Chefias: O maior inimigo ao Home Office.

[Seu Oscar]

Este tempo de pandemia apresentou uma oportunidade para testagem do trabalho remoto em larga escala.
Os resultados tem sido iguais ou superiores ao trabalho presencial. Logo para as empresas deve estar sendo interessante.
Uma boa parte dos funcionários também tem se adaptado bem e até preferido o trabalho em casa.
Para processos de trabalho que já são 100% digitalizados (ou seja, que até no trabalho presencial já era feito apenas no PC), acredito que o HO tenha vindo para ficar.

Porém, tenho reparado um foco de reclamação: as chefias.
Diretores, gerentes, supervisores e coordenadores estão vocalizando cada vez mais as reclamações.
A impressão que eu tenho é que essa categoria esteja perdidinha.
No mundo altamente especializado de hoje em dia, talvez seja a categoria menos profissional.
Na maioria das vezes o trabalho consiste em QFM e ficar vigiando os funcionários. Além do principio Dilbert:

O princípio Dilbert refere-se a uma teoria da década de 1990 pelo cartunista Scott Adams (Dilbert), afirmando que as empresas tendem a promover sistematicamente os funcionários sub-competentes para funções de gestão (geralmente funções de segundo escalão), a fim de limitar a quantidade de dano que eles são capazes de fazer.
O princípio Dilbert, pelo contrário, pressupõe que a hierarquia apenas serve como um meio para remover o incompetente para posições "superior" onde eles serão incapazes de causar danos ao fluxo de trabalho, partindo do princípio de que os altos escalões de uma organização, têm pouca relevância para a sua produção atual, e que a maioria do trabalho produtivo, real, em uma empresa é feito por pessoas de menor poder na escala hierárquica. Ao contrário do Princípio de Peter, os indivíduos promovidos não eram particularmente bons em qualquer função que anteriormente possuíram, de modo que colocá-los em uma posição de supervisão é uma forma de removê-los discretamente da força de trabalho sem de fato demiti-los, em vez de uma recompensa por serviços meritórios.

Como o trabalho remoto é mensurado mais pela entrega do que pelo decorrer das horas, boa parte do trabalho dos cargos de gestão, podem ser substituídos por analise objetiva.
Acredito que essa pressão toda é parte de um medo de extinção.

Vocês tem opinião formada sobre isso?

 

[mfalan]

Sei não.
Pro veterano sênior com anos de experiência home office é até uma boa, mas pro recém formado, o trainee, estagiário a dinâmica das relações pessoais e experiência in loco é fundamental e pra eles aprenderem vai precisar do cara experiente lá.

 

[Tokai]

O maior problema que tive no Home Office era chefes querendo que as pessoas trabalhem mais que o horário normal, sem extras nem nada.
Os caras queriam que nos fizéssemos treinamento as 7 da manhã, ver uns webinar no almoço e discutir sobre o assunto depois das 18.

 

[Pseudim]

Sou gerente de marketing numa startup, comandando um time pequeno, de 4 pessoas. Minha percepção:

Pra mim, como profissional, o home office está maravilhoso. Tenho silêncio para produzir conteúdo, faço meu próprio horário, tem dia que não tenho saco de trabalhar e não trabalho, entrego minhas coisas dentro do prazo, tá todo mundo feliz com o resultado. Deu tão certo que até voltei a morar na minha cidade natal, onde tenho meu apartamento, e não preciso gastar com aluguel.

Mas, no meu time tem uma guria que tem filho pequeno. Ela não está sabendo lidar com a rotina de mãe e de home office ao mesmo tempo. Ela era funcionária exemplar antes, todo mundo pagava pau pro trabalho dela. Agora ela tem deixado muito a desejar, já foi pauta de vários alinhamentos. É foda, filho pequeno dá trabalho, eu consigo imaginar (e os "cabeças" também, estamos fazendo de tudo pra apoiar ela), mas direto somos deixados na mão por ela, tá punk.

Ah, e discordo sobre o "medo de extinção". Se o cara é gestor DE VERDADE, o trabalho em home office só exige ainda mais desse lado gestor dele. Acredite: gerenciar pessoas é foda, não é trabalho pra qualquer um.

 

[doraemondigimon]

O maior problema que tive no Home Office era chefes querendo que as pessoas trabalhem mais que o horário normal, sem extras nem nada.
Os caras queriam que nos fizéssemos treinamento as 7 da manhã, ver uns webinar no almoço e discutir sobre o assunto depois das 18.

