Grose
Bam-bam-bam
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Polêmica! Não lembro de ter visto um tópico sobre ele sem ter muitas brigas e fins trágicos. Vamos ver onde este dará.
Recentemente o Nintendo 64 completou 22 anos, costumo dizer que ele o Dreamcast são os videogames que mais aprecio, o NES e o Mega Drive em seguida são os que considero mais significativos da minha carreira. Devem pensar que sou burro por tê-los nesta proporção, se temos videogames com muito mais jogos, muito mais clássicos e muito mais representatividade, mas sabem como é, não coordenamos os sentimentos, portanto, me sinto melhor os considerando desta forma, sem menosprezar os outros, sei o quão eles são carentes e até ruins perante SNES, Playstation & cia. É como torcer para um time que não ganha nada de relevante, mesmo tendo aqueles que sempre ganham títulos, não é óbvio ou esperto ficar torcendo para os outros, ainda assim, pode ser interessante e divertido.
Como vocês devem saber o 64 foi adiado trocentas vezes, o desejava era apenas por ser um videogame da Nintendo, nunca dissociei a imagem dela e da SEGA em nível de equivalência sentimental e de qualidade, é como se fossem a mesma coisa de tanto que admirava ambas, mas quando cheguei no dia que receberam ele na Progames e puseram Mario 64 para rodar, o impacto foi fulminante, tanto que depois disso jamais me impressionei da mesma forma, ali presenciávamos não somente um jogo mas um mundo de novas possibilidades, que felizmente para o meu gosto se concretizaram, até ultrapassaram as expectativas. Devo agradecer a minha tia que mudou para a nossa casa depois que o marido dela faleceu, ela que comprou para nós na mesma locadora, com dois controles, um para mim e outro para a minha irmã mais nova.
Falando em um controle para mim e outro para a minha irmã, vamos começar com o ponto mais forte do Nintendo 64 e um dos grandes motivos pelo qual a Nintendo veio sendo reverenciada desde então, os jogos para multiplayers local. As 4 entradas para controles não foram inseridas sem motivo ou por probabilidade, FPS, corrida e party games fizeram a alegria daqueles que possuíam mais uns 2 ou 3 amigos, primos ou uma irmã e pelo menos mais um acompanhante, quantas madrugadas atravessadas jogando Goldeneye 007, teve até uma festa aqui em casa que os convidados foram parando pouco a pouco para curtir o jogo, antes como telespectadores e então como jogadores, eu costumava alugar mais um ou dois controles ciente destas ocasiões. Era difícil de se segurar, no Mario Party então, colocávamos 50 rodadas e lá se iam cerca de 3 horas ininterruptas, até no Conker's que não é o foco dele possui uns joguinhos bem legais pra curtir com o povo.
Engraçado que nesta época minha atenção estava quase toda voltada para os solitários jogos de luta, talvez por isso o 64 tenha sido o complemento ideal, destoava desse estilo que devorava nos fliperamas, além disso, apesar do início com poucos lançamentos era muito mais fácil encontrar jogos para ele que para o Saturnão. Apesar disso KIller Instinct Gold é um dos jogos de luta que mais joguei na vida e o primeiro que ganhei para curtir o novo videogame.
Nesta foto os meus jogos japoneses completos, a maior parte comprei nas Progames, é incrível ter Susume Tasen Puzzle Dama e Puyo Puyo Sun 64 na coleção, agradeço imensamente os donos das franquias de Curitiba terem trazido tantas pérolas do oriente.
Nesta altura ainda não estava focado nos RPGs, basicamente jogava luta, puzzles estilo tetris, corrida e plataforma, tirando luta o NIntendo 64 possui grandes representantes nos outros gêneros. Entre os de corrida, Rush 2 consta nos meus preferidos de todos os tempos, Beetle Adventure Racing no mínimo entre os 10 do estilo, Mario Kart 64 e Diddy Kong Racing dispensam elogios, Ridge Racer 64 e World Driver Championship também são competentes, porém, onde o novo videogame brilhou intensamente foram nas conversões tridimensionais dos jogos de plataforma.
