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Tópico oficial [VALE TUDO] Coronavirus - COVID-19: +41.5 milhões de casos, +1,135 milhão mortes (mundial): +155 mil mortes (Brasil)

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D

Deleted member 219486

Fico pensando um pais com a cadeia de produção e distribuição que a China tem, com o dinheiro que eles tem, e ainda sim os recursos são escassos, imagina no reto do mundo... isso sim preocupa, espero que esse virus não saia do controle no resto do mundo (se bem que pra mim o Japão esta perdendo o controle)

A questão é estar faltando itens e a China ser uma grande manufatura deles, o que me faz pensar que muitos lugares estão tendo a mesma demanda mas o foco continua em Wuhan.
 

ChaosRaptor

Bam-bam-bam
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Já pensou se existe alguma imunidade no Brasil? No fim todas aquelas vezes que o medico dizia "Virose" esse era o virus : )

/ Possibilidade impossível apenas imaginando algo ... (so sendo ironico)
Bom esta tendo um surto escroto de virose com tosse seca e forte aqui no RN e boa parte do nordeste desde janeiro, e teve um retardado que disse ter a doença mas era isso mesmo.
Ate peguei essa m****, pior é que ainda é o mesmo modus operandi, cha de gengibre com canela limão e mel, Cha de eucalipto, Cebion e Cha de folha de laranja e hortela.

Pior é que ha como levantar esse fato tbm, por que BR tem sangue de barata, nem a H1n1 que matou meio mundo na epoca deu fim ou triscou na Brzada comedora de podrão de esquina e bebedora de agua da torneira com gosto esgoto.
 


HonkaHonka

Ei mãe, 500 pontos!
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Relato de um dos brasileiros resgatados d China:

Relatos da quarentena: 'Como feijão salgado pensando nos doces em que vão feijão'


ANÁPOLIS - O Estado iniciou nesta semana a publicação de uma série de relatos escritos por Caleb Guerra, de 28 anos, estudante de Literatura que morava em Wuhan. Ele está entre os 34 brasileiros repatriados da província, área mais afetada pela epidemia de coronavírus. Guerra aceitou escrever um diário com suas impressões sobre a quarentena na Base Aérea em Anápolis, em Goiás. Este é o seu segundo texto.
caleb guerra
Caleb Guerra, de 28 anos, é um dos 34 brasileiros repatriados de Wuhan e está cumprindo quarentena em Anápólis Foto: Caleb Guerra/Arquivo pessoal

"Na China, feijão é servido doce. Às vezes, até caramelizado. E tem sido impossível comer feijão salgado todos os dias sem pensar nos doces que vão feijão: feijão com sorvete de menta, por exemplo, é um clássico. Feijão no pão doce, com leite à vapor ou na gelatina de coco. Feijão no leite com chá. Se os chineses descobrirem o quão fascinante sobremesas feitas com leite condensado são, talvez em alguns anos teremos uma versão chinesa de brigadeiro, feito com feijão preto em vez de chocolate.

No livro A Mente Literária e o Esculpir de Dragões, que foi escrito no quinto século, Liu Xie diz que a maior dádiva outorgada pelo universo ao homem se torna também uma das maiores maldições de sua existência: a realidade de que, estando ele parado na beira do rio observando toda sua beleza, ainda assim a sua mente vaga involuntariamente pelos palácios da corte imperial.

