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Mr.Disco

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☭ ENTENDENDO O MARXISMO. ☭

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O que motiva esse tópico é um mea culpa: sabemos pouco ou nada sobre o Marxismo e os movimentos comunistas.

A infinidade de obras que são necessárias para falar com alguma propriedade sobre o assunto é imensa e a displicência do afegão médio para conhecer qualquer coisa antes de falar m****, aliada a inclinação de repetir o comportamento de autofagia intelectual da esquerda, cria um déficit sério em que o sujeito termina sabendo menos de Marxismo do que qualquer membro do Partido Comunista da Zona Sul do Rio ou do Diretório Central de Estudantes de alguma Universidade Federal.

Tendo isto em mente, eu compartilho uma lista de leitura que montei para tentar reverter o lamentável estado da minha compreensão sobre Marxismo. Acho que tem bastante coisa: temos as obras que são pedra angular do Marxismo, as obras dos filósofos do Marxismo, os relatos de quem se ferrou sobre esses regimes, as obras críticas a impraticabilidade do pensamento Marxista, obras de ex-comunistas e gente que atuava pelo movimento entre outros.

Segue a lista:

(1) - Link do Proletariado.
(2) - Link da Amazon.
(3) - Link do Proletariado (em inglês).


- O Capital - Karl Marx. (1) (2)

- O Manifesto do Partido Comunista - Karl Marx, Friedrich Engels. (1) (2)

- O Livro Vermelho - Mao Tsé-Tung. (1) (2)

- O Estado e a Revolução. Doutrina do Marxismo Sobre o Estado e as Tarefas do Proletariado na Revolução. - Vladímir Ilitch Lênin. (1) (2)

- Main Currents of Marxism: The Founders, the Golden Age, the Breakdown. - Leszek Kolakowski. (2)

- Tolos, Fraudes e Militantes. - Roger Scruton.

- Pensadores da Nova Esquerda. - Roger Scruton.

- Marxismo Desmascarado. - Ludwig Von Mises.

- O Cálculo Econômico em Uma Comunidade Socialista. - Ludwig Von Mises. (2)

- A Teoria da Exploração do Socialismo Comunismo. - Eugene Von Böhm-Bawerk. (2)

- O Marxismo de Marx. - Raymond Aron.

- Uma Nova Idade Média. - Nikolai Berdiaev.

- Meias Verdades, Velhas Mentiras. Estratégia Comunista de Embuste e Desinformação. - Anatoliy Golitsyn.

- Last Exit to Utopia: The Survival of Socialism in a Post-Soviet Era. - Jean Francois Revel.

- The Mitrokhin Archive: The KGB in Europe and the West. - Christopher Andrew, Vasili Mitrokhin.

- In Denial: Historians, Communism & Espionage. - John Earl Haynes, Harvey Klehr.

- American Betrayal: The Secret Assault on Our Nation's Character. - Diane West.

- The Black Book of the American Left: The Collected Conservative Writings of David Horowitz. - David Horowitz.

- Witness. - Whittaker Chambers.

- Desinformação. Ex-Chefe de Espionagem Revela Estratégias Secretas Para Solapar a Liberdade, Atacar a Religião e Promover o Terrorismo. - Ion Mihai Pacepa.

- Darkness at Noon. - Arthur Koestler.

- Corpos Divinos. - Guillermo Cabrera Infante.

- To Build a Castle: My Life as a Dissenter. - Vladimir Bukovsky.

- Marx & Satan. - Richard Wurmbrand. (1) (2) (3)

- Explicando o Pós-Modernismo. Ceticismo e Socialismo. - Stephen R. C. Hicks.

- Consciência de Classe. - George Lukács.

- Marxism and Philosophy. - Karl Korsch.

- Escritos Políticos - Antônio Gramsci. (1)

- Dialética do Esclarecimento - Theodor Adorno.

- Shakedown Socialism: Unions, Pitchforks, Collective Greed, The Fallacy of Economic Equality, and other Optical Illusions of Redistributive Justice. - Oleg Atbashian.

- Gulag: A History. - Anne Applebaum. (2)

- The Gulag Archipelago - Aleksandr I. Solzhenitsyn. (2) (3)

- The Socialist Phenomenon - Igor Shafarevich. (
3)

Vou adicionando mais coisa assim que esbarrar em mais recomendações.

Fiquem a vontade para sugerir obras ou tags engraçadas.


Edit - 1 - ☭: Depois da sugestão reprovável de leitura pela Wikipedia, vou me dar ao trabalho de colar link para os textos que estão em domínio público ou a venda na Amazon. Adicionei imagens e caractere unicode de foice-e-martelo pra deixar o tópico com cara de "oficial".
Edit - 2 - ☭: Adicionando mais tags vulgares porquê as levaram a sério.
 
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Goris

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Bom tópico.
Marcando pra acompanhar.
 

Omnissiah

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Li o Capital quando tava no 2º ano do ensino médio, orientado por um "professor" de história. Desde lá, concluí que a obra seria melhor usada como papel higiênico.
 

Citizen Kane

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Li o Capital quando tava no 2º ano do ensino médio, orientado por um "professor" de história. Desde lá, concluí que a obra seria melhor usada como papel higiênico.

Ensino médio? O capital é bem duro e difícil de entender, hein.
 

LHand

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A ideia do tópico é interessante, mas acho irreal imaginar que alguém vai realmente ler essas obras sem ter MUITO interesse prévio.

Eu acho que se a ideia não for se tornar um PHD em Marx, mas apenas conhecer - nem que seja pra criticar com alguma propriedade - o negócio é ir na Wikipedia mesmo (de preferência em inglês). Aí nego parte pra algo mais aprofundado depois se houver interesse.

https://en.wikipedia.org/wiki/Marxism
https://en.wikipedia.org/wiki/Class_conflict
https://en.wikipedia.org/wiki/Class_consciousness
https://en.wikipedia.org/wiki/Dictatorship_of_the_proletariat
https://en.wikipedia.org/wiki/Leninism
https://en.wikipedia.org/wiki/Stalinism
https://en.wikipedia.org/wiki/Socialism

Se você ler e entender esses artigos, pelo menos não vai passar vergonha que muitos passam ao falar que a Globo, a Disney, o Facebook ou qualquer outra grande empresa capitalista é "marxista cultural". Já é um put* avanço.

