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O Grande Jogo Global (EUA x China x Rússia)

Vim do Futuro

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Quem irá vencer o novo Grande Jogo mundial?
Diferentemente da polarização vivida na Guerra Fria, agora vivemos uma colisão de grandes poderes que estão tentando conter as esferas de influência uns dos outros

HAMBURGO, ALEMANHA - Afirmar que estamos vivendo uma nova Guerra Fria é um eufemismo e um erro categórico. O confronto entre o Oriente comunista e o Ocidente capitalista no século XX foi, ideologias à parte, a história de duas superpotências tentando se refrear. O conflito global de hoje é muito menos estático.

O que estamos testemunhando agora é um novo Grande Jogo, uma colisão de grandes poderes que estão tentando conter as esferas de influência uns dos outros. Ao contrário do Grande Jogo do século XIX, entre os britânicos e o Império Russo, que culminou na luta pelo domínio sobre o Afeganistão, o Grande Jogo de hoje é global, mais complexo e muito mais perigoso.

Você pode chamá-lo de Jogo dos Três. Envolve três atores principais, Rússia, China e Ocidente, que estão competindo de três maneiras: geográfica, intelectual e economicamente. E há três lugares onde as diferentes reivindicações de poder se chocam: Síria, Ucrânia e Pacífico. Muitos dos conflitos decisivos do nosso tempo podem ser definidos por uma combinação desses três conjuntos.

Em diferentes graus, governos e cidadãos do Cairo a Copenhague se mostram cada vez mais céticos sobre a democracia liberal e o internacionalismo do pós-guerra terem sido, ou virem a ser, a escolha certa para eles. Para todos os que duvidam, a China e a Rússia estão à disposição, como modelos alternativos e poderes protetores, oferecendo novos arranjos para alinhamentos bilaterais e multilaterais. Você não quer seguir o direito internacional, a integração europeia ou os esquemas anticorrupção? Venha conosco!

O que se provará mais atraente para o governo egípcio, por exemplo, no caso provável de uma nova revolta em massa no país: um alinhamento com a Europa, que está irritantemente rigorosa no respeito aos direitos humanos, ou um alinhamento com a Rússia, que já mostrou que vai fazer vista grossa diante da opressão no plano doméstico – mesmo se um aliado usar armas químicas contra seu próprio povo?

Enquanto a Rússia oferece ferocidade militar, a China oferece uma variante mercantil. Ao contrário do Ocidente, a China não permite que os direitos humanos e o Estado de Direito atrapalhem os investimentos. No final de 2017, Pequim aumentou seu investimento na Ucrânia, anunciando-o como um importante passo em sua nova Rota da Seda para a Europa. O governo de Kiev já declarou, alegremente, que 2019 será “o ano da China” na Ucrânia.

Consideremos os Balcãs. Como primeiro-ministro de um Estado balcânico, você pode esperar indefinidamente que a União Europeia permita que você entre no clube, depois de aceitar rígidos padrões de conformidade e implementar 80 mil páginas de leis exigidas. Ou pode recorrer a investidores chineses, que não vão pedir nada disso. Em 2016, o presidente da China, Xi Jinping, passou três dias em uma visita de Estado à Sérvia. No ano anterior, a chanceler da Alemanha, Angela Merkel, parou lá por apenas algumas horas.

Desde então, empresas chinesas controladas pelo Estado compraram a maior siderúrgica da Sérvia, o aeroporto internacional de Tirana, na Albânia, uma importante usina de carvão na Romênia e alugaram parte do porto de Pireu, na Grécia, só para citar algumas de suas aquisições estratégicas na Europa.

Embora a China não pareça impulsionada por agressivos sentimentos antiocidentais, como a Rússia, Pequim e Moscou compartilham um mesmo objetivo estratégico: reduzir a influência ocidental em todo o mundo. A China distribui dinheiro para fortalecer novas alianças, enquanto a Rússia distribui veneno político para enfraquecer as antigas. É um par perfeito.

Assim como no Grande Jogo do século XIX, o Kremlin tem a vantagem de não precisar se preocupar com as críticas públicas no plano interno, enquanto impõe uma agenda não liberal no exterior. Pelo contrário: se a aplicação de força militar no exterior tende a desestabilizar os governos ocidentais, parece apenas reforçar o regime do presidente da Rússia, Vladimir Putin.

A população russa, aliás, glorifica as atrocidades de seus ex-líderes e também as do atual. De acordo com uma pesquisa de 2017 do Levada Center, 38% dos russos consideram o assassino em massa Joseph Stalin a “pessoa mais marcante” da história mundial, seguido por Putin, com 34%.

É aí que entra a dimensão intelectual do Grande Jogo: a autocrítica social, algo estranho a boa parte da sociedade russa, é uma característica definidora de muitos países ocidentais. Tensões publicamente expressas e debatidas entre o Estado e o povo, e entre os vários segmentos do público, são o que fazem uma sociedade liberal funcionar.

Mas a força desse ceticismo pode se revelar uma fraqueza se explorada por um poder que busque a destruição do próprio conceito de verdade. Como força intelectual, a Rússia é para a Europa o que Mefisto foi para Fausto: “Eu sou o Espírito que nega!” Parafraseando Johann Wolfgang von Goethe, que escreveu a versão mais famosa de sua história: tudo que o Ocidente construiu corre justamente para a destruição.

