dois 442 do Zidane.

Um ele joga em quase toda partida, revesando do 433 (com a bola) para o 442 inglês (sem a bola), as famigeradas duas linhas. Geralmente todo time do futebol defende assim. E quando a partida está ganha, o Zidane fixa o 442, lá pelos meados do segundo tempo. Ele tira um dos atacantes (Benzema ou Bale) ou um dos meias (Kroos ou Modric), e põe o Isco, o James, o Asensio ou Vasquez. E CR7 e outro isolado lá frente ou até mesmo só.

O outro 442 foi o diamante (que eu defendo com o James), que vi com o Bale atrás do Ronaldo e Benzema. Bale não serve pra jogar ali, a meu ver. Foi muito raro, mas já vi, salvo engano, acho que foi no início da temporada. Por que não o James?

O problema é que o CR7 e o Benzema ficam a todo tempo entrando na área e jogando na linha de impedimento, e não buscam o jogo, para municiar o parceiro, e o buraco fica entre a linha de ataque e a linha do meio, pois Kroos e Modric não chegam com frequência na grande área, muito menos se infiltram.

Benzema/Morata e CR7 são finalizadores por excelência. Não digo que são cones, longe disso. Mas eles não jogam com a prioridade de alimentar o parceiro de ataque, como Bebeto fazia com Romário (vice-versa), Caniggia com Batistuta, Edmundo com Batistuta, Ronaldo com Zamorano, Del Piero com Trezeguet, Griezzman com Torres/Giroud etc. A mente de Benzema e CR7 é predatória de matar a jogada logo. Eles não tem aquela paciência de um Bebeto.

Nesse 442 inglês que vejo do Zidane, os meias abertos do RM não chegam junto dos dois atacantes, para trocarem passes curtos, no 1-2. Jogam mais pelas pontas e na diagonal da grande área, fechando para o meio. E só. O segundo volante poderia avançar para se achegar nos dois atacantes (coisa que o Paulinho, horrível tecnicamente, mas sabe fazer), mas ficam lá no centro, trocando passes e guarnecendo o contra-ataque até por razão das ofensivas dos laterais. Além do que o Isco, o que mais entra para formar o 442, NÃO CHUTA A GOL e NÃO OLHA O GOL NUNCA, não se apresenta para jogar atrás dos dois "centroavantes". Tal como o Kroos, jogando na meia-esquerda do 433.

O que eles poderiam fazer, no 442, era eventualmente formar um 4222, para alimentar o ataque pelo meio e chutar a gol. Mas não fazem! É justamente o oposto do Barcelona. Messi sempre está por lá, hoje em dia, flutuando na zona da intermediária, tocando ombros com o cabeça de área do time adversário, jogando de frente para o Suárez e Neymar (na diagonal esquerda), no 1-2, em passes curtos, principalmente, com Iniesta e Rakitic nos seus lados, formando eventualmente o diamante 4-3-1-2

Agora, veja, por exemplo, este highlights do Griezmann, e imagina o CR7 ou Benzema jogando na frente dele:



Isso é um 4312, 4411, 4132 ou 4231, enfim, sempre tem um segundo atacante dando suporte ao centroavante, municiando o centro do ataque. O RM titular não tem esse homem (poderia ser o James), e logo ataca demasiadamente pelas laterais, sobretudo pela esquerda, com o Marcelo.

Voltando ao 433, esquema usual do RM.

O problema do 4-3-3 literal do RM, com os seus três atacantes de ofício e com os seus meias sem infiltração, é o espaço que na zona de 3/4. E automaticamente provoca o time a jogar pelas laterais, o que dá certo porque os laterais do RM são muito bons. Até o Carbajal que é uma formiguinha incansável, sempre aparecendo!

Agora veja o James quando jogava na meia-esquerda (na atual posição do Kroos), um pouco à frente do Modric, na meia-direta, e bem à frente de Kroos, na cabeça-de-área:



Ele fazia o literal ponta-de-lança (brasileiro), o losango na linha do ataque, com Benzema na sua frente, de centroavante e os dois ponteiros!

