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‘Isso não é um bebê!’: a tragédia de crianças nascidas vivas durante abortos

Azeon

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Bom, eu não vou entrar nessa discussão novamente porque já disse tudo o que tinha a dizer mas hoje aqui no trabalho rolou um papo sobre adoção e aí falaram de uma notícia que descobriram ser fake, porém existe uma lei real :

https://g1.globo.com/fato-ou-fake/n...o-mes-por-ter-adotado-mais-de-50-filhos.ghtml

http://alerjln1.alerj.rj.gov.br/CON...1abd903b30d95b88032569b5006f3e8d?OpenDocument

Não vou entrar aqui se eu concordo com isso ou não, MAS é um incentivo a adoção principalmente a crianças mais velhas que estão nos orfanatos (e que tem menor chance de adoção ) :

Art. 3º - O auxílio-adoção será concedido nos seguintes valores:

a) - 3 (três) salários mínimos por acolhimento de criança de 5 (cinco) a menos de 8 (oito) anos;
b) - 4 (quatro) salários mínimos por acolhimento de criança de 8 (oito) a menos de 12 (doze) anos;
c) - 5 (cinco) salários mínimos por acolhimento de criança ou adolescente de 12 (doze) até 18 (dezoito) anos; e
d) - 5 (cinco) salários mínimos por acolhimento de criança ou adolescente portador de deficiência, do vírus HIV (SIDA/AIDS) ou de outras doenças de natureza grave ou malígna que requeiram cuidados pessoais e médicos permanentes.

Lei estadual do RJ.

@Goris Isso vai de encontro com aquele mapa que te mostrei das crianças disponíveis para adoção x casais que querem adotar.
 

Hobgoblin

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Comunistas-socialistas-esquerdistas americanos em defesa da morte votam para impedir tratamento médico para bebês sobreviventes de aborto. Uma monstruosidade a mais na conta das ideologias que assassinaram 100 milhões de pessoas no século XX.






Eu fico tranquilo em saber que isso aí não vai perpetuar a linhagem.
 
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arqueiro182

Ei mãe, 500 pontos!
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Gostei de ver o risinho cínico do gênio Cafetão Chines em um dos meus posts. Precisamente do trol que insiste na genialidade de que "o nazismo é de esquerda"; que enumera características mil onde "claramente vemos o seu esquerdismo" (vê tudo, menos o absolutamente óbvio: que o nazismo é um movimento conservador, e que isto muda absolutamente tudo).

O holocausto existiu somente porque Hitler não conseguiu olhar para o Sistema verdadeiramente; porque foi um covarde. Não é que Hitler identificou nos judeus a raiz de todos os seus problemas - não, eles eram direta e automaticamente culpados porque eram judeus. No universo nazista, a confissão do alegado jewish plot seria irrelevante (como eu já disse, o judeu era considerado culpado já mesmo por ser judeu).

Neste sentido, o nazismo conseguiu ser ainda mais monstruoso que o stalinismo. Hitler e sua turma insistiram até a morte que a desordem no Sistema capitalista era externa à sua geração e manutenção, e não interna. Toda a "economia libidinal" nazista tinha nesta prerrogativa escusa a sua razão de ser.

Portanto, o holocausto aconteceu porque Hitler fez de tudo para manter o Sistema do jeitinho que ele era; porque ele se recusava a reconhecer no próprio Sistema em si a geração do seu descontentamento, e os gulags de Stálin porque ele quis superar este Sistema até às suas últimas (e totalmente catastróficas) consequências.

O Cafetão Chines acha que é um gênio, mas é somente um trol inveterado que sequer o básico consegue enxergar. Um conselho: Se algum gênio tentar, por todos os meios possíveis, insistir que "o nazismo é de esquerda", mantenham distância deste cidadão. Há certas discussões estúpidas que simplesmente não valem a pena.

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nominedomine

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Fui ver aquele documentario Once Child Nation sobre a politica de um filho só da China. Se é louco mano... não tenho estomago para aquilo não.

O comunismo consegue ser infinitamente pior que eu imaginava. Essa obsessão da esquerda com uma pratica tão bárbara quanto o aborto parece coisa do diabo.

Difícil pensar em algo que me deixa mais triste do que isso, todos esses abortos vão ser a grande vergonha da nossa época.

Não manjo de filosofia mas é meio que por esse tipo de coisa que acho que utilitarismo é sem cabimento, você faz um calculo de que se matar X pessoas, Y pessoas vão ter uma qualidade de vida maior. Pensamento sinistro em que dependendo da circunstancia qualquer coisa passa a ser justificada como no caso da China passa a exterminar bebês como politica de estado.
 