É por isso que a desinformação russa e sua grotesca distorção dos fatos são tão eficazes. Putin sabe que os europeus estão profundamente desconfiados de seus governos em questões de guerra e paz, especialmente depois que vários deles se basearam em informações de inteligência distorcidas para justificar a guerra no Iraque. O veneno usado no ex-agente russo Sergei Skripal e em sua filha, na Inglaterra, e as armas químicas que caíram impunemente sobre crianças na Síria mataram não apenas pessoas, mas também a confiança nos representantes eleitos em Londres, Paris e Berlim.

Não há dúvida de que a comunidade internacional às vezes violou seus próprios padrões, conduzindo ações legalmente questionáveis ou flagrantemente ilegais no Kosovo, no Iraque e na Síria. Rússia e China estão fazendo o oposto: usam seu poder de membros permanentes do Conselho de Segurança das Nações Unidas para barrar a justiça e minar o Ocidente.

Quem vai ganhar a longo prazo? É muito cedo para saber se o Ocidente está disposto a enfrentar o desafio coletivamente. A boa notícia, porém, é que a Rússia e a China ainda podem perder no novo Grande Jogo. Jogar é caro, e o poder que tenta agarrar uma visão mais ampla da ordem global tende a fraquejar, pois recursos e vidas gastas no exterior não conseguem trazer paz e progresso em casa.

O poeta alemão Theodor Fontane descreveu a catástrofe que acabou com a tentativa do exército britânico de assegurar sua hegemonia contra a Rússia no Indocuche, em 1842: “A jornada começou com 13 mil – um voltou do Afeganistão”. De uma forma ou de outra, Rússia e China podem colher resultados semelhantes em breve./ Jochen Bittner é editor de política na revista semanal Die Zeit.


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Achei a matéria interessante. E ainda coloco a Índia como um futuro player.
 

Zefiris

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A lua de mel da Ucrânia com a China está passando por percalços.

A empresa ucraniana Motor Sich, que já passava por problemas por causa que 85% de seu mercado era o russo, agora está envolta em um escandâlo por venda de ações. O governo acusa o dono, Vyacheslav Boguslayev, de vender a maioria das ações a uma empresa chinesa, o que seria uma aquisição hostil. Basicamente o governo teme perder o controle dessa empresa estratégica, que teria consequências nas forças armadas do país.
 

Vim do Futuro

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A lua de mel da Ucrânia com a China está passando por percalços.

A empresa ucraniana Motor Sich, que já passava por problemas por causa que 85% de seu mercado era o russo, agora está envolta em um escandâlo por venda de ações. O governo acusa o dono, Vyacheslav Boguslayev, de vender a maioria das ações a uma empresa chinesa, o que seria uma aquisição hostil. Basicamente o governo teme perder o controle dessa empresa estratégica, que teria consequências nas forças armadas do país.
Mas todos os países que se abrem pra China devem ter muito cuidado. Não existe alm... Ajuda grátis.
Cedo ou tarde vão sentir um bafo no cangote.
 

Zefiris

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Este vídeo revela um bocado do avanço chinês entre as ex-repúblicas soviéticas:


A situação entre a Rússia e China me parece aquele "dormindo com o inimigo".


Rússia e China são aliados com ressalvas. 2/3 do exército russo está virado contra a OTAN. 1/3, incluindo mísseis Iskander, estão posicionados próximos da fronteira chinesa.
 

Citizen Kane

Bam-bam-bam
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O problema do governo russo foi confiar nos chineses. Nunca se deve confiar em comunistas, a Rússia deveria saber muito bem disso, logo ela.
Vc acha que Putin é ingênuo? Ele sabe que basta a China sofre de uma "síndrome de narcisista" e que sua economia está sim numa bolha. Logo, logo, ela vai perder nas relações de comercio exterior com os EUA, e diminuição em seu crescimento econômico. Com isso vai acabar no colo da Russia.
 


GadoMuuuuu

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Rússia... menos industrializada e muito menos diversificada que o Brasil e economia parcamente equivalente a nossa devido o setor de serviços deles ser um pouquinho maior que o nosso (e caindo como um meteorito que entrou na atmosfera).

Merdinha literalmente tentando viver de glórias passadas em vez de assumir que o tempo dela já passou e se comportar como um país normal (o que curiosamente poderia melhorar ela e alçar novamente para um patamar de relevância sério).

Não creio que exista mais jogo algum como no final do século 19. A globalização de produtos e serviços acabou com isso. Capital não tem nacionalidade. O ultimo grande bastião do nacionalismo fedendo à mofo do mundo é a Rússia.

Mas todos os países que se abrem pra China devem ter muito cuidado. Não existe alm... Ajuda grátis.
Sim, não existe. O que existe são centenas de bilionários e milionários Chineses loucos para lavar o dinheiro deles e tirar para fora da China com qualquer desculpa pois não confiam nem um pouco no sistema financeiro dali e muito menos no governo dali.

Advinha quem é o povo que está por trás dessa explosão de criptomoedas dos últimos 4 anos?

Recomendo:
 

abcdario

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A Rússia é uma superpotência decadente, a única ameaça de fato é a China.
 

Zefiris

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Eles ainda possuem a 2° força militar mais poderosa do planeta.

Bem, a finada URSS era uma superpotência pelo poder das armas, o que se evidenciava pelos gastos que chegavam a consumir até 30% do Produto Nacional Bruto, colaborando para seu colapso.

Se o Putin não tomar cuidado, poderá trilhar o mesmo caminho. Em anos anteriores cortou nos gastos da educação e infraestrutura para compensar, mas em 2017 teve que cortar no lado dos militares, onde houve um corte de 20%, para 66,3 bilhões de dólares. Por seguinte, ficou em quarto lugar entre os países que mais gastaram com despesas militares. Atrás dos EUA, China e... Arábia Saudita.