Super Mario 64 foi o jogo que mais surpreendeu jogadores pelo mundo, comigo não foi diferente, nem tanto pelos gráficos mas pelas novas possibilidades, é engraçado perceber que um jogo lançado mais de 20 anos atrás serve de parâmetro até hoje, direto vemos comentários fazendo comparações entre ele e de como alguns desenvolvedores ainda não aprenderam a lidar com certos elementos como controle de câmera e coesão espacial. Mas nem só de Mario vivem os Nintendistas, ainda fomos agraciados com Banjo-Kazooie, Conker's Bad Fur Day e Donkey Kong 64 pela Rare, Bomberman se aventurou na nova perspectiva com três jogos, Rayman 2 chegou batendo na mesa, trazendo seu irmão Tonic Trouble, dois Goemon de respeito, até os menos expressivos Chameleon Twist, Glover, Donald Duck: Goin Quackers e Rocket: Robot on the Wheels surgem com certa dignidade.
Apesar dos destaques da nova plataforma de jogos, muitos ainda o odeiam, a maioria por birra infantil querendo que todos admirem somente uma única e evidente empresa, ainda possuo amigos assim, que reclamam dele mas quando estamos juntos jogam Mario Party, Road Rash, Mario Kart, Goldeneye, Mario Tennis, Rush e tantos outros como se fossem crianças, um deles possui até a caneca do 64 e ainda reclama, vai entender. As discussões são ainda maiores na internet quando pesquisas revelam uma apreciação acima da média pelo videogame atualmente, considerando tantos que não tiveram mas conheceram tardiamente.
Não podia terminar este texto sem falar do meu jogo preferido, The Legend of Zelda: Ocarina of Time, o primeiro e por muitos anos o único jogo que paguei 150R$ lacrado no lançamento, uma das melhores decisões que fiz em minha vida, quantas e quantas vezes terminei este jogo, nossa senhora... A escolha é clichê e até pensei em fazer uma piadinha mas vou deixar para destacar a surpresa pelo motivo que considero este jogo tão grandioso, a narrativa.
Vou ter que abrir um parágrafo para destacar isso, é comum confundirem narrativa com a história, sendo que é possível termos ótimas histórias com péssimas narrativas e até péssimos jogos com grandes histórias, é um desperdício de ideias se a narrativa não colaborar, narrativa é a forma como a história é contada, o senso de aventura em Zelda não é graças a história mas pela forma como ela transcorre, é o que considero de mais genial, o resto funcionar corretamente apenas reforça o valor da obra e a torna do tamanho que é. Transcorrerei mais sobre isso num tópico futuro.
Será que eu continuaria jogando por tanto tempo se não tivesse topado com estes tipos de jogos? As vezes nem sempre o mais adequado é o que serve para nós, não vivemos mais no tempo das cavernas, buscarmos aquilo que nos atrai não é egoismo, burrice é nos privarmos daquilo que nos proporciona sensações legitimas numa vida de tempo restrito, onde cada dia a mais é um dia a menos.
Então este é o meu relato bem reduzido sobre o que vivencio com o Nintendo 64 desde o seu lançamento até hoje, estava com vontade de escrever mas a critividade não estava tão alta, então espero que soe bem, acredito que volto a trabalhar segunda-feira então tinha que aproveitar esta oportunidade para investir um pouco mais de tempo nisto.
Agora é com vocês, compartilhem um pouco de suas emoções e acompanhem os tópicos abaixo. Este foi o quinto tópico sobre um videogame especifico, haverão outros, podem ter certeza, quem se propuser a fazer pode ficar à vontade, acrescentei na lista o tópico do Piga sobre PCs em nossas vidas e do Cosmão sobre nosso primeiro contato com games, pretendo fazer disto um roteiro da nossa Odysseya.
Nós e as revistas de videogame
Como é ter um Neo Geo AES em sua vida?
XBOX Clássico em nossas vidas
Dreamcast: Por 18 anos em nossas vidas
Sega Saturn em nossas vidas
Como era ter um PC em nossas vidas nos anos 90 e início de 2000?
Como foi seu primeiro contato com videogames? E qual o seu primeiro console?
