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Tópico da Crise de Energia 2021 [2022?]

Insane Metal

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Ao que parece vai chover bastante (entre 100 e 200mm) entre as divisas de SP, PR e MS nos próximos dias, aliviando bem a seca.
 

Insane Metal

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Samjokgo

Ei mãe, 500 pontos!
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Caros, não sei se isso entra tanto assim na discussão do tópico.
Colocamos painéis solares em casa e ficamos na dúvida se será possível zerar a conta de energia. Mês passado, mesmo tendo produzido mais do que o consumido chegou uma conta de 140 reais.
Alguém manja se isso pode acontecer?
Ao meio de todo esse caos energético do país poderiam haver mais incentivos para essas alternativas de produção de energia. O que poderia diminuir a demanda por termoelétrica

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Ultima Edição:

Sgt. Kowalski

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Crise hídrica: 'Bastante preocupante para 2022', diz ONS

O ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico) vê ainda um cenário "bastante preocupante" para 2022, diante de seca nos reservatórios de hidrelétricas, e recomenda que o país permaneça mobilizado para enfrentar a próxima estação seca, afirmou nesta quarta-feira (13) o diretor-geral, Luiz Carlos Ciocchi.
O diretor-geral do ONS destacou que há expectativas de que a estação chuvosa chegará dentro do esperado neste ano e apontou que as chuvas dos últimos dias foram muito bem-vindas, mas não ainda o suficiente.
"Nossas projeções e análises mostram ainda um 2022 bastante preocupante, temos que estar mobilizados para enfrentar a estação seca do ano que vem", afirmou Ciocchi, ao participar de coletiva de imprensa após do Enase, evento do setor realizado pelo Canal Energia.
"Nós não podemos desmobilizar esforços que estão sendo feitos no sentido de trazer o máximo possível de energia termelétrica para o sistema."
Ciocchi também ressaltou que o programa do governo federal que visa uma redução voluntária da demanda de grandes consumidores tem apresentado resultados positivos.
 


0Guns0

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Caros, não sei se isso entra tanto assim na discussão do tópico.
Colocamos painéis solares em casa e ficamos na dúvida se será possível zerar a conta de energia. Mês passado, mesmo tendo produzido mais do que o consumido chegou uma conta de 140 reais.
Alguém manja se isso pode acontecer?
Ao meio de todo esse caos energético do país poderiam haver mais incentivos para essas alternativas de produção de energia. O que poderia diminuir a demanda por termoelétrica

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Não tem como zerar a conta de energia, quem te falou isso mentiu descaradamente. Vc sempre vai ter que pagar a taxa mínima (se for trifásico é mais caro), iluminação pública, as bandeiras tarifárias.
 

Samjokgo

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Não tem como zerar a conta de energia, quem te falou isso mentiu descaradamente. Vc sempre vai ter que pagar a taxa mínima (se for trifásico é mais caro), iluminação pública, as bandeiras tarifárias.
No começo achava que iria zerar, depois de pesquisar vi que não seria possível isso.
Esperava pelo menos que na conta de energia viesse um valor menor que o mínimo (80 reais) mas não sei se será possível no atual momento em que estamos

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Baralho

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É um ponto, que em relação a esse tópico, é totalmente pertinente.
Os painéis fotovoltaicos tem um investimento que demora pra se pagar, mas a longo prazo, fecha o valor gasto, isso é sabido há tempos.
Porém, no ordenamento da ANEEL, a unidade consumidora tem (compulsoriamente, independente de usar mais ou menos) de estar ligada a rede convencional.

De norte a sul, em qualquer estado do Brasil.
E isso implica, mesmo sem consumo da rede da concessionária, em seguir tendo a cobrança das tais taxas e ''contribuições''.
 