E esse ano poderá vir a cortar mais para redirecionar para saúde e programas sociais, pois não é sensato deixar o povo muito descontente.

EUA gastou 610 bilhões de dólares em 2017, sendo que a OTAN como um todo chega a 900 bilhões. E a China gastou 228 bilhões.

De todo modo, Putin continua suas investidas no Leste da Ucrânia. Onde morre em média 1 soldado ucraniano a cada 3 dias.
 

abcdario

Bam-bam-bam
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Esse especialista americano afirma que o poder econômico chinês será muito maior do que o americano

é o que eu visualizo, os chineses possuem uma outra forma de exercer o seu domínio sobre os outros países, será interessante ver está disputa.
 

Insane Metal

Lenda da internet
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Não importa quem vença... nós perdemos.

Copiado de um filme podre, mas uma boa frase. Hue
 

AndersoNego

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Não importa quem vença... nós perdemos.

Copiado de um filme podre, mas uma boa frase. Hue
Não concorda que lado ocidental / EUA vencer, mais liberdade e democracia? Porém, a longo prazo, acho que será o lado perdedor. A China pode vencer essa guerra aos poucos daqui a décadas e mais décadas
 

x-eteano

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"Os EUA são tão poderosos que podem perder guerras e não serem afetados"
image.aspx


Trump discursa para os militares

| REUTERS

3.ª Conferência de Lisboa, que se realiza quinta e sexta-feira na Fundação Gulbenkian e onde, além do americano, também haverá oradores russos, chineses e indianos, entre outros, com o mote Desenvolvimento em Tempos de Incerteza. O DN conversou via Skype com Friedman, que vive em Austin, no Texas, e dá a conhecer nesta entrevista o pensamento atual do autor dos livros A Próxima Década e Os Próximos 100 Anos.

A China vai ser a próxima superpotência, ainda mais forte do que os EUA?

Não. A China é um país muito fraco. Economicamente é muito fraco porque depende de unidades industriais maiores do que o seu mercado interno pode consumir, por isso tem de exportar. Por isso depende dos clientes. Quando estamos a vender uma coisa dependemos dos clientes. A China depende totalmente dos clientes para se manter. E agora que as suas exportações baixaram, depois de 2008, está a viver uma crise financeira interna enorme. Que eles resolveram criando uma ditadura, porque o processo criado por Deng Xiaoping já não funciona. O que a China fez foi criar um modelo económico muito pouco eficiente em que tudo é gerido centralmente mas um modelo politicamente muito eficiente, que mantém o país unido. De um ponto de vista militar, para dar um exemplo de como são fracos, o mar do Sul da China é extremamente importante para eles. Durante dez anos tentaram controlá-lo, durante dez anos falharam. Continuam a não conseguir fazê-lo. A China é uma daquelas nações que ressurgem periodicamente, como o Japão nos anos 80 do século passado. São países que devido à sua performance durante 10 ou 15 anos são vistos como enormes potências económicas, certo? Mas as pessoas não veem as fraquezas. A resposta em relação à China é que é como o Japão nos anos 1980 mas muito mais fraca, porque o Japão não tinha mil milhões de habitantes. A China tem. A capacidade dos chineses para crescer depende de a Europa e os Estados Unidos quererem os seus produtos. E agora os produtos são mais baratos vindos do Vietname, da Colômbia, de várias partes do mundo. Não são o país com o preço mais baixo.

Em sua opinião, quando as pessoas estão a falar no declínio dos EUA como superpotência, é um erro?

As pessoas confundem reputação com poder. Não gostamos dos EUA e achamos que Donald Trump é estúpido, por isso o país está em declínio. Os EUA contam para um quarto da economia mundial. Têm a única força militar global. São tão poderosos que podem perder guerras e não serem afetados por isso. Os britânicos puderam perder guerras e continuar. Não há hoje nenhum país comparável aos EUA neste aspeto. Essa espécie de poder demora uma centena de anos a construir e uma centena de anos a perder. No final de contas, quando vou a um encontro na Europa ou em qualquer outra parte, todos falam inglês. Quando entro num gabinete todos se parecem com um escritório americano. Com computadores e tudo o resto. Este é o poder dos EUA. O soft power. E o soft power é a forma de pensamento americano. Nos computadores e na internet por exemplo. Permeia todos os milímetros da vida global. Quando pensamos nas coisas que fazem parte da cultura americana - não só económica e política - não há outro país presente no dia-a-dia das pessoas como os EUA estão. Entendo perfeitamente por que as pessoas olham para os EUA como tendo um sistema político desordenado e em declínio. Mas o que é interessante é que se nem todos olham para Portugal e para o seu sistema político, todos olham para o sistema político americano e discutem-no. No mundo todo. Esta é uma prova profunda de poder.

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George Friedman

Se não acha a China de Xi Jinping uma verdadeira rival dos EUA, como comenta que a Rússia, muito mais fraca que a China, mais fraca que nos tempos da URSS, leve as pessoas a falar numa nova Guerra Fria, tentando pôr a Rússia de Vladimir Putin como uma espécie de igual dos EUA? Outro erro?

