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[Um breve Conto] O Escravo José e o Sonho do Faraó

Merovíngio

Mil pontos, LOL!
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Com vocês, uma das histórias mais conhecidas da literatura mundial. :kongpositivo:
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O Escravo José e o Sonho do Faraó

Os sonhos secretam o futuro. José, filho temporão de Jacó, era o claro favorito do pai. Jovem ainda, ele sonhou - e contou à família - que algum dia seria grande e poderoso, e que todos se curvariam ante sua preeminência. Movidos pelo ciúme e pela inveja, os dez meio-irmãos de José atraíram-no para uma emboscada e venderam-no como escravo, por vinte moeadas de prata, a uma caravana de mercadores egípcios. Ao retornarem à casa paterna, os delinqüentes ocultaram o crime dizendo ao pai que José havia morrido ao ser atacado e devorado por um animal selvagem.

No Egito, José trabalhou primeiro como escravo doméstico na casa de um capitão da guarda oficial da corte do faraó. A mulher do capitão, entretanto, apaixonou-se por ele, mas quando ele resistiu aos seus avanços ela o acusou de tentar seduzí-la. José foi preso e, na prisão, fez amizade com o copeiro e o padeiro da corte, ambos cumprindo pena por terem ofendido o faraó. Certa manhã, o copeiro e o padeiro contam a José os sonhos que tiveram na noite anterior e lhe perguntam se ele seria capaz de interpretá-los. José prediz que o copeiro seria perdoado e voltaria ao antigo posto dali a três dias, mas o padeiro seria enforcado. A previsão se confirma. Livre, o copeiro promete ajudar José a sair da prisão, porém esquece a promessa e nada faz pelo amigo. Dois anos mais tarde, contudo, uma ocasião se oferece.

O faraó andava transtornado por conta de um sonho que tivera e que nenhum mago ou erudito da corte havia conseguido decifrar a contento. Por sugestão do copeiro, ele ordena que tragam o escravo José à sua presença e relata a ele seu misterioso sonho: "Sonheri que estava em pé, à beira do Nilo, quando saíram do rio sete vacas, belas e gordas, que vieram pastar entre os juncos. DEpois saíram outras sete, tão feias e raquíticas como jamais vira. As vacas magras e feias devoraram as sete vacas gordas, mas continuaram raquíticas como antes. Então acordei; logo, porém, adormeci e tive outro sonho. Vi sete espículas de sereal, cheias e boas, que cresciam num mesmo pé. Depois delas brotaram outras sete, murchas e mirradas, ressequidas pelo vento do deserto. As espículas magras engoliram as sete espículas boas" [Gênesis, 41 : 17-24]

José interpreta o sonho. Sonhar duas vezes não é sonhar dois sonhos: o segundo sonho apenas reforça e elucida o primeiro. As vacas saindo das águas do rio Nilo e são os anos se sucedendo: 7 + 7. O que o sonho revela é que sete anos de abundância e prosperidade darão lugar a sete de fome e severa privação. Os anos de vacas gordas e supersafras não deixaram qualquer vestígio na vida e na memória dos súditos do faraó porque serão seguidos e devorados por sete anos de penúria e sucessivos desastres agrícolas. "Deus revelou ao faraó o que Ele está para fazer".

Em seguida, José aconselhou o faraó a tomar providências enérgicas: criar um tributo em espécie de 20% de toda a produção agrícola nos anos de bonança e nomear supervisores encarregados de recolher e armazenar os estoques de alimento em silos e entrepostos especialmente construídos, espalhados pelas principais cidades do Egito. As terras dos sacerdotes ficariam isentas do tributo para evitar que eles insuflassem os trabalhadores contra as medidas. Quando os anos de vacas magras chegassem, concluiu, esses estoques deveriam ser distribuídos gratuitamente aos súditos do faraó e vendidos a preço de ouro aos reinos vizinhos devastados pela fome. Como teriam ficado isentos do tributo, os sacerdotes também deveriam pagar pelo alimento que demandassem.

O faraó acolheu a interpretação do sonho feita por José e prontamente o nomeo primeiro-ministro do reino, com plenos poderes para implementar o plano proposto. No devido tempo, o prognóstico de José se confirma. Internamente, o Egito estava preparado para evitar a fome e enfrentar a calamidade. Nas relações externas, porém, a negociação foi dura. Assolados pela seca, os reinos vizinhos não têm outro caminho salvo comprar alimentos nos estoques do faraó. Quando acaba o dinheiro, José intima-lhes que se comprometam a pagar aos cofres do Egito uma renda perpétua de 20% de toda a produção de suas terras. Era pegar ou largar. Premidos pela fome, o pai de José e seus outros filhos deixam sua terra natal e fixam-se no Egito, sob o amparo do faraó, mas não sem antes expiar a culpa pelo mal cometido.


Redigido por Eduardo Giannetti, na obra "O Valor do Amanhã".
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Aí, um trechinho de uma das maiores epopéias da história humana, contada pelo povo Judeu sabe-se lá há quanto tempo, mas que se expalhou pelo mundo através do Velho Testamento.

Dissertem.
mysmilie2828.gif
 

Space-Ghost

Bam-bam-bam
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Mais uma das belas histórias contidas na bíblia.
Dentre elas também destacaria a de Jó, que foi engolido pela baleia. A do rei salomão, ao ordenar que dividissem a criança ao meio. E a do pai dele, Davi, que derrubou o gigante golias com uma pedrada. A de Saulo/Paulo, soldado romano que ficou cego e se converteu. A de zaqueu e assim por diante.
O que não faltam são histórias bonitas e com ensinamentos de amor e paz presentes na bíblia.
 
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