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Muitos são fãs de suas obras, mas será que conhecem a sua origem humilde e dedicada ao mundo dos games
Nas informações que encontrei , tentei lapidar da melhor forma, inclusive com material recente
Segue um resumo da vida de um dos maiores ícones do Japão
Em 24 de agosto, Hideo Kojima, o criador da série Metal Gear, completará 52 anos de idade. Dessas cinco décadas de vida, três foram dedicadas à indústria de games, seja fazendo jogos, ajudando a criar novas engines ou inovando ou inspirando outros desenvolvedores.
Pensando nas contribuições de Kojima ao mundo dos games e os seus 50 anos, resolvemos fazer um apanhado sobre sua vida e carreira, tentando compreender como ele se tornou um dos nomes mais reverenciados da indústria.
Arquivo confidencial
Em 24 de agosto de 1963 nascia aquele que um dia seria um dos homens mais respeitados no universo dos games: Hideo Kojima. O garoto que passou sua infância vendo TV e tentando divulgar histórias escritas por ele mesmo em revistas locais (que sempre rejeitavam seu trabalho) não imaginava que um dia as suas obras seriam tão conhecidas no mundo todo.
Kojima vem de uma família japonesa comum. Seu pai faleceu quando ele tinha 13 anos, logo, pelo que se consta/sabe suas referências na adolescência eram sua mãe e o tio artista.
Desde pequeno, Kojima foi muito solitário, tendo que ficar sozinho quando voltava para casa depois da escola. Essa sensação de solidão afeta Hideo até hoje, o que pode explicar alguns dos temas abordados em algumas de suas obras.
Kojima se descreve como um “latchkey kid” (aqueles garotos que chegam em casa e passam as tardes sozinhos) na sua infância, pois os pais não estavam presentes devido ao trabalho. Suas tardes eram solitárias e isso fez com que ele se fechasse um pouco para o mundo. De fato, por mais que imaginasse, é bem provável que ele nunca tenha previsto o sucesso que um dia faria e a legião de fãs que arrastaria pelo mundo graças aos seus magníficos trabalhos.
Kojima sonhava ser um ilustrador, mas sempre foi criticado devido à pressão da sociedade japonesa para ingressar em carreiras lucrativas e mais estáveis. Outro fator que fez com que Hideo abandonasse essa ideia foi o fato de seu tio ser um artista e ter sofrido com dificuldades financeiras.
Desde jovem, Kojima se mostrou um apaixonado pelo cinema, fazendo pequenos filmes com a ajuda de um amigo. Essa paixão pela sétima arte acabou se tornando decisiva na maneira como ele via o mundo e contava suas histórias, o que afetou bastante no seu trabalho de maior sucesso.
Nem todo mundo começa ganhando
Hideo Kojima entrou na faculdade de Economia, mas logo se viu fascinado pelo mundo dos video games. No quarto ano de curso, Kojima, já não aguenta mais e decide levar um sonho a sério. Ele revela aos amigos e também à sua mãe que deseja investir na carreira de jogos eletrônicos.
Em percebendo que aquela carreira não o deixaria satisfeito, resolveu ingressar na indústria de jogos eletrônicos. Alguns nomes que inspiraram Kojima a tomar essa decisão foram o criador de Mario, Shigeru Miyamoto, e Yuji Horii, de The Portopia Serial Murder Case.
Em meados de 1980 ele faz suas primeiras tentativas de entrar no mercado dos videogames, e entre “trancos e barrancos” consegue em 1986 a aprovação para iniciar um projeto para MSX na empresa Konami (embora sua vontade fosse trabalhar na Nintendo, ele aceita a proposta).
Inicialmente, ele não estava muito empolgado com o seu cargo, já que gostaria de trabalhar com o NES, que acreditava ser um sistema superior.
Diversas ideias de Kojima foram rejeitadas pela diretoria, além de ele não ser muito respeitado na época, devido à sua falta de familiaridade com ferramentas de programação. Por causa desse clima de trabalho, Hideo começou a se sentir desmotivado, cogitando deixar a empresa em diversos momentos, mas continuando o seu trabalho.
Os dois primeiros jogos em que Kojima trabalhou foram Penguin Adventure e Antarctic Adventure, como diretor assistente. Em AA, ele conseguiu adicionar alguns elementos de ação ao gameplay, assim como de RPG e múltiplos finais. Em seguida, ele desenvolveu o seu primeiro jogo, Lost Warld, mas o projeto acabou sendo cancelado pelos chefes de Kojima.
Abaixo, você pode ver o gameplay de Antarctic Adventure.
Quando as coisas pareciam que não mudariam, o que poderia ser fatal para a carreira do japonês na indústria de games, alguém da Konami resolveu colocar no colo de Kojima um projeto que deveria ter como tema uma guerra.