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Mynduim

Bam-bam-bam
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“Eu fui estuprada violentamente aos 16, mas o aborto foi muito pior”
“Algo terrível aconteceu naquela noite. Mas nem se compara com a dor e o remorso que eu fui acumulando, e que Satanás foi acumulando sobre mim, ao longo dos anos que se seguiram ao aborto.”

Aos 16 anos de idade, poucos dias antes de meu 17.º aniversário, tive meu primeiro encontro [1]. Eu estava nervosa. Ele jogava futebol americano e era popular. Nós comemos e assistimos a um filme. Eu ainda tinha algum tempo antes de voltar para casa, então fomos dar umas voltas de carro na região rural em que morávamos. Fomos a uma das propriedades de sua família e fizemos um passeio olhando cavalos. Meu primeiro encontro, que parecia para mim como um sonho completo, converteu-se imediatamente em um pesadelo, quando ele me estuprou com violência em um celeiro.

A princípio, eu não contei nada a ninguém. Afinal de contas, logo depois ele me ameaçou, dizendo que eu me arrependeria se contasse para alguém, que ele acabaria comigo e que ninguém acreditaria em mim. Algumas semanas depois, eu contei tudo a uma amiga. Depois de conversar com algumas pessoas e de descobrir que ele já havia espalhado sua própria versão do que havia acontecido naquela noite, de fato, ninguém acreditou em mim. Pessoas em quem eu confiava, pessoas que eu amava, pessoas que eu esperava que fossem me apoiar, não fizeram nada disso. Comecei então a negar tudo aquilo para mim mesma e tentar apagar da minha memória o que tinha acontecido.

Na ocasião, eu não pensei muito sobre a possibilidade de estar grávida, porque eu tinha uma visão distorcida sobre o assunto: já que tinha sido um estupro, pensei, era de alguma forma menos provável que eu ficasse grávida. Foi só quando comecei a sentir os sintomas que passei a me dar conta de que, talvez, eu pudesse estar grávida.

Peguei o carro sozinha e fui a uma cidade diferente para comprar um teste de gravidez. Fiz o teste no banheiro de um posto de combustível, a fim de que ninguém em minha terra natal soubesse de nada. Antes de fazê-lo, eu já tinha meio que planejado o que faria se o teste desse positivo: eu tinha o nome de um “centro para crise na gravidez” (CCG, ver nota), que eu pensava ser uma clínica de aborto [2]. Eu estava muito assustada e revoltada ali, sozinha, no banheiro daquele posto. Estava revoltada com Deus, perguntando como Ele poderia ter deixado aquilo acontecer comigo, e comigo mesma, por ter me colocado em uma situação de permitir que aquilo acontecesse.


Eu sabia que havia um bebê dentro de mim, sabia que a vida começava com a concepção, mas, na minha cabeça de 17 anos, eu simplesmente não estava conectando as coisas.


De um telefone público, liguei para o CCG e eles disseram que eu poderia ir até lá imediatamente. Foi o que fiz. Estava a cerca de uma hora de carro. A essas alturas, já não confiava em ninguém e tinha escolhido não contar nada, nem a amigos, nem a nenhum familiar. Senti que isso só confirmaria o que as pessoas já estavam dizendo sobre eu estar “inventando um estupro”. Fui ao CCG porque pensei que se tratava de uma clínica de aborto, na esperança de ter um naquele mesmo dia.

As pessoas ali foram muito gentis comigo e contaram-me tudo o que eu já sabia sobre a vida que estava dentro de mim. Não me senti em nenhum momento julgada por eles. Eles só tinham alguns dias específicos da semana em que realizavam ultrassonografias, e eu teria de retornar dois dias depois para fazer uma. Chorando, eu lhes disse que estava tão apavorada que não conseguiria encarar as pessoas por causa da gravidez; disse ainda que iria a uma clínica de aborto assim que saísse dali. As conselheiras me disseram que, mesmo que eu passasse por um aborto, eu poderia sentir-me bem-vinda para voltar lá e falar com elas sobre isso. Até o dia de hoje, 17 anos depois, eu ainda tenho amizade com uma dessas pessoas.

