Cafetão Chinês
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O Blade Runner aí acha que os recursos são infinitos e que um sistema irá alocar e construir bens de consumo para sempre. Produzirão tudo que precisamos com todos os recursos "infinitos" disponíveis no planeta, que todos terão condições de ter todos os bens de consumo em abundância, pois robôs e máquinas produzirão robôs e máquinas para todos (com "recursos infinitos").Quer dizer que trabalho é mágica? Eu achava que no capitalismo era o trabalho que construia as coisas também. Não sabia que vc juntava capital até ter uma quantidade X, ai vc joga no chão num lugar onde quer ter uma fábrica, ai esse capital vira fábrica pq vc poupou ele direitinho.
Todos os recursos pra criar uma fábrica também são frutos do trabalho cara, tudo é trabalho!
Sobre identificar a demanda, que tal um sistema que vc entra no PC, e pede um carro. Pronto, agora o sistema sabe que vc quer um carro! Eu sinceramente ainda não vejo o drama de identificar demanda, é literalmente uma questão de comunicação. Pessoa A quer item X, ela pede esse item através de Z, que comunica ao sistema de produção e pronto.
Qualquer idiota deve entender que o problema central da economia é a escassez, sempre haverá escassez, sempre haverá mercado.
Pelo visto, você não entendeu absolutamente nada do que leu. Um sistema de computador não resolve o problema da alocação de recursos e nem o da produção, pois não resolve o problema da ausência de preços de mercado. Sem preços de mercado livremente formados, simplesmente não há como alocar recursos de maneira racional, sensata e eficiente.
Dizer que um sistema abole o mercado e o capitalismo é absolutamente o mesmo que dizer que um comitê centralizado especializado pode substituir a economia de mercado, que era exatamente o argumento dos socialistas e comunistas.
Um sistema programado não vai a abolir a escassez, nem as externalidades advindas dela, nem a preferência variável dos consumidores, que inclusive indicam uma sociedade livre de coerção.
O que você quer é viver na ilusão de uma ditadura que "consegue" em teoria (nunca prática) te entregar apenas o básico para sobreviver e ficar caladinho pianinho.
Isso seria uma sociedade pobre, todos iguais na pobreza e miséria, pois um sistema não é capaz de resolver a escassez, a entropia, externalidades advindas das proposições anteriores, e a preferência dos consumidores, marginal e subjetiva.
Concentração de dados não podem alterar as leis da física.
E ainda surge outro problema: quanto vai custar toda essa ficção científica que você propôs? O custo para manutenção alocação e cobrir externalidades de todo o processo para fabricar todas essas máquinas e sistemas?
E o custo de fabricação, externalidades, escassez e alocação de toda a cadeia e fornecimento para construir as ferramentas necessárias a serem alocadas levando em conta todas as externalidades, escassez, e custo de alocação em função desses fatores para fabricar as máquinas que por sua vez exigem compensações e custo de alocação, escassez, e externalidades a serem compensadas para serem produzidas e alocadas?
As máquinas e o sistema surgem do céu? Do nada? O moto perpétuo foi inventado? Porque se não, a escassez por si só gerará externalidades como tempo de produção, custo de alocação, em toda a cadeia de maquinas e ferramentas para construir máquinas e ferramentas para construir ferramentas usadas para construir máquinas, e ferramentas usadas para captar recursos para construir ferramentas usadas para construir máquinas com todo um custo, externalidade e escassez envolvido.
Tudo isso exigirá inevitavelmente um sistema de preços que reflita o custo, demandagem, e utilidade variável que se ajuste a cada complexidade da cadeia de produção.
Indo um pouco além do argumento da falta de preços:
1° Dados são informações passadas e apenas isso, podem auxiliar um investimento, mas não podem fornecer uma inovação, papel esse do empreendedor.
2° Máquinas e sistemas são apenas automações, não confunda com o que você vê em filmes, eles só fazem aquilo que são programados. Com o avanço da programação poderão executar algumas tarefas mais complexas que exigem a leitura de inúmeras variáveis (como conduzir 100% um carro ou limpar a sua casa), mas jamais serão capazes de criar o que não existe, e jamais serão capazes de prever ou entender a demanda subjetiva dos consumidores. O papel do empreendedor nunca será substituído.
3° O comitê comunista pode tentar fazer o papel empreendedor, mas limitado a poucas mentes, sem incentivos para melhorias e com interesses desconexo do consumidor. A economia de mercado fornece uma sociedade de mentes empreendedoras, com incentivos a melhorias e interesses alinhados ao consumidor.
Por isso a sociedade de mercado sempre será melhor do que qualquer outra.
Assim, você simplesmente voltou ao problema original do socialismo e do planejamento centralizado na economia. Retornou à década de 1930. E o argumento de Mises, de 1920, segue inabalado. Recomendo o mínimo de leitura.
Boa pergunta, eu diria que o inventor do produto é que colocará o preço, observando o custo de fabricação desse produto + um valor desejado de lucro e observando o mercado no qual esse produto será inserido. Se por exemplo é um tipo de bem eletrônico, então analisar o mercado de eletrônicos pra saber os preços, ou se for um tipo de comida, então analisar esse mercado e ver a faixa de preço que cabe a seu produto, e de qualquer forma esse preço é dado ANTES da produção, não tem como ser depois. Em produtos que já existem o preço é também determinado durante a produção, através de uma observação do mercado. Vc cria uma nova marca de carro, vc sabe já o preço que vc vai por nos seus carros baseado nos preços de outras marcas do mercado + o seu custo de produção + valor desejado de lucro etc.
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