Aliás, fica a dica que "marxismo cultural" é uma teoria conspiratória:
"'Cultural Marxism" in modern usage refers to a conspiracy theory which sees the Frankfurt School as part of an ongoing movement to take over and destroy Western culture.[54][55][56][57]
https://en.wikipedia.org/wiki/Frankfurt_School#Cultural_Marxism_conspiracy_theory

Também não acho que seja muito produtivo ir direto pra alguma obra / site / artigo crítica ao marxismo sem saber, primeiro, o que caralhos defende o marxismo. Aí você é presa fácil pros que dizem que a Fátima Bernardes falar sobre transsexualidade é uma etapa pra instaurar a ditadura do proletariado.
 
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Citizen Kane

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A ideia do tópico é interessante, mas acho irreal imaginar que alguém vai realmente ler essas obras sem ter MUITO interesse prévio.

Eu acho que se a ideia não for se tornar um PHD em Marx, mas apenas conhecer - nem que seja pra criticar com alguma propriedade - o negócio é ir na Wikipedia mesmo (de preferência em inglês). Aí nego parte pra algo mais aprofundado depois se houver interesse.

https://en.wikipedia.org/wiki/Marxism
https://en.wikipedia.org/wiki/Class_conflict
https://en.wikipedia.org/wiki/Class_consciousness
https://en.wikipedia.org/wiki/Leninism
https://en.wikipedia.org/wiki/Stalinism
https://en.wikipedia.org/wiki/Socialism

Se você ler e entender esses artigos, pelo menos não vai passar vergonha que muitos passam ao falar que a Globo, a Disney, o Facebook ou qualquer outra grande empresa capitalista é "marxista cultural". Já é um put* avanço.

Aliás, fica a dica que "marxismo cultural" é uma teoria conspiratória:
"'Cultural Marxism" in modern usage refers to a conspiracy theory which sees the Frankfurt School as part of an ongoing movement to take over and destroy Western culture.[54][55][56][57]
https://en.wikipedia.org/wiki/Frankfurt_School#Cultural_Marxism_conspiracy_theory

Também não acho que seja muito produtivo ir direto pra alguma obra / site / artigo crítica ao marxismo sem saber, primeiro, o que caralhos defende o marxismo. Aí você é presa fácil pros que dizem que a Fátima Bernardes falou sobre transsexualidade porque pretende extinguir a propriedade privada dos meios de produção e instaurar uma ditadura do proletariado.

Marxismo cultural é apenas o sinônimo de uma revolução passiva defendida por Gramsci. Ele nunca citou "marxismo cultural", mas a sua intenção é praticamente a mesma: transformar a sociedade para uma nova hegemonia cultural. Para isso ele tinha teorias para a educação, mídia e enfraquecimento da Igreja. E isto não é teoria da conspiração.
 

LHand

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Pelo amor de deus... você vem me trazer artigo de Wikipedia?

Olha, sinto muito mas porra... não dá.
1ab8410b237d730446660df1272b1001.jpg

Boa sorte em convencer alguém a ler O Capital sem um mínimo conhecimento prévio.

Aliás, os próprios artigos da Wikipedia citam este e outros livros de sua lista como referências.
 

BESS4

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A ideia do tópico é interessante, mas acho irreal imaginar que alguém vai realmente ler essas obras sem ter MUITO interesse prévio.

Eu acho que se a ideia não for se tornar um PHD em Marx, mas apenas conhecer - nem que seja pra criticar com alguma propriedade - o negócio é ir na Wikipedia mesmo (de preferência em inglês). Aí nego parte pra algo mais aprofundado depois se houver interesse.

https://en.wikipedia.org/wiki/Marxism
https://en.wikipedia.org/wiki/Class_conflict
https://en.wikipedia.org/wiki/Class_consciousness
https://en.wikipedia.org/wiki/Dictatorship_of_the_proletariat
https://en.wikipedia.org/wiki/Leninism
https://en.wikipedia.org/wiki/Stalinism
https://en.wikipedia.org/wiki/Socialism

Se você ler e entender esses artigos, pelo menos não vai passar vergonha que muitos passam ao falar que a Globo, a Disney, o Facebook ou qualquer outra grande empresa capitalista é "marxista cultural". Já é um put* avanço.

Aliás, fica a dica que "marxismo cultural" é uma teoria conspiratória:
"'Cultural Marxism" in modern usage refers to a conspiracy theory which sees the Frankfurt School as part of an ongoing movement to take over and destroy Western culture.[54][55][56][57]
https://en.wikipedia.org/wiki/Frankfurt_School#Cultural_Marxism_conspiracy_theory

Também não acho que seja muito produtivo ir direto pra alguma obra / site / artigo crítica ao marxismo sem saber, primeiro, o que caralhos defende o marxismo. Aí você é presa fácil pros que dizem que a Fátima Bernardes falar sobre transsexualidade é uma etapa pra instaurar a ditadura do proletariado.
toinho gramsci curtiu seu post, diretamente lá do nono círculo do inferno.
 

farrokh_bulsara

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Se você ler e entender esses artigos, pelo menos não vai passar vergonha que muitos passam ao falar que a Globo, a Disney, o Facebook ou qualquer outra grande empresa capitalista é "marxista cultural". Já é um put* avanço.
karl-marx-32.jpg

Marx mandou esse agradecimento especial.
 

LHand

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Caras, não viagem.

Gramsci alega que a burguesia usa sua hegemonia cultural para manter e legitimar o estado capitalista e defende que, para se combater isto, seria necessário que membros do proletariado ingressassem nos círculos intelectuais.

Querem um exemplo? Quando a Globo faz reportagens criticando movimentos sindicais, ela está fazendo exatamente o que Gramsci criticou. Ela usa seu poder econômico pra difundir a ideia de que sindicalistas são todos vagabundos e que a ordem atual, de patrão e empregado, é uma coisa justa e inquestionável. O que Gramsci defende é que este tipo de coisa passasse a ser mais questionada pela sociedade, ao ponto das pessoas não mais tomarem o capitalismo como algo natural e imutável e ficassem mais propensas a uma revolução.

Aí nego acha que porque uma emissora capitalista bota a Fátima Bernardes pra lacrar pautas LGBT, o verdadeiro interesse é implantar uma lenta e gradual ditadura do proletariado. Qual o interesse da Globo - uma das maiores beneficiadas pelo capitalismo - implantar um regime socialista neste país? O que a Globo ganha com o fim da propriedade privada dos meios de produção? Qual o sentido disso :klolz?
 