Passei por coisas parecidas com os meus antigos chefes. Sairam anunciando que os professores estariam online 24 horas para o atendimento dos alunos. Quando chegava o horário das 6 da tarde, eu simplesmente desligava o celular e só religava depois das 8 da manhã (com centenas de reclamações por não estar online depois das 23 horas)

 

[Tokai]

Acredite: gerenciar pessoas é foda, não é trabalho pra qualquer um.

Minha esposa trabalhou em 2 agencias de Publicidade e ela falou que as mulheres não se "adaptaram" de jeito nenhum produtividade %30 do normal, sem filhos nem nada. Tipo entrega para cliente as 11 da manhã e as pessoas responsáveis pela arte na cama até as 10:30 sem ter feito nada.
A muie se estressou nesse trabalho.

Agora na empresa de TI que trampei no Home Office a produtividade aumentou.

 

[Ryu-san]

Trabalho na área de marketing digital e no meu time, desde a estagiária até o gerente do departamento, todos estão rendendo muito bem. Acredito que a eficiência não seria a mesma presencial. Mas como a empresa é um pouco conservadora, acho difícil oficializarem o home office permanentemente.

Eu mesmo acho errado ser permanente. Pra mim, um dia presencial na semana seria o ideal.

 

[Calcifer]

Isso é muito relativo de cada trabalho. Como já exemplificaram aqui há trabalhos q dá pra fazer em casa tranquilo outros são um pesadelo.
Programador é um trabalho q eu acho q não só daria pra fazer em casa como seria até melhor. Já professor é um trabalho que dá pra fazer em casa mas é um pesadelo.

Questão da chefia tbm é relativo, existem chefes bons e ruins. Quarentena só deixou mais claro quais eram quais pq quando vc ta trabalhando remoto não tem como se esconder atrás de um monte de desculpas, tem q entregar o essencial e no presencial mtos falham nisso mas dão um jeito de botar desculpa em alguma coisa.

 

[Bonk]

Você disse bem, chefe, aquele que só sabe fazer relatório e reclamar das equipes.
Quem trabalha com gerenciamento de equipes tá trabalhando mais ainda e já começa-se a sentir a falta desses profissionais.

É uma virada do mercado, alguns vão se adaptar, outros vão desaparecer e assim o mercado se molda novamente...
O mercado está mudando e quem ainda acha que gerenciar equipes deve ser feito da mesma maneira que há 10-30 anos tá errado e só não percebeu ainda por que o mercado tem espaço para esse tipo de profissional.

 

[Sir Bovino Gadoso]

Sei não.
Pro veterano sênior com anos de experiência home office é até uma boa, mas pro recém formado, o trainee, estagiário a dinâmica das relações pessoais e experiência in loco é fundamental e pra eles aprenderem vai precisar do cara experiente lá.

Se a empresa não tem boa documentação e organização com certeza, com organização o cara pode ser estagiário, instruções bem feitas e claras é desnecessário acompanhamento.

 

[mfalan]

Se a empresa não tem boa documentação e organização com certeza, com organização o cara pode ser estagiário, instruções bem feitas e claras é desnecessário acompanhamento.

Não é disso que estou falando.

 

[Askeladd]

E como vão roubar os créditos do trabalho alheio e subir ainda mais na hierarquia?

 

[Tom Cruise]

Na maioria das vezes o trabalho consiste em FM e ficar vigiando os funcionários. Além do principio Dilbert:

o q é FM?

 

[LVX]

Existem chefes e chefes, os boomers de fato estão se descabelando com a nova realidade.
Pior que ao meu ver os caras vão cair atirando, as pessoas que sobem hoje são as que sabem aproveitar desse comportamento retrógrado e apertam os botões corretos.

Essa semana mesmo fiquei sabendo da nova maneira de puxar saco do chefe: Ir no presencial nos dias que o chefe também vai, 'pra mostrar serviço'

São algumas situações que só por Deus caras, pelamor

 

[Seu Oscar]

Pro veterano sênior com anos de experiência home office é até uma boa, mas pro recém formado, o trainee, estagiário a dinâmica das relações pessoais e experiência in loco é fundamental e pra eles aprenderem vai precisar do cara experiente lá.