Repare que sempre ele se encontra na zona de 3/4 municiando os três atacantes, enquanto Kroos e Modric ficavam mais atrás. Sempre na entrada ou dentro da área com os três atacantes e os laterais por ali.

Kroos ou Modric podem fazer isso? Acho que não! Eles não têm esse cacoete ou timing para entrar na área e ser dotados de visão de gol. E talvez seja por esse ímpeto ofensivo do James que o Zidane o pretere, com receio de enfraquecer a linha de três do meio e prefere se proteger de contra-ataques, deixando os três da frente (mais Marcelo e Carbajal chegando pelos lados) para resolverem os gols.

Zizou resolveu proteger o meio com o Casimiro trocando o Kroos. Tirou o James e pôs o Kroos na meia-esquerda. O time ficou mais forte defensivamente, mas perdeu poder de ataque. O RM não goleia mais, com tanta frequência, como goleava com o Carlos.

Naquele tempo, o RM do Carlos era muito mais um 4213 do que o 433 em linha.

Quanto ao Barcelona, Messi carrega esse time nas costas. Quando Messi está mal, o time não rende. E só rende, nessa ocasião, quando o Neymar joga. Suárez só joga se a bola chegar nele. Se o Barcelona tirasse o Messi, esse time não estava nem disputando o título ainda. Time com algumas peças medianas do meio para trás e com dois laterais fracos.

Vou dizer, se Coutinho for contratado, e entrar no lugar do Rakitic ou Iniesta (talentosíssimo passador como Kroos, como podemos ver ontem, mas já inconstante pela idade), e arrumar a defesa e os laterais, tenho pena dos adversários do Barcelona.

OBS: Pessoal, desculpe-me pelo tamanho dos posts.


O 433 é o que mais dá certo no real, não adianta mudar.
 

billpower

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Eu entendi seu ponto mas discordo

Ficaremos em uma discussão infinita hehe

Vc acha James bom e eu acho ele mediano nivel Oscar

Alias Oscar ainda está na frente, pois fez aquela pintura de gol dando um drible da vaca invertido no Pirlo e destrui as redes do Buffon

James precisa provar a que veio , parece a promessa Pato , que tinha muito mais potencial que James quando surgiu mas não foi a lugar nenhum

Estou me metendo na discussão, mas sem intenção de criar atrito. Mas você está deixando seu gosto sobrepujar fatos. O Joey citou fatos e você simplesmente disse que ele não falou nada e trouxe um lance solitário do Oscar como se isso fosse bastante para já tê-lo como superior ao James.

O Joey falou vários atributos do cara nessa passagem:

Nem um meia-atacante, com uma média de gols tão boa, no Porto, Mônaco e na primeira temporada no RM, e ainda artilheiro de uma Copa...

Para você tudo isso é lixo e o Oscar por ter foi um ou dois gols bonitos na vida você ousa pô-lo num nível acima. Parece que não viu o que o cara fez na Copa (gol mais bonito), o que fez no primeiro ano de Real (vários gols sensacionais), quando jogou mais que o endeusado Neymar aqui da pasta e porque está em baixa na carreira virou lixo. Ao contrário do Oscar, que nunca brilhou em uma Copa, mal fez uma boa temporada inteira pelo Chelsea, sendo que o James comia a bola no Porto e continuou assim que chegou no Real. Philipe Coutinho lixo porque mal jogava na época da Inter.:kclassic


Sua preferência é respeitável tranquilamente, mas não dá para passar por cima da realidade por causa disso.
 
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Estou me metendo na discussão, mas sem intenção de criar atrito. Mas você está deixando seu gosto sobrepujar fatos. O Joey citou fatos e você simplesmente disse que ele não falou nada e trouxe um lance solitário do Oscar como se isso fosse bastante para já tê-lo como superior ao James.