Foi já um erro completo durante a Guerra Fria. A Rússia na verdade nunca foi tão forte como parecia. Sempre sobre-estimámos os russos. Agora o problema da Rússia é que é um país do terceiro mundo. Exporta petróleo. E não controla os preços. Precisa do petróleo a 80 dólares por barril para manter o seu orçamento. E isso acontecer, ou não, não depende deles. O país de que isso depende é dos EUA, que se tornaram o maior produtor mundial de petróleo. A Rússia é um país que não controla o seu futuro. Putin prometeu duas coisas. Prosperidade. E não a conseguiu dar. E prometeu que a Rússia seria uma grande potência, por isso está na Síria. Os russos não querem saber da Síria ou de Bashar al-Assad. Mas Putin teve de mostrar aos russos que podia enfrentar os EUA. A Rússia e a China têm o mesmo problema: percebem internamente como são fracas. Mas estes dois países têm de parecer ser poderosos. Pelo menos junto dos seus povos. Para tornar os líderes populares. Mas os chineses não têm a capacidade de se impor no Médio Oriente. Por isso, os chineses fazem isto vindo à Europa prometer investimento, projetos de 50 ou de 100 milhões. E parecem estar em todo o lado. E estão. E a prometer grandes quantidades de dinheiro que muitas vezes não chegam a entregar. O dinheiro que prometem é uma campanha de propaganda. E funciona. Porque os americanos não andam a viajar para todo o lado a oferecer mais, preferindo investir nos EUA. Os chineses oferecem-se para investir, dando uma impressão de poder. Mas se algo acontecer no Médio Oriente, se acontecer algo na Europa ou em qualquer parte do mundo, os chineses já não têm a capacidade militar para agir. Economicamente, o seu problema não é interno é garantir que Portugal compra bens chineses. E isso é um negócio que implica ter clientes. E os clientes estão a comprar noutro lado.

Considera toda esta conversa sobre o poder emergente do BRIC, sobre a China, a Rússia, até a Índia e o Brasil, muito distante da realidade?

Em primeiro lugar são países muito diferentes. O Brasil e a China juntos - tirando o facto de ser um nome porreiro que a Goldman Sachs lhes deu - não faz sentido. Mas quando lho deu, foi há mais de dez anos. Entretanto a história mudou. A China já não está na posição em que estava. A Rússia também não está na mesma posição. O Brasil é talvez o que está mais perto. E a Índia está a sair-se muito bem, de momento. Mas não podemos falar dos BRIC como um bloco. São países totalmente diferentes.

Deixe-me só insistir no Brasil, como grande país de língua portuguesa e em certos aspetos com muito em comum com os EUA. Acha que o Brasil pode ser mais rico, mais desenvolvido e mais influente do que é hoje?

O problema é a sua geografia. A China fica no meio da Ásia. A Rússia influencia a Europa. Os EUA são a potência naval no Atlântico e no Pacífico. O Brasil é uma espécie de ilha. Os seus vizinhos são a Argentina e o Paraguai. Não consegue chegar aos outros. Mas tem uma vantagem por causa disto: a sua economia está equilibrada com as suas necessidades domésticas. Exporta mas a sua existência não depende disso. Quando a Europa entra em recessão a China entra em crise, mas o Brasil vai-se gerindo, quebra mas não como a China. Vai, mas não como os chineses. O que vemos no Brasil é semelhante ao que se passa na Austrália. Dois países, muito diferentes cultural e politicamente, muito produtivos mas afastados do mundo. E é a sua vantagem.

Para os países europeus, em regra pequenos, a União Europeia ainda é a melhor aposta?

Se houvesse uma União Europeia. Mas não há. Há uma organização comercial que o Reino Unido, a segunda maior economia europeia, vai deixar. A Polónia, uma economia em ascensão, está a ser atacada pelos alemães. A Europa do Sul ainda está em depressão. O problema da UE é que não sei o que é. É uma zona de comércio livre. E tem uma Comissão em Bruxelas que interfere nos assuntos internos dos países. Porque lhes dá algum dinheiro. A UE entrou em crise em 2008. Se olharmos para como a Europa estava em 2007 e olharmos para como está hoje não a iríamos reconhecer. Temos de olhar para a enorme deterioração na UE. O problema básico é que a UE queria ser uma entidade singular mas preservou a independência polaca, portuguesa, etc. Queria ter ambas mas não conseguiu. Os EUA tiveram um problema semelhante no século XIX e houve uma guerra civil. Morreram 600 mil pessoas. Conhece alguém disposto a morrer pela UE? Todos os que ouvem esta pergunta riem-se. E é isto que eu tenho a dizer sobre a UE.

Nos seus livros A Próxima Década e Os Próximos 100 Anos, ambos editados em Portugal, mostra-se otimista em relação à Polónia e à Turquia. Ainda está confiante em relação ao futuro destes dois países?

Mais do que nunca. Recep Erdogan não é um homem simpático mas está a lidar com um problema fundamental na relação entre os curdos, os muçulmanos e os secularistas. Entre Istambul e o Leste. Os secularistas queriam que as coisas continuassem como tinham sido nos últimos cem anos e Erdogan percebeu que não podia ser. Com a ascensão do nacionalismo muçulmano aconteceu algo. Por isso está a criar e a forçar uma realidade para gerir a situação. E conseguiu sentar-se à mesa com os russos como um igual, com os americanos como um igual. A Turquia é agora a potência regional dominante. Ainda não quer usar o seu poder mas esse já existe. Quanto à Polónia, os polacos tornaram-se no problema fundamental da UE. Os polacos têm uma filosofia política diferente. E os seus líderes foram eleitos. O problema da UE agora é que acredita na soberania nacional a menos que o povo vote de uma forma diferente daquela que Bruxelas quer. Então deviam ser banidos. Mas olhe para a Polónia e para a sua relação com os EUA. A presença de tropas americanas na Polónia, a hostilidade entre a Polónia e a Alemanha. Quanto tempo é que a UE gasta a tentar lidar com a Polónia? Podemos ver a Polónia a erguer-se. Sobretudo porque a Alemanha está em declínio. A Alemanha exporta 50% do seu PIB. Para a quarta economia mundial essa é uma posição perigosa. Porque agora está nas mãos dos clientes. Fora da Europa a maior parte das suas exportações vai para os EUA. Se os EUA entrarem em recessão - o que é provável acontecer um dia destes, é cíclico - os alemães vão pagar o preço. Temos uma Alemanha fraca, sobretudo com um governo incoerente. Temos a Rússia a enfraquecer e a Polónia é a potência forte no meio.

