Eu não gosto muito desse cara. Acho ele um liberaleco globalista e tem algumas tendências keynesianas.
Mas essa análise dele foi na veia e honesta (sem viés panfletário). Infelizmente, eu não mudaria uma vírgula do que ele falou.
A situação é realmente péssima. O Brasil ficou inviável demais por muito tempo. Pense que a Inglaterra quando estava em situação "ruim" e a Tatcher fez reformas bem duras, nem de longe era um país semi-socialista como o fundo do poço em que o Brasil chegou. E já era desenvolvida graças aos séculos de liberalismo e acúmulo de capital (algo que nunca tivemos).
Teríamos de fazer muito mais reformas, e numa velocidade muito maior. Só que nem a sociedade e nem os setores do estado querem isso, pois são dolorosas (quanto mais tempo a doença se espalha, mais difícil remove-la).
A economia deve melhorar, mas enquanto estivermos sob o manto da CF88, continuará sendo de vôos de galinha.
Infelizmente, e reforço bem o infelizmente, a única chance de uma melhora considerável no país seria algo bem radical.
Já deu pra ver que não adianta trocar o presidente, fizemos isso colocando lá o único cara honesto de todos, e o resultado é que metade do Brasil quer destrui-lo. Eu acho que a situação aqui é um pouco pior do que aquela que a Thatcher e o Pinochet encontraram.
Na minha visão, o principal inimigo que precisa ser destruído não é o congresso, é o STF. Penso que assim que houver um movimento contra eles, as coisas vão melhorar bastante.
Ai chegamos ao X da questão: qual seria esse movimento? O Batoré tá segurando ao máximo os pedidos de impeachment, mas não vai aguentar essa pica por muito tempo. E se ele continuar amarrando, então leva ao plenário do senado.
E tem a outra opção, que pessoalmente prefiro, mas teria sérias consequências, que seria uma intervenção no STF; o problema é que aqui literalmente a CF seria rasgada, e o presidente que fizer isso ficará manchado para sempre na história da política, mas podem ter certeza que as coisas melhoraram muito.
O fato é: enquanto não houver uma ação contra o STF, nada mudará, não importa que tenhamos 100 bolsonaros.
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