Ele atribui toda beleza da existência humana ao fato de que o homem sempre ocupa dois lugares ao mesmo tempo, vivendo duas realidades de uma vez só, experimentando o mesmo mundo de duas formas diferentes, simultaneamente. E a essa capacidade da alma do ser humano, ele dá o nome de “a arte de Esculpir Dragões”. Nossa vida se baseia no esforço do processo criativo de desenhar mentalmente suas escamas, pintar as camadas e ser fiel aos contornos na tentativa de criar algo tão majestoso e sublime. É essa percepção da realidade na mente que dá sentido e beleza ao nosso dia a dia mais natural e vulgar.
Mas enquanto esse dom concedido pelo cosmos trabalha para o bem da humanidade que cria e se desenvolve, paradoxalmente ele se torna a nossa maior sina. E é exatamente essa possibilidade que todo ser humano tem de Esculpir Dragões que me faz comer feijão salgado pensando em feijão doce. Não me leve a mal, sou muito agradecido pelo que tenho aqui. Mas a minha mente perambula.
Eu olho o pão francês servido quentinho pela manhã e me alegro. De repente minha mente me pergunta: “Cadê ovo cozido que passou a noite inteira mergulhado no chá e agora já está da cor marrom e com gosto de cravo?”. Eu vejo as camadas de presunto e mortadela no prato e tento buscar inconscientemente onde está na mesa o pepino ralado, o pimentão cortado, o pãozinho cozido à vapor, o repolho frito com cebola, a sopinha doce de arroz fermentado com milho e por último aquele prato de macarrão com molho de gergelim tão famoso que o povo de Wuhan adora comer às sete da manhã...
Após o café da manhã, os médicos batem na minha porta para medir minha pressão, temperatura e fazer um questionário de perguntas sobre como estou me sentindo. Quando eles saem, a psicóloga chega. Preencho o formulário, digo que está tudo bem. Penso na senhora que mora no apartamento ao lado do meu lá em Wuhan. Será que ela tem alguém perguntando como ela amanheceu todos os dias?

Devolvo o meu prato na cozinha e me lembro dos fins de semana tomando chá com meus amigos chineses e de como a casa ficava vazia quando eles iam embora e eu me sentia tão sozinho novamente lavando a louça suja. Penso no meu colega que acabou de perder o pai para o vírus, mas não pode nem enterrá-lo porque ele mesmo tem passado os últimos dias em uma cama de hospital infectado. Será que ele tem alguém ao lado para dar as mãos e orar junto com ele? E aquela garota americana que toca flauta tão bem e foi confirmado o diagnóstico positivo para o vírus? Acho que vou mandar uma mensagem e perguntar como está o coração dela. Será que ela vai ler? Será que vai responder?
Estar no Brasil agora é um privilégio do qual sou grato. Mas eu não esqueço do feijão doce. Enquanto os dias passam embaixo do céu limpo e azul de Anápolis, minha mente continua esculpindo dragões que voam pelas ruas de Wuhan e é incontrolável o desejo de voar junto com eles batendo de porta em porta oferecendo uma ajuda que eu não tenho nem condições de prestar. Mas fico pensando que consolo um abraço, uma oração ou um sorriso traria às pessoas do outro lado da porta? O povo de Wuhan está de coração partido, e esculpir dragões comendo feijão salgado me faz lembrar disso o tempo todo."


Totalmente SOY BOY!

106029

Abraços!
 

Polivalente

Bam-bam-bam
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Relato de um dos brasileiros resgatados d China:

Relatos da quarentena: 'Como feijão salgado pensando nos doces em que vão feijão'


ANÁPOLIS - O Estado iniciou nesta semana a publicação de uma série de relatos escritos por Caleb Guerra, de 28 anos, estudante de Literatura que morava em Wuhan. Ele está entre os 34 brasileiros repatriados da província, área mais afetada pela epidemia de coronavírus. Guerra aceitou escrever um diário com suas impressões sobre a quarentena na Base Aérea em Anápolis, em Goiás. Este é o seu segundo texto.
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Caleb Guerra, de 28 anos, é um dos 34 brasileiros repatriados de Wuhan e está cumprindo quarentena em Anápólis Foto: Caleb Guerra/Arquivo pessoal

"Na China, feijão é servido doce. Às vezes, até caramelizado. E tem sido impossível comer feijão salgado todos os dias sem pensar nos doces que vão feijão: feijão com sorvete de menta, por exemplo, é um clássico. Feijão no pão doce, com leite à vapor ou na gelatina de coco. Feijão no leite com chá. Se os chineses descobrirem o quão fascinante sobremesas feitas com leite condensado são, talvez em alguns anos teremos uma versão chinesa de brigadeiro, feito com feijão preto em vez de chocolate.