Mas tendo documentação e treinamento bem feito, não se tem esse problema. No meio da pandemia, mudei prum setor completamente diferente, fazendo um serviço sem conexão com o que fazia anteriormente. Esse povo que fez a mudança, em sua maioria está tendo resultados excelentes, acima do esperado.

Ah, e discordo sobre o "medo de extinção". Se o cara é gestor DE VERDADE, o trabalho em home office só exige ainda mais desse lado gestor dele. Acredite: gerenciar pessoas é foda, não é trabalho pra qualquer um.

Mas por isso que eu falei a maioria. Alguns são profissionais, e esses não são impactados. Tanto que pra ti, está ótimo. Agora pro chefe que o dia consistia em ficar vigiando os outros, esses tão com medo.

E como vão roubar os créditos do trabalho alheio e subir ainda mais na hierarquia?

Muita gente sobe assim. Qdo se passa os resultados exigidos com sobra, é parabenizado o gestor.

o q é FM?

Era QFM. Escrevi errado. Valeu pelo toque.

QFM é o famoso Quem Finge Melhor. O grande jogo do mundo profissional tupiniquim.
O lance é que sempre não precisa ser bom no trabalho. Mas sim fingir ser bom.
Tem várias jogadas de mestre nesse tipo de jogo, como:
DFI - Demonstração de Falso Interesse: Consiste no caboclo, em reunião ou explanações de seu superior, aplicar o over-reacting. Destacar qq m**** que o cara fale, para ter participações inócuas e o chefe falar que foi grandes coisas.
PEFH - Pseudo Esforço Fora de Hora: É o cara que vive ficando depois do horário, fazendo horas extras adoidado, para mostrar que é dedicado e veste a camisa da empresa. Porém, o maluco não fez porra nenhuma de produtivo durante o dia, e isso não muda depois de ter passado o horário regulamentar.

Isso renderia um tópico apenas pra isso....kkk

 

[Seu Oscar]

Existem chefes e chefes, os boomers de fato estão se descabelando com a nova realidade.

Mas tem muito que não é boomer, mas tem a cabeça de um.
Até os gestores das big techs tão com medo.
Tem muito lugar ainda que não valoriza um gestor mais moderno.

Essa semana mesmo fiquei sabendo da nova maneira de puxar saco do chefe: Ir no presencial nos dias que o chefe também vai, 'pra mostrar serviço'

Nova jogada de QFM....vou anotar no rulebook....kkk

 

[Comedor de Caixinha]

Sou gestor, trabalho em casa desde anos antes da pandemia, e hoje estou numa posição de liderança sobre times de operação. E te digo, não há nada que eu queira mais do que voltar ao escritório.

Aparentemente o OP nunca exerceu posição de chefia, porque está cheio de todo o preconceito e ignorância comum a quem só vê o lado oposto da coisa.

Em home office o pessoal some sem avisar, não se comunicam uns com os outros, ocorrem erros grosseiros e há uma tendência de querer resolver tudo sozinho, onde num ambiente compartilhado um funcionário simplesmente iria virar pro lado e tirar uma dúvida ou pedir ajuda. Contatos que se resolveriam em 5 minutos de conversa num corredor, ou anúncios que bastaria ficar em pé e chamar a atenção do time, precisam de reunião marcada, poluindo a agenda e reduzindo o tempo útil de todos. Entregar documentos ou objetos vira um problema de logística.

Sem falar de problemas de condições de trabalho: internet ruim, "escritório" inadequado, rua barulhenta, interferência de filhos, animais, esposas, maridos....

A quantidade de problemas que aparecem que simplesmente não existem no ambiente de escritório é enorme.

 

[Comedor de Caixinha]

Sou gerente de marketing numa startup, comandando um time pequeno, de 4 pessoas. Minha percepção:

Pra mim, como profissional, o home office está maravilhoso. Tenho silêncio para produzir conteúdo, faço meu próprio horário, tem dia que não tenho saco de trabalhar e não trabalho, entrego minhas coisas dentro do prazo, tá todo mundo feliz com o resultado. Deu tão certo que até voltei a morar na minha cidade natal, onde tenho meu apartamento, e não preciso gastar com aluguel.