As coleções em nossas vidas
Street Fighter II em nossas vidas
The King of Fighters em nossas vidas
Mortal Kombat em nossas vidas
Tekken em nossas vidas
Bomberman em nossas vidas
Os jogos de corrida de nossas vidas
[SHMUP Official] SHMUPs em nossas vidas
Jogos de inverno para o verão
Recentemente o Nintendo 64 completou 22 anos, costumo dizer que ele o Dreamcast são os videogames que mais aprecio, o NES e o Mega Drive em seguida são os que considero mais significativos da minha carreira. Devem pensar que sou burro por tê-los nesta proporção, se temos videogames com muito mais jogos, muito mais clássicos e muito mais representatividade, mas sabem como é, não coordenamos os sentimentos, portanto, me sinto melhor os considerando desta forma, sem menosprezar os outros, sei o quão eles são carentes e até ruins perante SNES, Playstation & cia. É como torcer para um time que não ganha nada de relevante, mesmo tendo aqueles que sempre ganham títulos, não é óbvio ou esperto ficar torcendo para os outros, ainda assim, pode ser interessante e divertido.
Como vocês devem saber o 64 foi adiado trocentas vezes, o desejava era apenas por ser um videogame da Nintendo, nunca dissociei a imagem dela e da SEGA em nível de equivalência sentimental e de qualidade, é como se fossem a mesma coisa de tanto que admirava ambas, mas quando cheguei no dia que receberam ele na Progames e puseram Mario 64 para rodar, o impacto foi fulminante, tanto que depois disso jamais me impressionei da mesma forma, ali presenciávamos não somente um jogo mas um mundo de novas possibilidades, que felizmente para o meu gosto se concretizaram, até ultrapassaram as expectativas. Devo agradecer a minha tia que mudou para a nossa casa depois que o marido dela faleceu, ela que comprou para nós na mesma locadora, com dois controles, um para mim e outro para a minha irmã mais nova.
Falando em um controle para mim e outro para a minha irmã, vamos começar com o ponto mais forte do Nintendo 64 e um dos grandes motivos pelo qual a Nintendo veio sendo reverenciada desde então, os jogos para multiplayers local. As 4 entradas para controles não foram inseridas sem motivo ou por probabilidade, FPS, corrida e party games fizeram a alegria daqueles que possuíam mais uns 2 ou 3 amigos, primos ou uma irmã e pelo menos mais um acompanhante, quantas madrugadas atravessadas jogando Goldeneye 007, teve até uma festa aqui em casa que os convidados foram parando pouco a pouco para curtir o jogo, antes como telespectadores e então como jogadores, eu costumava alugar mais um ou dois controles ciente destas ocasiões. Era difícil de se segurar, no Mario Party então, colocávamos 50 rodadas e lá se iam cerca de 3 horas ininterruptas, até no Conker's que não é o foco dele possui uns joguinhos bem legais pra curtir com o povo.
Engraçado que nesta época minha atenção estava quase toda voltada para os solitários jogos de luta, talvez por isso o 64 tenha sido o complemento ideal, destoava desse estilo que devorava nos fliperamas, além disso, apesar do início com poucos lançamentos era muito mais fácil encontrar jogos para ele que para o Saturnão. Apesar disso KIller Instinct Gold é um dos jogos de luta que mais joguei na vida e o primeiro que ganhei para curtir o novo videogame.
Nesta foto os meus jogos japoneses completos, a maior parte comprei nas Progames, é incrível ter Susume Tasen Puzzle Dama e Puyo Puyo Sun 64 na coleção, agradeço imensamente os donos das franquias de Curitiba terem trazido tantas pérolas do oriente.
Nesta altura ainda não estava focado nos RPGs, basicamente jogava luta, puzzles estilo tetris, corrida e plataforma, tirando luta o NIntendo 64 possui grandes representantes nos outros gêneros. Entre os de corrida, Rush 2 consta nos meus preferidos de todos os tempos, Beetle Adventure Racing no mínimo entre os 10 do estilo, Mario Kart 64 e Diddy Kong Racing dispensam elogios, Ridge Racer 64 e World Driver Championship também são competentes, porém, onde o novo videogame brilhou intensamente foram nas conversões tridimensionais dos jogos de plataforma.
