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Estou replicando uma postagem da comunidade "Unix Universe" do Facebook
# Seja Bem-Vindo ao Linux! #
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> Postagem voltada aos usuários novatos e curiosos que não sabem nada (ou quase nada) sobre o sistema Linux <
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Depois de ver algumas postagens de curiosos e novatos no mundo Linux, tive a ideia de criar este post para reunir as principais dúvidas que permeiam os novatos, além de listar quais facilidades e dificuldades os usuários de Linux recém-chegados do Windows e/ou do macOS poderão encontrar.
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Sumário:
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1) Introdução
2) O Sistema
3) Liberdade
4) Por que o Linux é gratuito?
5) Sou obrigado a contribuir?
6) Por que o Linux não é popular se ele é tão bom?
7) Distribuições
8) Instalação
9) Drivers
10) Acabei de chegar do Windows. O que posso esperar do Linux?
11) Acabei de chegar do macOS. O que posso esperar do Linux?
12) Games
13) Qual sistema é ideal para mim? (Usuários Windows)
14) Qual sistema é ideal para mim? (Usuários macOS)
15) Segurança
16) Softwares e alternativas - Post do @BCoisa --- Link aqui
17) Considerações Finais
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1) # Introdução #
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O que lhe vem a mente quando você escuta o nome "Linux"?
Você tem lembranças ruins sobre algum ponto de seu passado em que você teve que trabalhar ou estudar com alguma versão problemática, lhe fazendo criar preconceito sobre o sistema?
Sentiu falta de programas e/ou ferramentas que você utilizava no Windows ou no macOS que lhe fizeram causar estranheza ao usar Linux pela primeira vez?
Ou você possui uma mente "virgem" e apenas tem curiosidade de saber do que se trata esse nome tão popular da comunidade entusiasta de informática geek ou mesmo do famigerado sistema utilizado em servidores mundo afora?
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Não importa o que você pensou. Aqui, tentarei trazer todos os usuários a um lugar comum, um refúgio de paz onde o que vale acima de tudo é o conhecimento e você, novato e/ou curioso, decidirá qual caminho seguir dentro do mundo Linux.
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Se você utilizou Mandrake ou Kurumin e tem muito o que reclamar deles, esse não é mais o momento. São sistemas relativamente obsoletos e dentro do mundo Linux temos versões mais completas e mais simples de usar.
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2) # O Sistema #
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O nome Linux é dado ao coração do sistema; a parte que faz seu Firefox com o Youtube aberto conversar com os drivers de vídeo e de som para que você possa assistir algo. É a parte que faz a complexa ligação entre hardware e software principalmente por gerenciar drivers, fazendo o trabalho pesado de fazer aquele monte de fios, cabos, chips e placas no seu computador terem "vida" e conseguir executar um sistema com programas.
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Em suma, os linux de desktop são categorizados como "GNU/Linux";
Basicamente GNU é o sistema operacional (tal qual Windows ou macOS) e o Linux é somente o nucleo, o coração desse sistema.
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Após anos de luta atrás de um nucleo que fizesse o GNU funcionar, o Linux caiu como uma luva salvando o dia e se tornando o heroi; por isso ele recebe maior destaque nos fóruns e na mídia. Hoje o sistema chamado apenas de "Linux" pode ser o sistema mobile Android (cujo sistema operacional roda sob linguagem C, C++ e Java) ou mesmo a versão desktop, tambem baseado em linguagem C. Mas para diferenciar um do outro, a versão desktop sempre será GNU/Linux. O que esses sistemas tem em comum (Android e Ubuntu, por exemplo) é o fato de compartilharem do mesmo kernel Linux.
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Por uma questão de simplicidade, vou utilizar o termo linux no restante do texto para me referir aos linux de desktop cujo termo mais apropriado é GNU/Linux. Mas você, caro leitor novato do mundo linux, é livre pra chama-lo de GNU/Linux ou Linux, o que achar melhor. O pessoal do projeto GNU não obriga ninguém a chamar o sistema linux desktop de GNU/Linux. É apenas uma formalidade técnica utilizada por usuários avançados, programadores e entusiastas.
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Caso queira saber mais sobre o kernel Linux, pode conferir no nosso post dedicado!
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3) # Liberdade #
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O Linux em si possui uma licença de código aberto (Copyleft), mantida pela FreeSoftware Foundation. O que isso tudo quer dizer?
Quer dizer que ele é gratuito e livre. Como assim?
Ele é de graça e seu código fonte pode ser explorado por quem quiser, sejam programadores, entusiastas, curiosos ou mesmo pessoas que ajudam a comunidade a procurar problemas e falhas.
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Enquanto sistemas como o macOS ou o Windows são pagos e licenciados (seu uso possui Termos de Uso e diretrizes rígidas), o linux e a maioria de seus programas são livres e gratuitos, tendo o usuário liberdade para fazer o que quiser:
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> A liberdade de executar o programa como desejar, em qual hardware ele desejar, para qualquer propósito, não importando se será de uso civil, militar ou cientifico.
> A liberdade de estudar como funciona o programa e adaptá-lo às suas necessidades. O acesso ao código-fonte é uma condição prévia para isso.
> A liberdade de redistribuir cópias para que você possa ajudar seus amigos.
> A liberdade de melhorar o programa e divulgar suas melhorias para o público, para que toda a comunidade se beneficie. O acesso ao código-fonte é uma condição prévia para isso.
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Um exemplo prático e simples de restrição, é com relação ao Windows 8.1 Pro que a Microsoft não permite que seja utilizado como Servidor.
Para isso você DEVE adquirir a licença do Windows Server e utilizar somente o Windows Server para este fim. No caso do Linux, qualquer versão e qualquer distribuição linux pode ser usada com a finalidade que quiser, seja ele em um computador servidor, em um terminal de acesso remoto, em um computador pessoal, em um sistema embarcado, portátil, etc, etc.