Kojima começou a trabalhar no projeto, inicialmente chamado Intruder que era inspirado no filme “Fugindo do Inferno”, estrelado por Steve McQueen. O jogo deveria mostrar um soldado fugindo de uma prisão inimiga e seria cheio de ação, mas um problema mudou tudo.
Em 1987, aos 24 anos, Hideo Kojima lança para MSX2 um action adventure em 8-bits. As limitações do MSX, plataforma para qual o jogo foi desenvolvido, não permitiam um grande número de inimigos na tela, acabando um pouco com as ideias de combate para o título. Então, Kojima resolveu mudar a forma de jogar para algo mais silencioso, stealth. Assim nasceu Metal Gear.
O jogo era totalmente diferente do que os games da época ofereciam; nada daquele universo “básico” do gênero plataforma, e sim uma trama envolvente, fortemente inspirada nos filmes e seriados americanos, elementos que davam a Metal Gear um ar cinematográfico – o game mais tarde recebeu portabilidade para NES, um trabalho que Kojima não esteve diretamente envolvido.
“Originalmente eu queria fazer filmes e romances, mas eu não conseguia… Eu estava super animado trabalhando com Metal Gear” Hideo Kojima, sobre si mesmo
Vida além de Metal Gear
Com o lançamento da série Metal Gear, Hideo Kojima finalmente conseguiu o seu lugar de destaque na indústria de games. Mesmo assim, com a possibilidade de finalmente colocar suas ideias em prática, ele queria fazer mais do que a história de Big Boss e Solid Snake.
Entre alguns dos jogos da franquia Metal Gear, Kojima trabalhou em outros títulos, que tentavam ser um pouco diferentes das aventuras stealth de Solid Snake.
Após o primeiro MG, o japonês trabalhou em Snatcher, um game cyberpunk lançado em 1988, retomando Metal Gear em seguida, lançando em 20 de julho de 1990 o Metal Gear 2: Solid Snake. Tal novo título tinha melhoramentos nos gráficos e na inteligência artificial.
Em 1994 é lançado Policenauts, mais uma obra de Kojima. Um Interactve Movie que teve distribuição oficial apenas no Japão – uma curiosidade é que foi neste jogo que tivemos a primeira aparição de Meryl Silverburgh, que mais tarde se tornaria uma personagem de MGS
Os jogos foram lançados para PCs, Saturn, PlayStation e MSX, entre 1988 e 2008 (lançamento de Policenauts de PS1 na PSN japonesa).
Outro projeto de Kojima foi Zone of the Enders, um jogo de ficção científica com mechas, lançado para PlayStation 2 em 2001. Talvez a segunda série mais conhecida criada por ele, ZoE foi bem aceito pelo público e crítica, ganhando uma sequência em 2003 (também para o PlayStation 2).
O interesse pela franquia nunca diminuiu, com diversos fãs pedindo uma continuação. Eles quase tiveram isso com o lançamento de Zone of the Enders HD, para PlayStation 3 e Xbox 360. A coletânea trazia os dois primeiros jogos com gráficos em alta definição, além de outras melhorias em relação às suas versões originais.
Além desses jogos, Kojima serviu como produtor-executivo de outra franquia da Konami que precisava de um novo gás para continuar. Com algumas ideias e o poder do seu nome, Hideo Kojima ajudou a trazer à vida Castlevania: Lords of Shadow.
Metal Gear :sua obra prima
Kojima cortando o bolo de 25° aniversário da série Metal Gear.
Em 1998 o Playstation é agraciado com uma verdadeira obra-prima: Metal Gear Solid. Neste título, Kojima eleva as suas habilidades a outro nível e revoluciona de vez os conceitos de stealth e enredo em jogos eletrônicos. Foi o primeiro jogo da franquia em 3D, e graças a este recurso pudemos vivenciar extensas cenas de animação com dublagem de primeira, além de uma surpreendente jogabilidade.
Sons of Liberty, a sequencia de MSG foi lançado em 2001 para Playstation 2, e mais uma vez Kojima mostra que sabe usar os recursos de um console. A produção do jogo ficou em 10 milhões de dólares e foram vendidas 7 milhões de cópias.
Neste game temos a primeira aparição de Raiden, um agente com habilidades ninja que é um personagem jogável assim como Snake. Raiden tornou-se icônico, por ter uma aparência ambígua que levaram a vários questionamentos sobre a sua sexualidade. Inicialmente os fãs de Solid Snake rejeitaram a ideia da trama ter outro protagonista, mas quando o jogo chegou às lojas esta história mudou e hoje ele é uma das figuras mais importantes do universo MGS.
