O combate corpo a corpo é ruim
O de Halo não é melhor, se resume a uma interação unidimensional, frontal, uni-alvo, inclusive via armas melee, com um Area Attack aquém dos rodopios do Spear da Aloy. Mas é importante perguntar, por que isso ocorre com esses jogos?
Não quero me alongar, mas ambos os combates foram construídos para incentivar o Long Range.
Horizon é um RPG que estimula o jogador a utilizar ferramentas de longa distância, a Guerrilla quis isso, e são múltiplos apetrechos, muitos, a arma icônica é o arco, e Halo Infinite um Shooter. Uma das maneiras de fazê-lo é nerfar o combate melee, caso contrário redimensiona-se a proposta, e vira carrinho de bate-bate.
Os soquinhos e coronhadinhas, espadadas e marteladas de Halo e a lança e as serras de
Horizon servem como Escape Crisis Mechanic. São jogos de atirar de longe, sendo que
Horizon possui elementos de traping e rastreamento. Você ataca de longe, mas se for gangbangeado, tem que haver algum elemento que te faça virar a mesa, o resto é nerfado
Seria interessante dar ambas as possibilidades, mas Halo poderia até deixar de ser um Shooter, por exemplo.
Um exemplo inverso para ficar fácil de entender: Yakuza é um ARPG que quer incentivar o melee, murro na cara de vagabundo, cadeirada nas costas, cusparada na cara, o que a Sega faz com as armas Long Range para cumprir esse objetivo? As nerfa, sua utilização é aleijada, até os controles são ruins.
Como num survival horror.
É raro alguém conseguir dar um quê a mais em melee em jogos com combate Long Range, sem macular a proposta, TLOUS PT II é um caso, nem Metal Gear conseguiu. Idem para jogos que querem incentivar o melee, mas precisam alterar o Long Range
A Guerrilla sabe disso, e foi “forçada” a dar uma incrementada no melee em FW por pressão, mas parecem ter se mantido fieis à proposta
Eu gostaria entretanto que transformasse o jogo num Demon’s Souls, mas aí deixa de ser
Horizon, e um dos charmes desse título é seu sabor particular
.
Pra mim o combate de Halo é melhor, tem armas que eu não gosto mas de modo geral é positivo
Nem seriam diretamente comparáveis, porque
Horizon é um RPG, que, tirando o caso da Nintendo, que tem jogos com gameplay mais pobre que qualquer competidor de gênero do mercado, em geral possui sistemas mais intrincados, com mais possibilidades, para que builds sejam possíveis
O Arsenal, armadilhas, presilhas e a Skill Tree de
Horizon oferecem muito mais possibilidades, seus adversários são muito mais variados, os Inimigos em Torre com Weak Points trazem muito mais frescor que os bichões de Halo, e as coisas que Halo possui de bom têm réplica em
Horizon + as muitas outras que o RPG tem a mais.
acrescentou vários equipamentos
O game tem um gameplay ordinário. Mecanicamente ele é bom, mas sua constituição, embora divirta, é precária, não souberam usar o core em oportunidades que engajam, o resultado são cenas de luta com pouca variação, IA ruim, parecem tiroteios de ariminha de chumbinho. Não haveria margem alguma para improvisação, não fosse o Grapling Hook, porque o arsenal básico e os veículos não são capazes de dar diversidade ao gameplay. Far Cry tem inimigos mais burros, mas consegue resultados melhores, porque tem mais materiais à disposição, e um elemento Arcade que mitiga um pouco suas fraquezas
Existe também um problema com o Gun Play da série, que acomete outros títulos da Microsoft: não há sensação de "visceralidade", não sentimos que fomos alvejados ou que alvejamos, não há feedback sonoro, vibratório ou visual adequado. É tudo tão insípido. Outrossim, há algo com a movimentação que nos dá sempre o sentimento de que estamos "flutuando", talvez pescado de Destiny, mas sem o mesmo sucesso. Se você combina isso ao trabalho disperso de animação - que também faz parte do Gun Play - temos um setor problemático, para um título que se arroga um Shooter
O mundo de
Horizon é maravilhoso, setting único, variado, muita coisa excepcional, é um dos melhores do mercado. Possui entretanto grave problema em sua arquitetura 1-2-3-4, só nisso é comparável ao de Halo Infinite. Como mundo, bem, eu poucas vezes vi dois títulos tão distantes. Entretanto, ninguém cobra questões dessa natureza de outros Action RPGs, Dragon Quest XI, Monster Hunter World e Mass Effect 2 por exemplo são piores em arquitetura, quando às têm.
Talvez haja um enfoque exagerado nessa questão, porque eleva-se o elemento OW, que pode ser um dos selling points ao populacho, exigindo-se mais do jogo do que se exige de outros.
A arquitetura contudo não deixa de ser ruim por isso.
Acho que ocorreu um pouco com Halo também
Infinite é irritante nessa questão do mundo, todavia, é um trabalho principiante, a Microsoft ainda não chegou no nível de inFAMOUS Second Son num Action, tanto em gameplay quanto em construção de mundo. Desde o primeiro segundo em que pisamos em Zeta Halo, já vimos tudo que há para se ver. O Overworld é relapso, um mish mash de meia dúzia de estruturas hirtas, mal animadas e sem sabor.
Fora dessa superfície cansativa, vivemos corredores em turquesa reflexiva, repetidos ad nauseam
Esse é um problema sério, que mina muito da satisfação da experiência, e, como o Gameplay oferece pouca nuance, acaba que o jogador passa a atuar “esculhambando”, porque tudo cheira a um game esculhambado.
Tipo, pegar o carro em GTA e sair atropelando os postes, manja?
Eu entendo portanto porque a Microsoft colocou esse game Day One no GP, se a Sony fizesse um, mesmo sem ter tanto caixa quanto o Phill, seria um exemplo que daria para colocar na Plus