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4) # Por que o Linux é gratuito?
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Uma questão de escolha e de princípios. Como citado anteriormente, o Linux de desktop se chama "GNU/Linux". O cabeça do projeto GNU, Richard Stallman, defende a liberdade de compartilhamento de código de programas em benefício de todos. Você pega o programa, usa onde quiser, explora seu código, edita ele como quiser, republica ele para a comunidade e todos se beneficiam das melhorias que você fez. Da mesma maneira o kernel Linux encabeçado pelo Linus Torvalds, cujos programadores, muitos deles não ganham dinheiro pra isso, colaboram com seu conhecimento adicionando recursos ao kernel permitindo que ele suporte novas tecnologias e hardwares; no final, estes mesmos programadores saem no "lucro" de terem um sistema melhorado com melhor suporte e toda a comunidade se beneficia disso.
Basicamente todos ali se ajudam e todos saem ganhando. E o resultado disso tudo, nós, os usuários comuns, podemos nos aproveitar de todo esse trabalho comunitário.
Apenas pra esclarecer: o GNU pode ser cobrado, mas não é regra; já o kernel é sempre gratuito.
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Como qualquer projeto sem fins lucrativos, o sistema Linux precisa de doações para se manter. Por sorte temos diversas empresas que doam dinheiro para o projeto contribuindo para mante-lo; e essas empresas se beneficiam das melhorias que o projeto receber.
O dinheiro poderia ser um problema se algumas empresas doassem, mas, temos centenas de empresas que apoiam o projeto linux, inclusive a mais recente a entrar pra Linux Foundation foi a propria Microsoft dona do Windows..
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A Microsoft utiliza Linux em seus servidores Azure Cloud; o que ela beneficiar o projeto poderá utilizar para si em seus servidores. Curiosamente esses benefícios são revertidos publicamente para todos.
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5) # Sou obrigado a contribuir? #
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Somente se quiser.
O Linux é gratuito sim, mas caso você assim o desejar, pode fazer doações financeiras para as instituições que cuidam do projeto Linux e do seu sistema. A FreeSoftware Foundation por exemplo é a uma organização sem fins lucrativos que necessita de doações voluntárias para se manter, tal qual diversos outros projetos dentro do mundo linux.
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6) # Por que o Linux não é popular se ele é tão bom? #
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Porque primeiramente, o projeto é gratuito e livre. Sem fins lucrativos, não há propaganda dele em massa na mídia. Ele não vem por padrão (por enquanto) em diversas marcas e modelos de computadores. E seu desenvolvimento, pelo menos nos primeiros anos, foi focado em servidores e não usuários finais.
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O Linux adentrar os desktops comuns é algo relativamente recente.
O maior problema está no fato de que até meados de 2007 o Linux não era amigável, os sistemas baseados em linux disponíveis tinham poucos recursos se comparado ao Windows ou macOS e muita configurações feitas nele deveriam ser feitas via linhas de comando no terminal.
Quem vai querer utilizar um sistema que exige saber usar linhas de comandos se existia o Windows logo ali muito mais amigável e focado no usuário comum? Por muito tempo isso o deixou restrito ao seu foco original, os servidores.
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7) # Distribuições #
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No mundo Linux, uma "distribuição" é a combinação das ferramentas GNU com o kernel Linux, com a adição de várias outras ferramentas e softwares, compondo o que pode de fato ser chamado de um "Sistema Operacional Desktop".
Por algum motivo, a comunidade num geral optou por chamar de "Distribuições" ao invés de simplesmente "Sistemas Operacionais", que são o que realmente são. Por exemplo, o Windows usa ZLIB e várias outras bibliotecas e componentes presentes em Linux e ninguém chama ele de Distribuição.
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Mesma coisa a distribuição Fedora, a OpenSUSE, o Majeia, ArchLinux, Debian, etc etc. Todos são classificados como GNU/Linux mas com variações, sistemas com layouts diferentes, temas diferentes, programas diferentes além de formatos de instalação de programas, todos diferentes.
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O que todos tem em comum é o fato de seguirem as normas XDG (X Desktop Guidelines) quem manda na hierarquia de pastas do sistema e o fato de todos usarem o kernel Linux. Mas cada um como é, é apenas um Sistema Operacional. Não distribuição.
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Uma vantagem (ou desvantagem?) do mundo Linux é a liberdade de escolher qual sistema mais combina com você e poder customiza-la o quanto quiser, trocando até a interface de usuário e colocando um menu iniciar com disposição e botões novos, por exemplo.
Por um lado isso é uma coisa boa, você decide como quer trabalhar com o sistema. Por outro lado, isso divide a comunidade linux gerando sistemas que não são compatíveis entre si (Um programa do Fedora não abre no Debian) gerando restrições que não deveriam existir. Claro, temos ainda membros na comunidade que buscam trazer soluções para compatibilizar programas e funções entre as variadas distribuições linux; infelizmente esse suporte ainda está longe do ideal e pode trazer alguma dor de cabeça dependendo da distro que você escolher para seu uso pessoal
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8) # Instalação #
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Tanto a instalação do sistema quanto a instalação de programas no linux são absurdamente simples.
Os instaladores do Windows tem formato .exe ou .msi.
Os do Linux, dependendo da distribuição, é no formato .deb, .rpm, Flatpack, Snap e/ou Appimage. Mas todos dependem e possuem instaladores nativos nos sistemas, que facilitam e agilizam o processo.
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Inclusive, o pessoal do macOS ficará familiarizado com isso, já que o macOS tem a tradição de ter instaladores simples para programas; os instaladores do Linux são igualmente simples.