No livro A Mente Literária e o Esculpir de Dragões, que foi escrito no quinto século, Liu Xie diz que a maior dádiva outorgada pelo universo ao homem se torna também uma das maiores maldições de sua existência: a realidade de que, estando ele parado na beira do rio observando toda sua beleza, ainda assim a sua mente vaga involuntariamente pelos palácios da corte imperial.

Ele atribui toda beleza da existência humana ao fato de que o homem sempre ocupa dois lugares ao mesmo tempo, vivendo duas realidades de uma vez só, experimentando o mesmo mundo de duas formas diferentes, simultaneamente. E a essa capacidade da alma do ser humano, ele dá o nome de “a arte de Esculpir Dragões”. Nossa vida se baseia no esforço do processo criativo de desenhar mentalmente suas escamas, pintar as camadas e ser fiel aos contornos na tentativa de criar algo tão majestoso e sublime. É essa percepção da realidade na mente que dá sentido e beleza ao nosso dia a dia mais natural e vulgar.
Mas enquanto esse dom concedido pelo cosmos trabalha para o bem da humanidade que cria e se desenvolve, paradoxalmente ele se torna a nossa maior sina. E é exatamente essa possibilidade que todo ser humano tem de Esculpir Dragões que me faz comer feijão salgado pensando em feijão doce. Não me leve a mal, sou muito agradecido pelo que tenho aqui. Mas a minha mente perambula.
Eu olho o pão francês servido quentinho pela manhã e me alegro. De repente minha mente me pergunta: “Cadê ovo cozido que passou a noite inteira mergulhado no chá e agora já está da cor marrom e com gosto de cravo?”. Eu vejo as camadas de presunto e mortadela no prato e tento buscar inconscientemente onde está na mesa o pepino ralado, o pimentão cortado, o pãozinho cozido à vapor, o repolho frito com cebola, a sopinha doce de arroz fermentado com milho e por último aquele prato de macarrão com molho de gergelim tão famoso que o povo de Wuhan adora comer às sete da manhã...
Após o café da manhã, os médicos batem na minha porta para medir minha pressão, temperatura e fazer um questionário de perguntas sobre como estou me sentindo. Quando eles saem, a psicóloga chega. Preencho o formulário, digo que está tudo bem. Penso na senhora que mora no apartamento ao lado do meu lá em Wuhan. Será que ela tem alguém perguntando como ela amanheceu todos os dias?

Devolvo o meu prato na cozinha e me lembro dos fins de semana tomando chá com meus amigos chineses e de como a casa ficava vazia quando eles iam embora e eu me sentia tão sozinho novamente lavando a louça suja. Penso no meu colega que acabou de perder o pai para o vírus, mas não pode nem enterrá-lo porque ele mesmo tem passado os últimos dias em uma cama de hospital infectado. Será que ele tem alguém ao lado para dar as mãos e orar junto com ele? E aquela garota americana que toca flauta tão bem e foi confirmado o diagnóstico positivo para o vírus? Acho que vou mandar uma mensagem e perguntar como está o coração dela. Será que ela vai ler? Será que vai responder?
Estar no Brasil agora é um privilégio do qual sou grato. Mas eu não esqueço do feijão doce. Enquanto os dias passam embaixo do céu limpo e azul de Anápolis, minha mente continua esculpindo dragões que voam pelas ruas de Wuhan e é incontrolável o desejo de voar junto com eles batendo de porta em porta oferecendo uma ajuda que eu não tenho nem condições de prestar. Mas fico pensando que consolo um abraço, uma oração ou um sorriso traria às pessoas do outro lado da porta? O povo de Wuhan está de coração partido, e esculpir dragões comendo feijão salgado me faz lembrar disso o tempo todo."