Super Mario 64 foi o jogo que mais surpreendeu jogadores pelo mundo, comigo não foi diferente, nem tanto pelos gráficos mas pelas novas possibilidades, é engraçado perceber que um jogo lançado mais de 20 anos atrás serve de parâmetro até hoje, direto vemos comentários fazendo comparações entre ele e de como alguns desenvolvedores ainda não aprenderam a lidar com certos elementos como controle de câmera e coesão espacial. Mas nem só de Mario vivem os Nintendistas, ainda fomos agraciados com Banjo-Kazooie, Conker's Bad Fur Day e Donkey Kong 64 pela Rare, Bomberman se aventurou na nova perspectiva com três jogos, Rayman 2 chegou batendo na mesa, trazendo seu irmão Tonic Trouble, dois Goemon de respeito, até os menos expressivos Chameleon Twist, Glover, Donald Duck: Goin Quackers e Rocket: Robot on the Wheels surgem com certa dignidade.
Apesar dos destaques da nova plataforma de jogos, muitos ainda o odeiam, a maioria por birra infantil querendo que todos admirem somente uma única e evidente empresa, ainda possuo amigos assim, que reclamam dele mas quando estamos juntos jogam Mario Party, Road Rash, Mario Kart, Goldeneye, Mario Tennis, Rush e tantos outros como se fossem crianças, um deles possui até a caneca do 64 e ainda reclama, vai entender. As discussões são ainda maiores na internet quando pesquisas revelam uma apreciação acima da média pelo videogame atualmente, considerando tantos que não tiveram mas conheceram tardiamente.
Não podia terminar este texto sem falar do meu jogo preferido, The Legend of Zelda: Ocarina of Time, o primeiro e por muitos anos o único jogo que paguei 150R$ lacrado no lançamento, uma das melhores decisões que fiz em minha vida, quantas e quantas vezes terminei este jogo, nossa senhora... A escolha é clichê e até pensei em fazer uma piadinha mas vou deixar para destacar a surpresa pelo motivo que considero este jogo tão grandioso, a narrativa.
Vou ter que abrir um parágrafo para destacar isso, é comum confundirem narrativa com a história, sendo que é possível termos ótimas histórias com péssimas narrativas e até péssimos jogos com grandes histórias, é um desperdício de ideias se a narrativa não colaborar, narrativa é a forma como a história é contada, o senso de aventura em Zelda não é graças a história mas pela forma como ela transcorre, é o que considero de mais genial, o resto funcionar corretamente apenas reforça o valor da obra e a torna do tamanho que é. Transcorrerei mais sobre isso num tópico futuro.
Será que eu continuaria jogando por tanto tempo se não tivesse topado com estes tipos de jogos? As vezes nem sempre o mais adequado é o que serve para nós, não vivemos mais no tempo das cavernas, buscarmos aquilo que nos atrai não é egoismo, burrice é nos privarmos daquilo que nos proporciona sensações legitimas numa vida de tempo restrito, onde cada dia a mais é um dia a menos.
Então este é o meu relato bem reduzido sobre o que vivencio com o Nintendo 64 desde o seu lançamento até hoje, estava com vontade de escrever mas a critividade não estava tão alta, então espero que soe bem, acredito que volto a trabalhar segunda-feira então tinha que aproveitar esta oportunidade para investir um pouco mais de tempo nisto.
Agora é com vocês, compartilhem um pouco de suas emoções e acompanhem os tópicos abaixo. Este foi o quinto tópico sobre um videogame especifico, haverão outros, podem ter certeza, quem se propuser a fazer pode ficar à vontade, acrescentei na lista o tópico do Piga sobre PCs em nossas vidas e do Cosmão sobre nosso primeiro contato com games, pretendo fazer disto um roteiro da nossa Odysseya.
Nós e as revistas de videogame
Como é ter um Neo Geo AES em sua vida?
XBOX Clássico em nossas vidas
Dreamcast: Por 18 anos em nossas vidas
Sega Saturn em nossas vidas
Como era ter um PC em nossas vidas nos anos 90 e início de 2000?
Como foi seu primeiro contato com videogames? E qual o seu primeiro console?
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