Estremecendo com medo de enfrentar o ridículo, esgotada por causa das calúnias que o estuprador já estava espalhando a meu respeito, dirigi-me a uma clínica de aborto naquele mesmo dia. Era o oposto do CCG: este era caloroso e acolhedor, mesmo passando a impressão de uma clínica médica; a clínica de aborto era fria e sem vida. Havia pessoas na sala de espera, mas ninguém era capaz de olhar um para o outro ou reconhecer, de alguma forma, a presença das outras pessoas. Não houve privacidade nem delicadeza alguma para se falar com a recepcionista a meu respeito. Ela disse que eles poderiam me examinar, mas eu teria de agendar um retorno para fazer o procedimento no dia seguinte. Respondi a ela que não poderia faltar à escola outro dia, então ela disse que eles dariam um jeito de cuidar do meu caso.

Não houve nenhuma espera e nenhuma pergunta. A preocupação deles se resumia a saber se eu tinha dinheiro para lhes pagar. Eles sequer deram bola para o fato de eu estar sozinha. Foi absolutamente a pior experiência da minha vida — pior até mesmo que o estupro. Eu ficava dizendo para mim mesma que tudo iria ficar bem, que eu havia sido estuprada, então eu estava justificada, e eu iria superar isso. Eu não acreditava em nada daquilo, por isso eu ficava repetindo para mim mesma sem parar. Dizia a Deus que era tudo culpa dele. Eu estava muito nervosa na hora. Mas eu sabia que havia um bebê dentro de mim. Eu sabia que a vida começava com a concepção, mas, na minha cabeça de 17 anos, eu simplesmente não estava conectando as coisas.


O aborto foi absolutamente a pior experiência da minha vida — pior até mesmo que o estupro.



A clínica de aborto estimou que eu tinha entre 14 e 16 semanas de gravidez, então eles usaram ultrassom durante o procedimento. O monitor estava virado, então eu não podia ver. Eu não sei se ele parou de funcionar, ou se a enfermeira cometeu um erro, mas eu escutei o coração do meu filho bater, e foi então que a conexão finalmente aconteceu. Eu disse ao médico que queria que ele parasse, mas ele disse que era tarde demais para parar. Então eu apaguei, porque eles me deram um Diazepam para relaxar. As enfermeiras ajudaram a me limpar e a me vestir. Elas faziam tudo bem rápido porque precisavam do lugar. Eu não me sentia pronta nem para me mover nem para ir a lugar algum, mas elas não estavam nem aí: não se preocuparam com o que eu estava sentindo, não se ofereceram para me levar até o meu carro, nem perguntaram se alguém podia dirigir para mim.

Entrei no carro com dores e chorei por duas horas antes de sequer pensar em voltar para casa. Eu não deveria nem mesmo ter pegado o carro naquele dia. O problema estava resolvido de acordo com o “protocolo” social, e eu deveria estar aliviada e pronta para seguir em frente com a minha vida, mas alívio foi a última coisa que eu senti naquele momento. Eu me lembro de ter um diálogo comigo mesma, uma espécie de diálogo entre o bem e o mal: “Você fez o que tinha de fazer”, disse primeiro. “Você acha mesmo que tinha outra opção? A maioria das pessoas entenderia o que você acabou de fazer.” Mas então eu disse para mim mesma: “Você sabia que era um bebê. Como você pôde? Você é uma pessoa horrível.” Eu pensei que não podia ser realmente uma cristã, tendo feito o que acabara de fazer.

Por muitos anos, eu fiz tudo o que estava ao meu alcance para dar um fim àquela dor. Tenho poucas lembranças da faculdade, porque eu estava sempre bebendo. Também lutei com uma desordem alimentar e, honestamente, não sei como sobrevivi, não fosse pela graça de Deus. Eu ainda frequentava a igreja durante esse tempo, mas parte de mim se sentia morta e eu ainda me perguntava: “Como Deus poderia me amar? Como Ele poderia um dia me perdoar por ter assassinado meu filho?

Depois de muito aconselhamento eu parei de beber e diminuí a desordem alimentar. Durante as sessões de terapia, nós focamos no estupro por um certo tempo e trabalhamos nisso, o que me ajudou, mas quase nunca tocávamos no assunto do aborto. Minha terapeuta chegou a me dizer: “Você fez realmente o que tinha de fazer naquela situação. Você tinha sido estuprada.”


Eu disse ao médico que queria que ele parasse, mas ele disse que era tarde demais para parar.


Encontrei um rapaz cristão na igreja, e nós nos abstivemos de relações sexuais até nossa noite de núpcias. Senti que eu já tinha lixo o suficiente na minha vida e queria fazer as coisas direito, honrar a Deus. Mas o tempo passava e eu ainda sofria de depressão e lutava com minha desordem alimentar.