O próximo trabalho de Kojima se passaria no passado em 1964. Metal Gear Solid 3: Snake Eater foi pensado inicialmente para o PS3, mas como o lançamento do novo console demoraria cerca de dois anos, ele decidiu desenvolver o projeto no PS2. Neste jogo somos colocados na pele de Naked Snake (Big Boss), o lendário soldado americano que mais tarde daria origem aos clones Solid, Solidus e Liquid Snake.
Metal Gear Solid 3, segundo o criador, não foi fácil. Kojima queria um jogo que se passasse na selva, mas este seria um cenário muito difícil de ser criado pela estrutura do ambiente e por não conter um teto ou corredores em boa parte dos locais, como era de costume em jogos anteriores.
Já no período entre 2004 e 2008, Hideo Kojima trabalhou em jogos para portáteis (além de versões alternativas para MGS2 e 3). O PSP da Sony recebeu a série Metal Gear Acid e Portable Ops; os celulares ganharam uma versão do Metal Gear Solid original e também do Acid.
Em 2004 para o console Nintendo GameCube foi lançado The Twin Snakes um remake de Metal Gear Solid, desenvolvido e primeiramente publicado pela Konami em 1998 para o PlayStation.1.
The Twin Snakes traz melhoramentos gráficos sobre o original, novas cenas escritas e dirigidas por Ryuhei Kitamura, e mecânicas de jogabilidade originalmente introduzida na sequência cronológica Metal Gear Solid 2: Sons of Liberty. O jogo também inclui uma tradução revisada com dublagem re-gravada, tendo boa parte do elenco da versão em inglês que trabalhou em MGS presente neste remake.2
Também em 2008 foi lançado Metal Gear Solid 4: Guns of the Patriots, aquele que até o momento é visto como o último jogo na linha cronológica desta série. Old Snake trava a batalha final contra Liquid Ocelot para salvar a humanidade de ser controlada pelo seu sádico irmão.
Em Guns of the Patriots o nipônico teve a chance de realizar seu sonho em alta definição: Criar games em ambiente aberto, nas selvas. Embora o jogo também tenha cenários em ambiente fechado, grande parte da história ocorre em campos abertos.
“MGS tem uma mensagem ‘anti-guerra, anti-nuclear’ ao longo da série, mas o tema principal foi o que devemos fazer e passar para as gerações futuras.” Hideo Kojima, sobre o lançamento de MSG4
MGS4 foi um jogo muito esperado pelo público, e uma das coisas mais questionadas a seu respeito foi/é a exclusividade para o PS3. Kojima disse várias vezes durante a produção do título que o game sairia apenas para a plataforma da Sony; no 25º aniversário da série ele retornou a afirmar que graças ao tamanho do jogo ele continuaria sendo exclusivo do PS3.
Após o grande sucesso do PS3, em 2009 tivemos o primeiro comunicado de Rising. Neste jogo, assim como o então futuro Metal Gear Solid: Peace Walker (lançado para PSP em 2010) Kojima atuou apenas como produtor executivo. Estrelado por Raiden, Metal Gear Rising não é uma obra-prima, mas conta a história do ninja liberiano no ano de 2018 – quatro anos após os eventos de MGS4. Foi um jogo bastante comentado e esperado pelo público; nesta nova etapa, Raiden está com uma aparência mais masculina e a sua mente está sendo perturbada pelo Jack the Ripper.
Ground Zeroes e Phantom Pain são sinônimos de Metal Gear Solid V. Diferente do que se pensa os eventos não ocorrem após MGS4, e sim antes. Mais uma vez somos postos na pele de Big Boss. Em MGSV temos a estreia da Fox Engine, nova ferramenta para criação de jogos e também para o desenvolvimento de um mundo aberto (assim como em GTA, Red Dead Redemption).
De volta realidade
O criador da série Metal Gear Solid, Hideo Kojima deve deixar a Konami após o fim do desenvolvimento de Metal Gear Solid V: The Phantom Pain. Recentemente, ambas partes divulgaram um comunicado conjunto confirmando que Kojima irá coordenar tal projeto até ele estar finalizado, e que a Konami já está planejando lançar mais games da amada franquia, mesmo após sua saída.
Kojima estava escalado para dirigir Silent Hills, uma renovação da franquia de jogos de terror clássica da Konami. Com a divulgação de sua saída depois de MGS V, foi retirado o selo da “Kojima Productions” no site oficial do jogo. O jogo seria dirigido por ele e escrito por Guillermo Del Toro.
Última notícia a respeito do caso: publicada em 27/07/2015
Segundo rumores, Kojima poderá sair da Konami por razões económicas
O podcast The Codec revelou mais informações sobre a saída de Hideo Kojima da Konami. Segundo o que foi dito, o criador de Metal Gear pode estar de partida da companhia japonesa por razões económicas.