Mas a Polónia, mesmo como país católico, pode ambicionar ser líder dos povos eslavos, em vez da Rússia?

Sim. A Rússia é uma potência em declínio. E a UE está a tentar perceber o que é e o que é suposto fazer, enquanto a Polónia sabe o que é e o que vai fazer.

Sobre um vizinho da Polónia e seu país de nascimento, a Hungria, todos estão a falar de ditadura e de Viktor Orbán ser um ditador. Mas foi o homem que derrotou o comunismo e é o político mais popular na Hungria, com bons resultados económicos. Qual a sua opinião sobre a Hungria atual?

Só a UE podia olhar para um homem que venceu de forma esmagadora três eleições e chamar-lhe ditador. A falta de respeito pela democracia na UE pode ser vista claramente na Hungria. Os húngaros votaram em alguém de que os alemães não gostam, por isso é um ditador. Mas garanto que se for à Hungria e se sentar num bar ou num restaurante as pessoas não estão aterrorizadas. Como é que podemos falar em ditadura quando há dez mil ou 50 mil pessoas a manifestar-se nas ruas. E a polícia as protege. Uma coisa que deslegitima a UE é este comportamento extremo e quase histérico. Podem não gostar da Hungria, ter problemas com a Hungria, negociar, mas as acusações que alguns fazem, do meu ponto de vista, faz a UE parecer histérica. São totalmente desproporcionadas. E o caso húngaro é um exemplo perfeito. A força de Orbán vem das eleições. Ele foi eleito. Não é um golpe de Estado, ele não anda a prender pessoas. Ele diz que as ONG estrangeiras não se podem envolver na política. Os americanos dizem que os russos não se devem imiscuir na política americana. Os russos dizem que os americanos não se devem envolver na Ucrânia. Por isso a ideia de que potências estrangeiras não devem estar envolvidas dentro das fronteiras da Hungria não é controversa para os outros países. A Hungria é muita coisa mas não é uma ditadura.


https://www.dn.pt/mundo/interior/os...der-guerras-e-nao-serem-afetados-9294270.html
 

Edi (FZ2D)

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Bem, a finada URSS era uma superpotência pelo poder das armas, o que se evidenciava pelos gastos que chegavam a consumir até 30% do Produto Nacional Bruto, colaborando para seu colapso.

Se o Putin não tomar cuidado, poderá trilhar o mesmo caminho. Em anos anteriores cortou nos gastos da educação e infraestrutura para compensar, mas em 2017 teve que cortar no lado dos militares, onde houve um corte de 20%, para 66,3 bilhões de dólares. Por seguinte, ficou em quarto lugar entre os países que mais gastaram com despesas militares. Atrás dos EUA, China e... Arábia Saudita.

E esse ano poderá vir a cortar mais para redirecionar para saúde e programas sociais, pois não é sensato deixar o povo muito descontente.

EUA gastou 610 bilhões de dólares em 2017, sendo que a OTAN como um todo chega a 900 bilhões. E a China gastou 228 bilhões.

De todo modo, Putin continua suas investidas no Leste da Ucrânia. Onde morre em média 1 soldado ucraniano a cada 3 dias.
Esse corte de 20% foi pra esse ano de 2018

 

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Esse corte de 20% foi pra esse ano de 2018


Pouco importa se o corte foi em 16, 17 ou 18. O relevante é o valor total do orçamento. A Rússia tá bem longe de EUA e China.
Na verdade a Rússia tem que se preocupar é com seu 3º lugar. É mais fácil ela perder o posto pra Índia que chegar na China.
Sem esquecer do aspecto econômico. A Rússia é irrelevante economicamente. Até suas ex-repúblicas já perceberam isso.
 

Zefiris

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Recentemente a Rússia anunciou algumas armas impactantes como o míssil anti-navio Kinzhal que está sendo adaptado para ser disparado de caças Mig-31BM e já está sendo empregado pelas unidades do distrito militar responsável pela Crimeia. Ele deve ter melhores condições de acertar algo do que o famoso DF-21D chinês que tem mais fama do que resultados práticos. Mas entre os problemas russos está em fabricar essas armas em quantidade para serem realmente úteis no campo de batalha. A situação está tal que ontem cancelou oficialmente a compra de 2 aviões-tanque Ilyushin Il-96-400TZ que seriam usados para reabaster os bombardeiros Tu-95MS e Tu-160.
 

Fracer

Bam-bam-bam
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Em todos os principais indicadores de conhecimento a China tem uma posição de destaque

China lidera os indicadores mundiais de patentes e propriedade intelectual

A apresentação de patentes, marcas e desenhos industriais em todo o mundo atingiu níveis recordes em 2016, com forte demanda da China, revelou a Organização Mundial da Propriedade Intelectual (OMPI), em seu último relatório. No ano passado, 3,1 milhões de pedidos de patentes foram registrados, representando um aumento de 8,3%. É o sétimo ano consecutivo de altas. A informação é do Centro de Notícias da ONU.

