Venn
Bam-bam-bam
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Ontem, enquanto bebia uma taça de vinho, me peguei olhando para um espelho e encarando minha própria face. Foram alguns instantes em que surgiu, em meus pensamentos, esse questionamento: O que nos move? Essa pergunta pode ser encarada por diversos ângulos, diversos aspectos, diversos pontos de vista. Podemos encarar de forma filosófica, biológica ou religiosa. Sob o prisma de todas elas, ou nenhuma destas. Pensei em criar o tópico na pasta de religião, mas, como tem abordagens múltiplas, achei melhor aqui.
Penso: nossa estrutura óssea, muscular, nossos órgãos, são os instrumentos que nos permitem mover, falar, ouvir, enxergar, respirar. O cérebro é quem coordena tudo. Inclusive que nos faz "sentir" sensações, temperaturas, dor, alívio. Mas, todos nós - em regra - temos estes mesmos órgãos. O que faz com que eu enxergue pelos meus olhos, e não você. Em um experimento hipotético em que pudéssemos transferir o cérebro de um, para o corpo de outro, e vice-versa, esse eu acompanharia o cérebro e faria com que os envolvidos se vissem em corpos distintos? Ou somente as memórias passariam para lados opostos, restando o mesmo eu sob controle do corpo original?
Em um universo temporal tão vasto quanto o do nosso planeta, que data de bilhões de anos, dizem, que fenômeno químico, físico e biológico é esse que faz com que eu esteja exatamente aqui, exatamente agora, exatamente neste corpo, olhando para o espelho, e que não tenha estado em nenhum outro momento do passado e, talvez, em nenhum outro do futuro?
Vocês já se pegaram perguntando "quem é este eu" que fica por dentro da imagem do espelho?
O debate é totalmente aberto, e aceita todas as crenças, opiniões ou convicções, desde que sempre predomine o respeito em relação aos que pensarem diferente uns dos outros.