Doutor Sono

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Aqui vão algumas indicações de leitura:

O Capital no século XXI

Sinopse:

Nenhum livro de economia publicado nos últimos anos foi capaz de provocar o furor internacional causado por O capital no século XXI, do francês Thomas Piketty. Seu estudo sobre a concentração de riqueza e a evolução da desigualdade ganhou manchetes nos principais jornais do mundo, gerou discussões nas redes sociais e colheu comentários e elogios de diversos ganhadores do Prêmio Nobel. Fruto de quinze anos de pesquisas incansáveis, o livro se apoia em dados que remontam ao século XVIII, provenientes de mais de vinte países, para chegar a conclusões explosivas. O crescimento econômico e a difusão do conhecimento impediram que fosse concretizado o cenário apocalíptico previsto por Karl Marx no século XIX. Porém, os registros históricos demonstram que o capitalismo tende a criar um círculo vicioso de desigualdade, pois, no longo prazo, a taxa de retorno sobre os ativos é maior que o ritmo do crescimento econômico, o que se traduz numa concentração cada vez maior da riqueza. Uma situação de desigualdade extrema pode levar a um descontentamento geral e até ameaçar os valores democráticos. Mas Piketty lembra também que a intervenção política já foi capaz de reverter tal quadro no passado e poderá voltar a fazê-lo. Essa obra, que já se tornou uma referência entre os estudos econômicos, contribui para renovar inteiramente nossa compreensão sobre a dinâmica do capitalismo ao colocar sua contradição fundamental na relação entre o crescimento econômico e o rendimento do capital. O capital no século XXI nos obriga a refletir profundamente sobre as questões mais prementes de nosso tempo.


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O Brasil - Território e Sociedade no Início do Século XXI



Sinopse:


O Brasil brasileiro é hoje apenas letra de música. Em seu mais recente livro, O BRASIL: TERRITÓRIO E SOCIEDADE NO INÍCIO DO SÉCULO XXI, o geógrafo Milton Santos, em parceria com María Laura Silveira, mostra como deixamos a idéia de uma nação brasileira a cargo do mercado global: 'o território brasileiro é o espaço nacional de uma economia internacionalizada,' explica. O livro é o resultado de um projeto de pesquisa no qual o geógrafo e sua equipe trabalharam por vinte e cinco anos e derruba mitos nos quais estudiosos têm amparado suas teorias geográficas. Uma obra inovadora, principalmente por se recusar a ser um mero inventário, como os antigos livros sobre o assunto. Um marco de renovação da disciplina. Milton Santos usa o território como uma metáfora do que acontece no país. Da pobreza do Nordeste, passando pela inovação do Centro-Oeste até a importância econômica do Sudeste, o autor mostra que o indivíduo é condicionado pelo meio. A casa, o bairro, o percurso que faz, tudo isso molda sua forma de ver o mundo. Antes, o território era visto apenas como uma tela vazia, à espera da população para escolher as cores, escrever a sua história. 'Hoje, o território finalmente é visto como também um ator,', analisa o autor. Em O BRASIL: TERRITÓRIO E SOCIEDADE NO INÍCIO DO SÉCULO XXI, Milton Santos mostra que o que se aprendeu e ensinou sobre geografia era equivocado. Com linguagem acessível, ele oferece uma visão globalizadora da realidade nacional, através de um de seus aspectos mais integradores: o próprio território. 'O território de uma país é um fenômeno dinâmico que tanto pode ser usado a serviço das grandes empresas como em benefício da população,' diz o geógrafo. O autor explica como, onde, por quem, por quê e, principalmente, para quê o território é usado. Sem nunca subestimar ou esquecer as diferenças entre suas regiões: 'O território é um organismo vivo. A cidade, por exemplo, reage ao capitalismo de forma completamente diversa do campo.' E ainda prevê mudanças nesse mecanismo, como um êxodo rural preocupante ainda nesta década. O BRASIL: TERRITÓRIO E SOCIEDADE NO INÍCIO DO SÉCULO XXI analisa como cada localidade acolhe as modernizações, cristaliza usos antigos e guarda novas racionalidades. Uma redescoberta do Brasil aos olhos de uma nova geografia, preocupada com as características sociais, históricas e econômicas de um povo em constante mutação. Milton Santos é geógrafo, professor emérito da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciência da Universidade de São Paulo e ganhador do Prêmio Internacional de Geografia Vautrin Lud em 1994. Como consultor da ONU, OIT, OEA e UNESCO, trabalhou junto aos governos da Argélia e Guiné Bissau e junto ao Senado da Venezuela. Milton Santos é autor de mais de quarenta livros e teve cerca de 300 artigos publicados em revistas científicas, em português, francês, inglês e espanhol. María Laura Silveira nasceu na Argentina e trabalha como pesquisadora do CNPq no Departamento de Geografia da Universidade de São Paulo e como professora assistente na Universidad Nacional del Comahue (Argentina). 'Uma prospecção sobre os caminhos que estão sendo abertos pelo uso do território.' - O Estado de São Paulo 'As 500 páginas da obra dissecam as especificidades do território brasileiro, mas usam como mediação o homem: o como, porquê, para quê e onde da interação dele com o espaço geográfico.' - Folha de S. Paulo

imagem.aspx
 

LHand

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Bem, já que eu só sei me expressar por memes e fotorrespostas e isto não é bem vindo neste tópico, vou sair daqui.

Os posts que fiz com mais de 400 palavras e links que julguei interessantes, podem ignorar.
 

farrokh_bulsara

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Aí nego acha que porque uma emissora capitalista bota a Fátima Bernardes pra lacrar pautas LGBT, o verdadeiro interesse é implantar uma lenta e gradual ditadura do proletariado. Qual o interesse da Globo - uma das maiores beneficiadas pelo capitalismo - implantar um regime socialista neste país? O que a Globo ganha com o fim da propriedade privada dos meios de produção? Qual o sentido disso :klolz?
Acho que esse tópico é uma boa pra pensar: o que leva essas pautas "de lacrar" serem confundidas com "marxismo subversivo"?

Reportei a moderação essa putaria de vocês.
Se querem bagunçar, vão no tópico do Bolsonaro postar imagenzinha.
Putaria são as suas hashtags. Deixa de ser debochado então... e deixa de indignação seletiva boba, na moral.
 

