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"A história é ruim, mas o gameplay é excelente". Cite exemplos (qualquer geração)

Trezoitao38

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Yup, bom pacas. Bullet hell é um tipo de jogo em que realmente tem que mando GET GOOD pro pessoal que reclama. Eu adoro enter the gungeon mas, sou a maior b*sta nele hahahahaha ( principalmente por que fui burro por muito tempo e joguei com o teclado e mouse um jogo de controle.

Eu tenho o cartucho aqui de R-Type III The Third Lightning para o Super Nintendo. É o mais fácil da franquia, se descontarmos o Leo, que nem dá para considerá-lo um R-Type. O design do jogo é simplesmente impecável.

R-Type é um jogo difícil, mas ele não é apelativo como outros do gênero. Em muitos shmups os power ups são mal localizados, quase todos são armadilhas, o custo de tentar pegá-los muitas vezes não vale a pena. Em R-Type os power ups não são entregues de graça, mas o risco para pegá-los não é tão alto, então compensa.

Em segundo lugar os power ups servem a diferentes aplicações e o level design é construído em torno deles. Na realidade R-Type foi bastante inovador nesse sentido, porque antes os shmups apenas traziam inimigos (e geralmente esses inimigos eram apenas outras naves ou qualquer coisa voadora), como é comum em vários bullet hells até hoje. R-Type trouxe a arquitetura de level design, você tem paredes, colunas, o cenário se fechando. Em R-Type você não lida apenas com objetos voadores e os seus projeteis mas com toda uma variedade de obstáculos que não se vê no gênero.

É um jogo que exige memorização e não dá tanta margem para erro. Mas é factível. Os dois primeiros R-Type de fliperama são absurdamente difíceis, mas são zeráveis. E nos ports feitos para o Ps1 eles possuem continues infinitos. R-Type Delta tem apenas 5 continues, mas se você continuar jogando o jogo por algumas horas direto (não sei agora se 3 ou 6 horas), ele habilita os continues infinitos. Já o Final eu não cheguei a jogar muito dele, e não posso comentar.

Nos anos 1980 a Irem era uma excelente softhouse. Eles fizeram Metalstorm, um jogo para NES que ficou esquecido. Mas é notável nesse jogo como a Irem se destacava em relação a demais softhouses, o esmero colocado nesse jogo. Os gráficos impressionam para um jogo de NES, assim como a sua premissa (de poder quebrar a gravidade e grudar no teto jogando de cabeça pra baixo) e seu level design.

Pena que a empresa foi desmembrada nos anos 90, alguns foram parar em uma outra empresa e fizeram Pulstar para Neo Geo, o jogo mais próximo de um R-Type que eu conheço.
 

knOx_DF

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Nego_Brown___

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OK, 39 anos de vida...os 40 batendo na porta...hora de reconhecer uma coisa: O roteiro da série MGS prende, é interessante e carismático, mas é muito besta.

A estória em si é muito boa, mas foi contada de um modo muito...carnavalesco e demasiadamente exótico.
 


Ultima Weapon

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Queria conhecer esses tantos filmes que possuem história superior a 99% dos jogos pois, apesar de usar muito netflix e amazon prime, sofro pra encontrar algo minimamente similar ao nível de um The Last of Us 2, RDR2 ou Catherine por exemplo.

Um jogo recente ruim de história porém com combate de primeira linha é Astral Chain. O gameplay como um todo não é grande coisa, exploração muito chata e repetitiva, contudo realmente os controles são muito precisos e com uma longa curva de evolução.
 

Radamanthys Wyvern

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Death Stranding ............................ zuera, nenhum dos 2 é bom. kkk

MGS5, a história nem é tão ruim, mas comparada com o padrão da serie, foi uma sessão da tarde aquilo. E depois descobrir que o personagem q vc ta jogando nem é o big boss deixa as coisas menos impactantes ainda.
 

Trezoitao38

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Queria conhecer esses tantos filmes que possuem história superior a 99% dos jogos pois, apesar de usar muito netflix e amazon prime, sofro pra encontrar algo minimamente similar ao nível de um The Last of Us 2, RDR2 ou Catherine por exemplo.

Um jogo recente ruim de história porém com combate de primeira linha é Astral Chain. O gameplay como um todo não é grande coisa, exploração muito chata e repetitiva, contudo realmente os controles são muito precisos e com uma longa curva de evolução.

Tu tá de brincadeira hein.

Mas vou te dar um desconto porque no Netflix não tem um filme do Bergman, do Kubrick, do Sergio Leone, do David Lynch se não me engano também não tem nenhum do Kurosawa. Então se depender do Netflix vai ficar sem ver muito do que tem de melhor do cinema.
 