Os formatos .deb e .rpm, a meu ver os mais populares, possui um gerenciamento de instalação muito simples.
Normalmente clicar 2x no arquivo em .deb e clicar em Instalar na janela que aparece, basta. O caminho e os arquivos de configuração da instalação será definido automaticamente.
Os vindouros Flatpack e Snap, ainda em fase de implementação massiva na comunidade, virão com sistemas de instalação ainda mais simples com a vantagem de ser multisistema; enquanto o .deb só roda em Debian, Ubuntu e similares e o .rpm é padrão do Fedora, os pacotes Flatpack e Snap serão universais pra rodar qualquer programa em qualquer linux.
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9) # Drivers #
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O Linux não tem nenhum segredo na instalação de drivers, na verdade, não precisa. Opostamente ao que ocorre no Windows (que você precisa ir no site da fabricante do computador baixar os drivers corretos) e da mesma forma como ocorre no macOS, o kernel Linux carrega consigo todos os drivers dos principais fabricantes de computadores que existem na atualidade incluindo máquinas mais antigas (com DualCore, por exemplo).
A ideia é que o usuário sequer perca tempo instalando drivers; uma vez que o sistema foi instalado, estará tudo pronto para uso de imediato logo após o boot!
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Infelizmente pode ocorrer incompatibilidade com drivers de vídeo e Wifi, nesse caso a troca da versão do sistema ou mesmo do kernel (de maneira simples usando um programa pra isso) resolve o problema.
AInda temos os kerneis dos sistemas como o GNU/Linux Trisquel, que focam em ser abertos (e tão somente abertos) que não trazem consigo nem suportam drivers proprietários (nada de nvidia, AMD ou Intel). Por conta disso, você pode ser livre na ideologia mas acabar preso num computador sem tirar proveito de toda sua capacidade de processamento por conta disso; drivers abertos tendem a não ter o mesmo desempenho dos proprietários.
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10) # Acabei de chegar do Windows. O que posso esperar do Linux? #
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A mudança será relativamente grande, a começar pela interface que será bem diferente. Mas nada que um pouco de esforço não te ajude a se adaptar. Primeiramente você precisa ter mente aberta a novas experiências e ter consciência de que precisará se adaptar a programas novos caso utilize algum que só exista no Windows.
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Por exemplo:
Não temos o Internet Explorer (Ainda bem). Mas temos Firefox, Opera e o Google Chrome como opções de browsers..
Não temos Adobe Photoshop mas temos o GIMP.
Não temos o 3DS Max mas temos o Blender.
Não temos o Microsoft Office mas temos o WPS Office e o LibreOffice.
Não temos o Adobe Illustrator mas temos o Inkscape.
Não temos Windows Media Player mas temos o VLC.
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Tudo vai depender de sua adaptação ao sistema e o quanto estará disposto a mudar para isso.
Tem quem não pode abrir mão do Photoshop ou precisa rodar determinado game. Para isso temos como alternativa o PlayOnLinux, um programa que permite rodar programas originalmente lançados para Windows em formato .exe, no linux, como se fosse um programa nativo.
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Ainda temos muita coisa que executa nativamente como Google Earth, Spotify, Netflix, TeamViewer, VirtualBox, Steam, etc.
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11) # Acabei de chegar do macOS. O que posso esperar do Linux? #
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A mudança inicial não será tão gritante se o foco for layout.
Dá pra deixar o Linux com a cara do macOS, inclusive com uma dock embaixo. Com o Clementine ou o Amarok como alternativa ao iTunes e você terá suporte ao iPhone!
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Você poderá sentir falta inclusive de programas que até então o macOS tinha em comum com o Windows, como o iWork e o AutoCAD.
Nesse caso é melhor colocar na balança o que você realmente utiliza para que a mudança não te cause mais prejuízos do que melhorias.
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12) # Games #
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Não vou fazer rodeios aqui: Temos sim bons games rodando no Linux mas não é uma regra para todos.
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A Valve, dona da Steam, lançou recentemente as SteamMachines rodando sistema GNU/Linux Debian modificado chamado SteamOS e se propôs a lançar games para o Linux. Desde então temos grandes titulos vindo para o Linux. Dentre eles destaco todos da Source Engine (Portal, Half Life 2, Team Fortress, CounterStrike GO, etc.)
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A loja da Steam pode ser facilmente instalada no linux e os games disponíveis nativamente podem ser facilmente acessados numa categoria própria.
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Caso um game não exista para Linux, temos a alternativa dele rodar no PlayOnLinux, que é uma interface para o Wine que permite rodar programas do Windows (.exe) diretamente no Linux de maneira simples e fácil.
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Wine não tem nada de "máquina virtual", ele só adiciona o que falta pro
kernel Linux conseguir entender binários EXE, só uma camadinha de compatibilidade suficiente para que execute no Linux.
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A compatibilidade ainda está longe de ser perfeita mas games de peso como The Witcher 3 e Tomb Raider 2013 rodam bem.
Outros títulos como GTA V infelizmente não executam ainda. Caso você seja um games assíduo, é melhor continuar usando Windows para games. Nesse caso recomendo usar Linux em dual boot, assim você terá o Windows para games e o restante poderá ser feito no Linux.
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Para rodar games nativos do Windows no Linux, pode consultar nosso post dedicado sobre o assunto:
https://www.facebook.com/UNIXUniverse/photos/a.1306307219446221.1073741828.1306278709449072/1306419266101683/?type=3
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13) Qual sistema é ideal para mim? (Usuários Windows)
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Vou considerar que você é um usuário novato/curioso que nada ou pouco conhece sobre o sistema Linux com um computador mediano; um típico usuário comum recém saído do Windows.