BESS4

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Gramsci alega que a burguesia usa sua hegemonia cultural para manter e legitimar o estado capitalista e defende que, para se combater isto, seria necessário que membros do proletariado ingressassem nos círculos intelectuais.

Querem um exemplo? Quando a Globo faz reportagens criticando movimentos sindicais, ela está fazendo exatamente o que Gramsci criticou. Ela usa seu poder econômico pra difundir a ideia de que sindicalistas são todos vagabundos e que a ordem atual, de patrão e empregado, é uma coisa justa e inquestionável. O que Gramsci defende é que este tipo de coisa passasse a ser mais questionada pela sociedade, ao ponto das pessoas não mais tomarem o capitalismo como algo natural e imutável e ficassem mais propensas a uma revolução.

Aí nego acha que porque uma emissora capitalista bota a Fátima Bernardes pra lacrar pautas LGBT, o verdadeiro interesse é implantar uma lenta e gradual ditadura do proletariado. Qual o interesse da Globo - uma das maiores beneficiadas pelo capitalismo - implantar um regime socialista neste país? O que a Globo ganha com o fim da propriedade privada dos meios de produção? Qual o sentido disso :klolz?
Belíssima esquerdinha, senhor groselha!
 

Mr.Disco

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Eu estou lendo o livro da Anne Applebaum e do Aleksandr Solzhenitsyn.

Ambos são premiados (pulitzer e nobel, respectivamente) e explicam pelo viés investigativo e "investigativo literário" (é o termo que o Solzhenitsyn usa) o funcionamento do sistema de Glavnoe Upravlenie Lagerei.

Ambos são excelentes. Como preguiçoso moderado, recomendo ler o livro do Solzhenitsyn pela versão "abridged". A integral tem três volumes e tudo não é exatamente barato. A abridged sai por uns 56 paus na Amazon.
 

Diógenes Laércio

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Esse é clássico, fininho, honesto (ele diz exatamente o que pretende) e muito bem escrito. É um livro sobre marxista escrito por alguém declaradamente marxista, mas muito aproveitável por todo tipo de leitor.
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Esse parece ser um livro anti-comunista.
Fininho também. Não li ainda.
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Esse parece ser muito bom.
 

Diógenes Laércio

Bam-bam-bam
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Esse é um livro de um brasileiro.
Não é exatamente só sobre marxismo, mas parece muito interessante.
 

Love Over Gold

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Prefiro a leitura de E.P. Thompson, mas tenho alguma coisa de Marx. Gosto de um viés mais cultural.

P.S. Recomendação: Costumes em comum

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Beren_

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☭ ENTENDENDO O MARXISMO. ☭

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O que motiva esse tópico é um mea culpa: sabemos pouco ou nada sobre o Marxismo e os movimentos comunistas.

A infinidade de obras que são necessárias para falar com alguma propriedade sobre o assunto é imensa e a displicência do afegão médio para conhecer qualquer coisa antes de falar m****, aliada a inclinação de repetir o comportamento de autofagia intelectual da esquerda, cria um déficit sério em que o sujeito termina sabendo menos de Marxismo do que qualquer membro do Partido Comunista da Zona Sul do Rio ou do Diretório Central de Estudantes de alguma Universidade Federal.

Tendo isto em mente, eu compartilho uma lista de leitura que montei para tentar reverter o lamentável estado da minha compreensão sobre Marxismo. Acho que tem bastante coisa: temos as obras que são pedra angular do Marxismo, as obras dos filósofos do Marxismo, os relatos de quem se ferrou sobre esses regimes, as obras críticas a impraticabilidade do pensamento Marxista, obras de ex-comunistas e gente que atuava pelo movimento entre outros.

Segue a lista:

(1) - Link do Proletariado.
(2) - Link da Amazon.
(3) - Link do Proletariado (em inglês).


- O Capital - Karl Marx. (1) (2)

- O Manifesto do Partido Comunista - Karl Marx, Friedrich Engels. (1) (2)

- O Livro Vermelho - Mao Tsé-Tung. (1) (2)

- O Estado e a Revolução. Doutrina do Marxismo Sobre o Estado e as Tarefas do Proletariado na Revolução. - Vladímir Ilitch Lênin. (1) (2)

- Main Currents of Marxism: The Founders, the Golden Age, the Breakdown. - Leszek Kolakowski. (2)

- Tolos, Fraudes e Militantes. - Roger Scruton.

- Pensadores da Nova Esquerda. - Roger Scruton.

- Marxismo Desmascarado. - Ludwig Von Mises.

- O Cálculo Econômico em Uma Comunidade Socialista. - Ludwig Von Mises.

- A Teoria da Exploração do Socialismo Comunismo. - Eugene Von Böhm-Bawerk.

- O Marxismo de Marx. - Raymond Aron.

- Uma Nova Idade Média. - Nikolai Berdiaev.

- Meias Verdades, Velhas Mentiras. Estratégia Comunista de Embuste e Desinformação. - Anatoliy Golitsyn.

- Last Exit to Utopia: The Survival of Socialism in a Post-Soviet Era. - Jean Francois Revel.

- The Mitrokhin Archive: The KGB in Europe and the West. - Christopher Andrew, Vasili Mitrokhin.

- In Denial: Historians, Communism & Espionage. - John Earl Haynes, Harvey Klehr.

- American Betrayal: The Secret Assault on Our Nation's Character. - Diane West.

- The Black Book of the American Left: The Collected Conservative Writings of David Horowitz. - David Horowitz.

- Witness. - Whittaker Chambers.

- Desinformação. Ex-Chefe de Espionagem Revela Estratégias Secretas Para Solapar a Liberdade, Atacar a Religião e Promover o Terrorismo. - Ion Mihai Pacepa.

- Darkness at Noon. - Arthur Koestler.

- Corpos Divinos. - Guillermo Cabrera Infante.

- To Build a Castle: My Life as a Dissenter. - Vladimir Bukovsky.

- Marx & Satan. - Richard Wurmbrand. (1) (2) (3)

- Explicando o Pós-Modernismo. Ceticismo e Socialismo. - Stephen R. C. Hicks.

- Consciência de Classe. - George Lukács.

- Marxism and Philosophy. - Karl Korsch.