The End.

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Death Stranding ............................ zuera, nenhum dos 2 é bom. kkk
Jogo favorito da geração.
A narrativa tem seus problemas, mas a história é criativa demais, cheia de ideias inteligentes.

E o gameplay foi o que mais me empolgou. O elemento online, a variedade de itens e mecânicas é muito grande: exoesqueletos, boleadeira, arma adesiva, estradas, tirolesas, pontes, geradores, etc.
Criatividade do Kojima em matéria de gameplay é algo que me impressiona.
Só que é aquela coisa: jogo nada convencional e com foco muito grande em travessia. Não é pra todo mundo.
 

ArthurMorgan2x

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Tu tá de brincadeira hein.

Mas vou te dar um desconto porque no Netflix não tem um filme do Bergman, do Kubrick, do Sergio Leone, do David Lynch se não me engano também não tem nenhum do Kurosawa. Então se depender do Netflix vai ficar sem ver muito do que tem de melhor do cinema.

Então pra ver filmes bons a pessoa tem que ficar vendo os filmes antigos em loop? Vc não consegue citar nada bom dos últimos 20 anos?

Recentemente tenho preferido 1000x as histórias dos jogos que dos filmes... Tenho uma certa dificuldade em pensar histórias que eu curti muito nos filmes recentes, diferentemente dos jogos.

Além disso, a interatividade que o videogame proporciona adiciona EM MUITO à historia
 

Trezoitao38

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Então pra ver filmes bons a pessoa tem que ficar vendo os filmes antigos em loop? Vc não consegue citar nada bom dos últimos 20 anos?

Recentemente tenho preferido 1000x as histórias dos jogos que dos filmes... Tenho uma certa dificuldade em pensar histórias que eu curti muito nos filmes recentes, diferentemente dos jogos.

ArthurMorgan2x
Larva

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Ultima Weapon

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Tu tá de brincadeira hein.

Mas vou te dar um desconto porque no Netflix não tem um filme do Bergman, do Kubrick, do Sergio Leone, do David Lynch se não me engano também não tem nenhum do Kurosawa. Então se depender do Netflix vai ficar sem ver muito do que tem de melhor do cinema.
Cineastas muito antigos, comparar inclusive com filmes recentes já seria difícil e creio que muita gente possuiria dificuldade pra digerir suas obras. Exceto Lynch os demais não são da minha época e praticamente não os conheço.

Enfim, do Lynch eu gosto muito de Twin Peaks e mais ainda de Mulholland Drive, um dos meus filmes favoritos e não vejo dificuldade em traçar um paralelo entre esses e minhas histórias favoritas dos videogames. As duas mídias possuem exceções e com enredos estupendos, contesto é a falácia de que se é videogame então '99% de chance de ser pior do que qualquer filme'.
 

Trezoitao38

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Cineastas muito antigos, comparar inclusive com filmes recentes já seria difícil e creio que muita gente possuiria dificuldade pra digerir suas obras. Exceto Lynch os demais não são da minha época e praticamente não os conheço.

Enfim, do Lynch eu gosto muito de Twin Peaks e mais ainda de Mulholland Drive, um dos meus filmes favoritos e não vejo dificuldade em traçar um paralelo entre esses e minhas histórias favoritas dos videogames. As duas mídias possuem exceções e com enredos estupendos, contesto é a falácia de que se é videogame então '99% de chance de ser pior do que qualquer filme'.

Você não conhece diretores renomados e consagrados. Aí fica difícil de fazer qualquer avaliação sobre o cinema.

Mais recentemente também tem o Gaspar Noé, o Nicolas Weeding Refn, só para citar alguns.

Mas dirigir um filme não é o mesmo que escrevê-lo. Kubrick mesmo não escrevia os roteiros de seus filmes. Um filme como Only the God Forgives tem uma história bastante simples. Cinema não é exatamente só história, é também principalmente produção, direção, atuação, fotografia etc. Um filme como Only the God Forgives é um filme que almeja ser puramente cinematográfico, isso porque trabalha os aspectos próprios dessa mídia. E é até por isso é um filme que poucas pessoas gostam, porque pode ser um tanto chato e entediante, mesmo sendo um dos filmes mais belos nos últimos anos:



É o que fazem muitos filmes de ação. As história são simples. Como, por exemplo, Terminator 1 e 2. Se for julgar esses filmes pela história não fazem o menor sentido. Mas o importante é como o filme trabalha aspectos próprios do cinema para rapidamente informar através de suas propriedades audiovisuais quem é o vilão, quem é o herói, quem é que está em perigo, qual o risco de vida que eles correm e com isso provoca uma série de emoções nos espectadores.



