FabioShinobi
Mil pontos, LOL!
- Mensagens
- 15.624
- Reações
- 12.775
- Pontos
- 1.189
Texto retirado de um site de notícias e economia de Portugal, achei bem interessante e resolvi trazer para cá.
A fórmula é mais ou menos sempre a mesma: cada nova geração de consolas de videojogos, mais potente do que a anterior, é lançada no outono - a contar com as compras de Natal - acompanhada de uma série de títulos que aproveitam a potência do novo hardware que, grosso modo, mantêm o formato da década de 90 do século passado.
Neste mês, bem longe das festas, a Nintendo fez o inverso. A consola Switch quebra o molde, não é um computador particularmente potente e, basicamente, tem um único jogo (já voltamos a este pormenor). E é um êxito!
Não é a primeira vez que a marca japonesa parece tirar o tapete à concorrência. Já em 2006 a Wii fez frente à PlayStation 3 e à Xbox 360, ainda que tivesse uma capacidade gráfica muito inferior. Tinha era um comando sensível ao movimento, um conceito que só quatro anos depois a Microsoft, com o Kinect, viria a implementar na Xbox (a PS3 demoraria ainda mais).
A sucessora Wii U (2012) foi um fiasco, mas com a Switch a Nintendo demonstrou mais uma vez que sabe reinventar-se - e, essencialmente, inovar.
A nova consola - que se desencaixa da sua base ligada ao televisor para se transformar num portátil, cujo comando se monta e desmonta de tal forma que até pode servir para duas pessoas jogarem em simultâneo - é um êxito de vendas tal que, segundo escreveu nesta sexta-feira o The Wall Street Journal, a Nintendo ordenou à fábrica que duplique a produção.
Isto no início da primavera, quando estas coisas têm, naturalmente, o pico de vendas no fim do ano. E, como referi atrás, com apenas um jogo.
Estou a exagerar propositadamente. Na realidade o lançamento da Switch foi acompanhado de dez títulos, mas apenas um merece menção - The Legend of Zelda: Breath of the Wind.
Trata-se do 19.º jogo da saga The Legend of Zelda, cujo primeiro capítulo, que dá o nome à série, foi lançado no "pré-histórico" ano de 1986!
Zelda é uma tradição para a história da Nintendo quase sem paralelo no mundo dos videojogos (na concorrência, a Xbox tem o exclusivo da série Halo, desde 2001 - data da primeira consola da Microsoft; na PlayStation, se contarmos apenas a questão da exclusividade, só ocorre a série Gran Turismo, simulador automóvel, pelo que não tem comparação).
O novo Zelda é já considerado, pela crítica, um dos melhores jogos alguma vez produzidos. É um imenso mundo aberto, no qual os jogadores têm uma liberdade de ação ainda maior do que a oferecida por outros universos como o Grand Theft Auto(GTA) ou o Assassin"s Creed. Nestes, ainda que todo o "mapa" seja explorável ao ritmo que o jogador quiser, a progressão no jogo depende de missões predeterminadas pelos programadores. Em Zelda, essa mecânica é secundarizada, sendo a narrativa programada não linear. Por exemplo, há missões (jogos dentro do jogo) que podem ser realizadas por qualquer ordem - ou nem sequer ser feitas.
O resultado, para o jogador, é um nível de liberdade de ação nunca antes visto num jogo deste género. (Há outros que oferecem universos abertos até maiores, como o No Man"s Sky, em que se cria uma galáxia inteira para ser explorada. Mas são coisas diferentes. Em Zelda: Breath of the Wind, há de facto uma história para seguir - a forma de o fazer é que pode ser diferente de um jogador para o outro).
Pode um único jogo justificar o investimento numa consola? Depende. Para mim, francamente, não. Mas se a sua resposta for sim, caro leitor, este novo Zelda é sem dúvida uma belíssima razão para o fazer.