- Escritos Políticos - Antônio Gramsci. (1)

- Dialética do Esclarecimento - Theodor Adorno.

- Shakedown Socialism: Unions, Pitchforks, Collective Greed, The Fallacy of Economic Equality, and other Optical Illusions of Redistributive Justice. - Oleg Atbashian.

- Gulag: A History. - Anne Applebaum. (2)

- The Gulag Archipelago - Aleksandr I. Solzhenitsyn. (2)

Vou adicionando mais coisa assim que esbarrar em mais recomendações.


Fiquem a vontade para sugerir obras ou tags engraçadas.


Edit - 1 - ☭: Depois da sugestão reprovável de leitura pela Wikipedia, vou me dar ao trabalho de colar link para os textos que estão em domínio público ou a venda na Amazon. Adicionei imagens e caractere unicode de foice-e-martelo pra deixar o tópico com cara de "oficial".
Edit - 2 - ☭: Adicionando mais tags vulgares porquê as levaram a sério.

Lindo post bro.

Eu sinceramente, tenho aqui o Capital completo, mas desisti de ler porque, no fim, acabou que ele se resume a algumas teorias que servem de base para a coisa, que quando derrubadas voce derruba em cascata as conclusões, então é valido saber o "porque não". Saber qual a teoria e o "porque não" me acabou sendo mais valido (pqp ler O Capital todo ng merece, um dia se eu tiver tempo caio nessa).

Vou adicionar pelo momento pouca coisa. Hayek pois trata o assunto de forma epistemológica e alguns outros autores que criticam bem e entendem bem os problemas do socialismo.


As Seis Lições - Mises - Este não é para entender o socialismo e marxismo, mas sim uma introdução por ser um livro super curto e simples.

O Caminho da servidão - F.A Hayek - Hayek trata muito da questão na epistemologia tambem, dando uma visão diferente. Alem desse livro ser simplesmente fantástico.
Uma Teoria do Socialismo e Capitalismo - Hans-Hermman Hoppe
História do Debate do Cálculo Econômico Socialista - Fabio Barbieri
Socialismo, cálculo econômico e função empresarial - Jesús Huerta de Soto
 

Mr.Disco

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Adicionei um link para o Arquipélago Gulag completo em inglês.

É bom lembrar que, dentre outras coisas, é um texto que põe uma pá de cal no argumento de que Lenin era o fofoxinhozinho e Stálin era o Corno e Cruel. Lenin era, também, um genocida:

Alexsander Solzhenitsyn disse:
"(...) In his essay "How to Organize the Competition" (January 7 and 10, 1918), V. I. Lenin proclaimed the common, united purpose of "purging the Russian land of all kinds of harmful insects." And under the term insects he included not only all class enemies but also "workers malingering at their work"—for example, the typesetters of the Petrograd Party printing shops. (That is what time does. It is difficult for us nowadays to understand how workers who had just become dictators were immediately inclined to malinger at work they were doing for themselves.) And then again: "In what block of a big city, in what factory, in what village . . . are there not . . . saboteurs who call themselves intellectuals?" True, the forms of insect-purging which Lenin conceived of in this essay were most varied: in some places they would be placed under arrest, in other places set to cleaning latrines; in some, "after having served their time in punishment cells, they would be handed yellow tickets"; in others, parasites would be shot; elsewhere you could take your pick of imprisonment "or punishment at forced labor of the hardest kind." Even though he perceived and suggested the basic directions punishment should take, Vladimir Ilyich proposed that "communes and communities" should compete to find the best methods of purging.

The people in the local zemstvo self-governing bodies in the provinces were, of course, insects. People in the cooperative movement were also insects, as were all owners of their own homes. There were not a few insects among the teachers in the gymnasiums. The church parish councils were made up almost exclusively of insects, and it was insects, of course, who sang in church choirs. All priests were insects—and monks and nuns even more so. And all those Tolstoyans who, when they undertook to serve the Soviet government on, for example, the railroads, refused to sign the required oath to defend the Soviet government with gun in hand thereby showed themselves to be insects too.(We will later see some of them on trial.) The railroads were particularly important, for there were indeed many insects hidden beneath railroad uniforms, and they had to be rooted out and some of them slapped down. And telegraphers, for some reason, were, for the most part, inveterate insects who had no sympathy for the Soviets. Nor could you say a good word about Vikzhel, the All-Russian Executive Committee of the Union of Railroad Workers, nor about the other trade unions, which were often filled with insects hostile to the working class.

Just those groups we have so far enumerated represent an enormous number of people—several years' worth of purge activity.

(...) It would have been impossible to carry out this hygienic purging, especially under wartime conditions, if they had had to follow outdated legal processes and normal judicial procedures. And so an entirely new form was adopted: extrajudicial reprisal, and this thankless job was selfsacrificingly assumed by the Cheka, the Sentinel of the Revolution, which was the only punitive organ in human history that combined in one set of hands investigation, arrest, interrogation, prosecution, trial, and execution of the verdict."

(The Gulag Archipelago, p. 19-20)


Basicamente, Lenin definiu largas (e confusas) diretrizes básicas de "limpeza" que abarcavam desde quem tinha uma casa ao coro da igreja. Inclusive, o Solzhenitsyn esclarece que o Grande Expurgo na verdade foi, talvez, a terceira grande onda de genocídios que começou em 1918. Ele atribiu a indignação seletiva com 37 em função de que o expurgo terminou por comer o rabo de intelectuais e membros do partido, ao contrário dos expurgos de antes que só jogavam alguns milhões de miseráveis no pergelissolo das tundras e taigas.

Importante notar que essa tática higienista seria impossível de se praticar seguindo o devido processo legal e o rito da jurisdição. Tendo isto em mente, criou-se a repressão extrajudicial que foi praticada pela Cheka, o único órgão na história humana que conduzia investigação, prendia, julgava e executava a pena. É sempre bom ter isso em mente quando se defende o punitivismo até as ultimas consequências.
 

Malaquias Duro

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De que adianta ser especialista numa coisa que é deturpadantoda vez que um governante deixa milhares com fome?
 

Mr.Disco

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De que adianta ser especialista numa coisa que é deturpadantoda vez que um governante deixa milhares com fome?

Medo de encher a cabecinha com ideias pecaminosas?

Bicho, você tem que entender o que esse desgraçados defendem mais do que eles próprios.