Esses são exemplos de filmes feitos por pessoas que entendem quais são as forças que a mídia cinematográfica tem na hora de contar uma história. A tal ponto que mesmo que a história seja simples o que importa é a emoção final provocada no espectador. História de um filme como Irreversível do Gaspar Noé é também bastante simples. Mas a maneira que ele conta a história causa um impacto profundo no espectador. Ironicamente o filme dele que desenvolve mais a história e arcos dramáticos de personagens, Love, acabou por ser um de seus filmes mais detestados. (Eu particularmente gosto muito desse filme)

Que games fazem coisas semelhantes as quais esses filmes fazem mas transportando para o universo dos games e suas propriedades midiáticas específicas? Bem, games como Super Metroid e Half-Life fazem histórias bastante simples, mas assim como Terminator 1 e 2, estão interessados em fazer com que o jogador adentre naquele mundo e sinta a experiência de vivenciá-lo. Games como Nier e também os games da série Metal Gear Solid fazem algo mais parecido com o que Gaspar Noé faz em Irreversível. A trama de Nier Automata é bastante simples, não tem nada de sofisticado nela o que lhe confere peculiaridade é o fato de fazer o jogador vivenciar a trama por uma perspectiva não convencional, assim como Irreversível o faz.

Agora, tem filmes que trabalham mais a história. E esses geralmente são mais longos. Como é o caso de O Poderoso Chefão, que foi inicialmente foi concebido em 2 partes. Eles chegaram a gravar quase 4 horas de filmes para o primeiro e 6 horas para o segundo. Teve muita coisa cortada, principalmente para o segundo filme. Com mais tempo dá para trabalhar mais, alongar os arcos de desenvolvimento de personagens. Agora, que game é que tem uma história como O Poderoso Chefão? Que eu conheço nenhum. E além de ser um filme com uma história densa, também não deixa nada a desejar em sua produção, direção e principalmente em sua atuação, que não é uma atuação melodramática cheia de overactings. É uma atuação misteriosa em que rostos escondem emoções e isso nos é interessante porque nos chama a interpretá-los, existe um mistério a ser resolvido em cada momento que Marlon Brando, Al Pacino e De Niro aparecem em frente à tela. E isso é coisa que o videogame está longe de ter a mesma profundidade do cinema.

Na minha opinião o videogame sequer tem que tentar isso, tentar imitar o cinema ou tentar alcançar o mesmo do cinema. O videogame tem que seguir o seu próprio caminho. Como bem, o próprio cinema o fez, quando entendeu que não deveria simplesmente imitar a literatura.

Existe uma fala de Gustave Flaubert que sintetiza a minha linha de pensamento, vou deixá-la aqui sem explicar o porquê:

"O verdadeiro escritor nada tem a dizer. Tem uma maneira de dizer nada."
 

Megazordi64

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Vou postar e sair correndo! :klol

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O primeiro The Last of Us é enaltecido pelos personagens memoráveis e o excelente plot no final.

Já o The Last of Us 2 tem personagens esquecíveis e o plot no final que dividiu opiniões, eu particularmente achei fraco e sem sentido.

Em relação ao jogo pra mim é tecnicamente impecável, tem uma boa jogabilidade e level design, o problema é que por ser muito amparado na narrativa, através de longas cutscenes e eventos scriptados, se o jogador não imergir na trama e personagens vai achar parte da jogatina bem chata, diferente por exemplo de um Metal Gear Solid 5 que é bem mais focado no gameplay, apesar da introdução do hospital ser bem lenta e chata de se fazer.
 

Megazordi64

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Na minha opinião o videogame sequer tem que tentar isso, tentar imitar o cinema ou tentar alcançar o mesmo do cinema. O videogame tem que seguir o seu próprio caminho. Como bem, o próprio cinema o fez, quando entendeu que não deveria simplesmente imitar a literatura.

Infelizmente não é isso que está acontecendo.

Atualmente muitas pessoas dentro da indústria dos videogames estão numa cruzada para tentar provar para quem está de fora que jogos também são expressões artísticas, mas para isso tentam aproximá-los ao cinema e não valorizar o que os diferenciam das outras mídias.

Um grande exemplo disso são as categorias e indicações do The Game Award que parecem ter saído do Oscar e enaltecem muito mais aspectos cinematográficos.