Os pedidos de marcas registradas, que totalizaram cerca de 7 milhões, e o registro de projetos industriais, que atingiram quase um milhão, também aumentaram. Este dinamismo no campo da propriedade intelectual é impulsionado pela China, que submeteu mais pedidos de patentes do que a soma dos apresentados pelos Estados Unidos, Japão, Coreia do Sul e Instituto Europeu de Patentes como um todo.

Depois do país asiático, o maior número de pedidos de patentes veio dos Estados Unidos, Japão, Coréia do Sul e Europa. No total, a Ásia representou 64,6% de todos os pedidos de patentes no mundo, seguido pela América do Norte com 20,5%, Europa com 11,3%, e América Latina e Caribe com 2,0%.


A China está liderando o crescimento em inovação no mundo, disse a Organização Internacional de Propriedade Intelectual (Wipo, na sigla em inglês). Chineses apresentaram a maior parte dos pedidos em engenharia elétrica, que inclui telecomunicações, seguida por tecnologia da computação e semicondutores e instrumentos de medidas, incluindo tecnologia médica, disse a agência da ONU.

"Os números da China são extraordinários", disse o diretor-geral da Wipo, Francis Gurry, em coletiva de imprensa para o lançamento do relatório "Indicadores Globais de Propriedade Intelectual". "Mais uma vez, nós vemos uma crescente dominância da Ásia", acrescentou.

Nesse outro critério os chineses acabaram de passar os japoneses, mantendo o ritmo passa os americanos em 3 anos:

China desbanca Japão do segundo lugar em pedidos de patentes

A China desbancou o Japão em 2017 do segundo lugar em solicitações internacionais de patentes apresentadas através da Organização Mundial de Propriedade Intelectual (OMPI), por isso que se aproxima dos Estados Unidos, o líder mundial, país que deve superar em três anos, segundo o relatório publicado nesta quarta-feira.

A análise publicada hoje pela OMPI afirma que foram, além disso, duas empresas tecnológicas da China as que apresentaram o maior número de solicitações internacionais de patentes em 2017: Huawei e ZTE Corporação, com 4.024 e 2.965, respectivamente, à frente da americana Intel (2.637).

O Japão teve um forte crescimento em 2017, ao passar de 45.209 solicitações em 2016 para 48.208 no ano passado. No entanto, perdeu o segundo lugar para a China, que apresentou 48.882 solicitações (frente às 43.091 do ano anterior). Alemanha e Coreia do Sul ocuparam o quarto e quinto lugar, com 18.982 e 15.763 solicitações, respectivamente.

A OMPI calcula que a China, se seguir a tendência atual, ultrapassará os EUA (56.624 solicitações em 2017) em um prazo de três anos e se tornará o principal país de origem dos pedidos apresentados através do Tratado de Cooperação em matéria de Patentes (PCT).

"Esta circunstância faz parte de uma mudança de maiores proporções na geografia da inovação, pois atualmente a metade (49,1%) das solicitações internacionais de patentes procede da Ásia Oriental", indicou.

A Europa (24,9%) e a América do Norte (24,2%) registravam uma quarta parte cada uma. No total, o ano passado os inventores de todo o mundo apresentaram 243.500 solicitações internacionais de patente, 4,5% a mais que no ano anterior.



Pisa mostra que Ásia - especialmente a China - vai dominar o mundo

Países e regiões como Singapura, Japão, Taipei, Macau, Vietnã, Hong Kong e China são primeiros colocados em áreas como ciência e matemática. A habilidade do conhecimento está caminhando para a Ásia.



Em paridade de poder de compra a economia chinesa já é a maior
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https://en.wikipedia.org/wiki/List_of_countries_by_GDP_(PPP)
 

pavomba

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Mas todos os países que se abrem pra China devem ter muito cuidado. Não existe alm... Ajuda grátis.
Cedo ou tarde vão sentir um bafo no cangote.

Pessoal na África estão começando a olhar torto, os chineses lá compraram minas e terrenos, há quem diga que eles não dão melhoras ao povo e fazem os governos ficarem endividados com eles.

Não. A China é um país muito fraco. Economicamente é muito fraco porque depende de unidades industriais maiores do que o seu mercado interno pode consumir, por isso tem de exportar. Por isso depende dos clientes. Quando estamos a vender uma coisa dependemos dos clientes. A China depende totalmente dos clientes para se manter. E agora que as suas exportações baixaram, depois de 2008, está a viver uma crise financeira interna enorme. Que eles resolveram criando uma ditadura, porque o processo criado por Deng Xiaoping já não funciona. O que a China fez foi criar um modelo económico muito pouco eficiente em que tudo é gerido centralmente mas um modelo politicamente muito eficiente, que mantém o país unido. De um ponto de vista militar, para dar um exemplo de como são fracos, o mar do Sul da China é extremamente importante para eles. Durante dez anos tentaram controlá-lo, durante dez anos falharam. Continuam a não conseguir fazê-lo. A China é uma daquelas nações que ressurgem periodicamente, como o Japão nos anos 80 do século passado. São países que devido à sua performance durante 10 ou 15 anos são vistos como enormes potências económicas, certo? Mas as pessoas não veem as fraquezas. A resposta em relação à China é que é como o Japão nos anos 1980 mas muito mais fraca, porque o Japão não tinha mil milhões de habitantes. A China tem. A capacidade dos chineses para crescer depende de a Europa e os Estados Unidos quererem os seus produtos. E agora os produtos são mais baratos vindos do Vietname, da Colômbia, de várias partes do mundo. Não são o país com o preço mais baixo.