Xenoblade

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Estou preparado. Não há o que temer:

3acc9e02bf02a991c5164219837a3583.jpg
 

Darkx1

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Caros, não sei se isso entra tanto assim na discussão do tópico.
Colocamos painéis solares em casa e ficamos na dúvida se será possível zerar a conta de energia. Mês passado, mesmo tendo produzido mais do que o consumido chegou uma conta de 140 reais.
Alguém manja se isso pode acontecer?
Ao meio de todo esse caos energético do país poderiam haver mais incentivos para essas alternativas de produção de energia. O que poderia diminuir a demanda por termoelétrica

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Zerar mesmo não zera.

Mas costuma cair.

O problema disso ir popularizando são os valores, ainda é uma tecnologia cara pra muita gente. Que incentivos fiscais ajudariam, isso não tem duvida, mas ainda acho que pelo valor da tecnologia vai levar anos pra ser algo de "massa".
 

geist

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Parece que o entendimento da agência leva em conta o custo de implantação e manutenção das linhas de transmissão. Mesmo que a pessoa não utilize quase nada da rede elétrica convencional, a estrutura está lá, pronta caso preciso. Então, conhecendo o Brasil, podem ter certeza de que a implantação de um sistema paralelo em casa margeará a viabilidade financeira. Jamais vão deixar nada MUITO vantajoso por aqui.
 

Zefiris Metherlence

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A La Niña está oficialmente de volta.
E contrariando o prognóstico anterior, parece que a Oscilação Antártica está em vias de voltar para a fase positiva. Se confirmado, nas próximas semanas deve alterar o regime de chuvas no Brasil.
 

GadoMuuuuu

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Duplicou de 2010 para 2021 o curso do MWh. Caramba.

Isso é cenário de terra arrasada para nossa industria.

219104
 

Samjokgo

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A La Niña está oficialmente de volta.
E contrariando o prognóstico anterior, parece que a Oscilação Antártica está em vias de voltar para a fase positiva. Se confirmado, nas próximas semanas deve alterar o regime de chuvas no Brasil.
Foda isso, teremos muito provavelmente uma verão mais seco. Ano que vem será bem complicado o período de seca
Por onde você vai acompanhando sobre lá Nina e el nino?

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Baralho

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Como não tem como se interferir pra mudar o clima, cabe analisar as gestões no setor.
E nos últimos anos, houveram investimentos.

E tão vultosos, tanto quanto mal planejados.

Superfaturados.

E nisso, mantendo o país dependente do clima, e por tabela, refém de religar as termas de quando em vez...

MatrizEl%C3%A9trica_2019-2029-e1571840684337.png


Depois desse quadro, há o que se projetar de positivo pra um futuro não tão distante...
No fim, a matriz que mais aumentou em participação no país, nos últimos anos, e com projeção igual até o fim da década, é a eólica, de capital todo privado praticamente.
Fonte que pode transformar o interior nordestino em exportador de energia inclusive.
 

Sgt. Kowalski

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Bolsonaro diz que ordenará fim da bandeira de escassez hídrica em novembro

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) declarou hoje que determinará que o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, acabe com a bandeira de escassez hídrica a partir do mês que vem. A taxa passou a valer no começo de setembro para a conta de luz e representa um aumento de quase 50% em relação à bandeira vermelha patamar 2, que estava sendo aplicada no mês anterior.
"Meu bom Deus nos ajudou agora com chuva, estávamos na eminência de um colapso e não podíamos transmitir pânico à sociedade", disse ele em evento religioso em Brasília.