Em reviews por exemplo é bem mais comum encontrar citações de que "tal jogo é a prova que videogame também é uma forma de expressão artística" em jogos cinematográficos como Red Dead Redemption 2, The Last of Us e Journey que possuem um grande apelo narrativo e visual.

E raramente vai achar jornalistas comparando jogos que se amparam na jogabilidade e level design a obras de arte quando essas características relacionadas a interatividade são o que realmente diferenciam videogames do cinema ou da literatura.

Da a entender que querem pegar um atalho e usar conceitos que já são entendidos como expressões artísticas para provar que jogo de videogame também é obra de arte, mas tudo tem o seu tempo, com certeza no início filmes também não eram considerados obras de arte por comparem de forma injusta a literatura, "como um filme que só mostra um trem indo em direção aos espectadores é uma obra de arte? Isso é só um gimmick", mas o tempo foi passando e a geração que cresceu assistindo filmes produziu cineastas e críticos de cinema, assim o apelo audiovisual passou a ser valorizado por expressar conceitos impossíveis de serem reproduzidos na literatura.

Acredito que com os videogames vai acontecer a mesma coisa com o tempo, mas não deixa de ser triste ver pessoas da indústria preocupadas em valorizar mais aspectos cinematográficos do que o que realmente diferencia os jogos das outras mídias.

Her Story por exemplo considero um excelente jogo cinematográfico justamente por usar a interatividade de forma criativa que nunca seria possível no cinema. Enquanto nos filmes você é um mero espectador, Her Story ao invés de tratar os jogadores também como espectadores os transformam em detetives, não basta apenas assistir os vídeos para saber o que aconteceu, é preciso também raciocinar como um investigador obedecendo determinadas regras para chegar na conclusão.

Já jogos como Red Dead Redemption 2 não tenta agregar a interatividade a narrativa, o jogo é dividido em duas partes, a primeira é a que o jogador entra na pele do Arthur Morgan e a segunda é a que assiste como mero espectador as ações do personagem sem poder interferir nas suas decisões. Seria muito mais interessante por exemplo se as suas ações in game influenciassem na trama, assim valorizando a interatividade que só é possível nos videogames.
 

Trevorian

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GTric

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Jogos da Ubisoft, Far Cry e Assassins Creed, gosto de jogar pq o gameplay é divertido, mas em historia eu acho uma b*sta
 

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Bam-bam-bam
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poderiam criar um tópico parecido
historia boa e jogabilidade lixosa :ksafado
 

Kroma

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Sim, todo jogo de luta em sua maioria tem uma história besta, mas esse se destaca.
Em 1994 (ou 95, sei lá), quando saiu o filme do Van Damme, eu achava tão, mas tão idiota a ideia de eles terem transformado algo como um campeonato mundial de artes marciais em um "exército de lutadores de rua contra as forças do mal".
Mas vc releva.
Pensa: "Caraio! Fizeram tudo isso só pra promover o Van Damme pq ele foi o Guile!"

Daí 20 anos depois, a Capcom decide fazer um modo história para o jogo, e adivinha: ela abraça toda essa idiotice de exército contra as forças do mal.
E pior, a comandante chefe das forças é a Karin.
Cara... Que escrotice.

Saudades quando jogo de luta era só uma imagenzinha do cara feliz no final.
 

Cantalupo

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Você não conhece diretores renomados e consagrados. Aí fica difícil de fazer qualquer avaliação sobre o cinema.

Mais recentemente também tem o Gaspar Noé, o Nicolas Weeding Refn, só para citar alguns.

Mas dirigir um filme não é o mesmo que escrevê-lo. Kubrick mesmo não escrevia os roteiros de seus filmes. Um filme como Only the God Forgives tem uma história bastante simples. Cinema não é exatamente só história, é também principalmente produção, direção, atuação, fotografia etc. Um filme como Only the God Forgives é um filme que almeja ser puramente cinematográfico, isso porque trabalha os aspectos próprios dessa mídia. E é até por isso é um filme que poucas pessoas gostam, porque pode ser um tanto chato e entediante, mesmo sendo um dos filmes mais belos nos últimos anos:



É o que fazem muitos filmes de ação. As história são simples. Como, por exemplo, Terminator 1 e 2. Se for julgar esses filmes pela história não fazem o menor sentido. Mas o importante é como o filme trabalha aspectos próprios do cinema para rapidamente informar através de suas propriedades audiovisuais quem é o vilão, quem é o herói, quem é que está em perigo, qual o risco de vida que eles correm e com isso provoca uma série de emoções nos espectadores.