De fato, algo que a China jaja vai perder posição é a de mão de obra barata, um crescimento que ficou na casa de dois dígitos e com um poder de compra que já supera o Brasil demonstra que não vai durar muito nessa posição, se não me engano, até Taiwan no setor manufatureiro ainda continua relativamente acessível, lugares como o Vietnã que se abriram ao mercado recentemente são mais baratos, até acho que a África entra no meio.

Outra coisa que até vi nos comentários do vídeo acima, China não tem poder cultural, Japão começou a exportar sua cultura a rodo na metade pro fim dos anos 80 e mesmo depois da crise continuou forte nisso, a Coreia do Sul virou a nova queridinha com o K-pop e o fato de jogos de MMORPG virem muitas vezes de lá, da China ninguém se lembra de nada e sim Hong Kong e mesmo assim não detem mais a representatividade que tinha antes.

Mas o governo chinÊs também não é todo burro, por isso que estão querendo diversificar a maquina estatal para aonde dá lucros, como filmes (a estatal deles é que distribui os hits americanos e produz os maiores sucessos locais) e etc, mas que também é algo obsceno, ah se é.

Em primeiro lugar são países muito diferentes. O Brasil e a China juntos - tirando o facto de ser um nome porreiro que a Goldman Sachs lhes deu - não faz sentido. Mas quando lho deu, foi há mais de dez anos. Entretanto a história mudou. A China já não está na posição em que estava. A Rússia também não está na mesma posição. O Brasil é talvez o que está mais perto. E a Índia está a sair-se muito bem, de momento. Mas não podemos falar dos BRIC como um bloco. São países totalmente diferentes.

Eu acredito que dependendo de quem seja eleito, a lua de mel entre Brasil e China acabe, como é no caso do Bolsonaro.

O problema básico é que a UE queria ser uma entidade singular mas preservou a independência polaca, portuguesa, etc.

Fato, a UE saiu de uma Mercosul da vida para uma tentativa frustrada de unificação federal, por isso que Bruxelas sempre tenta se intrometer e querer unificar até leis entre países em causa X que não deveriam ser de sua competência.
 

Edi (FZ2D)

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Pouco importa se o corte foi em 16, 17 ou 18. O relevante é o valor total do orçamento. A Rússia tá bem longe de EUA e China.
Na verdade a Rússia tem que se preocupar é com seu 3º lugar. É mais fácil ela perder o posto pra Índia que chegar na China.
Sem esquecer do aspecto econômico. A Rússia é irrelevante economicamente. Até suas ex-repúblicas já perceberam isso.
A China tem um grande PIB. Isso é verdade. Mas não detem tecnologia ao mesmo nível da Rússia.

Eles tem alguns armamentos que preocupam ate a OTAN.

Enviado de um aparelho que transmite sonhos!!!
 

arqueiro182

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Em todos os principais indicadores de conhecimento a China tem uma posição de destaque

China lidera os indicadores mundiais de patentes e propriedade intelectual

A apresentação de patentes, marcas e desenhos industriais em todo o mundo atingiu níveis recordes em 2016, com forte demanda da China, revelou a Organização Mundial da Propriedade Intelectual (OMPI), em seu último relatório. No ano passado, 3,1 milhões de pedidos de patentes foram registrados, representando um aumento de 8,3%. É o sétimo ano consecutivo de altas. A informação é do Centro de Notícias da ONU.

Os pedidos de marcas registradas, que totalizaram cerca de 7 milhões, e o registro de projetos industriais, que atingiram quase um milhão, também aumentaram. Este dinamismo no campo da propriedade intelectual é impulsionado pela China, que submeteu mais pedidos de patentes do que a soma dos apresentados pelos Estados Unidos, Japão, Coreia do Sul e Instituto Europeu de Patentes como um todo.

Depois do país asiático, o maior número de pedidos de patentes veio dos Estados Unidos, Japão, Coréia do Sul e Europa. No total, a Ásia representou 64,6% de todos os pedidos de patentes no mundo, seguido pela América do Norte com 20,5%, Europa com 11,3%, e América Latina e Caribe com 2,0%.


A China está liderando o crescimento em inovação no mundo, disse a Organização Internacional de Propriedade Intelectual (Wipo, na sigla em inglês). Chineses apresentaram a maior parte dos pedidos em engenharia elétrica, que inclui telecomunicações, seguida por tecnologia da computação e semicondutores e instrumentos de medidas, incluindo tecnologia médica, disse a agência da ONU.

"Os números da China são extraordinários", disse o diretor-geral da Wipo, Francis Gurry, em coletiva de imprensa para o lançamento do relatório "Indicadores Globais de Propriedade Intelectual". "Mais uma vez, nós vemos uma crescente dominância da Ásia", acrescentou.

Nesse outro critério os chineses acabaram de passar os japoneses, mantendo o ritmo passa os americanos em 3 anos:

China desbanca Japão do segundo lugar em pedidos de patentes

A China desbancou o Japão em 2017 do segundo lugar em solicitações internacionais de patentes apresentadas através da Organização Mundial de Propriedade Intelectual (OMPI), por isso que se aproxima dos Estados Unidos, o líder mundial, país que deve superar em três anos, segundo o relatório publicado nesta quarta-feira.