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Dói a gente autorizar o ministro Bento Albuquerque, de Minas e Energia, a decretar a bandeira vermelha, dói no coração, sabemos da dificuldade da energia elétrica. Vou pedir a ele... Pedir não, determinar que volte à bandeira normal a partir do mês que vem.
O diretor-geral do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), Luiz Ciocchi, disse ontem que as chuvas registradas nos últimos dias são bem-vindas, mas não resolvem o problema da escassez hídrica.
"Essa chuva vem em boa hora, mas não resolve o problema. É muito cedo para ter a real percepção da estação chuvosa", disse ele durante evento. "Tendo uma situação mais confortável, as termoelétricas mais caras podem sair, mas a mobilização deve continuar. Ao término desta estação chuvosa vamos avaliar."
A secretária-executiva do Ministério de Minas e Energia, Marisete Pereira, afirmou ontem em entrevista que a bandeira de escassez hídrica não estava sendo suficiente para cobrir o aumento do custo dos combustíveis usados pelas termelétricas, mas descartou um novo aumento.
"O que sabemos, pelo que as distribuidoras nos trouxeram, é que a bandeira de escassez hídrica não será suficiente para a cobertura de todos os recursos que utilizamos para a segurança energética", disse ela em entrevista. "Os preços dos combustíveis estão subindo muito."
Quando a bandeira de escassez hídrica foi anunciada, era previsto que ficasse em vigor até 30 de abril de 2022. No mês passado, Bento Albuquerque afirmou que não havia previsão do fim da taxa extra.
"Não há data determinada para isso terminar. Nós trabalhamos com planejamento, metodologia, mas estamos vivendo uma crise hídrica que mês a mês as afluentes são menores, e isso tira a previsibilidade de quando essa crise vai acabar", disse ele em entrevista à RedeTV.
O objetivo das bandeiras tarifárias é remunerar o uso de usinas termelétricas, que têm custo mais alto. As termelétricas estão sendo utilizadas por causa da seca, que diminuiu o reservatório de hidrelétricas e prejudicou a geração de energia. O país vive a pior crise hídrica em 90 anos.
 

Zefiris Metherlence

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Por onde você vai acompanhando sobre lá Nina e el nino?

As condições ENSO costumo ver no site do NOAA junto com a Oscilação Antártica:

Mas o inicio oficial da La Niña eu tinha visto ontem o comentário enquanto passando os olhos pelo twitter da Metsul:
 

Zefiris Metherlence

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[...]Bolsonaro diz que ordenará fim da bandeira de escassez hídrica em novembro[...]

Por si só, as condições climáticas não são favoráveis a esse ponto.
Embora já ativa, a La Niña deve se fazer presente só no verão, não agora. Mas não se pode descartar que logo a Oscilação Antártica nos reverta para situação anterior.
 

Sgt. Kowalski

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Bolsonaro pode mandar baixar tarifa de energia? Entenda como a Aneel decide as bandeiras
BRASÍLIA - As bandeiras tarifárias de energia elétrica são uma taxa extra cobrada do consumidor de energia quando há períodos de forte escassez de chuvas, o que leva à necessidade de acionar as usinas térmicas, que são mais caras do que as hidrelétricas.
A definição sobre qual será a bandeira tarifária, porém, decisão que é avaliada mensalmente, não é um gesto meramente político, mas sim uma decisão técnica executada pela Agência Nacional Energia Elétrica (Aneel). Para decidir qual será a bandeira de cada mês, unidades técnicas da agência reguladora levam em conta um conjunto de fatores, como o nível de consumo previsto para o período, a situação dos principais reservatórios de água do País, a previsão de chuvas para o mesmo intervalo e a disponibilidade geral de operação de todo o setor elétrico, o que é diariamente calculado e fiscalizado pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS).