Eu sempre senti que, por causa da experiência que eu havia tido com o CCG, mais tarde na minha vida eu gostaria de me envolver com esse tipo de ministério. Nós tínhamos acabado de celebrar o National Sanctity of Human Life Day (lit., “Dia Nacional da Santidade da Vida Humana”) na minha igreja, e eu contei a meu pastor que o CCG mais próximo de nós estava a cerca de uma hora de distância, e que havia uma grande necessidade de um centro em nossa área. Ele sentiu que Deus estava me inspirando, e encorajou-me a começar um centro local.

Então eu reuni pessoas e começamos a planejar a instalação de um CCG. Durante esse processo, ao visitar outros centros e aprender os serviços que eram oferecidos aí, pela primeira vez ouvi falar do ministério pós-aborto. Eu me aprofundei em leituras sobre síndrome pós-aborto e me dei conta de que era esse o meu grande problema, o motivo pelo qual eu sofria tanto. Tudo passou a fazer sentido.

Então, alguns anos atrás, fui a um estudo bíblico sobre aborto, onde finalmente entendi e aceitei o perdão e a graça de Deus. Com isso, também superei a desordem alimentar que eu tinha. Ainda fico deprimida às vezes, mas é algo controlado, que não domina mais a minha vida. Comecei agora um ministério pós-aborto através de nosso CCG local e estou ajudando outras mulheres a se curarem desse trauma.

Estou aqui para dizer que o aborto nunca é a solução. Ele só fará com que uma situação já dolorosa e difícil se torne ainda pior. Durante meu procedimento de aborto eu fiquei aterrorizada. Fiquei fazendo perguntas sobre o que estava prestes a acontecer e ninguém parecia querer me dar uma resposta. Olhando para trás, acho que eles queriam correr comigo antes que eu tivesse a oportunidade de mudar minha cabeça.


O aborto nunca é a solução. Ele só fará com que uma situação já dolorosa e difícil se torne ainda pior.


Por muitos anos depois do que aconteceu, eu sofria crises de ansiedade e até ataques de pânico às vezes, sempre que eu escutava qualquer coisa remotamente parecida com a batida de um coração. Por muito tempo eu não entendi a que exatamente eu estava reagindo. Só muitos anos depois, quando meu marido e eu estávamos esperando nosso primeiro filho, eu passei a relacionar minha ansiedade a certos sons.

Eu vivi meu próprio inferno privado até passar por um estudo bíblico sobre aborto e encontrar a cura. A dor que eu senti por todos aqueles anos literalmente parecia que ia me matar às vezes. Eu estava muito deprimida. Houve momentos em que eu me cortei pensando que isso poderia liberar um pouco da dor que eu sentia dentro de mim. Houve muitos momentos em que eu pensei em dar um fim à minha vida e outras tantas vezes eu cheguei perto de tentar. Eu honestamente pensei que minha desordem alimentar iria eventualmente me matar, e essa se tornou, na verdade, a minha intenção com os comportamentos doentios que eu tinha. Era como se eu merecesse sofrer, sem viver nada que se parecesse com uma vida feliz, por causa do que eu havia feito.

Eu quero que as pessoas ouçam minha história. Por mais difícil que seja, elas precisam ouvir. Algo terrível se passou comigo naquele encontro, naquela noite. Naquela ocasião, eu fui traída pelas pessoas mais próximas a mim. Tudo isso foi extremamente doloroso, mas nem se compara com a dor, a culpa, a vergonha, o remorso ou o ódio a mim mesma que eu fui acumulando, e que Satanás foi acumulando sobre mim, ao longo dos anos que se seguiram ao aborto.

Na época, eu pensei estar justificada pelo que eu tinha feito, porque eu não tinha escolhido estar naquela situação: eu tinha engravidado por causa de um estupro. Eu sabia que havia uma vida dentro de mim, mas achava que não tinha importância, por causa do modo como ela tinha ido parar lá. Eu nunca estive tão errada. Abortar uma criança que é resultado de um estupro afeta a mulher como em qualquer outra circunstância. Trabalhando no CCG, tenho conversado com muitas mulheres que passaram por um aborto ao longo dos anos, e o que eu aprendi é que nós todas partilhamos a mesma dor. Não há absolutamente diferença nenhuma. O resultado final é sempre o mesmo.


Se o aborto foi ou não precedido por um estupro, não há absolutamente diferença nenhuma. O resultado final é sempre o mesmo.