A análise publicada hoje pela OMPI afirma que foram, além disso, duas empresas tecnológicas da China as que apresentaram o maior número de solicitações internacionais de patentes em 2017: Huawei e ZTE Corporação, com 4.024 e 2.965, respectivamente, à frente da americana Intel (2.637).

O Japão teve um forte crescimento em 2017, ao passar de 45.209 solicitações em 2016 para 48.208 no ano passado. No entanto, perdeu o segundo lugar para a China, que apresentou 48.882 solicitações (frente às 43.091 do ano anterior). Alemanha e Coreia do Sul ocuparam o quarto e quinto lugar, com 18.982 e 15.763 solicitações, respectivamente.

A OMPI calcula que a China, se seguir a tendência atual, ultrapassará os EUA (56.624 solicitações em 2017) em um prazo de três anos e se tornará o principal país de origem dos pedidos apresentados através do Tratado de Cooperação em matéria de Patentes (PCT).

"Esta circunstância faz parte de uma mudança de maiores proporções na geografia da inovação, pois atualmente a metade (49,1%) das solicitações internacionais de patentes procede da Ásia Oriental", indicou.

A Europa (24,9%) e a América do Norte (24,2%) registravam uma quarta parte cada uma. No total, o ano passado os inventores de todo o mundo apresentaram 243.500 solicitações internacionais de patente, 4,5% a mais que no ano anterior.



Pisa mostra que Ásia - especialmente a China - vai dominar o mundo

Países e regiões como Singapura, Japão, Taipei, Macau, Vietnã, Hong Kong e China são primeiros colocados em áreas como ciência e matemática. A habilidade do conhecimento está caminhando para a Ásia.



Em paridade de poder de compra a economia chinesa já é a maior
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https://en.wikipedia.org/wiki/List_of_countries_by_GDP_(PPP)




Pois é...

Mas só aqui na OS que tem user que ainda acha que a China é igual ao Vietnã dos anos 60... Total falta de conhecimento de quem não só não vive lá, como não ler nada a respeito.

A China é a prova viva que uma "ditadura inteligente" esmaga qualquer outro tipo de ideologia/sistema de governo. Liberdade sim, mas liberdade demais pra mim é a ruína de qualquer nação. Veja o exemplo da Europa.

China Superior!
 

Vim do Futuro

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Pessoal na África estão começando a olhar torto, os chineses lá compraram minas e terrenos, há quem diga que eles não dão melhoras ao povo e fazem os governos ficarem endividados com eles.
Na África ainda estão mais na fase do namorico. O negócio tá feio mesmo é no sudoeste asiático. Quase todos os países estão apavorados com a expansão chinesa.

Eles tem alguns armamentos que preocupam ate a OTAN.
Basicamente o arsenal nuclear. Se tirar isso da Rússia... Sobra muito pouco. E muitos equipamentos antigos. O programa de renovação de navios e aviões está beeeeeem atrasado.
 

pavomba

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Na África ainda estão mais na fase do namorico. O negócio tá feio mesmo é no sudoeste asiático. Quase todos os países estão apavorados com a expansão chinesa.


Basicamente o arsenal nuclear. Se tirar isso da Rússia... Sobra muito pouco. E muitos equipamentos antigos. O programa de renovação de navios e aviões está beeeeeem atrasado.

Toda a vizinhança da China odeia ela e isso não vem de hoje, até o Vietnã que também é só partido Comunista odeia ela por causa de territórios.
 

Edi (FZ2D)

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Na África ainda estão mais na fase do namorico. O negócio tá feio mesmo é no sudoeste asiático. Quase todos os países estão apavorados com a expansão chinesa.


Basicamente o arsenal nuclear. Se tirar isso da Rússia... Sobra muito pouco. E muitos equipamentos antigos. O programa de renovação de navios e aviões está beeeeeem atrasado.
De fato. Mas eles ainda possuem mísseis baslísticos específicos para afundar (ou tentar) porta aviões e sua classe de submarino desenvolvida especialmente para afundar porta aviões, que é temida por outras forças por ser uma classe específica deles.

Não vamos ignorar também que os melhores e mais poderosos veículos blindados do mundo, assim com a maior frota existente (se minha memoria não me trai) é a Russa. Sem contar sua experiencia sólida em guerras, que também conta.
 

Vim do Futuro

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Não vamos ignorar também que os melhores e mais poderosos veículos blindados do mundo, assim com a maior frota existente (se minha memoria não me trai) é a Russa. Sem contar sua experiencia sólida em guerras, que também conta.
De blindados, sim. Eles estão bem equipados. E em bom volume. (Até pelas dimensões do país).
Mas a marinha deles não vale tanto. Acho que, hoje, a China já supera eles. E a aeronáutica não consegue atualizar/renovar seus aviões no volume necessário (Lá no tópico da Síria o Zefiris contou de alguns aviões e helicópteros russos que tiveram problemas técnicos e caíram).
Olhando somente a tecnologia (de ataque e defesa) até Israel e Coreia do Sul tem equipamentos que me agradam mais que os russos.

BTW, se alguém gosta do assunto, recomendo pesquisar um pouco sobre as Forças Armadas de Singapura. É o famoso pequeno gigante.
 

NÃOMEQUESTIONE

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Não sei por que dizem que a Rússia é uma força decadente os caras modernizaram notavelmente seu arsenal militar, e vem mostrando na Síria que com uma reduzida força tarefa, puderam mudar o rumo da guerra. O único problema deles é baixa taxa de natalidade.
 

Beren_

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