Quando a bandeira tarifária é acionada, significa que, ao fazer a equação desses indicadores, conclui-se que haverá um custo maior para garantir o abastecimento em todo o País. Não se trata de um dinheiro extra, que fica guardado em caixa. Os pagamentos da bandeira tarifária ajudam a equilibrar as contas e evitar rombos que comprometam o setor elétrico. Antes das bandeiras, esses custos eram repassados anualmente aos consumidores, quando as distribuidoras de energia faziam seus reajustes tarifários. Com as bandeiras, esses reajustes atrelados a limitações hídricas passaram a ser mensais.
Quando o presidente Jair Bolsonaro diz ao País, como fez nesta quinta-feira, 14, que pedirá ao Ministério de Minas e Energia que mude a bandeira tarifária da energia elétrica na marra, trocando o estágio atual, que é a “bandeira de escassez hídrica”, para a bandeira “normal”, o chefe do Executivo está dizendo que vai desprezar a análise desses indicadores, ou seja, seria uma intervenção direta sobre uma decisão técnica tomada por uma agência reguladora, estrutura que deve ter independência do governo federal.
Não existe bandeira “normal”, como diz Bolsonaro. O que existe são as bandeiras verde, amarela, vermelha patamar 1, vermelha patamar 2 e, agora, devido à pior estiagem dos últimos 91 anos, a bandeira de escassez hídrica. Na bandeira verde, que é o que Bolsonaro chama de “normal”, não há cobrança de taxa extra do consumidor de energia. Nos demais níveis, uma taxa é cobrada na conta de luz e, conforme o nível definido, essa taxa sobe ou desce.

A bandeira amarela acrescenta R$ 1,874 para cada 100 quilowatts-hora consumidos. No caso da bandeira vermelha, esse valor sobe para R$ 3,971 no patamar 1 e R$ 9,492 no patamar 2. A bandeira de escassez hídrica acrescenta R$ 14,20 para cada 100 quilowatts-hora consumidos.
Quando o regime de bandeiras entrou em operação, em maio de 2015, o que se esperava é que, mais do que um instrumento de arrecadação de recursos, a cobrança mensal funcionasse como um "sinal de preço" para a população, ou seja, que sensibilizasse o usuário. Ao sentir o peso no bolso, haveria redução de seu consumo. Além de sinalizar quais são os custos reais de geração de energia, a bandeira tornaria as contas mais transparentes, alertando o consumidor sobre o aumento na tarifa, o que levaria a um consumo mais consciente, reduzindo a demanda energética.
Esse resultado pode ter certa efetividade, mas, concretamente, o que sua cobrança tem feito é coberto contas que, antes, eram pagas pelo Tesouro Nacional.
As bandeiras tarifárias foram criadas no embalo do que o governo chamava, em 2015, durante a gestão da então presidente Dilma Rousseff, de "realismo tarifário". Na prática, o que se fez naquela época foi retirar do Tesouro Nacional o ônus de bancar as contas bilionárias do setor elétrico - resultado do desarranjo causado durante o processo conturbado de renovação das concessões de hidrelétricas do setor, passando essa dívida para as contas de luz.
 

Resu Anera

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As bandeiras tarifárias são doloridas, mas necessárias. Enquanto não diversificarmos nossa matriz energética e continuarmos dependendo das chuvas, é isso que nos resta. E a bandeira tarifária é menos pior do que o pagamento direto do Tesouro ao setor elétrico.
 

PhylteR

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Mês inteiro chovendo aqui no sul... Deu uma aliviada nos reservatórios, mas claro que não o suficiente pra evitar a crise. Por mais que curta um tempo bom, espero que se mantenha assim.
 

Setzer1

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Rombo com acionamento de térmicas já passa de R$ 8 bi, mesmo com bandeira tarifária extra
Descompasso entre arrecadação e despesas pode dobrar até o fim do ano, reduzindo a possibilidade de Bolsonaro concretizar seu desejo de reduzir a taxa cobrada sobre a conta de luz; custo recai, num primeiro momento, sobre as distribuidoras

Renée Pereira, O Estado de S.Paulo
18 de outubro de 2021 | 13h06
A crise elétrica, provocada pela falta de chuvas e queda no nível dos reservatórios das hidrelétricas, deve continuar pressionando a conta de luz do brasileiro em 2022, mesmo com uma melhora do cenário de chuvas. A bandeira tarifária, que hoje está em R$ 14,20 a cada 100 quilowatt hora (kWh) consumidos, não tem sido suficiente para bancar os custos das térmicas em operação no País. Segundo dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), o déficit entre a arrecadação e as despesas alcançou R$ 8,06 bilhões em agosto e pode dobrar até o fim do ano.
No ritmo dos últimos três meses, o descompasso entre arrecadação e despesas pode superar R$ 16 bilhões em dezembro, o que torna difícil cumprir o desejo do presidente Jair Bolsonaro de reduzir a bandeira tarifária. A medida elevaria ainda mais o déficit e o risco de liquidez do setor. A não ser que o Tesouro Nacional, que também tem suas limitações, consiga aportar recursos para cobrir o rombo.