Tem um texto curto do ILISP que eu recomendo fortemente você ler.

http://www.ilisp.org/opiniao/coisas-que-voce-precisa-aprender-para-debater-com-esquerdistas/

Lindo post bro.

Eu sinceramente, tenho aqui o Capital completo, mas desisti de ler porque, no fim, acabou que ele se resume a algumas teorias que servem de base para a coisa, que quando derrubadas voce derruba em cascata as conclusões, então é valido saber o "porque não". Saber qual a teoria e o "porque não" me acabou sendo mais valido (pqp ler O Capital todo ng merece, um dia se eu tiver tempo caio nessa).

Vou adicionar pelo momento pouca coisa. Hayek pois trata o assunto de forma epistemológica e alguns outros autores que criticam bem e entendem bem os problemas do socialismo.


As Seis Lições - Mises - Este não é para entender o socialismo e marxismo, mas sim uma introdução por ser um livro super curto e simples.

O Caminho da servidão - F.A Hayek - Hayek trata muito da questão na epistemologia tambem, dando uma visão diferente. Alem desse livro ser simplesmente fantástico.
Uma Teoria do Socialismo e Capitalismo - Hans-Hermman Hoppe
História do Debate do Cálculo Econômico Socialista - Fabio Barbieri
Socialismo, cálculo econômico e função empresarial - Jesús Huerta de Soto

Acho que ler o Capital integralmente é complicado, realmente. Eu quero tentar, pelo menos. Tipo, ler toda essa caralhada de livros leva bastante tempo maaaaaasss... é o necessário.

Quanto ao livros dos economistas, eu vou ver se compro para fazer a curadoria (sou muito importante). Eu prefiro os depoimentos escritos com sangue mas a crítica de viés econômico do Socialismo é tão importante quanto.

Prometo adicionar no tópico.

Prefiro a leitura de E.P. Thompson, mas tenho alguma coisa de Marx. Gosto de um viés mais cultural.

P.S. Recomendação: Costumes em comum

rqobhLG.jpg

Bacana. Vou dar uma olhada no E.P Thompson.

Qual a obra máxima sobre esse lance de classes?
 
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Das Kapital em si não propõe nada mas já erra desde o começo ao valorizar apenas trabalho e produto desprezando criatividade, conhecimento e desejos intangíveis.

O Manifesto Comunista no entanto defende o saque e extermínio.

Leitura que deveria ser obrigatória: 1984 e Admirável Mundo Novo.
Recomendo o Caminho da Servidão também, bem didático de um cara que viveu na época e conviveu com os maiores defensores dessa fantasia.

Marxismo cultural existe sim, é basicamente a razão de existir da escola de Frankfurt. É simplesmente a aplicação da dialética material nas relações sociais. É dessa porcaria que vem frases como "Grupos Oprimidos", "Apropriação Cultural" e "Diversidade é nossa força".

Agora, o meme:
starting-the-month-with-a-pinochet-meme-because-why-not-3387391.png
 

Malaquias Duro

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Cara, relaxa, foi piada.

Mas de fato não lerei. Gosto de estudar coisas úteis, relacionadas ao meu trabalho e selfimprovement.

Quem sabe quando tiver uns 90 anos perco tempo lendo Marx e outros autores ultrapassados.
Medo de encher a cabecinha com ideias pecaminosas?

Bicho, você tem que entender o que esse desgraçados defendem mais do que eles próprios.

Tem um texto curto do ILISP que eu recomendo fortemente você ler.

http://www.ilisp.org/opiniao/coisas-que-voce-precisa-aprender-para-debater-com-esquerdistas/



Acho que ler o Capital integralmente é complicado, realmente. Eu quero tentar, pelo menos. Tipo, ler toda essa caralhada de livros leva bastante tempo maaaaaasss... é o necessário.

Quanto ao livros dos economistas, eu vou ver se compro para fazer a curadoria (sou muito importante). Eu prefiro os depoimentos escritos com sangue mas a crítica de viés econômico do Socialismo é tão importante quanto.

Prometo adicionar no tópico.



Bacana. Vou dar uma olhada no E.P Thompson.

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tiagobronson

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Unica pessoa sensata que entendeu o marxismo, morreu de tanto dar risada e não teve tempo de contar pra ninguém.
 

Mr.Disco

Bam-bam-bam
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Das Kapital em si não propõe nada mas já erra desde o começo ao valorizar apenas trabalho e produto desprezando criatividade, conhecimento e desejos intangíveis.

O Manifesto Comunista no entanto defende o saque e extermínio.

Leitura que deveria ser obrigatória: 1984 e Admirável Mundo Novo.
Recomendo o Caminho da Servidão também, bem didático de um cara que viveu na época e conviveu com os maiores defensores dessa fantasia.

Marxismo cultural existe sim, é basicamente a razão de existir da escola de Frankfurt. É simplesmente a aplicação da dialética material nas relações sociais. É dessa porcaria que vem frases como "Grupos Oprimidos", "Apropriação Cultural" e "Diversidade é nossa força".

Agora, o meme:
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George Orwell é foda mas é fora do escopo da lista. Tipo... as obras dele são o tipo de coisa que você precisa ler junto de Dostoievski e afins.

Esse negócio da linguagem, inclusive, dela nunca ser isenta e muitas vezes carregar uma agressão é de quem mesmo da Escola de Frankfurt? Quero dizer Korsch mas não tenho certeza. Sei que é berço desse mimimi de microagressões.
 

Citizen Kane

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Queria alguma leitura introdutória sobre a " solução de lange-lerner" em face do problema do calculo econômico defendido por Mises que destroçou a tese de economia planificada, que é um supremo pilar do socialismo. @Beren_ , vc tem alguma leitura sobre isso? Sei que Hayek toma as dores de Mises e faz uma critica a terceira via de Lerner, mas queria ler dos próprios caras.
 

Lascaux

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George Orwell é foda mas é fora do escopo da lista. Tipo... as obras dele são o tipo de coisa que você precisa ler junto de Dostoievski e afins.

Esse negócio da linguagem, inclusive, dela nunca ser isenta e muitas vezes carregar uma agressão é de quem mesmo da Escola de Frankfurt? Quero dizer Korsch mas não tenho certeza. Sei que é berço desse mimimi de microagressões.
"Micro agressions" é uma invenção de um psicólogo negro americano para classificar (psicólogos adoram isso) o racismo latente (negros americanos adoram falar isso) na linguagem dos brancos. Claro que o pessoal progressista adora essas coisas também e adotaram com gosto. Não sei quando ou quem fez isso, só sei que vejo sendo usado com muita freqüência.

