Jogo 1: The Starship Damrey - 3DS
3 horas jogadas
Meu primeiro jogo terminado no ano é, como podem notar, The Starship Damrey. Mais um do meu backlog gigantesco, esse jogo é um integrante daquele projeto Guild (mais precisamente Guild 02) da Level 5, que trouxe jogos com conceitos bem interessantes de diversos designers, como Liberation Maiden, provavelmente meu próximo da lista - do Goichi Suda, de Killer 7, No More Heroes e do GOTY dos GOTYs Lollipop Chainsaw - e Crimson Shroud, um excelente jogo de RPG que é uma mistura da ambientação Vagrant Story com a jogabilidade de RPG "de mesa" - criado pelo próprio Yasumi Matsuno, de Final Fantasy Tactics, Final Fantasy XII e o já mencionado Vagrant Story.
Mas enfim, hora de falar de Starship Damrey. O jogo é um adventure em primeira pessoa, com aquela mobilidade típica dos antigos Shin Megami Tensei, ou mesmo King's Field, movendo um passo por vez em uma das quatro direções possíveis. O controle é feito pelo direcional, sendo o analógico usado para a "mira", vasculhando o ambiente à procura de objetos a examinar e interagir.
Foi criado pela dupla Kazuya Asano e Takemaru Abiko, que eu sinceramente desconhecia. Pesquisando sei que são responsáveis por um jogos adventure de texto, dentre eles um chamado Kamaitachi no Yoru, com versões para Super Nintendo, Playstation, GBA, PC e até iOS.
Sem dar mais detalhes quanto ao enredo do jogo, ele começa com seu personagem despertando dentro de uma cabine de criogenia a bordo da espaçonave Damrey. Sem saber o que ocorreu, o personagem reinicia o sistema operacional mas consegue apenas a credencial de convidado, não sendo possível sequer abrir sua cápsula. Eis que um robô de apoio é ativado, e é por este que o personagem acaba interagindo com o mundo ao redor, tentando religar o oxigênio da nave e descobrir o que aconteceu à tripulação.
O que me prendeu no jogo foi justamente o clima e a ambientação, esse suspense em descobrir o que se passa na nave que se encontra voltando à Terra. Achei a jogabilidade bem interessante, com puzzles fáceis de serem resolvidos, tornando um jogo fácil de ser digerido até por aqueles que nunca tiveram contato com o gênero. A história é desenvolvida aos poucos durante o jogo, através de itens, diários e algumas pequenas cutscenes, sendo apenas revelada de fato com o segundo final, que requer um pouco de atenção do jogador nos diários encontrados e a realização de algumas tarefas após destrancar todas as salas do jogo. Apesar disso, achei o desfecho satisfatório, com um "plot twist" bem interessante.
Recomendo, mas não jogaria de novo, até porque tudo que tinha a ser feito nele foi feito, e não há fator replay. Existem alguns "colecionáveis" na forma de sanguessugas espaciais, sendo 20 a serem encontradas e exterminadas, que abrem o último dossiê de personagem, mas não é algo difícil de se fazer e com um pouco de atenção é obtido facilmente, sem necessitar reiniciar o jogo.
Não me lembro quanto custa o jogo, comprei há muito tempo, sendo disponível apenas em formato digital, na eshop. Um jogo curto, com uma ambientação boa, alguns jumpscares e um desfecho interessante, vale a pena testar!