Outra alternativa, já adotada no passado, seria conseguir um empréstimo no mercado para diluir esse repasse ao consumidor ao longo de um período, diz o pesquisador sênior do Grupo de Estudos do Setor Elétrico da UFRJ, Roberto Brandão. Na avaliação dele, este não é o momento adequado para reduzir o valor da bandeira tarifária.

Efeito do gás natural e do diesel

O aumento do déficit foi provocado, sobretudo, pela alta global dos combustíveis usados pelas térmicas - gás natural ou diesel. O aumento afetou o custo variável das usinas, que estão operando a plena carga para preservar os reservatórios. Na quinta-feira, 14, por exemplo, as térmicas (exceto a nuclear) produziram quase 30% de toda energia usada no mercado nacional. O preço de algumas delas, no entanto, está na casa de R$ 2,2 mil o MWh.
A questão é que, num primeiro momento, são as distribuidoras que arcam com esse custo elevado. Elas compram a energia do mercado, pagam e depois cobram do consumidor por meio da bandeira tarifária na conta de luz. Como essa arrecadação é inferior ao custo total da geração térmica, as empresas ficam com um crédito a receber. Mas um volume muito elevado pode comprometer o caixa e a saúde financeira das companhias.

“Estamos conversando com o governo para encontrarmos uma solução rápida para o problema. Eles estão debruçados sobre o assunto”, diz o presidente da Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica (Abradee), Marcos Madureira. Segundo ele, há um descasamento entre os números (receitas e despesas), sendo que cada distribuidora vive uma situação distinta.
O executivo afirma que, além do aumento mundial no preço dos combustíveis, a importação de energia da Argentina e Uruguai (em dólar) também tem reflexo nessa conta. Isso sem considerar o programa de incentivo à redução do consumo de energia, que afeta a receita das distribuidoras.
Apesar de elevado, o valor definido para a bandeira vermelha ficou aquém do custo que está sendo bancado. Segundo uma fonte do setor, que prefere não se identificar, quando o governo bateu o martelo nos R$ 14,20 para a bandeira de escassez hídrica, o valor inicial foi de R$ 24. Mas, como era muito alto, decidiu-se por um valor menor.

Escalada da tarifa
Além da bandeira tarifária, mecanismo usado durante período mais seco, o preço da energia elétrica no Brasil já vem de uma forte escalada há algum tempo. Na média, a tarifa para o consumidor residencial subiu 84% de 2010 para cá, de R$ 330,70 o MWh para R$ 608,80, segundo dados da Aneel.
 

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Rombo com acionamento de térmicas já passa de R$ 8 bi, mesmo com bandeira tarifária extra
Descompasso entre arrecadação e despesas pode dobrar até o fim do ano, reduzindo a possibilidade de Bolsonaro concretizar seu desejo de reduzir a taxa cobrada sobre a conta de luz; custo recai, num primeiro momento, sobre as distribuidoras