Daley comentou que participou numa série de entrevistas com Rika Muranaka, compositora de várias canções de Metal Gear Solid, e que daí recolheu que a razão para o litígio estaria em que Kojima não recebia uma percentagem dos lucros do jogo, e que o seu salário era fixo, independentemente do sucesso de cada jogo. Isso em conjunto com as produções onde é gasto muito dinheiro, teria criado uma situação insustentável com a direcção.
De destacar que estas declarações não são provenientes directamente de Muranaka, mas sim de alguém que falou com ela.
"A principal razão, pelo menos na sua opinião, é que Kojima tem um salário e não ganha qualquer extra pelos jogos. Pagam-lhe uma quantidade fixa e gastou muito dinheiro adiando o projecto, adicionando muitas características, querendo fazer o maior e melhor jogo que pudesse, e a Konami não estava contente porque Kojima não parecia muito importado com o adiamento. Gastava dinheiro nisto e naquilo, melhorando o Fox Engine, e mudando as datas porque o motor não estava pronto."
"A Konami não estava contente com isso, ele tem o seu salário e tem um papel tradicional do homem japonês ao não receber extras. Tem um salário um pouco melhor que um criador de jogo mas não tem qualquer incentivo por vender mais".
"Aos olhos de Rika Muranaka, Kojima é um criador espectacular, e provavelmente o melhor do seu tempo, mas não tem o faro para o negócio que a Konami gostaria. Por exemplo, em vez de optimizar um jogo, ele quer ter a certeza de que tudo tenha o melhor aspecto possível e que esteja o mais polido possível. Ela disse que, em anteriores Metal Gear Solid, pagaram-lhe para que escrevesse 30 a 40 canções, que acabaram por não ser usadas, e que Kojima pediu-lhe vezes sem conta que ela escrevesse mais canções porque sabia o que o público queria ver e ouvir".
Um novo recomeço
Em entrevista a IGN, após o anúncio do novo estúdio Kojima Productions, Hideo Kojima e Yoji Shinkanwa revelaram sua aspirações para seu novo desafio e projeto, em parceria com a Sony.
Hideo Kojima confirmou que o artista e o produtor de Metal Gear Solid, Yoji Shinkawa e Kan Imaizumi, respectivamente, estão com ele no seu novo estúdio Kojima Productions.
Kojima confirmou numa entrevista com a IGN que o primeiro projecto do estúdio será um jogo, no entanto no futuro poderão abordar outros tipos de conteúdos como filmes ou filmes animados. "O foco está nos conteúdos digitais, por isso podemos considerar filmes, animações, qualquer coisa," disse Kojima. "Mas acima de tudo as pessoas esperam que eu faça jogos. E é aí que eu me quero focar. Quando tivermos uma PI estabelecida nos jogos, algo sólido que satisfaça as pessoas, então depois iremos considerar os filmes e os vídeos."
O criador de Metal Gear disse também que continua a querer colaborar com Guillermo del Toro em algo desde que o projecto Silent Hills foi cancelado.
Em relação à nova parceria com a Sony, Kojima disse que,"Graças à Sony pude chegar a todo o mundo. Passaram mais de 10 anos desde que trabalhamos juntos. As pessoas da Sony têm sido bastante impáticas comigo, trabalhamos bem com eles. Recebi muitas ofertas de diferentes companhias, mas com a Sony já conhecia as pessoas, conhecia-mo-nos bem. Penso que é o ambiente onde poderei fazer algo e estar confortável. É esse tipo de ambiente que preciso agora."
"Teremos mais agilidade. Seremos capazes de fazer coisas que são mais arriscadas, mas preservando a qualidade que sempre tivemos até agora, enquanto que ao mesmo tempo procuramos novos desafios e exploramos novas áreas," acrescentou.
Shinkawa deixou escapar que já está a supervisionar a arte para o novo projecto incluindo "personagens, conceitos para os cenários, e conceitos para os mechs". Dando assim a entender que o primeiro jogo do estúdio poderá ter mechs.
"Vou continuar a criar jogos até ao dia em que eu morrer," concluiu Kojima. "Podem ter a certeza que vou fazer mais jogos, algo mais divertido, algo que tu nunca viste, e será fantástico se eu puder contar com o apoio dos fãs nisto".
O primeiro jogo da Kojima Productions será lançado primeiro na PlayStation 4 e mais tarde no PC.
Fonte: eurogamer, tecmundo e epicplay
Bom pessoal acho que não faltou nada
Mais quem tiver alguma informação a mais...
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ou na data do aniversariante 
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