Minha esperança é que, ouvindo a minha história, mais vítimas de estupro falem sobre suas experiências também, a fim de darmos um basta à história de que o estupro justifica a legalização do aborto. Eu amo e me compadeço da vida daquela criança, assim como faria com qualquer um dos meus outros filhos. Todos os dias eu penso quantos anos ela teria e com quem ela se pareceria se estivesse viva. Eu não sei se a teria criado por mim mesma ou entregado à adoção, mas é terrivelmente injusto que ela não tenha tido uma chance de viver. Ainda que a vida dela tenha sido abreviada por causa do aborto, isso não impediu que a sua existência tivesse sentido e propósito: contando minha história a você, eu faço memória da minha filha e asseguro que a vida dela não foi em vão.

 

Ivo Maropo

Bam-bam-bam
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Nós adoramos postar chocantes vídeos de aborto para mostrar a sua "monstruosidade", mas ninguém da Outer Space quer ver a realidade dos matadouros - ainda assim, ninguém aqui está preparado para abdicar do consumo de carne.

A nossa percepção imediata de alguma coisa jamais deveria ser o parâmetro supremo e imediato de uma verdade. Sim, um aborto é um troço feio pra cacete de se assistir, mas o choque que ele nos provoca é ambíguo; ele, por assim dizer, desconhece-se a si mesmo.

A nossa reação imediata é instantaneamente significada como "isto já é demais pra mim! Não dá! Acabou! Já chega!", mas o que não se percebe é que este "fato" percebido não tem relação alguma com o pretendido domínio da "humanidade da vida humana". O que o aborto nos revela não é tanto o horror do ato em si, mas sim aquele da exposição da própria pseudo-sacralidade absoluta da vida humana, que começa como algo excessivo, cego, mecânico, "parasitário" e contingente.

Então quer dizer que a vida humana não tem valor algum? Obviamente que tem. Mas a questão é assumir um difícil e amargo paradoxo: o de que a vida humana começa como qualquer outra vida indiferente do reino animal, e acaba totalmente singularizada e única. Isto é que é propriamente difícil de se conceber.

A rigor, qualquer pílula do dia seguinte já seria a prática de um aborto. Ainda mais a rigor, os milhões de espermatozoides que gratuitamente morrem no processo de fecundação do óvulo também mereceriam um velório apropriado à parte da nossa parte.

A vida humana começa com um processo estúpido, puramente biológico e sem sentido intrínseco, e termina como uma "espiritualidade" única e valiosa (no sentido puramente "transcendental-materialista" da coisa). Mas esta pílula (a dos paradoxos do aborto) é por demais amarga para os mais religiosos engolirem.
 


Rampal

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Nós adoramos postar chocantes vídeos de aborto para mostrar a sua "monstruosidade", mas ninguém da Outer Space quer ver a realidade dos matadouros - ainda assim, ninguém aqui está preparado para abdicar do consumo de carne.

Tu tá equiparando uma vida humana com a de um animal, campeão?
 

geist

Lenda da internet
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Nós adoramos postar chocantes vídeos de aborto para mostrar a sua "monstruosidade", mas ninguém da Outer Space quer ver a realidade dos matadouros - ainda assim, ninguém aqui está preparado para abdicar do consumo de carne.

A nossa percepção imediata de alguma coisa jamais deveria ser o parâmetro supremo e imediato de uma verdade. Sim, um aborto é um troço feio pra cacete de se assistir, mas o choque que ele nos provoca é ambíguo; ele, por assim dizer, desconhece-se a si mesmo.

A nossa reação imediata é instantaneamente significada como "isto já é demais pra mim! Não dá! Acabou! Já chega!", mas o que não se percebe é que este "fato" percebido não tem relação alguma com o pretendido domínio da "humanidade da vida humana". O que o aborto nos revela não é tanto o horror do ato em si, mas sim aquele da exposição da própria pseudo-sacralidade absoluta da vida humana, que começa como algo excessivo, cego, mecânico, "parasitário" e contingente.

Então quer dizer que a vida humana não tem valor algum? Obviamente que tem. Mas a questão é assumir um difícil e amargo paradoxo: o de que a vida humana começa como qualquer outra vida indiferente do reino animal, e acaba totalmente singularizada e única. Isto é que é propriamente difícil de se conceber.

A rigor, qualquer pílula do dia seguinte já seria a prática de um aborto. Ainda mais a rigor, os milhões de espermatozoides que gratuitamente morrem no processo de fecundação do óvulo também mereceriam um velório apropriado à parte da nossa parte.

A vida humana começa com um processo estúpido, puramente biológico e sem sentido intrínseco, e termina como uma "espiritualidade" única e valiosa (no sentido puramente "transcendental-materialista" da coisa). Mas esta pílula (a dos paradoxos do aborto) é por demais amarga para os mais religiosos engolirem.

Quanto chorume. Se aborta.
 
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