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Levando isso em consideração, lhe dou algumas opções:
- Linux Mint Cinnamon
- Ubuntu Mate
- Xubuntu
- Lubuntu
- Deepin
Todos são ótimos, leves e estáveis que possuem interfaces simples que remetem á interface do Windows 7.
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"Porquê?". Por conta de serem os sistemas operacionais baseados em
GNU/Linux com maior popularidade, mais desenvolvedores ajudam a manter o código estável, confiável, seguro, com menos bugs e maior suporte à hardwares.
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Não existe a "melhor" distribuição linux. O que existe é a distribuição que melhor te atende e eu tentei trazer as que imagino eu se enquadram aos usuários recém chegados do Windows que vão ter menos problemas.
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14) Qual sistema é ideal para mim? (Usuários macOS)
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Vou considerar que você é um usuário novato/curioso que nada ou pouco conhece sobre o sistema Linux com um computador modesto produzido pela Apple; um usuário mais exigente recém saído do Windows.
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Levando isso em consideração, lhe dou algumas opções:
- Ubuntu Gnome
- Ubuntu Mate
- Kubuntu
- Deepin
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Todos são ótimos, leves e estáveis que possuem interfaces simples que remetem á interface do macOS em algum aspecto, principalmente o Ubuntu MATE quando você configura no menu Mate Tweak para a interface "Cupertino".
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"Porquê?". Por conta de serem os sistemas operacionais baseados em
GNU/Linux com maior popularidade, mais desenvolvedores ajudam a manter o código estável, confiável, seguro, com menos bugs e maior suporte à hardwares.
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Não existe a "melhor" distribuição linux. O que existe é a distribuição que melhor te atende e eu tentei trazer as que imagino eu se enquadram aos usuários recém chegados do macOS que vão ter menos problemas.
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15) Segurança
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A galera do Windows sabe da má fama que o sistema da Microsoft possui no aspecto infecções por virus e outras pragas virtuais; nesse aspecto o Linux é muito mais seguro.
O Linux possui um usuário especial chamado Root (sim, o root, o mesmo usuário do Android que tem controle sobre tudo!)
Esse usuário não fica habilitado o tempo todo e impede que programas mal intencionados rodem no sistema sem a devida permissão.
Falando em permissões, os arquivos e pastas do sistema possuem definições bem especificas de permissão de acesso, limitando o uso pelos proprios programas. Exemplo, os programas relacionados a servidores como um banco de dados de um site, por padrão são montados sob o usuário www-data. Esse usuário difere do padrão e do root, tendo permissões únicas impedindo que uma infecção ataque esses arquivos.
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Tal qual a segurança no macOS e no Windows, um virus só entra no Linux caso o usuário seja extremamente descuidado e queira instalar programas de fontes não confiáveis (e mesmo levando isso em conta é dificil uma ameaça entrar no sistema Linux por uma série de fatores).
Se o usuário for muito descuidado, ele pode sim pegar um virus no Linux mas dificilmente vai causar algum mal ao sistema. Inclusive historicamente e proporcionalmente falando, pessoas infectadas com vírus em linux é uma situação tão rara, que mesmo um usuário descuidado tem "dificuldades em pegar um virus mesmo que propositalmente".
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Em suma, virus no Linux é igual filhote de pombo, a gente sabe que existe mas ninguem nunca viu. Acompanho foruns linux todos os dias e particularmente não vi ninguem infectado a menos que a pessoa deliberadamente foi por exemplo no 4Shared, baixou e executou um código em .jar (Java) malicioso que era compatível com Linux. Inclusive isso tambem é um ponto positivo pro linux: É mais dificil achar um virus compativel com o sistema.
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A galera do macOS ficará um pouco "a pé" com a segurança.
mac's possuem a tradição de serem sistemas seguros (mais seguros que o Windows, por exemplo) por terem base de segurança do FreeBSD, tradicionalmente super seguros. Mas a discrepância da segurança não vai longe. O Linux permite criptografar pastas de usuário tal qual o macOS. Um dos poucos pontos de insegurança, pode ficar na instalação de um .deb sem assinatura digital em um Ubuntu. Mas como todos os pacotes atuais existem nos repositórios, nas lojas virtuais do sistema e no site oficial dos programas, não existe bem um risco real de algum usuário instalar um .deb que cause problemas.
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Para mais informações sobre segurança nos sistemas baseados em UNIX como o Linux, o BSD e o macOS, pode ver nosso post dedicado:
https://www.facebook.com/UNIXUniverse/photos/a.1306307219446221.1073741828.1306278709449072/1306419266101683/?type=3
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16) Softwares, Apps e Alternativas, Post do @BCoisa
Segue o link completo e atualizado clique aqui
17) Considerações Finais
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O sistema Linux poderá te beneficiar em muitos aspectos trazendo leveza, beleza, segurança e acima de tudo, otimização para tarefas do dia a dia.
Se você tiver mente aberta e quiser aprender a usar um novo sistema, o Linux será um prato cheio nesse aspecto.
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Mas seja sensato, a migração para o Linux deve ser gradual para não causar grande impacto inicial (e por acaso causar estranheza) assim como para que o usuário tenha certeza de que o sistema o atende em todos os requisitos.
Não adianta querer "fugir" do Windows se você é gamer de GTA V, ou querer "fugir" da Apple se você precisa especificamente do AutoCAD ou do Photoshop, por exemplo. Nesse caso é melhor utilizar o Linux em dual-boot ou mesmo aguardar até que o suporte a esses programas surja algum dia no futuro.
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Mas você, usuário simples que raramente precisa de redigir um documento de texto, que ouve musicas, acessa a internet para espiar o Facebook e assistir Netflix, nada muito entusiasta ou gamer, então o Linux é ideal para você!
