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[+Walltext -Mimimi] Sobre a nostalgia

Grose

Bam-bam-bam
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Tantas discussões (raivosas diga-se de passagem) envolvendo o termo nostalgia, por bem ou pelo mal, que comecei despretensiosamente fazendo um texto sobre o assunto, tentei enxugar ao máximo mas acabou maior que desejava, é a vida, fica aí para quem tiver interesse de ler e comentar, de preferência sem se basear apenas no título.

Nostalgia: O termo que nos assola
Sempre tivemos os termos da moda, não são apenas roupas, músicas, preferências e acessórios que nos definem, mas também as palavras que pronunciamos, lembram o Lula quando veio em rede nacional falar a palavra Hipócrita, não se ouvia outra coisa, tudo era hipócrita, a cadeira, o lápis, o feijão, tudo e todos eram hipócritas, o povo havia descoberto uma nova palavra do dicionário. No forum, e com a popularização do vintage, a moda retrô adquiriu proporções gigantescas, o termo nostalgia nessa onda chegou bastante forte.

Pelo lado positivo destacam a nostalgia como lembrança de um tempo que se foi e pode ou é certamente melhor que o período que estamos presenciando, pelo lado negativo utilizam o termo para destacar pessoas que ficaram presas no passado e vivem de fomentar sonhos impossíveis reclamando dos avanços tecnológicos que nos permitem alcançar um determinado ponto muito mais elevado que o de antigamente.

E quem está certo nessa briga? Com certeza ninguém.

Viver de extremos é um erro, nunca houve um tempo tão bom que não pudesse ser melhorado, mesmo comparando o passado com o futuro, mas claro, digo isso de maneira fundamentalmente humana, desconsiderando aspectos óbvios que consideram tão relevantes, como a inserção dos celulares na sociedade em comparação com um tempo que eles não existiam, antigamente as pessoas tinham sua individualidade reforçada pelo distanciamento possível, hoje com a possibilidade de manterem contato 24h por dia vivem numa eterna clausura que nos impede de progredirmos por nós mesmos, e até mesmo pelos outros logo que não temos espaço para desenvolvermos nada, mas por um lado estamos muito mais próximos, e isso acalenta as almas perturbadas pelo silêncio da solidão.

Uma perspectiva muito interessante que ouvi algumas vezes ao questionar a evolução da humanidade é que nunca estivemos tão avançados como agora, temos celulares, carros, internet, tecnologia de ponta. Mas e nós? Eu definitivamente não sou um celular, um computador ou um carro, não tenho como me desenvolver apenas com o avanço destes aparelhos, o fato disso existir não encobre os problemas existenciais que sempre tivemos, são somente coisas, coisas que podemos comprar e ter, coisas que podem aumentar a estima momentaneamente, mas ninguém vive apenas por isso, a não ser que seja por uma recompensa frequente, como aqueles que trocam de carro ao menos uma vez por ano, e eu nem estou julgando este comportamento, cada um faz o que quiser, mas será que viver apenas por posses e trocas de uma suposta definição tecnológica nos define como seres humanos?

Por outro lado vivermos presos a um passado irrecuperável também não é a melhor saída, por mais oportunidades que tenhamos tido de vivenciar tempos melhores, o passado se foi e só podemos aprender e ter saudades dele, que é de extrema importância para o futuro, é graças ao passado que houve o futuro, e é graças ao passado que estamos aqui agora, e será graças ao passado o dia que superarmos as nossas fraquezas e pudermos finalmente emergir com a consciência plena do mundo que nos cerca, para assim investirmos no que realmente nos interessa, e não por apelos sociais e midiáticos.

Essa falta do passado nostálgico atinge os mais novos, que defendem esta geração por ser a única que tiveram, e temos aqueles que defendem o passado em que não existiam por sensações ou por anseio de se considerarem melhores que realmente são. Não poderiam simplesmente usufruir daquilo que preferirem sem o aval da sociedade? É comum vermos discussões que ambos os lados debatem como se pedissem permissão para gostar do que gostam ou fingem gostar, tudo pelo status, e quando se convencem que determinado posicionamento é o correto além da afirmação social ainda precisam recrutar membros com o mesmo pensamento para que fortaleçam a escolha, o que é evidentemente um clamor da insegurança que sentem por estarem decididos que definitivamente existe apenas um lado, tender minimamente consideram traição, traição a marca, traição aos bons costumes.