O Joey falou vários atributos do cara nessa passagem:



Para você tudo isso é lixo e o Oscar por ter foi um ou dois gols bonitos na vida você ousa pô-lo num nível acima. Parece que não viu o que o cara fez na Copa (gol mais bonito), o que fez no primeiro ano de Real (vários gols sensacionais), quando jogou mais que o endeusado Neymar aqui da pasta e porque está em baixa na carreira virou lixo. Ao contrário do Oscar, que nunca brilhou em uma Copa, mal fez uma boa temporada inteira pelo Chelsea, sendo que o James comia a bola no Porto e continuou assim que chegou no Real. Philipe Coutinho lixo porque mal jogava na época da Inter.:kclassic


Sua preferência é respeitável tranquilamente, mas não dá para passar por cima da realidade por causa disso.


O oscar ser superior a ele foi uma ironia , ambos são medianos

O James não mostrou nada demais até agora , muito Marketing pouca bola , mestre Zidane tb não ve nada nele

Pra mim Isco joga mais

Se eu estiver vivo daqui cinco anos veremos quem tinha razao
 

zFerocityy

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O oscar ser superior a ele foi uma ironia , ambos são medianos

O James não mostrou nada demais até agora , muito Marketing pouca bola , mestre Zidane tb não ve nada nele

Pra mim Isco joga mais

Se eu estiver vivo daqui cinco anos veremos quem tinha razao
O novo iniesta? rsrsrsrs

24/04/2022 veremos.
 

Máskara

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Naquele último gol do Messi, alguém me explica por que o Kross virou de costas e o Nacho ajoelhou. Em uma dessas os caras tem que se jogar na bola, não pode virar de costas. E o Messi nem é de chutar forte.
 

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Naquele último gol do Messi, alguém me explica por que o Kross virou de costas e o Nacho ajoelhou. Em uma dessas os caras tem que se jogar na bola, não pode virar de costas. E o Messi nem é de chutar forte.
O Kroos virou a bundinha pro Rakitic também no segundo gol.

Jogador de Real Madrid com medo de bolada.
 

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Já vi dois 442 do Zidane.

Um ele joga em quase toda partida, revezando do 433 (com a bola) para o 442 inglês (sem a bola), as famigeradas duas linhas. Geralmente todo time do futebol defende assim. E quando a partida está ganha, o Zidane fixa o 442, lá pelos meados do segundo tempo. Ele tira um dos atacantes (Benzema ou Bale) ou um dos meias (Kroos ou Modric), e põe o Isco, o James, o Asensio ou Vasquez. E CR7 e outro isolado lá frente ou até mesmo só.

O outro 442 foi o diamante (que eu defendo com o James), que vi com o Bale atrás do Ronaldo e Benzema. Bale não serve pra jogar ali, a meu ver. Foi muito raro, mas já vi, salvo engano, acho que foi no início da temporada. Por que não o James?

O problema é que o CR7 e o Benzema ficam a todo tempo entrando na área e jogando na linha de impedimento, e não buscam o jogo, para municiar o parceiro, e o buraco fica entre a linha de ataque e a linha do meio, pois Kroos e Modric não chegam com frequência na grande área, muito menos se infiltram.

Benzema/Morata e CR7 são finalizadores por excelência. Não digo que são cones, longe disso. Mas eles não jogam com a prioridade de alimentar o parceiro de ataque, como Bebeto fazia com Romário (vice-versa), Caniggia com Batistuta, Edmundo com Batistuta, Ronaldo com Zamorano, Del Piero com Trezeguet, Griezzman com Torres/Giroud etc. A mente de Benzema e CR7 é predatória de matar a jogada logo. Eles não tem aquela paciência de um Bebeto.

Nesse 442 inglês que vejo do Zidane, os meias abertos do RM não chegam junto dos dois atacantes, para trocarem passes curtos, no 1-2. Jogam mais pelas pontas e na diagonal da grande área, fechando para o meio. E só. O segundo volante poderia avançar para se achegar nos dois atacantes (coisa que o Paulinho, horrível tecnicamente, mas sabe fazer), mas ficam lá no centro, trocando passes e guarnecendo o contra-ataque até por razão das ofensivas dos laterais. Além do que o Isco, o que mais entra para formar o 442, NÃO CHUTA A GOL e NÃO OLHA O GOL NUNCA, não se apresenta para jogar atrás dos dois "centroavantes". Tal como o Kroos, jogando na meia-esquerda do 433.

