No meu antigo empregador, eu acumulei funções e fui subindo lá dentro, mas sempre ganhando muito, muito mal e sendo enrolado sobre minha carreira e vencimentos.
Porém, por ter feito um ótimo trabalho e não ser um cuzão com os colegas, acabei pegando amizade com gente influente em outras consultorias e fui indicado pra ocupar uma vaga em outro lugar, pagando bem mais (um salário que considerei justo).
Agora tô nessa consultoria há três anos e fui promovido uma vez, o salário não é uma maravilha mas é o suficiente pra eu manter o padrão de vida, minhas viagens, etc. Não é baixo, nem miserável.
Ou seja, QI importa sim, e eu não acho que isso seja uma coisa negativa e generalizada como estão afirmando. As empresas dão preferência pra quem elas podem confiar, óbvio que fulano ou ciclano pode ter favorecimento por ser parente ou amigo de diretor, mas eu mesmo já indiquei dois analistas na minha empresa atual e ambos foram contratados baseados na confiança que eu adquiri internamente na empresa. E eu sou peixe pequeno, diga-se de passagem.
No mais, tudo que foi criticado aqui não é um problema exclusivo do mercado de TI, mas da cultura corporativa brasileira. Qualquer setor de escritório é assim, muita politicagem, muita aparência, muito mais saber vender seu peixe do que saber fazê-lo.
Lembrando que TI ainda é um setor novo aqui no país, durante muitos anos existiu apenas na forma do famoso "processamento de dados" e apenas na última década foi tomando essa forma complexa e com vários segmentos distintos.
As empresas e seus setores de recursos humanos ainda não evoluíram na mesma velocidade.