plot twist : feijão é um negão que ele conheceu na China.
 

ffaabbiio

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Relato de um dos brasileiros resgatados d China:

Relatos da quarentena: 'Como feijão salgado pensando nos doces em que vão feijão'


ANÁPOLIS - O Estado iniciou nesta semana a publicação de uma série de relatos escritos por Caleb Guerra, de 28 anos, estudante de Literatura que morava em Wuhan. Ele está entre os 34 brasileiros repatriados da província, área mais afetada pela epidemia de coronavírus. Guerra aceitou escrever um diário com suas impressões sobre a quarentena na Base Aérea em Anápolis, em Goiás. Este é o seu segundo texto.
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Caleb Guerra, de 28 anos, é um dos 34 brasileiros repatriados de Wuhan e está cumprindo quarentena em Anápólis Foto: Caleb Guerra/Arquivo pessoal

"Na China, feijão é servido doce. Às vezes, até caramelizado. E tem sido impossível comer feijão salgado todos os dias sem pensar nos doces que vão feijão: feijão com sorvete de menta, por exemplo, é um clássico. Feijão no pão doce, com leite à vapor ou na gelatina de coco. Feijão no leite com chá. Se os chineses descobrirem o quão fascinante sobremesas feitas com leite condensado são, talvez em alguns anos teremos uma versão chinesa de brigadeiro, feito com feijão preto em vez de chocolate.

No livro A Mente Literária e o Esculpir de Dragões, que foi escrito no quinto século, Liu Xie diz que a maior dádiva outorgada pelo universo ao homem se torna também uma das maiores maldições de sua existência: a realidade de que, estando ele parado na beira do rio observando toda sua beleza, ainda assim a sua mente vaga involuntariamente pelos palácios da corte imperial.

Ele atribui toda beleza da existência humana ao fato de que o homem sempre ocupa dois lugares ao mesmo tempo, vivendo duas realidades de uma vez só, experimentando o mesmo mundo de duas formas diferentes, simultaneamente. E a essa capacidade da alma do ser humano, ele dá o nome de “a arte de Esculpir Dragões”. Nossa vida se baseia no esforço do processo criativo de desenhar mentalmente suas escamas, pintar as camadas e ser fiel aos contornos na tentativa de criar algo tão majestoso e sublime. É essa percepção da realidade na mente que dá sentido e beleza ao nosso dia a dia mais natural e vulgar.
Mas enquanto esse dom concedido pelo cosmos trabalha para o bem da humanidade que cria e se desenvolve, paradoxalmente ele se torna a nossa maior sina. E é exatamente essa possibilidade que todo ser humano tem de Esculpir Dragões que me faz comer feijão salgado pensando em feijão doce. Não me leve a mal, sou muito agradecido pelo que tenho aqui. Mas a minha mente perambula.
Eu olho o pão francês servido quentinho pela manhã e me alegro. De repente minha mente me pergunta: “Cadê ovo cozido que passou a noite inteira mergulhado no chá e agora já está da cor marrom e com gosto de cravo?”. Eu vejo as camadas de presunto e mortadela no prato e tento buscar inconscientemente onde está na mesa o pepino ralado, o pimentão cortado, o pãozinho cozido à vapor, o repolho frito com cebola, a sopinha doce de arroz fermentado com milho e por último aquele prato de macarrão com molho de gergelim tão famoso que o povo de Wuhan adora comer às sete da manhã...
Após o café da manhã, os médicos batem na minha porta para medir minha pressão, temperatura e fazer um questionário de perguntas sobre como estou me sentindo. Quando eles saem, a psicóloga chega. Preencho o formulário, digo que está tudo bem. Penso na senhora que mora no apartamento ao lado do meu lá em Wuhan. Será que ela tem alguém perguntando como ela amanheceu todos os dias?