Fontehttp://www.dn.pt/opiniao/opiniao-dn/ricardo-simoes-ferreira/interior/a-nintendo-reinventou-a-roda-outra-vez-5734235.html
A fórmula é mais ou menos sempre a mesma: cada nova geração de consolas de videojogos, mais potente do que a anterior, é lançada no outono - a contar com as compras de Natal - acompanhada de uma série de títulos que aproveitam a potência do novo hardware que, grosso modo, mantêm o formato da década de 90 do século passado.
Neste mês, bem longe das festas, a Nintendo fez o inverso. A consola Switch quebra o molde, não é um computador particularmente potente e, basicamente, tem um único jogo (já voltamos a este pormenor). E é um êxito!
Não é a primeira vez que a marca japonesa parece tirar o tapete à concorrência. Já em 2006 a Wii fez frente à PlayStation 3 e à Xbox 360, ainda que tivesse uma capacidade gráfica muito inferior. Tinha era um comando sensível ao movimento, um conceito que só quatro anos depois a Microsoft, com o Kinect, viria a implementar na Xbox (a PS3 demoraria ainda mais).
A sucessora Wii U (2012) foi um fiasco, mas com a Switch a Nintendo demonstrou mais uma vez que sabe reinventar-se - e, essencialmente, inovar.
A nova consola - que se desencaixa da sua base ligada ao televisor para se transformar num portátil, cujo comando se monta e desmonta de tal forma que até pode servir para duas pessoas jogarem em simultâneo - é um êxito de vendas tal que, segundo escreveu nesta sexta-feira o The Wall Street Journal, a Nintendo ordenou à fábrica que duplique a produção.
Isto no início da primavera, quando estas coisas têm, naturalmente, o pico de vendas no fim do ano. E, como referi atrás, com apenas um jogo.
Estou a exagerar propositadamente. Na realidade o lançamento da Switch foi acompanhado de dez títulos, mas apenas um merece menção - The Legend of Zelda: Breath of the Wind.
Trata-se do 19.º jogo da saga The Legend of Zelda, cujo primeiro capítulo, que dá o nome à série, foi lançado no "pré-histórico" ano de 1986!
Zelda é uma tradição para a história da Nintendo quase sem paralelo no mundo dos videojogos (na concorrência, a Xbox tem o exclusivo da série Halo, desde 2001 - data da primeira consola da Microsoft; na PlayStation, se contarmos apenas a questão da exclusividade, só ocorre a série Gran Turismo, simulador automóvel, pelo que não tem comparação).
O novo Zelda é já considerado, pela crítica, um dos melhores jogos alguma vez produzidos. É um imenso mundo aberto, no qual os jogadores têm uma liberdade de ação ainda maior do que a oferecida por outros universos como o Grand Theft Auto(GTA) ou o Assassin"s Creed. Nestes, ainda que todo o "mapa" seja explorável ao ritmo que o jogador quiser, a progressão no jogo depende de missões predeterminadas pelos programadores. Em Zelda, essa mecânica é secundarizada, sendo a narrativa programada não linear. Por exemplo, há missões (jogos dentro do jogo) que podem ser realizadas por qualquer ordem - ou nem sequer ser feitas.
O resultado, para o jogador, é um nível de liberdade de ação nunca antes visto num jogo deste género. (Há outros que oferecem universos abertos até maiores, como o No Man"s Sky, em que se cria uma galáxia inteira para ser explorada. Mas são coisas diferentes. Em Zelda: Breath of the Wind, há de facto uma história para seguir - a forma de o fazer é que pode ser diferente de um jogador para o outro).
Pode um único jogo justificar o investimento numa consola? Depende. Para mim, francamente, não. Mas se a sua resposta for sim, caro leitor, este novo Zelda é sem dúvida uma belíssima razão para o fazer.
Fontehttp://www.dn.pt/opiniao/opiniao-dn/ricardo-simoes-ferreira/interior/a-nintendo-reinventou-a-roda-outra-vez-5734235.html