Renée Pereira, O Estado de S.Paulo
18 de outubro de 2021 | 13h06
A crise elétrica, provocada pela falta de chuvas e queda no nível dos reservatórios das hidrelétricas, deve continuar pressionando a conta de luz do brasileiro em 2022, mesmo com uma melhora do cenário de chuvas. A bandeira tarifária, que hoje está em R$ 14,20 a cada 100 quilowatt hora (kWh) consumidos, não tem sido suficiente para bancar os custos das térmicas em operação no País. Segundo dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), o déficit entre a arrecadação e as despesas alcançou R$ 8,06 bilhões em agosto e pode dobrar até o fim do ano.
No ritmo dos últimos três meses, o descompasso entre arrecadação e despesas pode superar R$ 16 bilhões em dezembro, o que torna difícil cumprir o desejo do presidente Jair Bolsonaro de reduzir a bandeira tarifária. A medida elevaria ainda mais o déficit e o risco de liquidez do setor. A não ser que o Tesouro Nacional, que também tem suas limitações, consiga aportar recursos para cobrir o rombo.

Outra alternativa, já adotada no passado, seria conseguir um empréstimo no mercado para diluir esse repasse ao consumidor ao longo de um período, diz o pesquisador sênior do Grupo de Estudos do Setor Elétrico da UFRJ, Roberto Brandão. Na avaliação dele, este não é o momento adequado para reduzir o valor da bandeira tarifária.

Efeito do gás natural e do diesel

O aumento do déficit foi provocado, sobretudo, pela alta global dos combustíveis usados pelas térmicas - gás natural ou diesel. O aumento afetou o custo variável das usinas, que estão operando a plena carga para preservar os reservatórios. Na quinta-feira, 14, por exemplo, as térmicas (exceto a nuclear) produziram quase 30% de toda energia usada no mercado nacional. O preço de algumas delas, no entanto, está na casa de R$ 2,2 mil o MWh.
A questão é que, num primeiro momento, são as distribuidoras que arcam com esse custo elevado. Elas compram a energia do mercado, pagam e depois cobram do consumidor por meio da bandeira tarifária na conta de luz. Como essa arrecadação é inferior ao custo total da geração térmica, as empresas ficam com um crédito a receber. Mas um volume muito elevado pode comprometer o caixa e a saúde financeira das companhias.

“Estamos conversando com o governo para encontrarmos uma solução rápida para o problema. Eles estão debruçados sobre o assunto”, diz o presidente da Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica (Abradee), Marcos Madureira. Segundo ele, há um descasamento entre os números (receitas e despesas), sendo que cada distribuidora vive uma situação distinta.
O executivo afirma que, além do aumento mundial no preço dos combustíveis, a importação de energia da Argentina e Uruguai (em dólar) também tem reflexo nessa conta. Isso sem considerar o programa de incentivo à redução do consumo de energia, que afeta a receita das distribuidoras.
Apesar de elevado, o valor definido para a bandeira vermelha ficou aquém do custo que está sendo bancado. Segundo uma fonte do setor, que prefere não se identificar, quando o governo bateu o martelo nos R$ 14,20 para a bandeira de escassez hídrica, o valor inicial foi de R$ 24. Mas, como era muito alto, decidiu-se por um valor menor.

Escalada da tarifa
Além da bandeira tarifária, mecanismo usado durante período mais seco, o preço da energia elétrica no Brasil já vem de uma forte escalada há algum tempo. Na média, a tarifa para o consumidor residencial subiu 84% de 2010 para cá, de R$ 330,70 o MWh para R$ 608,80, segundo dados da Aneel.
Pra que planejamento, não é mesmo? Agora pnc do consumidor, ou seja, NÓS, e que se foda! Estamos levando rola sem KY todo mês em tudo com o preço lá na lua, e ainda não está cobrindo o gasto que as empresas tem...
 

king_hyperdyo

A RPG Gamer
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Pra que planejamento, não é mesmo? Agora pnc do consumidor, ou seja, NÓS, e que se foda! Estamos levando rola sem KY todo mês em tudo com o preço lá na lua, e ainda não está cobrindo o gasto que as empresas tem...

Pior foi em casa, consegui fazer uma economia de 50Kw esse mês e os caras reterão minha conta para análise.

Não era para economizar ?
 