Devolvo o meu prato na cozinha e me lembro dos fins de semana tomando chá com meus amigos chineses e de como a casa ficava vazia quando eles iam embora e eu me sentia tão sozinho novamente lavando a louça suja. Penso no meu colega que acabou de perder o pai para o vírus, mas não pode nem enterrá-lo porque ele mesmo tem passado os últimos dias em uma cama de hospital infectado. Será que ele tem alguém ao lado para dar as mãos e orar junto com ele? E aquela garota americana que toca flauta tão bem e foi confirmado o diagnóstico positivo para o vírus? Acho que vou mandar uma mensagem e perguntar como está o coração dela. Será que ela vai ler? Será que vai responder?
Estar no Brasil agora é um privilégio do qual sou grato. Mas eu não esqueço do feijão doce. Enquanto os dias passam embaixo do céu limpo e azul de Anápolis, minha mente continua esculpindo dragões que voam pelas ruas de Wuhan e é incontrolável o desejo de voar junto com eles batendo de porta em porta oferecendo uma ajuda que eu não tenho nem condições de prestar. Mas fico pensando que consolo um abraço, uma oração ou um sorriso traria às pessoas do outro lado da porta? O povo de Wuhan está de coração partido, e esculpir dragões comendo feijão salgado me faz lembrar disso o tempo todo."
Bando de fresco, com um monte de regalia e com 5 dias já está cansado de comer feijão, manda de volta pra china...

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VanHalenBR

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caleb guerra
Caleb Guerra, de 28 anos, é um dos 34 brasileiros repatriados de Wuhan e está cumprindo quarentena em Anápólis Foto: Caleb Guerra/Arquivo pessoal

"Na China, feijão é servido doce. Às vezes, até caramelizado. E tem sido impossível comer feijão salgado todos os dias sem pensar nos doces que vão feijão: feijão com sorvete de menta, por exemplo, é um clássico. Feijão no pão doce, com leite à vapor ou na gelatina de coco. Feijão no leite com chá. Se os chineses descobrirem o quão fascinante sobremesas feitas com leite condensado são, talvez em alguns anos teremos uma versão chinesa de brigadeiro, feito com feijão preto em vez de chocolate.

No livro A Mente Literária e o Esculpir de Dragões, que foi escrito no quinto século, Liu Xie diz que a maior dádiva outorgada pelo universo ao homem se torna também uma das maiores maldições de sua existência: a realidade de que, estando ele parado na beira do rio observando toda sua beleza, ainda assim a sua mente vaga involuntariamente pelos palácios da corte imperial.

Ele atribui toda beleza da existência humana ao fato de que o homem sempre ocupa dois lugares ao mesmo tempo, vivendo duas realidades de uma vez só, experimentando o mesmo mundo de duas formas diferentes, simultaneamente. E a essa capacidade da alma do ser humano, ele dá o nome de “a arte de Esculpir Dragões”. Nossa vida se baseia no esforço do processo criativo de desenhar mentalmente suas escamas, pintar as camadas e ser fiel aos contornos na tentativa de criar algo tão majestoso e sublime. É essa percepção da realidade na mente que dá sentido e beleza ao nosso dia a dia mais natural e vulgar.
Mas enquanto esse dom concedido pelo cosmos trabalha para o bem da humanidade que cria e se desenvolve, paradoxalmente ele se torna a nossa maior sina. E é exatamente essa possibilidade que todo ser humano tem de Esculpir Dragões que me faz comer feijão salgado pensando em feijão doce. Não me leve a mal, sou muito agradecido pelo que tenho aqui. Mas a minha mente perambula.
Eu olho o pão francês servido quentinho pela manhã e me alegro. De repente minha mente me pergunta: “Cadê ovo cozido que passou a noite inteira mergulhado no chá e agora já está da cor marrom e com gosto de cravo?”. Eu vejo as camadas de presunto e mortadela no prato e tento buscar inconscientemente onde está na mesa o pepino ralado, o pimentão cortado, o pãozinho cozido à vapor, o repolho frito com cebola, a sopinha doce de arroz fermentado com milho e por último aquele prato de macarrão com molho de gergelim tão famoso que o povo de Wuhan adora comer às sete da manhã...
Após o café da manhã, os médicos batem na minha porta para medir minha pressão, temperatura e fazer um questionário de perguntas sobre como estou me sentindo. Quando eles saem, a psicóloga chega. Preencho o formulário, digo que está tudo bem. Penso na senhora que mora no apartamento ao lado do meu lá em Wuhan. Será que ela tem alguém perguntando como ela amanheceu todos os dias?