[Linux]
# Seja Bem-Vindo ao Linux! #
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> Postagem voltada aos usuários novatos e curiosos que não sabem nada (ou quase nada) sobre o sistema Linux <
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Depois de ver algumas postagens de curiosos e novatos no mundo Linux, tive a ideia de criar este post para reunir as principais dúvidas que permeiam os novatos, além de listar quais facilidades e dificuldades os usuários de Linux recém-chegados do Windows e/ou do macOS poderão encontrar.
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Sumário:
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1) Introdução
2) O Sistema
3) Liberdade
4) Por que o Linux é gratuito?
5) Sou obrigado a contribuir?
6) Por que o Linux não é popular se ele é tão bom?
7) Distribuições
8) Instalação
9) Drivers
10) Acabei de chegar do Windows. O que posso esperar do Linux?
11) Acabei de chegar do macOS. O que posso esperar do Linux?
12) Games
13) Qual sistema é ideal para mim? (Usuários Windows)
14) Qual sistema é ideal para mim? (Usuários macOS)
15) Segurança
16) Softwares e alternativas - Post do @BCoisa --- Link aqui
17) Considerações Finais
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1) # Introdução #
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O que lhe vem a mente quando você escuta o nome "Linux"?
Você tem lembranças ruins sobre algum ponto de seu passado em que você teve que trabalhar ou estudar com alguma versão problemática, lhe fazendo criar preconceito sobre o sistema?
Sentiu falta de programas e/ou ferramentas que você utilizava no Windows ou no macOS que lhe fizeram causar estranheza ao usar Linux pela primeira vez?
Ou você possui uma mente "virgem" e apenas tem curiosidade de saber do que se trata esse nome tão popular da comunidade entusiasta de informática geek ou mesmo do famigerado sistema utilizado em servidores mundo afora?
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Não importa o que você pensou. Aqui, tentarei trazer todos os usuários a um lugar comum, um refúgio de paz onde o que vale acima de tudo é o conhecimento e você, novato e/ou curioso, decidirá qual caminho seguir dentro do mundo Linux.
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Se você utilizou Mandrake ou Kurumin e tem muito o que reclamar deles, esse não é mais o momento. São sistemas relativamente obsoletos e dentro do mundo Linux temos versões mais completas e mais simples de usar.
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2) # O Sistema #
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O nome Linux é dado ao coração do sistema; a parte que faz seu Firefox com o Youtube aberto conversar com os drivers de vídeo e de som para que você possa assistir algo. É a parte que faz a complexa ligação entre hardware e software principalmente por gerenciar drivers, fazendo o trabalho pesado de fazer aquele monte de fios, cabos, chips e placas no seu computador terem "vida" e conseguir executar um sistema com programas.
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Em suma, os linux de desktop são categorizados como "GNU/Linux";
Basicamente GNU é o sistema operacional (tal qual Windows ou macOS) e o Linux é somente o nucleo, o coração desse sistema.
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Após anos de luta atrás de um nucleo que fizesse o GNU funcionar, o Linux caiu como uma luva salvando o dia e se tornando o heroi; por isso ele recebe maior destaque nos fóruns e na mídia. Hoje o sistema chamado apenas de "Linux" pode ser o sistema mobile Android (cujo sistema operacional roda sob linguagem C, C++ e Java) ou mesmo a versão desktop, tambem baseado em linguagem C. Mas para diferenciar um do outro, a versão desktop sempre será GNU/Linux. O que esses sistemas tem em comum (Android e Ubuntu, por exemplo) é o fato de compartilharem do mesmo kernel Linux.
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Por uma questão de simplicidade, vou utilizar o termo linux no restante do texto para me referir aos linux de desktop cujo termo mais apropriado é GNU/Linux. Mas você, caro leitor novato do mundo linux, é livre pra chama-lo de GNU/Linux ou Linux, o que achar melhor. O pessoal do projeto GNU não obriga ninguém a chamar o sistema linux desktop de GNU/Linux. É apenas uma formalidade técnica utilizada por usuários avançados, programadores e entusiastas.
.
Caso queira saber mais sobre o kernel Linux, pode conferir no nosso post dedicado!
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3) # Liberdade #
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O Linux em si possui uma licença de código aberto (Copyleft), mantida pela FreeSoftware Foundation. O que isso tudo quer dizer?
Quer dizer que ele é gratuito e livre. Como assim?
Ele é de graça e seu código fonte pode ser explorado por quem quiser, sejam programadores, entusiastas, curiosos ou mesmo pessoas que ajudam a comunidade a procurar problemas e falhas.
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Enquanto sistemas como o macOS ou o Windows são pagos e licenciados (seu uso possui Termos de Uso e diretrizes rígidas), o linux e a maioria de seus programas são livres e gratuitos, tendo o usuário liberdade para fazer o que quiser:
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> A liberdade de executar o programa como desejar, em qual hardware ele desejar, para qualquer propósito, não importando se será de uso civil, militar ou cientifico.
> A liberdade de estudar como funciona o programa e adaptá-lo às suas necessidades. O acesso ao código-fonte é uma condição prévia para isso.
> A liberdade de redistribuir cópias para que você possa ajudar seus amigos.
> A liberdade de melhorar o programa e divulgar suas melhorias para o público, para que toda a comunidade se beneficie. O acesso ao código-fonte é uma condição prévia para isso.
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Um exemplo prático e simples de restrição, é com relação ao Windows 8.1 Pro que a Microsoft não permite que seja utilizado como Servidor.
Para isso você DEVE adquirir a licença do Windows Server e utilizar somente o Windows Server para este fim. No caso do Linux, qualquer versão e qualquer distribuição linux pode ser usada com a finalidade que quiser, seja ele em um computador servidor, em um terminal de acesso remoto, em um computador pessoal, em um sistema embarcado, portátil, etc, etc.
