Ivo Maropo
Bam-bam-bam
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Os bolsonaristas continuam em forte negação. Não importam todas as declarações do "Mito" durante toda a sua vida, "ele só estava brincando!". Como eu sempre gosto de falar aqui, a grande "revolução" de seus apoiadores será uma simples análise objetiva dos fatos que estavam bem diante de seus olhos, os quais eram todos muito bem sabidos e foram todos sistematicamente apoiados "como piada" (mas uma "piada" que se leva mortalmente a sério precisamente como piada; eis aí o seu paradoxo, a sua raiz profundamente pós-moderna).
O bolsonarista médio, mesmo o dito já "esclarecido", que hoje chama o Mito de "traidor" e de "incapaz", ainda teima em não reconhecer que votou em um lunático genocida de extrema-direita e que deu claríssimos sinais de suas intenções malucas por toda a sua vida. Sim, "traidor" e "incapaz" já são uma negociação com a realidade, uma astuciosa forma de barganha, de “meio-termo” com a sua própria consciência – ou seja, ele já troca um mal maior (um delirante genocida) por um mal menor (um mentiroso incapaz).
A negação, neste caso como forma de negociação com a consciência da realidade, se mostra ainda mais claramente com a recém invenção do termo "bolsopetismo". Sim, é verdade que o petismo falhou em diversas frentes de batalha, mas é mentiroso dizer que ele "é somente a outra face da mesma moeda do bolsonarismo".
Nos governos do PT, ninguém era perseguido ou sofria ameaças de morte por tecer críticas ao governo, o que já se tornou bastante corriqueiro no bolsonarismo. Mesmo nos anos em que a Globo desferiu incessantes golpes contra o partido, ele jamais ousou retirar a generosa verba publicitária governamental que religiosamente depositava na emissora (coisa que Bolsonaro fez sem pestanejar). O PT, mesmo com todos os seus pesares e profunda corrupção sistêmica, não era uma expressão "autoritária" contra a liberdade de expressão e nem tampouco "comunista".
A prova negativa disto? A simples existência do PSOL, ocasionada por um racha dentro do próprio PT ainda em 2004, já no segundo ano de seu governo. O PSOL foi criado precisamente pela convicção de que o PT não era "esquerdista o suficiente" na sua prática efetiva, mas sim de centro (ou, no melhor dos cenários, de "centro-esquerda"). Com ele no poder, os banqueiros jamais ganharam mais dinheiro. Portanto, a histeria coletiva do PT como "a iminente ‘venezuelização’ do Brasil" não passou disso, uma mentirosa histeria coletiva de extrema-direita, um ideológico delírio, um autêntico "estelionato eleitoral".
Em 13 anos de PT na presidência (sim, 13 anos, e não meses), ainda esperávamos pela prometida “venezuelização iminente do Brasil”, ao passo que com o bolsonarismo, efetivamente não passamos um dia sequer sem alguma ameaça explícita ditatorial (sendo a última uma ameaça aberta de “estado de sítio”, o que seria ironicamente visto como uma aberração impensável em tempos de PT). Mas uma hora a ficha vai cair (ou assim espero eu... quem sabe...).
O próprio racha nas famílias durante as eleições não foi simplesmente à toa, algo “acidental”, uma “mera disputa direta entre radicalismos”. Houve apenas aqueles que aceitaram a explícita realidade do que estavam vendo, e os que, na zoação do "mito" e da "arminha", se permitiram brincar de não saber e assim declarar apoio incondicional a esta sandice esquizoide.
Repetindo a tese, não há "fato novo" algum nos catastróficos desdobramentos do bolsonarismo, pois um louco, que falou sandices a sua vida inteira e finalmente as colocou em prática estando no poder, não deveria causar espécie em absolutamente ninguém minimamente responsável pelas suas ações.
O bolsonarista médio, mesmo o dito já "esclarecido", que hoje chama o Mito de "traidor" e de "incapaz", ainda teima em não reconhecer que votou em um lunático genocida de extrema-direita e que deu claríssimos sinais de suas intenções malucas por toda a sua vida. Sim, "traidor" e "incapaz" já são uma negociação com a realidade, uma astuciosa forma de barganha, de “meio-termo” com a sua própria consciência – ou seja, ele já troca um mal maior (um delirante genocida) por um mal menor (um mentiroso incapaz).
A negação, neste caso como forma de negociação com a consciência da realidade, se mostra ainda mais claramente com a recém invenção do termo "bolsopetismo". Sim, é verdade que o petismo falhou em diversas frentes de batalha, mas é mentiroso dizer que ele "é somente a outra face da mesma moeda do bolsonarismo".
Nos governos do PT, ninguém era perseguido ou sofria ameaças de morte por tecer críticas ao governo, o que já se tornou bastante corriqueiro no bolsonarismo. Mesmo nos anos em que a Globo desferiu incessantes golpes contra o partido, ele jamais ousou retirar a generosa verba publicitária governamental que religiosamente depositava na emissora (coisa que Bolsonaro fez sem pestanejar). O PT, mesmo com todos os seus pesares e profunda corrupção sistêmica, não era uma expressão "autoritária" contra a liberdade de expressão e nem tampouco "comunista".
A prova negativa disto? A simples existência do PSOL, ocasionada por um racha dentro do próprio PT ainda em 2004, já no segundo ano de seu governo. O PSOL foi criado precisamente pela convicção de que o PT não era "esquerdista o suficiente" na sua prática efetiva, mas sim de centro (ou, no melhor dos cenários, de "centro-esquerda"). Com ele no poder, os banqueiros jamais ganharam mais dinheiro. Portanto, a histeria coletiva do PT como "a iminente ‘venezuelização’ do Brasil" não passou disso, uma mentirosa histeria coletiva de extrema-direita, um ideológico delírio, um autêntico "estelionato eleitoral".
Em 13 anos de PT na presidência (sim, 13 anos, e não meses), ainda esperávamos pela prometida “venezuelização iminente do Brasil”, ao passo que com o bolsonarismo, efetivamente não passamos um dia sequer sem alguma ameaça explícita ditatorial (sendo a última uma ameaça aberta de “estado de sítio”, o que seria ironicamente visto como uma aberração impensável em tempos de PT). Mas uma hora a ficha vai cair (ou assim espero eu... quem sabe...).
O próprio racha nas famílias durante as eleições não foi simplesmente à toa, algo “acidental”, uma “mera disputa direta entre radicalismos”. Houve apenas aqueles que aceitaram a explícita realidade do que estavam vendo, e os que, na zoação do "mito" e da "arminha", se permitiram brincar de não saber e assim declarar apoio incondicional a esta sandice esquizoide.
Repetindo a tese, não há "fato novo" algum nos catastróficos desdobramentos do bolsonarismo, pois um louco, que falou sandices a sua vida inteira e finalmente as colocou em prática estando no poder, não deveria causar espécie em absolutamente ninguém minimamente responsável pelas suas ações.
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