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Yup, bom pacas. Bullet hell é um tipo de jogo em que realmente tem que mando GET GOOD pro pessoal que reclama. Eu adoro enter the gungeon mas, sou a maior b*sta nele hahahahaha ( principalmente por que fui burro por muito tempo e joguei com o teclado e mouse um jogo de controle.
Eu tenho o cartucho aqui de R-Type III The Third Lightning para o Super Nintendo. É o mais fácil da franquia, se descontarmos o Leo, que nem dá para considerá-lo um R-Type. O design do jogo é simplesmente impecável.
R-Type é um jogo difícil, mas ele não é apelativo como outros do gênero. Em muitos shmups os power ups são mal localizados, quase todos são armadilhas, o custo de tentar pegá-los muitas vezes não vale a pena. Em R-Type os power ups não são entregues de graça, mas o risco para pegá-los não é tão alto, então compensa.
Em segundo lugar os power ups servem a diferentes aplicações e o level design é construído em torno deles. Na realidade R-Type foi bastante inovador nesse sentido, porque antes os shmups apenas traziam inimigos (e geralmente esses inimigos eram apenas outras naves ou qualquer coisa voadora), como é comum em vários bullet hells até hoje. R-Type trouxe a arquitetura de level design, você tem paredes, colunas, o cenário se fechando. Em R-Type você não lida apenas com objetos voadores e os seus projeteis mas com toda uma variedade de obstáculos que não se vê no gênero.
É um jogo que exige memorização e não dá tanta margem para erro. Mas é factível. Os dois primeiros R-Type de fliperama são absurdamente difíceis, mas são zeráveis. E nos ports feitos para o Ps1 eles possuem continues infinitos. R-Type Delta tem apenas 5 continues, mas se você continuar jogando o jogo por algumas horas direto (não sei agora se 3 ou 6 horas), ele habilita os continues infinitos. Já o Final eu não cheguei a jogar muito dele, e não posso comentar.
Nos anos 1980 a Irem era uma excelente softhouse. Eles fizeram Metalstorm, um jogo para NES que ficou esquecido. Mas é notável nesse jogo como a Irem se destacava em relação a demais softhouses, o esmero colocado nesse jogo. Os gráficos impressionam para um jogo de NES, assim como a sua premissa (de poder quebrar a gravidade e grudar no teto jogando de cabeça pra baixo) e seu level design.
Pena que a empresa foi desmembrada nos anos 90, alguns foram parar em uma outra empresa e fizeram Pulstar para Neo Geo, o jogo mais próximo de um R-Type que eu conheço.