deriks
Mil pontos, LOL!
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Já se foi o tempo de discutir se jogos são arte, pois são. Já se foi o tempo que se perguntava se os jogos iriam avançar mais "que isso", pois sempre avançam. Mas já deveria ter parado o assunto sobre jogos se parecerem mais com filmes, pois eles com certeza não são e nem devem ser.
Kojima disse que barreira entre filmes e jogos precisa ser rompida, e o motivo disso ser algo desnecessário é porque temos os dois que funcionam muito bem em suas formas específicas, do mesmo jeito que temos livros, peças de teatros... Muita gente diz que ele consegue mesclar bem gameplay com cutscene, algo que me fez sempre levantar a sobrancelha pois é inegável que o gameplay dos jogos dele é em grande maioria incrível, mas se há cutscenes que passam de uma hora é de cair o cu da bunda, e aí que entra seu novo filho, Death Stranding.
Death Stranding é um jogo sobre conectar as pessoas, e isso vale para o mundo real. É algo que filosoficamente funciona, já que tudo que você faz, pode influenciar na vida de outros jogadores, e vice-versa. Não é a maior novidade do mundo dos games isso, porém é bem aplicado. A história também é bem interessante e deixa qualquer um engajado. E a qualidade do jogo em si, seja gráfica, pela trilha sonora extremamente memorável (com uma pegada de AaRON ou mesmo Stealing Sheep), ou pelos easter eggs (Conan O'Brien?! Por essa, nem o futuro esperava), é algo pra deixar qualquer jogador satisfeito.
O grande problema fica que enquanto o que já disse é muito bom, o resto do jogo é muito ruim.
De início é suportável você entender que é preciso andar para os locais para entregar as encomendas, mas na terceira missão já meio que se torna chato. O jogo se dá muito ao fato de você poder pintar e bordar de coisas, porém, além dos inimigos humanos e dos BTs, não há praticamente mais nada para fazer e você se vê no meio do nada com nada para fazer ou observar além das vistas panorâmicas. Você se conectar com outros é de longe incrível, mas se você jogar offline é no mínimo frustrante por conta da escassez de itens que você carrega para montar no ambiente. Você pega um moto relativamente no início do jogo, mas os caminhos são em grande parte horríveis a partir daí e você se vê batendo em coisas o tempo todo. Isso fica mais evidente ainda se você for subir alguma montanha, que dá pra notar que a física ficou quebrada pra evitar o uso de automóveis em subidas. Nas primeiras cinco horas de jogo é certeza que metade eram de cutscene, e do capítulo 11 até o 14/15 é basicamente uma cutscene de duas horas.
Em um mundo depois de Witcher 3, com suas milhares de coisas diferentes pra se fazer, Red Dead Redemption 2, com sua ambientação e narrativa bem construídas, e Breath of the Wild, que redefiniu o que é gameplay em mundo aberto, Death Stranding parece que se perdeu no meio e preferiu dar muita ênfase na história e nos personagens e não deixou espaço pro mundo jogável.
Eu não quero diminuir Kojima, mas o último sucesso verdadeiro dele foi MGS3. Talvez o hype alheio me encheu muito os olhos, até porque o marketing desse jogo foi realmente muito bom, mas é inegável que esse jogo tem muitas partes chatas por serem apenas chatas. Se os Metal Gear eu não poderia recomendar pra todo mundo, esse jogo eu só consigo recomendar pra um gato pingada aqui e ali. Sad, but true
Kojima disse que barreira entre filmes e jogos precisa ser rompida, e o motivo disso ser algo desnecessário é porque temos os dois que funcionam muito bem em suas formas específicas, do mesmo jeito que temos livros, peças de teatros... Muita gente diz que ele consegue mesclar bem gameplay com cutscene, algo que me fez sempre levantar a sobrancelha pois é inegável que o gameplay dos jogos dele é em grande maioria incrível, mas se há cutscenes que passam de uma hora é de cair o cu da bunda, e aí que entra seu novo filho, Death Stranding.
Death Stranding é um jogo sobre conectar as pessoas, e isso vale para o mundo real. É algo que filosoficamente funciona, já que tudo que você faz, pode influenciar na vida de outros jogadores, e vice-versa. Não é a maior novidade do mundo dos games isso, porém é bem aplicado. A história também é bem interessante e deixa qualquer um engajado. E a qualidade do jogo em si, seja gráfica, pela trilha sonora extremamente memorável (com uma pegada de AaRON ou mesmo Stealing Sheep), ou pelos easter eggs (Conan O'Brien?! Por essa, nem o futuro esperava), é algo pra deixar qualquer jogador satisfeito.
O grande problema fica que enquanto o que já disse é muito bom, o resto do jogo é muito ruim.
De início é suportável você entender que é preciso andar para os locais para entregar as encomendas, mas na terceira missão já meio que se torna chato. O jogo se dá muito ao fato de você poder pintar e bordar de coisas, porém, além dos inimigos humanos e dos BTs, não há praticamente mais nada para fazer e você se vê no meio do nada com nada para fazer ou observar além das vistas panorâmicas. Você se conectar com outros é de longe incrível, mas se você jogar offline é no mínimo frustrante por conta da escassez de itens que você carrega para montar no ambiente. Você pega um moto relativamente no início do jogo, mas os caminhos são em grande parte horríveis a partir daí e você se vê batendo em coisas o tempo todo. Isso fica mais evidente ainda se você for subir alguma montanha, que dá pra notar que a física ficou quebrada pra evitar o uso de automóveis em subidas. Nas primeiras cinco horas de jogo é certeza que metade eram de cutscene, e do capítulo 11 até o 14/15 é basicamente uma cutscene de duas horas.
Em um mundo depois de Witcher 3, com suas milhares de coisas diferentes pra se fazer, Red Dead Redemption 2, com sua ambientação e narrativa bem construídas, e Breath of the Wild, que redefiniu o que é gameplay em mundo aberto, Death Stranding parece que se perdeu no meio e preferiu dar muita ênfase na história e nos personagens e não deixou espaço pro mundo jogável.
Eu não quero diminuir Kojima, mas o último sucesso verdadeiro dele foi MGS3. Talvez o hype alheio me encheu muito os olhos, até porque o marketing desse jogo foi realmente muito bom, mas é inegável que esse jogo tem muitas partes chatas por serem apenas chatas. Se os Metal Gear eu não poderia recomendar pra todo mundo, esse jogo eu só consigo recomendar pra um gato pingada aqui e ali. Sad, but true