Mas, no meu time tem uma guria que tem filho pequeno. Ela não está sabendo lidar com a rotina de mãe e de home office ao mesmo tempo. Ela era funcionária exemplar antes, todo mundo pagava pau pro trabalho dela. Agora ela tem deixado muito a desejar, já foi pauta de vários alinhamentos. É foda, filho pequeno dá trabalho, eu consigo imaginar (e os "cabeças" também, estamos fazendo de tudo pra apoiar ela), mas direto somos deixados na mão por ela, tá punk.

Ah, e discordo sobre o "medo de extinção". Se o cara é gestor DE VERDADE, o trabalho em home office só exige ainda mais desse lado gestor dele. Acredite: gerenciar pessoas é foda, não é trabalho pra qualquer um.

Me compadeço da menina com filho pequeno. Minha esposa não faz HO e tenho uma filha de 1 ano pra cuidar. A situação só está sob controle porque tenho um filho de 11 que ajuda. Não só ajuda, praticamente cuida dela o dia inteiro. Não fosse por ele, eu estaria completamente fodido. Ele tem sido um anjo com ela.

E está 100% certo no segundo ponto.

 

[Seu Oscar]

Em home office o pessoal some sem avisar, não se comunicam uns com os outros, ocorrem erros grosseiros e há uma tendência de querer resolver tudo sozinho, onde num ambiente compartilhado um funcionário simplesmente iria virar pro lado e tirar uma dúvida ou pedir ajuda. Contatos que se resolveriam em 5 minutos de conversa num corredor, ou anúncios que bastaria ficar em pé e chamar a atenção do time, precisam de reunião marcada, poluindo a agenda e reduzindo o tempo útil de todos. Entregar documentos ou objetos vira um problema de logística.

Uma boa parte desses problemas aí se resolve com apps como o Teams. Dependendo do negócio, até gastando menos tempo que no presencial.
Quando eu tenho alguma dúvida, simplesmente chamo a pessoa pelo Teams, inclusive podendo ter acesso mutuo a tela um do outro.
Antes, se a pessoa não tivesse no meu lado, eu tinha que parar o que tava fazendo e ir lá na mesa da pessoa.
E esses anúncios aí, podem ser feitos no grupo da equipe, sem interromper o workflow de ninguém.

Para mim, pelo menos, a quantidade de interrupções caiu demais. Consigo fazer mais gastando menos tempo.

Sobre entregas físicas, eu falei lá em cima que a viabilidade é só para processos 100% digitais.

 

[Emperor]

Meu chefe, que é o dono da empresa, só foi aceitar home-office porque foi forçado devido a pandemia, ainda tava naquela cabecinha de que só se trabalha no escritório.
Agora adorou o home-office... ah vá

 

[maquinarama]

Reunião em trabalho remoto, o cidadão só falta dizer que escalou o Everest de costas.

Eu nem caio nessa, faço a minha parte.

 

[Comedor de Caixinha]

Uma boa parte desses problemas aí se resolve com apps como o Teams. Dependendo do negócio, até gastando menos tempo que no presencial.
Quando eu tenho alguma dúvida, simplesmente chamo a pessoa pelo Teams, inclusive podendo ter acesso mutuo a tela um do outro.
Antes, se a pessoa não tivesse no meu lado, eu tinha que parar o que tava fazendo e ir lá na mesa da pessoa.
E esses anúncios aí, podem ser feitos no grupo da equipe, sem interromper o workflow de ninguém.

Para mim, pelo menos, a quantidade de interrupções caiu demais. Consigo fazer mais gastando menos tempo.

Sobre entregas físicas, eu falei lá em cima que a viabilidade é só para processos 100% digitais.

Pois bem eu trabalho com uma equipe de 80 pessoas, fora todas as interações com múltiplos clientes, fornecedores, parceiros, etc.

Quando você tem um grupo pequeno, isso é lindo. Cada um tem seu messenger pessoal, é chamado poucas vezes ao dia, tem tempo e calma pra responder tudo.

QUando você lida com centenas de pessoas diariamente e de repente todas estão fora de alcance vira um pesadelo, tem que mutar o PC pra silenciar o som das mensagens e emails chegando, são 20 pessoas chamando ao mesmo tempo a todo instante, são várias reuniões encavaladas.

Não assuma que porque funcionou lindo pra vc, funciona assim para todos. Ou que todo chefe é um imbecil incompetente. Assim como eu não assumo que todo funcionário é um vadio acomodado. Quem é bom, é bom seja presencial ou remoto. Só mudam as dificuldades que cada um tem de lidar.