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4) # Por que o Linux é gratuito?
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Uma questão de escolha e de princípios. Como citado anteriormente, o Linux de desktop se chama "GNU/Linux". O cabeça do projeto GNU, Richard Stallman, defende a liberdade de compartilhamento de código de programas em benefício de todos. Você pega o programa, usa onde quiser, explora seu código, edita ele como quiser, republica ele para a comunidade e todos se beneficiam das melhorias que você fez. Da mesma maneira o kernel Linux encabeçado pelo Linus Torvalds, cujos programadores, muitos deles não ganham dinheiro pra isso, colaboram com seu conhecimento adicionando recursos ao kernel permitindo que ele suporte novas tecnologias e hardwares; no final, estes mesmos programadores saem no "lucro" de terem um sistema melhorado com melhor suporte e toda a comunidade se beneficia disso.
Basicamente todos ali se ajudam e todos saem ganhando. E o resultado disso tudo, nós, os usuários comuns, podemos nos aproveitar de todo esse trabalho comunitário.
Apenas pra esclarecer: o GNU pode ser cobrado, mas não é regra; já o kernel é sempre gratuito.
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Como qualquer projeto sem fins lucrativos, o sistema Linux precisa de doações para se manter. Por sorte temos diversas empresas que doam dinheiro para o projeto contribuindo para mante-lo; e essas empresas se beneficiam das melhorias que o projeto receber.
O dinheiro poderia ser um problema se algumas empresas doassem, mas, temos centenas de empresas que apoiam o projeto linux, inclusive a mais recente a entrar pra Linux Foundation foi a propria Microsoft dona do Windows..
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A Microsoft utiliza Linux em seus servidores Azure Cloud; o que ela beneficiar o projeto poderá utilizar para si em seus servidores. Curiosamente esses benefícios são revertidos publicamente para todos.
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5) # Sou obrigado a contribuir? #
.
Somente se quiser.
O Linux é gratuito sim, mas caso você assim o desejar, pode fazer doações financeiras para as instituições que cuidam do projeto Linux e do seu sistema. A FreeSoftware Foundation por exemplo é a uma organização sem fins lucrativos que necessita de doações voluntárias para se manter, tal qual diversos outros projetos dentro do mundo linux.
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6) # Por que o Linux não é popular se ele é tão bom? #
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Porque primeiramente, o projeto é gratuito e livre. Sem fins lucrativos, não há propaganda dele em massa na mídia. Ele não vem por padrão (por enquanto) em diversas marcas e modelos de computadores. E seu desenvolvimento, pelo menos nos primeiros anos, foi focado em servidores e não usuários finais.
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O Linux adentrar os desktops comuns é algo relativamente recente.
O maior problema está no fato de que até meados de 2007 o Linux não era amigável, os sistemas baseados em linux disponíveis tinham poucos recursos se comparado ao Windows ou macOS e muita configurações feitas nele deveriam ser feitas via linhas de comando no terminal.
Quem vai querer utilizar um sistema que exige saber usar linhas de comandos se existia o Windows logo ali muito mais amigável e focado no usuário comum? Por muito tempo isso o deixou restrito ao seu foco original, os servidores.
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7) # Distribuições #
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No mundo Linux, uma "distribuição" é a combinação das ferramentas GNU com o kernel Linux, com a adição de várias outras ferramentas e softwares, compondo o que pode de fato ser chamado de um "Sistema Operacional Desktop".
Por algum motivo, a comunidade num geral optou por chamar de "Distribuições" ao invés de simplesmente "Sistemas Operacionais", que são o que realmente são. Por exemplo, o Windows usa ZLIB e várias outras bibliotecas e componentes presentes em Linux e ninguém chama ele de Distribuição.
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Mesma coisa a distribuição Fedora, a OpenSUSE, o Majeia, ArchLinux, Debian, etc etc. Todos são classificados como GNU/Linux mas com variações, sistemas com layouts diferentes, temas diferentes, programas diferentes além de formatos de instalação de programas, todos diferentes.
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O que todos tem em comum é o fato de seguirem as normas XDG (X Desktop Guidelines) quem manda na hierarquia de pastas do sistema e o fato de todos usarem o kernel Linux. Mas cada um como é, é apenas um Sistema Operacional. Não distribuição.
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Uma vantagem (ou desvantagem?) do mundo Linux é a liberdade de escolher qual sistema mais combina com você e poder customiza-la o quanto quiser, trocando até a interface de usuário e colocando um menu iniciar com disposição e botões novos, por exemplo.
Por um lado isso é uma coisa boa, você decide como quer trabalhar com o sistema. Por outro lado, isso divide a comunidade linux gerando sistemas que não são compatíveis entre si (Um programa do Fedora não abre no Debian) gerando restrições que não deveriam existir. Claro, temos ainda membros na comunidade que buscam trazer soluções para compatibilizar programas e funções entre as variadas distribuições linux; infelizmente esse suporte ainda está longe do ideal e pode trazer alguma dor de cabeça dependendo da distro que você escolher para seu uso pessoal
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8) # Instalação #
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Tanto a instalação do sistema quanto a instalação de programas no linux são absurdamente simples.
Os instaladores do Windows tem formato .exe ou .msi.
Os do Linux, dependendo da distribuição, é no formato .deb, .rpm, Flatpack, Snap e/ou Appimage. Mas todos dependem e possuem instaladores nativos nos sistemas, que facilitam e agilizam o processo.
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Inclusive, o pessoal do macOS ficará familiarizado com isso, já que o macOS tem a tradição de ter instaladores simples para programas; os instaladores do Linux são igualmente simples.