Devolvo o meu prato na cozinha e me lembro dos fins de semana tomando chá com meus amigos chineses e de como a casa ficava vazia quando eles iam embora e eu me sentia tão sozinho novamente lavando a louça suja. Penso no meu colega que acabou de perder o pai para o vírus, mas não pode nem enterrá-lo porque ele mesmo tem passado os últimos dias em uma cama de hospital infectado. Será que ele tem alguém ao lado para dar as mãos e orar junto com ele? E aquela garota americana que toca flauta tão bem e foi confirmado o diagnóstico positivo para o vírus? Acho que vou mandar uma mensagem e perguntar como está o coração dela. Será que ela vai ler? Será que vai responder?
Estar no Brasil agora é um privilégio do qual sou grato. Mas eu não esqueço do feijão doce. Enquanto os dias passam embaixo do céu limpo e azul de Anápolis, minha mente continua esculpindo dragões que voam pelas ruas de Wuhan e é incontrolável o desejo de voar junto com eles batendo de porta em porta oferecendo uma ajuda que eu não tenho nem condições de prestar. Mas fico pensando que consolo um abraço, uma oração ou um sorriso traria às pessoas do outro lado da porta? O povo de Wuhan está de coração partido, e esculpir dragões comendo feijão salgado me faz lembrar disso o tempo todo."

Não acho que é fresco como pessoal ta falando e sim que o cara quis ser prepotente, e ficar passando de multi-cultural que se importa com as pessoas que ele diz ter amizades... Só alguém querendo aparecer tentando bancar de sociólogo
 

leotrix14

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Bom esta tendo um surto escroto de virose com tosse seca e forte aqui no RN e boa parte do nordeste desde janeiro, e teve um retardado que disse ter a doença mas era isso mesmo.
Ate peguei essa m****, pior é que ainda é o mesmo modus operandi, cha de gengibre com canela limão e mel, Cha de eucalipto, Cebion e Cha de folha de laranja e hortela.

Pior é que ha como levantar esse fato tbm, por que BR tem sangue de barata, nem a H1n1 que matou meio mundo na epoca deu fim ou triscou na Brzada comedora de podrão de esquina e bebedora de agua da torneira com gosto esgoto.
Ia falar isso na zoeira também :klol

De 2 anos pra cá já passou umas 3 ondas de resfriado, umas 2 ondas de gripe e uma ou duas ondas de virose em casa e eu to invicto sem pegar nada :klol
 

Giant Enemy Crab

Wyrd biõ ful ãræd
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Imagina se eles tivessem no cruzeiro que tá aqui no Porto...
Teria xingado muito no twitter usando a internet paga pelo capitalismo opressor.

Tavam mostrando na tv o que é servido lá. Fiquei olhando e pensando "pelo menos o povo vai sair mais leve dessa quarentena".
 

Ultima Weapon

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O texto do br chinês é bom apesar do trecho do feijão estar fora de tom para o momento crítico que vivemos, uma breve citação sobre gastronomia já seria o suficiente. Bonitas as lembranças em relação a vizinha e ao amigo que perdeu o pai, povo é muito chato e insensível.

Esse negócio não pode criar corpo na África, saneamento básico lá é luxo.