Falando especificamente de videogames, eu não tenho motivos para esconder que prefiro a Nintendo, o que ela me propicia é o que mais se aproxima daquilo que eu procuro, assim como adoro o Vita e o 3DS, e só não possuo mais jogos para eles por falta de condições financeiras, mas não que eu odeie o PS4 e o XONE, por vezes deixo a emoção do fanatismo falar mais alto mas por acreditar que não só os jogos, mas o modelo adotado pela indústria do cinema, música, e outros tipos de exploração da arte estão focando demais no lucro acabando com o contingente criativo, motivos pelos quais vimos grandes desenvolvedores, músicos e artistas em geral saindo de suas empresas e admitindo formalmente que é justamente pela limitação criativa que estavam sofrendo. Para quem não desenvolve nada é fácil falar que lucrar basta, para quem se preocupa com isso é um tormento, e é um valor que nem todas as riquezas do universo conseguem pagar.

As minhas escolhas não são as melhores a serem feitas, são apenas as melhores que posso fazer, não posso conviver com a expectativa de emoção de um jogador que vive do presente ou do passado, sei o que me cabe e como avalio a nossa situação, certas situações apenas são óbvias o suficiente, mas isso é algo para abordar em outro texto, este já ficou grande demais para o público geral.

Se prender a uma única marca não é gostar de videogame, isso é gostar da marca, como os torcedores que matam pelos seus times, estes não gostam de futebol, querem apenas uma motivação para exportar a agressividade, agora, é possível gostar de uma marca ou um time e gostar de futebol e videogame, basta parar para pensar o quanto sairá perdendo com isso, afinal quanto mais possibilidades melhor, nem que seja apenas para reforçar as próprias vontades. Estabelecer uma marca num mundo ausente de escolhas não fará desta a melhor escolha.

Sobre esta geração ter jogos bons, até o Virtual Boy teve bons jogos: Wario Land, Jack Bros., Mario Tennis, Galactic Pinball, Teleroboxer... mesma com o Jaguar: Doom, Rayman, Alien vs Predator, Tempest 2000, Zool... Mas isso não faz com que eles se tornem videogames realmente bons, nem que eles sozinhos poderiam ter tornado uma geração inteira algo memorável, claro que muitos podem considerar mesmo os bons jogos destas ou das plataformas rivais como "lixo", mas estes são apenas aqueles que defendem a marca, quem gosta de videogame sabe que cada um deles tem coisas boas para oferecer, mesmo os piores, mas isso ainda não os define melhores.

Portanto a nostalgia é um sentimento relativamente gostoso e muito importante, assim como termos consciência do presente também, mas melhor que isso é unir o melhor dos todos os mundos e formarmos aquilo que melhor adequar as nossas vontades e expectativas.

E vocês, o que acham disso tudo?
 
Ultima Edição:

Snake-Eyes

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Gostei da ideia exposta. Nunca em nada extremos sao boms, ate a agua em demasia nos afoga.
Com certeza temos preferencia, afinal compramos nossos jogos com nosso tempo, e dedicamos nosso tempo de ocio a eles em boa medida. Entao escolhermos aqueles que mas nos dao prazer e o mais logico e compreensivel a ser feito. Mas dai aficar fa cego de uma marca a muita distancia. Eu tambem me defino como fa da nintendo, mas nao deixo de jogar no PC ou no PS3 quando tem jogos que me gostam e posso compralos ect. Nao sou a favor de muitas coisas no mercado. Esa ideia de gastar mais em publicidade que nos games acho absurda e seria de boicotar jogos com essa filosofia. Detesto a ditadura do foto realismo. Nao gosto do abuso de CG nem QTE. Acho que um ou outro CG num game pode ir e QTE que nao distorcionem a jogabilidade e colocados corretamente como em Resident 4 e Star Wars the force unleashed acrecentam muito a narrativa e a jogabilidade. Mas em demasia estragam os games. Curto mais jogos que vao direto ao asunto do que aqueles com uma historia de 1 hora antes de poder jogar, mas uma historia bem contada e aproveitando a narrativa que so os games oferecem aprecio e muito . Mas aqueles que se focam na historia e esquecem de desenvolvela como um game passo longe (Metal Gear solid 3 to olhando pta vc).
Mas tudo e questao de gosto, o Wiiu nao atraiu quase jogadores novos ao mercado mas agradou muito bem aos old gamers que se atreveram a comprar um.
 

dirtydids

Bam-bam-bam
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Ousei.
 

Grose

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Resume ai, fera.


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Pior que o próprio texto está resumido, quando começo a escrever escrevo como se estivesse falando, aí o negócio ficou gigantesco, apesar de ter escrito bastante rápido.

Basicamente estou falando sobre os efeitos dessa guerra sobre a geração atual em comparação com o passado, onde cada um defende o seu lado, e o que isso pode representar para o jogador e a comunidade.

Pode ficar tranquilo que eu não o obrigarei. haha
 
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