Para mim, culpar o presidente pelas mortes oriundas do covid é o argumentos dos mais vazios e rasos propagados pelos opositores atualmente.
Vou ser sincero.
A pessoa sai sem proteção e à revelia de todas as medidas de profilaxia que deveriam ser adotadas, sendo mais tarde infectada e vindo a falecer.
A culpa é do presidente?
A pessoa sai em alguma festa ou bar, se infecta e vem a falecer.
A culpa é do presidente?
Para mim é óbvio que não. Ninguém te obriga a sair de casa sem proteção. Por mais que o presidente seja uma pessoa completamente obtusa, a escolha que o indivíduo faz de se expor à rua sem as proteções necessárias é de inteira responsabilidade dele mesmo.
As pessoas que infelizmente morreram de covid são vítimas da própria irresponsabilidade do brasileiro. Do parente que foi numa festa e voltou infectado. Ou do rolê que resolver dar "bem rapidinho", porque nao "ia dar nada".
A bem da verdade, a melhor forma de nós nos protegermos da pandemia somos nós mesmos nos policiarmos e sermos disciplinados e responsáveis, de modo a garantir a efetividade de contenção do vírus e das mortes. O brasileiro, infelizmente, não é nem disciplinado e nem responsável.
Culpar terceiros é característica cultural nossa. Nós sempre culpamos os outros para escondermos nosso próprio desvio de conduta, e a esquerda, por sua vez, abraçou este modo de visão com bastante vivacidade, porque sabe que o brasileiro médio tende a concordar com ela, assim ele se livraria da culpa e poderia passar a achincalhar os outros.
Em resumo. O erro é nosso. A culpa é nossa.
O brasileiro precisa aprender a assumir e bater no peito as falhas que lhes são cabidas. Assumir o B.O., como dizem.
Mano, o cara foi sempre contra tudo o que podia ser feito para evitar a propagação do vírus. E não foi só falando besteira, foi agindo contra.
Uma das primeiras medidas de segurança feitas em praticamente todo o mundo, foi o fechamento de aeroportos. Pois o risco de alguém trazer o vírus de outro país era muito alto. Aqui no Brasil, os aeroportos foram fechados logo no início.
Bolsonaro foi lá e abriu:
O decreto implica que só o Governo brasileiro possa decretar o encerramento das superfícies.
www.tsf.pt
Aí o Ministro da Saúde defendeu o isolamento social como medida de contenção:
Um dia depois de o presidente Jair Bolsonaro visitar regiões de Brasília e criticar o isolamento social, o ministro Luiz Henrique Mandetta defendeu manter o máximo grau de distanciamento social para conter o avanço da pandemia.
g1.globo.com
Bolsonaro mandou o cara pra rua.
Depois Bolsonaro decretou ampliação dos serviços "essenciais" incluindo Academias, Salão de Beleza, Igreja, entre outros. E ainda flexibilização do isolamento e uso de cloroquina. O Ministro da Saúde não concordava com nada disso.
Foi pra rua também.
Depois disso o ministério da saúde virou uma zorra, entra ministro, sai de ministro, Bolsonaro chamou uns e outros pra ser ministro e eles negaram o convite.
Aí os governadores não iam ficar de braços cruzados esperando o governo federal fazer alguma coisa e começaram a tomar medidas preventivas.
Bolsonaro entrou na justiça pra impedi-los:
Presidente diz que os chefes de Executivos estaduais %u201Cestão matando a população%u201D com suas medidas contra COVID
www.em.com.br
Também decretou contra uso obrigatório de máscaras:
Nota do editor (21/10/2020): Devido ao interesse que esta matéria voltou a despertar, principalmente por meio do compartilhamento em redes sociais, a Agência Senado esclarece que os fatos aqui narrados foram atualizados, uma vez que o veto presidencial ao uso de máscaras foi derrubado pelo...
www12.senado.leg.br
E ainda impediu que governos e prefeituras adquirissem vacinas:
Na prática o veto não terá efeito, porque o Supremo já autorizou governadores e prefeitos a comprar imunizantes em caso de inoperância do Ministério da Saúde no Plano Nacional de Imunização.
g1.globo.com
E só lembrando de toda a campanha do Bolsonaro contra a vacina:
Presidente criticou suposta obrigatoriedade da vacina e disse que decisão cabe ao Ministério da Saúde
oglobo.globo.com
Proposta inicial previa entrega de primeira leva de imunizantes ainda em dezembro
www1.folha.uol.com.br
O presidente Jair Bolsonaro voltou a atacar o governador de São Paulo e disse que o governo federal não comprará a vacina CoronaVac, desenvolvida pelo laboratório chinês Sinovac em parceria com o Instituto Butantan
ultimosegundo.ig.com.br
Por causa de brigas deflagradas pelo presidente Jair Bolsonaro, o Brasil sequer foi convidado para lançar iniciativa global que reúne países como França e Alemanha
valor.globo.com
Com prazo para adesão no fim, governo que analisar condições regulatórias e jurídicas de instrumento multilateral que pretende garantir acesso igualitário a imunizantes
oglobo.globo.com
O Instituto Butantan ofereceu milhões de doses da CoronaVac ao governo em 30 de julho, 18 de agosto e 7 de outubro. O governo nunca se interessou
piaui.folha.uol.com.br
Cresce a preocupação entre especialistas e técnicos do próprio governo sobre como o país deve se preparar e agir assim que os primeiros lotes da vacina estiverem disponíveis
valor.globo.com
O presidente alegou que um dos problemas da imunização é de que a vacina precisa ser aplicada novamente após algum tempo. Ele defendeu também que aqueles que se recusam a tomar a vacina devem ter a escolha respeitada
www.correiobraziliense.com.br