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VanHalenBR

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14/Fev

66,907
casos (ontem 64,438)
10,759 casos graves (ontem 10,227)
1,523 mortes (ontem 1,489)
10,109 suspeitos (ontem 13,435)
8,074 curados (ontem 6,299)

106064

NOTES
  • Hubei province, China: The numbers include clinically-diagnosed cases, which means they were not confirmed by laboratory testing.
  • Japan: The total includes 4 asymptomatic cases, which are not included in the government’s official count.
  • Japan: The total includes 218 people from the “Diamond Princess” cruise ship. They are not included in the government’s official count.
 

VanHalenBR

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Bem parece que a OMS mesmo acha que os números reportados pela China não estão corretos, pela falta de capacidade de testar, por pessoas ficarem em casa sem ir ao hospital (até morrendo...)

Olha que a pessoa da OMS diz "absolute assume" que os casos são "underreported" ... mas eles dizem que não é intencional... ou seja até a OMS sabe que a situação é mais grave que os números da China.

 

Zefiris

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A última vez que comi feijão foi no final de semana passado e não tenho boas lembranças. Me deu uma forte cólica devido aos gases intestinais. Até pensei que poderia ser apendicite, mas como a dor começou a diminuir depois de 1 hora, eu desisti de pedir para minha mãe me levar no hospital. Bem, acho que faz uns 8-9 meses que não saio de casa, mas tudo bem, mais difícil para o coronavírus me encontrar. Embora este meu cabelo comprido seja meio irritante :obrigue
 

ChaosRaptor

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Bem parece que a OMS mesmo acha que os números reportados pela China não estão corretos, pela falta de capacidade de testar, por pessoas ficarem em casa sem ir ao hospital (até morrendo...)

Olha que a pessoa da OMS diz "absolute assume" que os casos são "underreported" ... mas eles dizem que não é intencional... ou seja até a OMS sabe que a situação é mais grave que os números da China.


é a Sars e Gripe aviaria mais uma vez...
 

VanHalenBR

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é a Sars e Gripe aviaria mais uma vez...
Só que nesses casos eles conseguiram controlar

O H1N5 (gripe aviaria) não passa de pessoa para pessoa e mataram várias aves... pois essa sim tem 60% de mortalidade


Q1: What is H5N1?
H5N1 is a type of influenza virus that causes a highly infectious, severe respiratory disease in birds called avian influenza (or "bird flu"). Human cases of H5N1 avian influenza occur occasionally, but it is difficult to transmit the infection from person to person. When people do become infected, the mortality rate is about 60%.
 

biglinux

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A última vez que comi feijão foi no final de semana passado e não tenho boas lembranças. Me deu uma forte cólica devido aos gases intestinais. Até pensei que poderia ser apendicite, mas como a dor começou a diminuir depois de 1 hora, eu desisti de pedir para minha mãe me levar no hospital. Bem, acho que faz uns 8-9 meses que não saio de casa, mas tudo bem, mais difícil para o coronavírus me encontrar. Embora este meu cabelo comprido seja meio irritante :obrigue

Compra uma máquina de cortar cabelo dessas de 50 reais pela internet e corta em casa, já cortei meu próprio cabelo várias vezes, é bem simples.
 

VanHalenBR

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Tentando achar relatos reais sobre a situação em Whuan, mas parece que ninguém pode sair de casa sem autorização, todas as saídas dos prédios estão sendo controladas pelas autoridades.

 

VanHalenBR

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Tentando achar relatos reais sobre a situação em Whuan, mas parece que ninguém pode sair de casa sem autorização, todas as saídas dos prédios estão sendo controladas pelas autoridades.


Com as novas medidas, meio bilhão de pessoas estão em total lockdown!!



Vai ter filme(s) sobre isso!
 

Bruwns

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Tentando achar relatos reais sobre a situação em Whuan, mas parece que ninguém pode sair de casa sem autorização, todas as saídas dos prédios estão sendo controladas pelas autoridades.


Uma duvida idiota mas... essa galera monitorando ai nao corre o risco de ser infectado também? Já que medicos mais "preparados" se ferraram por lidar diretamente com os pacientes.
 
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