 

[Gigante_Guerreiro_Daileon]

Sou gestor, trabalho em casa desde anos antes da pandemia, e hoje estou numa posição de liderança sobre times de operação. E te digo, não há nada que eu queira mais do que voltar ao escritório.

Aparentemente o OP nunca exerceu posição de chefia, porque está cheio de todo o preconceito e ignorância comum a quem só vê o lado oposto da coisa.

Em home office o pessoal some sem avisar, não se comunicam uns com os outros, ocorrem erros grosseiros e há uma tendência de querer resolver tudo sozinho, onde num ambiente compartilhado um funcionário simplesmente iria virar pro lado e tirar uma dúvida ou pedir ajuda. Contatos que se resolveriam em 5 minutos de conversa num corredor, ou anúncios que bastaria ficar em pé e chamar a atenção do time, precisam de reunião marcada, poluindo a agenda e reduzindo o tempo útil de todos. Entregar documentos ou objetos vira um problema de logística.

Sem falar de problemas de condições de trabalho: internet ruim, "escritório" inadequado, rua barulhenta, interferência de filhos, animais, esposas, maridos....

A quantidade de problemas que aparecem que simplesmente não existem no ambiente de escritório é enorme.

O op deve ser peao e cheio de ranço pq nao progride na carreira

 

[MaxCarnage666]

Gerente só atrapalha, sempre foi assim

 

[Xenoblade]

Faço analogia entre o home office e as grandes navegações.

Antes das navegações, europeus obtusos insistiam que era loucura se lançarem ao mar pois havia o risco de caírem de um abismo caso se afastassem muito do continente, que a parte sul tinha água fervente, que o mar tinha hidra, kraken, leviatã etc.

Eis que o momento histórico convidou a Europa a navegar e acabaram descobrindo o Novo Mundo. Tinha nada de abismo e monstros. O arrependimento deles deve ter sido por não terem iniciado as grandes navegações antes.

O mesmo aconteceu com o home office. Gestores de mentalidade menos ousada tinham a ideia de que isso seria inviável.

Eis que o momento histórico novamente (pandemia) levou empresas e setores públicos a adotarem ou ampliarem o teletrabalho/home office. Passado o período de teste, agora muitos querem fazer disso algo permanente pois viram que houve redução nas despesas das empresas, os funcionários ficam mais satisfeitos (ou por estarem economizando ou por estarem em sua terra natal) e, em muitos casos, a produtividade até aumentou.

 

[Seu Oscar]

O op deve ser peao e cheio de ranço pq nao progride na carreira

Mas foi justamente o contrário. Consegui promoção a uns 6 meses, justamente pela subjetividade ter sido atrapalhada pela não presencialidade.

 

[Urozen]

Mas tendo documentação e treinamento bem feito, não se tem esse problema. No meio da pandemia, mudei prum setor completamente diferente, fazendo um serviço sem conexão com o que fazia anteriormente. Esse povo que fez a mudança, em sua maioria está tendo resultados excelentes, acima do esperado.

Mas por isso que eu falei a maioria. Alguns são profissionais, e esses não são impactados. Tanto que pra ti, está ótimo. Agora pro chefe que o dia consistia em ficar vigiando os outros, esses tão com medo.

Muita gente sobe assim. Qdo se passa os resultados exigidos com sobra, é parabenizado o gestor.

Era QFM. Escrevi errado. Valeu pelo toque.

QFM é o famoso Quem Finge Melhor. O grande jogo do mundo profissional tupiniquim.
O lance é que sempre não precisa ser bom no trabalho. Mas sim fingir ser bom.
Tem várias jogadas de mestre nesse tipo de jogo, como:
DFI - Demonstração de Falso Interesse: Consiste no caboclo, em reunião ou explanações de seu superior, aplicar o over-reacting. Destacar qq m**** que o cara fale, para ter participações inócuas e o chefe falar que foi grandes coisas.
PEFH - Pseudo Esforço Fora de Hora: É o cara que vive ficando depois do horário, fazendo horas extras adoidado, para mostrar que é dedicado e veste a camisa da empresa. Porém, o maluco não fez porra nenhuma de produtivo durante o dia, e isso não muda depois de ter passado o horário regulamentar.