Saindo do escopo do tópico mas quem tiver interesse tem vídeos do Jordan Peterson falando sobre essas coisas todas, vale a pena ver.
 

Pingu77

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>saber sobre o marxismo
>lista com a maioria de livros de leituras de terceiros rebatendo o marxismo, ao invés de fontes primárias ou comentadores de Marx

Carlos Marques, assim como o Bolsonaro, é talvez um dos pensadores mais deturpados de todos os tempos e creio que quem quer um pensamento potente sobre a política e o mundo, não essa eterna lamúria da esquerda, deve abraçar sua degeneração infernal e segui-lo no que ainda é afirmativo, relevante, e descartar radicalmente todas as outras besteiras (teoria do valor-trabalho, por exemplo).

Afinal, como disse um biógrafo sério (diferente do lixo reacionário e da adulação de capachos que são grande parte dos trabalhos anteriores) em um grande trabalho publicado pela doentemente marxista editora Boitempo: o próprio Marx tinha esse caráter de intelectual inquieto, que estava constantemente se renovando e com curiosidade científica.

(Essa entrevista com ele [biógrafo] é muito boa também: https://www1.folha.uol.com.br/ilust...sem-o-emaranhado-ideologico-do-marxismo.shtml )

Dessa maneira, eu afirmo o que eu já comentei aqui diversas vezes (um marxismo de direita ou materialismo cibernético), a única saída afirmativa para o capitalismo e para a libertação humana, é acelerar e liberar o capitalismo, ao ponto de sua total autonomização, da forma de organização humana, como também por consequência antes dele [capital] deletar os mínimos resquícios dela [humanidade] restantes, ponto que talvez seríamos deletados totalmente enquanto "humanos", existencialmente e individualmente, fundidos ou extintos.

Como diz o Vincent Garton estudando o Volume III d'O Capital, citando o Marx que elogiava o David Ricardo (economista liberal):

"Secondly, the road to ‘postcapitalism’ is over the corpse of nonalienated humanity. Now this, precisely, is the root of Marx’s inhumanism, which he puts explicitly as a reading of Ricardo in this chapter:

It is [Ricardo’s] unconcern about “human beings” … which is held against him … and his having an eye solely for the development of the productive forces, whatever the cost in human beings and capital-values … [But] it is precisely that which is the important thing about him. Development of the productive forces of social labour is the historical task and justification of capital."

Fonte: https://vincentgarton.com/2017/03/07/accelerate-marx/

E aí entra o Nick Land:

"Karl Marx e Friedrich Nietzsche estavam entre aqueles que capturaram aspectos importantes da tendência. Conforme o circuito é incrementalmente fechado, ou intensificado, ele exibe uma autonomia, ou automação, cada vez maior. Ele se torna mais firmemente auto-produtivo (o que é apenas o que ‘feedback positivo’ já diz). Uma vez que ele não apela a nada além de si mesmo, ele é inerentemente niilista. Ele não tem qualquer significado concebível além da auto-amplificação. Ele cresce a fim de crescer. A humanidade é seu hospedeiro temporário, não seu mestre. Seu único propósito é si mesmo."

Fonte: https://xenosistemas.wordpress.com/2017/05/26/uma-introducao-rapida-e-suja-ao-aceleracionismo/

Minha hipótese: A escapatória seria a humanidade (ou o que restou dela, "ciborgue"), durante esse momento de transição aonde o Alien/Capital finalmente sai do estômago da humanidade, que é o hospedeiro do Capital, abandonar a arrogância antropocêntrica e inverter a relação, se tornar assim um parasita ao Capital: que enquanto na primeira relação de hospedeiro o Capital se alimentava dos fluxos humanos e o afetava negativamente também [assim como positivamente, não sejamos hipócritas, e esse é o propósito de acelerá-lo]; na segunda, da humanidade parasitando o Capital já emancipado em sua forma de I.A.s autônomas, a humanidade criaria uma relação ecológica comensalista, aonde apenas se nutre do "hospedeiro", mas não o afeta negativamente em nada, já que corre o risco da destruição (como o tubarão e a rêmora).

O marxismo de direita é o TERROR da direita, além de ser a """ideologia""" suprema, que destrói totalmente direita e esquerda.

Citando um trecho básico do Marx (ainda no Manifesto Comunista) que mostra hoje o terror desesperado da direita e seu inevitável e vão recuo ao socialismo/estatismo diante do marxismo de direita, como também mostra a imbecilidade da esquerda e sua incompetência de compreender o capital como força revolucionária e cyberpunk:

"A burguesia desempenhou na história um papel altamente revolucionário. Lá onde chegou à dominação, destruiu todas as relações feudais, patriarcais, idílicas. Rasgou sem misericórdia todos os variados laços feudais que prendiam o homem aos seus superiores naturais e não deixou outro laço entre homem e homem que não o do interesse nu, o do insensível 'pagamento à vista'. Afogou os fervores sagrados da exaltação religiosa, do entusiasmo cavalheiresco, da melancolia pequeno-burguesa, na água gelada do cálculo egoísta. Resolveu a dignidade pessoal no valor de troca; e no lugar das inúmeras liberdades bem adquiridas e certificadas pôs a liberdade única, sem escrúpulos, a de comércio. Numa palavra, no lugar da exploração encoberta com ilusões políticas e religiosas, pôs a exploração seca, direta, despudorada, aberta.

A burguesia despiu da sua aparência sagrada todas as atividades até aqui veneráveis e consideradas com pia reverência. Transformou o médico, o jurista, o padre, o poeta, o homem de ciência em trabalhadores assalariados pagos por ela. A burguesia arrancou à relação familiar o seu comovente véu sentimental e reduziu-a a uma pura relação de dinheiro.

A burguesia não pode existir sem revolucionar incessantemente os instrumentos de produção, por conseguinte, as relações de produção e, com isso, todas as relações sociais. (…) Essa subversão contínua da produção, esse abalo constante de todo o sistema social, essa agitação permanente e essa falta de segurança distinguem a época burguesa de todas as precedentes. Dissolvem-se todas as relações sociais antigas e cristalizadas, com seu cortejo de concepções e de ideias secularmente veneradas; as relações que as substituem tornam-se antiquadas antes de se consolidarem. Tudo o que era sólido e estável se desmancha no ar, tudo o que era sagrado é profanado e os homens são obrigados finalmente a encarar sem ilusões a sua posição social e as suas relações com os outros homens."