Os formatos .deb e .rpm, a meu ver os mais populares, possui um gerenciamento de instalação muito simples.
Normalmente clicar 2x no arquivo em .deb e clicar em Instalar na janela que aparece, basta. O caminho e os arquivos de configuração da instalação será definido automaticamente.
Os vindouros Flatpack e Snap, ainda em fase de implementação massiva na comunidade, virão com sistemas de instalação ainda mais simples com a vantagem de ser multisistema; enquanto o .deb só roda em Debian, Ubuntu e similares e o .rpm é padrão do Fedora, os pacotes Flatpack e Snap serão universais pra rodar qualquer programa em qualquer linux.
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9) # Drivers #
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O Linux não tem nenhum segredo na instalação de drivers, na verdade, não precisa. Opostamente ao que ocorre no Windows (que você precisa ir no site da fabricante do computador baixar os drivers corretos) e da mesma forma como ocorre no macOS, o kernel Linux carrega consigo todos os drivers dos principais fabricantes de computadores que existem na atualidade incluindo máquinas mais antigas (com DualCore, por exemplo).
A ideia é que o usuário sequer perca tempo instalando drivers; uma vez que o sistema foi instalado, estará tudo pronto para uso de imediato logo após o boot!
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Infelizmente pode ocorrer incompatibilidade com drivers de vídeo e Wifi, nesse caso a troca da versão do sistema ou mesmo do kernel (de maneira simples usando um programa pra isso) resolve o problema.
AInda temos os kerneis dos sistemas como o GNU/Linux Trisquel, que focam em ser abertos (e tão somente abertos) que não trazem consigo nem suportam drivers proprietários (nada de nvidia, AMD ou Intel). Por conta disso, você pode ser livre na ideologia mas acabar preso num computador sem tirar proveito de toda sua capacidade de processamento por conta disso; drivers abertos tendem a não ter o mesmo desempenho dos proprietários.
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10) # Acabei de chegar do Windows. O que posso esperar do Linux? #
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A mudança será relativamente grande, a começar pela interface que será bem diferente. Mas nada que um pouco de esforço não te ajude a se adaptar. Primeiramente você precisa ter mente aberta a novas experiências e ter consciência de que precisará se adaptar a programas novos caso utilize algum que só exista no Windows.
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Por exemplo:
Não temos o Internet Explorer (Ainda bem). Mas temos Firefox, Opera e o Google Chrome como opções de browsers..
Não temos Adobe Photoshop mas temos o GIMP.
Não temos o 3DS Max mas temos o Blender.
Não temos o Microsoft Office mas temos o WPS Office e o LibreOffice.
Não temos o Adobe Illustrator mas temos o Inkscape.
Não temos Windows Media Player mas temos o VLC.
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Tudo vai depender de sua adaptação ao sistema e o quanto estará disposto a mudar para isso.
Tem quem não pode abrir mão do Photoshop ou precisa rodar determinado game. Para isso temos como alternativa o PlayOnLinux, um programa que permite rodar programas originalmente lançados para Windows em formato .exe, no linux, como se fosse um programa nativo.
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Ainda temos muita coisa que executa nativamente como Google Earth, Spotify, Netflix, TeamViewer, VirtualBox, Steam, etc.
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11) # Acabei de chegar do macOS. O que posso esperar do Linux? #
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A mudança inicial não será tão gritante se o foco for layout.
Dá pra deixar o Linux com a cara do macOS, inclusive com uma dock embaixo. Com o Clementine ou o Amarok como alternativa ao iTunes e você terá suporte ao iPhone!
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Você poderá sentir falta inclusive de programas que até então o macOS tinha em comum com o Windows, como o iWork e o AutoCAD.
Nesse caso é melhor colocar na balança o que você realmente utiliza para que a mudança não te cause mais prejuízos do que melhorias.
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12) # Games #
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Não vou fazer rodeios aqui: Temos sim bons games rodando no Linux mas não é uma regra para todos.
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A Valve, dona da Steam, lançou recentemente as SteamMachines rodando sistema GNU/Linux Debian modificado chamado SteamOS e se propôs a lançar games para o Linux. Desde então temos grandes titulos vindo para o Linux. Dentre eles destaco todos da Source Engine (Portal, Half Life 2, Team Fortress, CounterStrike GO, etc.)
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A loja da Steam pode ser facilmente instalada no linux e os games disponíveis nativamente podem ser facilmente acessados numa categoria própria.
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Caso um game não exista para Linux, temos a alternativa dele rodar no PlayOnLinux, que é uma interface para o Wine que permite rodar programas do Windows (.exe) diretamente no Linux de maneira simples e fácil.
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Wine não tem nada de "máquina virtual", ele só adiciona o que falta pro
kernel Linux conseguir entender binários EXE, só uma camadinha de compatibilidade suficiente para que execute no Linux.
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A compatibilidade ainda está longe de ser perfeita mas games de peso como The Witcher 3 e Tomb Raider 2013 rodam bem.
Outros títulos como GTA V infelizmente não executam ainda. Caso você seja um games assíduo, é melhor continuar usando Windows para games. Nesse caso recomendo usar Linux em dual boot, assim você terá o Windows para games e o restante poderá ser feito no Linux.
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Para rodar games nativos do Windows no Linux, pode consultar nosso post dedicado sobre o assunto:
https://www.facebook.com/UNIXUniverse/photos/a.1306307219446221.1073741828.1306278709449072/1306419266101683/?type=3
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13) Qual sistema é ideal para mim? (Usuários Windows)
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Vou considerar que você é um usuário novato/curioso que nada ou pouco conhece sobre o sistema Linux com um computador mediano; um típico usuário comum recém saído do Windows.
