Engraçado ver como as gerações enxergam as coisas.
Eu que já passei dos 40 e peguei a coisa toda quase que lá do começo, enxergo todos os conceitos normais dentro de cada contexto em que ele está inserido, o que é natural, já que convivi com isso.
Jogos com vidas, continues limitados ou "bateu morreu", não me frustravam, mesmo que bravo por uma derrota, me faziam querer jogar mais e mais e ultrapassar aquele desafio.
Mas entendo que esse era o contexto da época. Quem é do meu tempo ai, certamente não se incomoda muito, mas garanto que a "paciência" não é a mesma. E como tudo hoje em dia tem que ser tudo muito rápido, então é compreensível.
Um exemplo fora desse contexto é na música por exemplo, eu percebo a impaciência das pessoas já na introdução das músicas, se uma introdução passar de 1 minuto, vira tédio. As pessoas hoje querem cantar, pular, pegar logo etc.
O que vejo é isso, hoje tem que ser tudo imediato e não ter um checkpoint forçando o cara a voltar muito na jogatina é um "parto" para muitas pessoas.
Mas ai o cara fala, durrhh eu jogo "Darqui Sou".. joga, mas joga torcendo para aparecer uma "bonfire" para salvar logo o progresso e recuperar a energia. E Dark Souls mesmo com toda sua dificuldade, é um jogo inserido no contexto de hoje.
É claro que sei que checkpoints são necessários hoje em dia, por conta do tamanho dos jogos, e obviamente não faria sentido nenhum morrer depois de 80 horas de jogo e ter que começar de novo.
Em resumo, dependendo do contexto, ter vidas pra mim é completamente normal e não é ultrapassado, só está em desuso.