Esses são exemplos de filmes feitos por pessoas que entendem quais são as forças que a mídia cinematográfica tem na hora de contar uma história. A tal ponto que mesmo que a história seja simples o que importa é a emoção final provocada no espectador. História de um filme como Irreversível do Gaspar Noé é também bastante simples. Mas a maneira que ele conta a história causa um impacto profundo no espectador. Ironicamente o filme dele que desenvolve mais a história e arcos dramáticos de personagens, Love, acabou por ser um de seus filmes mais detestados. (Eu particularmente gosto muito desse filme)

Que games fazem coisas semelhantes as quais esses filmes fazem mas transportando para o universo dos games e suas propriedades midiáticas específicas? Bem, games como Super Metroid e Half-Life fazem histórias bastante simples, mas assim como Terminator 1 e 2, estão interessados em fazer com que o jogador adentre naquele mundo e sinta a experiência de vivenciá-lo. Games como Nier e também os games da série Metal Gear Solid fazem algo mais parecido com o que Gaspar Noé faz em Irreversível. A trama de Nier Automata é bastante simples, não tem nada de sofisticado nela o que lhe confere peculiaridade é o fato de fazer o jogador vivenciar a trama por uma perspectiva não convencional, assim como Irreversível o faz.

Agora, tem filmes que trabalham mais a história. E esses geralmente são mais longos. Como é o caso de O Poderoso Chefão, que foi inicialmente foi concebido em 2 partes. Eles chegaram a gravar quase 4 horas de filmes para o primeiro e 6 horas para o segundo. Teve muita coisa cortada, principalmente para o segundo filme. Com mais tempo dá para trabalhar mais, alongar os arcos de desenvolvimento de personagens. Agora, que game é que tem uma história como O Poderoso Chefão? Que eu conheço nenhum. E além de ser um filme com uma história densa, também não deixa nada a desejar em sua produção, direção e principalmente em sua atuação, que não é uma atuação melodramática cheia de overactings. É uma atuação misteriosa em que rostos escondem emoções e isso nos é interessante porque nos chama a interpretá-los, existe um mistério a ser resolvido em cada momento que Marlon Brando, Al Pacino e De Niro aparecem em frente à tela. E isso é coisa que o videogame está longe de ter a mesma profundidade do cinema.

Na minha opinião o videogame sequer tem que tentar isso, tentar imitar o cinema ou tentar alcançar o mesmo do cinema. O videogame tem que seguir o seu próprio caminho. Como bem, o próprio cinema o fez, quando entendeu que não deveria simplesmente imitar a literatura.

Existe uma fala de Gustave Flaubert que sintetiza a minha linha de pensamento, vou deixá-la aqui sem explicar o porquê:

"O verdadeiro escritor nada tem a dizer. Tem uma maneira de dizer nada."

Teu post e muito bom e foi um prazer o ler aqui as 5:58 depois de acabar o trabalho. Tem um monte de coisa que eu concordo como: o caminho do videogame que tem que ser diferente do cinema(paráfrase). É claro, tem umas coisas que não me descem( acho Gaspar o cara mais pretensioso do cinema , e olha que a concorrência é forte).
Mas, tem dois erros na tua argumentação: o primeiro é admitir que o cinema e o vídeo-game são diferentes e depois quer algo no nível do cinema. Eu diria que NADA no cinema chegou perto de me contar uma história tão bem quanto quanto Super Mario Bros. Eu memorizei, eu lutei, e venci contra todas a possibilidades na frente de uma plateia ativa ( de irmãos e primos, mais tarde de filho e sobrinhos). O que quero dizer com essa anedota é: comparar as duas artes é no minimo contraproducente.
O outro é que mesmo que fosse possível comparar as duas mídias, ainda seria desonesto. Pelo próprio viés de sobrevivência do que é bom, o cinema que é mais antigo vai ter uma quantidade de obras muito maior que sobreviveu ao tempo. Assim como a literatura tem uma quantidade de obras muito maior que a do cinema. Isso não está atrelado a qualidade intrínseca da mídia e sim ao tempo que ela existe.
Enfim, muito obrigado pelo post novamente e por favor não leve isso como um ataque pessoal ( o pessoal aqui nesse forum tem uma mania de achar que se você discorda da pessoa tem que chamar ela de burra ou coisa do tipo).
 

ragecom

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Acho que o melhor exemplo é Doom (qualquer um).

Enredo: abrimos um portal pro inferno em Marte e f**a-se.
Gameplay: lapidado igual a uma joia, viciante e estupidamente divertido.
 

Sr. Anonymous

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Ia falar Dying Light mas o foco não é na história...

Tenho dificuldade em entender o que se passa em Assassin's Creed, mas o gameplay é legal.
 
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