LØRD SAKANA
Ei mãe, 500 pontos!
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Se você acha que pagar R$ 250 em um jogo é um absurdo, trago más notícias: os próximos lançamentos de games no Brasil têm tudo para te deixar de cabelo em pé e de carteira vazia. O assunto surgiu com mais força diante da alta galopante do dólar e dos efeitos da pandemia do novo coronavírus, que fizeram consoles ficarem mais caros e até mesmo "sumirem" do mercado.
E virou tema do dia na metade de junho, após a EA apresentar games como FIFA 21 e Madden 21 e os títulos entrarem em período de pré-venda com preço inicial de R$ 299. Esse valor vale para as versões para PC, PlayStation 4 (aqui com um leve desconto de R$ 1) e Xbox One e pode chegar aos incríveis R$ 499 nas variantes mais completas desses games. Antes disso, no entanto, a PlayStation já havia aumentado o preço dos games exclusivos para PS4.
Um exemplo é a versão digital de The Last of Us Parte II: quando entrou em pré-venda, no final de 2019, o preço era de R$ 199. Esse valor mudou rapidamente após a PlayStation afirmar que se tratava de um erro, indo para R$ 249. Uma vez lançado, para ter o game é preciso desembolsar R$ 279,90.
Ghost of Tsushima, próximo exclusivo do PS4, deve tomar caminho similar. No momento, ele é vendido por R$ 249,90 na PlayStation Store.
A dúvida que fica diante disso é: será que R$ 300 se tornará o preço padrão para games "AAA" lançados no Brasil? Ao que tudo indica, ao menos quando falamos de games "third party", feitos por empresas terceiras, a resposta é sim.
Neste caso, a melhor opção para entender o que os jogadores brasileiros terão pela frente é usar o clichê: olhar para o passado. Mais precisamente para o início de 2015, quando os games AAA passaram a custar R$ 250 por aqui.
Na ocasião, o "culpado" é o mesmo de hoje: o dólar, que deixava para trás de maneira consistente a barreira dos R$ 3. E, em uma conversão direta usando a maior cotação do dólar naquele período (R$ 3,31), isso significava que o brasileiro chegou a pagar o equivalente a US$ 75,52 por um jogo novo, preço consideravelmente acima dos US$ 60 cobrados por um lançamento no mercado norte-americano. Caso os R$ 300 realmente se tornem o padrão, isso significa que o brasileiro pagaria o equivalente a US$ 56,07 (aqui, a cotação usada é a do momento de fechamento deste texto, R$ 5,35 para cada dólar) por um novo game.
Essa conta nos leva a duas constatações. A primeira é que, por mais que R$ 300 doa no bolso, se fosse seguido à risca a conversão o preço "justo" dos games no Brasil - usando apenas a conversão da moeda - seria de R$ 321. Estamos "no lucro", portanto. Já a segunda é que, caso fosse adotada a mesma "fórmula" de aumento vista em 2015, os games teria um salto de preço ainda mais dolorido: teríamos que pagar R$ 404 para jogarmos uma novidade. Assustador, não é?
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