GadoMuuuuu

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Rombo com acionamento de térmicas já passa de R$ 8 bi, mesmo com bandeira tarifária extra
O Bolsonaro está doido para Dilmar e seguir a cabo com o plano de baixar a bandeira na canetada.

Espera e verá a obra de arte completa na cotação de dólar, juros futuros e inflação que isso ocasionará.
 

Sgt. Kowalski

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Comissão da crise hídrica mantém bandeira vermelha após falas de Bolsonaro


Brasil enfrenta sua pior crise hídrica em quase um século
Brasil enfrenta sua pior crise hídrica em quase um século Jonne Roriz/VEJA


A Câmara de Regras Excepcionais para Gestão Hidroenergética (Creg), criada para gerir a crise hídrica nacional, endossou a necessidade de se manter as medidas emergenciais para evitar o racionamento de energia no país, entre elas a bandeira vermelha da conta de luz. A decisão ocorreu em reunião realizada na sexta-feira, 15, após o presidente Jair Bolsonaro afirmar na tradicional live de quinta-feira que determinaria ao ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, “que volte a bandeira ao normal a partir do mês que vem”.

Composta por representantes dos ministérios de Minas e Energia, da Economia, da Infraestrutura, da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, do Meio Ambiente e do Desenvolvimento Regional, a Creg avaliou que as chuvas aumentaram no país principalmente na Região Sul, e que as regiões Sudeste e Centro Oeste estão com previsão de maior volume de chuvas no curto prazo, porém, o solo bastante seco dificulta que a precipitação se transforme em maior volume de água nos reservatórios. Além dos preços mais altos da conta de luz, a Creg manterá a redução da vazão das usinas hidrelétricas Jupiá e Porto Primavera entre novembro de 2021 e fevereiro de 2022.

“Em relação ao atendimento para os próximos meses, as novas projeções apresentadas pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico indicam o atendimento da carga de energia elétrica nos cenários avaliados, com a possibilidade de ser necessário o uso marginal da reserva operativa para atendimento de potência no cenário conservador apresentado, em alguns momentos do mês de outubro de 2021 e em menor escala nos meses de novembro e dezembro. Esta possibilidade se reduz significativamente a partir do aumento das disponibilidades energéticas advindas das ações excepcionais em curso”, disse o Ministério de Minas e Energia em nota.

A situação continua crítica em diversos reservatórios do país. De acordo com a Sabesp, o volume de água do Sistema Cantareira, por exemplo, baixou 0,8 ponto percentual nesta sexta-feira, 15, e atingiu 28,2% da capacidade. Desde setembro o sistema opera em estado de emergência, com sua capacidade de água abaixo de 35%.
Populismo pré-eleições

A menos de um ano das eleições presidenciais de 2022, quando seu governo será colocado à prova, as falas de Bolsonaro foram um típico apelo populista ao eleitorado, uma vez que o aumento da conta de luz impacta diretamente a vida dos brasileiros e, consequentemente, a sua popularidade. Em custos eleitorais, a bandeira vermelha tem proporções semelhantes ao preço elevado do diesel e do gás de cozinha, porém, como mostrou VEJA, eles não deixam de ser fruto de escolhas do próprio governo com impacto na economia.
Com informações da Agência Brasil
 

GadoMuuuuu

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A Câmara de Regras Excepcionais para Gestão Hidroenergética (Creg), criada para gerir a crise hídrica nacional, endossou a necessidade de se manter as medidas emergenciais para evitar o racionamento de energia no país, entre elas a bandeira vermelha da conta de luz. A decisão ocorreu em reunião realizada na sexta-feira, 15, após o presidente Jair Bolsonaro afirmar na tradicional live de quinta-feira que determinaria ao ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, “que volte a bandeira ao normal a partir do mês que vem”.
Depois do escândalo da pedalada fiscal de hoje, não duvido mais de uma canetada aí também.

E nessa vamos nos afundando no buraco do governo Dilma 3.
 
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