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Levando isso em consideração, lhe dou algumas opções:
- Linux Mint Cinnamon
- Ubuntu Mate
- Xubuntu
- Lubuntu
- Deepin
Todos são ótimos, leves e estáveis que possuem interfaces simples que remetem á interface do Windows 7.
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"Porquê?". Por conta de serem os sistemas operacionais baseados em
GNU/Linux com maior popularidade, mais desenvolvedores ajudam a manter o código estável, confiável, seguro, com menos bugs e maior suporte à hardwares.
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Não existe a "melhor" distribuição linux. O que existe é a distribuição que melhor te atende e eu tentei trazer as que imagino eu se enquadram aos usuários recém chegados do Windows que vão ter menos problemas.
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14) Qual sistema é ideal para mim? (Usuários macOS)
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Vou considerar que você é um usuário novato/curioso que nada ou pouco conhece sobre o sistema Linux com um computador modesto produzido pela Apple; um usuário mais exigente recém saído do Windows.
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Levando isso em consideração, lhe dou algumas opções:
- Ubuntu Gnome
- Ubuntu Mate
- Kubuntu
- Deepin
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Todos são ótimos, leves e estáveis que possuem interfaces simples que remetem á interface do macOS em algum aspecto, principalmente o Ubuntu MATE quando você configura no menu Mate Tweak para a interface "Cupertino".
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"Porquê?". Por conta de serem os sistemas operacionais baseados em
GNU/Linux com maior popularidade, mais desenvolvedores ajudam a manter o código estável, confiável, seguro, com menos bugs e maior suporte à hardwares.
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Não existe a "melhor" distribuição linux. O que existe é a distribuição que melhor te atende e eu tentei trazer as que imagino eu se enquadram aos usuários recém chegados do macOS que vão ter menos problemas.
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15) Segurança
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A galera do Windows sabe da má fama que o sistema da Microsoft possui no aspecto infecções por virus e outras pragas virtuais; nesse aspecto o Linux é muito mais seguro.
O Linux possui um usuário especial chamado Root (sim, o root, o mesmo usuário do Android que tem controle sobre tudo!)
Esse usuário não fica habilitado o tempo todo e impede que programas mal intencionados rodem no sistema sem a devida permissão.
Falando em permissões, os arquivos e pastas do sistema possuem definições bem especificas de permissão de acesso, limitando o uso pelos proprios programas. Exemplo, os programas relacionados a servidores como um banco de dados de um site, por padrão são montados sob o usuário www-data. Esse usuário difere do padrão e do root, tendo permissões únicas impedindo que uma infecção ataque esses arquivos.
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Tal qual a segurança no macOS e no Windows, um virus só entra no Linux caso o usuário seja extremamente descuidado e queira instalar programas de fontes não confiáveis (e mesmo levando isso em conta é dificil uma ameaça entrar no sistema Linux por uma série de fatores).
Se o usuário for muito descuidado, ele pode sim pegar um virus no Linux mas dificilmente vai causar algum mal ao sistema. Inclusive historicamente e proporcionalmente falando, pessoas infectadas com vírus em linux é uma situação tão rara, que mesmo um usuário descuidado tem "dificuldades em pegar um virus mesmo que propositalmente".
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Em suma, virus no Linux é igual filhote de pombo, a gente sabe que existe mas ninguem nunca viu. Acompanho foruns linux todos os dias e particularmente não vi ninguem infectado a menos que a pessoa deliberadamente foi por exemplo no 4Shared, baixou e executou um código em .jar (Java) malicioso que era compatível com Linux. Inclusive isso tambem é um ponto positivo pro linux: É mais dificil achar um virus compativel com o sistema.
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A galera do macOS ficará um pouco "a pé" com a segurança.
mac's possuem a tradição de serem sistemas seguros (mais seguros que o Windows, por exemplo) por terem base de segurança do FreeBSD, tradicionalmente super seguros. Mas a discrepância da segurança não vai longe. O Linux permite criptografar pastas de usuário tal qual o macOS. Um dos poucos pontos de insegurança, pode ficar na instalação de um .deb sem assinatura digital em um Ubuntu. Mas como todos os pacotes atuais existem nos repositórios, nas lojas virtuais do sistema e no site oficial dos programas, não existe bem um risco real de algum usuário instalar um .deb que cause problemas.
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Para mais informações sobre segurança nos sistemas baseados em UNIX como o Linux, o BSD e o macOS, pode ver nosso post dedicado:
https://www.facebook.com/UNIXUniverse/photos/a.1306307219446221.1073741828.1306278709449072/1306419266101683/?type=3
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16) Softwares, Apps e Alternativas, Post do @BCoisa
Segue o link completo e atualizado clique aqui
17) Considerações Finais
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O sistema Linux poderá te beneficiar em muitos aspectos trazendo leveza, beleza, segurança e acima de tudo, otimização para tarefas do dia a dia.
Se você tiver mente aberta e quiser aprender a usar um novo sistema, o Linux será um prato cheio nesse aspecto.
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Mas seja sensato, a migração para o Linux deve ser gradual para não causar grande impacto inicial (e por acaso causar estranheza) assim como para que o usuário tenha certeza de que o sistema o atende em todos os requisitos.
Não adianta querer "fugir" do Windows se você é gamer de GTA V, ou querer "fugir" da Apple se você precisa especificamente do AutoCAD ou do Photoshop, por exemplo. Nesse caso é melhor utilizar o Linux em dual-boot ou mesmo aguardar até que o suporte a esses programas surja algum dia no futuro.
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Mas você, usuário simples que raramente precisa de redigir um documento de texto, que ouve musicas, acessa a internet para espiar o Facebook e assistir Netflix, nada muito entusiasta ou gamer, então o Linux é ideal para você!
[Linux]
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