O que eles poderiam fazer, no 442, era eventualmente formar um 4222, para alimentar o ataque pelo meio e chutar a gol. Mas não fazem! É justamente o oposto do Barcelona. Messi sempre está por lá, hoje em dia, flutuando na zona da intermediária, tocando ombros com o cabeça de área do time adversário, jogando de frente para o Suárez e Neymar (na diagonal esquerda), no 1-2, em passes curtos, principalmente, com Iniesta e Rakitic nos seus lados, formando eventualmente o diamante 4-3-1-2

Agora, veja, por exemplo, este highlights do Griezmann, e imagina o CR7 ou Benzema jogando na frente dele:



Isso é um 4312, 4411, 4132 ou 4231, enfim, sempre tem um segundo atacante dando suporte ao centroavante, municiando o centro do ataque. O RM titular não tem esse homem (poderia ser o James), e logo ataca demasiadamente pelas laterais, sobretudo pela esquerda, com o Marcelo.

Voltando ao 433, esquema usual do RM.

O problema do 4-3-3 literal do RM, com os seus três atacantes de ofício e com os seus meias sem infiltração, é o espaço que na zona de 3/4. E automaticamente provoca o time a jogar pelas laterais, o que dá certo porque os laterais do RM são muito bons. Até o Carbajal que é uma formiguinha incansável, sempre aparecendo!

Agora veja o James quando jogava na meia-esquerda (na atual posição do Kroos), um pouco à frente do Modric, na meia-direta, e bem à frente de Kroos, na cabeça-de-área:



Ele fazia o literal ponta-de-lança (brasileiro), o losango na linha do ataque, com Benzema na sua frente, de centroavante e os dois ponteiros!

Repare que sempre ele se encontra na zona de 3/4 municiando os três atacantes, enquanto Kroos e Modric ficavam mais atrás. Sempre na entrada ou dentro da área com os três atacantes e os laterais por ali.

Kroos ou Modric podem fazer isso? Acho que não! Eles não têm esse cacoete ou timing para entrar na área e ser dotados de visão de gol. E talvez seja por esse ímpeto ofensivo do James que o Zidane o pretere, com receio de enfraquecer a linha de três do meio e prefere se proteger de contra-ataques, deixando os três da frente (mais Marcelo e Carbajal chegando pelos lados) para resolverem os gols.

Zizou resolveu proteger o meio com o Casimiro trocando o Kroos. Tirou o James e pôs o Kroos na meia-esquerda. O time ficou mais forte defensivamente, mas perdeu poder de ataque. O RM não goleia mais, com tanta frequência, como goleava com o Carlos.

Naquele tempo, o RM do Carlos era muito mais um 4213 do que o 433 em linha.

Quanto ao Barcelona, Messi carrega esse time nas costas. Quando Messi está mal, o time não rende. E só rende, nessa ocasião, quando o Neymar joga. Suárez só joga se a bola chegar nele. Se o Barcelona tirasse o Messi, esse time não estava nem disputando o título ainda. Time com algumas peças medianas do meio para trás e com dois laterais fracos.

Vou dizer, se Coutinho for contratado, e entrar no lugar do Rakitic ou Iniesta (talentosíssimo passador como Kroos, como podemos ver ontem, mas já inconstante pela idade), e arrumar a defesa e os laterais, tenho pena dos adversários do Barcelona.

OBS: Pessoal, desculpe-me pelo tamanho dos posts.

Bacana tua análise, mas vc só ta vendo o momento ofensivo, enquanto na minha opinião a opção do zizou pelo 433 é para dar mais equilíbrio defensivo e ter uma saída de bola melhor.

Enviado furando fila no SUS
 

Meninosapeca

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Sério que fui obrigado a ler neste tópico que a temporada do Messi até o clássico vinha sendo ridícula?
Ridícula até agora vem sendo a temporada do Centroavante Ronaldo, é praticamente um a menos em campo jogando pela ponta.
 
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