Isso renderia um tópico apenas pra isso....kkk

Cara tu descreveu uma pessoa que chegou no meu trabalho, e fazia exatamente essas duas coisas. As vezes repetia exatamente o que o nosso gestor dizia, e eu e uma colega se entreolhava perguntando que m**** era aquela. Sem contar que nos primeiros meses sempre ficava depois do horário, e durante o dia ficava matando, e o pior ainda falava para o gestor que eu e minha colega também deveria ficar.

 

[Seu Oscar]

Cara tu descreveu uma pessoa que chegou no meu trabalho, e fazia exatamente essas duas coisas. As vezes repetia exatamente o que o nosso gestor dizia, e eu e uma colega se entreolhava perguntando que m**** era aquela. Sem contar que nos primeiros meses sempre ficava depois do horário, e durante o dia ficava matando, e o pior ainda falava para o gestor que eu e minha colega também deveria ficar.

Se o cara subiu bem na carreira com essas jogadas, virou um grão-mestre do QFM.

 

[Demétrio]

Curioso esse tópico. Parando pra pensar, nenhum dos altos cargos da empresa que trabalho, inclusive meu líder direto, são de gestores per se. Todos são técnicos e especialistas em áreas muito específicas que foram promovidos a cargos de gestão e fazem o que podem. Meu líder direto por exemplo, é um mestre em automação de processos, e ser gestor é uma parte menor do cargo(especificamente, nossas reunioes de meia hora todo dia). O resto do tempo, ele é um analista técnico como nós. Acho que é um bom modelo, sem dúvida ele e o nosso gerente(também um técnico) são os melhores lideres que ja tive.

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[Atlante]

Gerente bom é aquele que fica jogando a Paciência dele lá, quietinho, e deixa em paz quem trabalha de verdade

 

[Freddie Mercury]

Vai fazer 1 ano e 2 meses que estou de home office direto, nunca mais voltei na empresa. Nenhuma atividade foi afetada também.

Agradeço muito por já estar empregado certinho. Começar um estágio agora deve ser uma m****, tanto pro aprendizado quanto pra oportunidades de efetivação.

Começou um estágio na área semana passada, e o cara já ta de home office, não viu nada de chão de fábrica. É foda isso.

Obs: minha chefe (gerente) nos dá autonomia total, na verdade ela nem sabe o que está acontecendo. Eu sou dono dos meus projetos e respondo por eles.

 

[Jolteon]

Minha empresa adotou o smart working. Sem bater ponto, o RH já avisou que meu time trabalha conforme demanda. Se eu quiser encerro as 2 da tarde.

O problema é que isso foi para o MEU TIME, e aí a peãozada da operação fica de mimimi. Não se tocam que a entrega deles é diferente da minha. Eu trabalho garantindo a entrega da plataforma para o cliente. Não tem reunião, não tem problemas, não tem o que eu fazer.

 

[Nathan Harcker]

Vejo que muitos aqui tem uma visão errada do que os líderes e gerentes fazem.
O trabalho de um líder é o trabalho de maior responsabilidade de todos.
Se um gerente não sabe motivar a equipe, manter boas métricas de tempo e esforço, conseguir deixar os clientes felizes, sabe o que acontece? As pessoas perdem o emprego e negócios vão a falência.

É fácil olhar sempre só pro próprio umbigo. Mas vá "andar 1 milha nos sapatos do outro" pra você ter noção do que fala.

É simples para quem está na parte técnica não ter que dormir com peso na consciência sobre o que pode acontecer com o negócio e com as famílias que dependem dele se é só falar: "ah, mas é culpa da gestão...", "eu só sigo ordens", etc... É fácil ne?

 

[bushi_snake]

Você disse bem, chefe, aquele que só sabe fazer relatório e reclamar das equipes.
Quem trabalha com gerenciamento de equipes tá trabalhando mais ainda e já começa-se a sentir a falta desses profissionais.

É uma virada do mercado, alguns vão se adaptar, outros vão desaparecer e assim o mercado se molda novamente...
O mercado está mudando e quem ainda acha que gerenciar equipes deve ser feito da mesma maneira que há 10-30 anos tá errado e só não percebeu ainda por que o mercado tem espaço para esse tipo de profissional.

Percebi isso no ramo de restaurantes e bares.

Aquele chefe que só sabe dar ordens enquanto os profissionais que já sabem seus serviços está perdendo o tempo de todo mundo.

Ou ele trabalha junto ou só está ali pra fazer pose.