Resta à direita colocar seus tinfoil hats e aceitar o que a formação social apresenta a ela na aparência, que a culpa é do "marxismo cultural" (o "neoliberalismo" da direita):

5IGCXCS.png


c
 

Beren_

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Queria alguma leitura introdutória sobre a " solução de lange-lerner" em face do problema do calculo econômico defendido por Mises que destroçou a tese de economia planificada, que é um supremo pilar do socialismo. @Beren_ , vc tem alguma leitura sobre isso? Sei que Hayek toma as dores de Mises e faz uma critica a terceira via de Lerner, mas queria ler dos próprios caras.

Meu irmãozinho. Tem um tempinho que não estou lendo nada de economia. Dei um tempo para ler Ayn Rand e por problemas adversos, desde trampo ate saude to demorando a terminar. ;(
Eu li pouquíssimo sobre esse modelo, e nenhum livro, somente artigos que na verdade eram sobre outro assunto e acabaram citando o modelo. Eh algo se não me falhar a memoriado tipo propriedade publica dos meios de producao mas conseguiria atender as necessidades dos indivíduos. Pois supostamente haveria um mercado. O problema poderia ser então nos incentivos para quem produz que seriam errados (estou só raciocinando aqui kk).

Mas, independente de eu não ter o conhecimento todo necessário, nada impede que eu tente te ajudar, vou passar um artigo que fala sobre o tema e que tem referencias literárias. Veja se te ajuda. (em ingles)

https://mises.org/library/end-socialism-and-calculation-debate-revisited
 

PedroFross

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Caras, não viagem.

Gramsci alega que a burguesia usa sua hegemonia cultural para manter e legitimar o estado capitalista e defende que, para se combater isto, seria necessário que membros do proletariado ingressassem nos círculos intelectuais.

Querem um exemplo? Quando a Globo faz reportagens criticando movimentos sindicais, ela está fazendo exatamente o que Gramsci criticou. Ela usa seu poder econômico pra difundir a ideia de que sindicalistas são todos vagabundos e que a ordem atual, de patrão e empregado, é uma coisa justa e inquestionável. O que Gramsci defende é que este tipo de coisa passasse a ser mais questionada pela sociedade, ao ponto das pessoas não mais tomarem o capitalismo como algo natural e imutável e ficassem mais propensas a uma revolução.

Aí nego acha que porque uma emissora capitalista bota a Fátima Bernardes pra lacrar pautas LGBT, o verdadeiro interesse é implantar uma lenta e gradual ditadura do proletariado. Qual o interesse da Globo - uma das maiores beneficiadas pelo capitalismo - implantar um regime socialista neste país? O que a Globo ganha com o fim da propriedade privada dos meios de produção? Qual o sentido disso :klolz?
Só porque a globo é capitalista não significa que não faça isso(afinal é a hipocrisia que a direita tanto fala dessas grandes empresas,vários ricassos propagando ideias contrárias)

Apesar de que eu concordo que a globo querer uma ditadura do proletariado é exagero,isso não muda as propagandas de pautas progessistas sociais que eles fazem todos os dias.

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LHand

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Apesar de que eu concordo que a globo querer uma ditadura do proletariado é exagero,isso não muda as propagandas de pautas progessistas sociais que eles fazem todos os dias.
Divulgar pautas "progressistas" não tem nada a ver com marxismo.

Acho que esse tópico é uma boa pra pensar: o que leva essas pautas "de lacrar" serem confundidas com "marxismo subversivo"?
Má-fé.

Essas pautas de "identidade", "empoderamento" e "lacração" são relacionadas ao chamado Pós-Modernismo, que de marxista não tem nada.

Digo, é até possível um marxista defender políticas identitárias - como faziam os Panteras Negras, por exemplo - desde que o foco seja a questão de classes sociais. Para muitos marxistas, políticas de identidade pós-modernas ("de lacração") são diversionismos para o que realmente importa, que é a luta de classes.

Na visão marxista, é absurda a ideia pós-moderna de que um gay pobre, por exemplo, se identifique mais com o Tim Cook (CEO da Apple que é gay) do que com um heterossexual igualmente pobre. Pro marxista, não faz muito sentido que negros comemorem "representatividade" porque o presidente dos EUA é negro se eles esquecerem que ele continuou governando para os ricos. O cerne do marxismo é a união do proletariado como motor da revolução e estas políticas de identidade pós-modernas são vistas como fatores de desunião, ou "atomização" da classe proletária.

Abaixo tem alguns trechos de um artigo do Aijaz Ahmad (um filósofo marxista) sobre o pós-modernismo:

We have seen that ‘the postmodern’ can be understood in at least three different ways:

1. as a set of structural changes in the very nature of capitalism that have gathered increasing force over the past sixty years or so, and the way these changes have been conceptualised in postmodern thought, in the US as well as France;

2. as philosophical positions that postmodernist thinkers take in opposition to the Enlightenment and its legacies—in opposition, most importantly, to Marxist thought and Communist politics; and

3. as actual political practices, organizational principles, and ideological assertions which they posit in opposition to Marxism and communism, and which objectively correspond to those postmodern philosophical positions (a fetish to localism and ethnicity, rise of the funded NGOs, the so-called ‘social movements’ and ‘civil society organizations’ etc are the obvious examples).

In its political persuasions, all of postmodernism is engaged in distancing itself from Marxism and communist politics...

The most far-reaching consequence of postmodernism in practical politics has been what I have called the atomisation of politics, the displacement of class politics by an amorphous entity called ‘culture,’ the further displacement of the politics of Equality by the politics of Identity, the fracture of the unity of the exploited and the oppressed into countless little oppositional claims, so that resistance seems to be everywhere but nowhere in particular.

Na visão de Ahmad, o pós-modernismo é uma corrente de pensamento burguesa de divisão das classes trabalhadoras, que coloca proletários igualmente oprimidos em oposição por causa de raça, cor ou gênero. É bizarro o pessoal acreditar que isso seja marxista e - pior ainda - que grandes empresas como a Globo são "marxistas culturais" por divulgarem esse tipo de ideia.
 
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