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10 países mais perigosos de 2013 [+Países comunas bem seguros]

ofamosomayer

Bam-bam-bam
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1. Síria
Desde 2011, o número de mortes causadas apenas pela guerra civil já chegou em 60,000. Esse número é considerado baixo por alguns, mas não dá pra saber ao certo. Tudo isso porque a liberdade política do país é oprimida de todos os lados. Os esforços do estado pra calar o povo, mais os esforços de grupos que querem tomar o poder e fazer o mesmo que o estado está fazendo, levou o país pra incontáveis execuções, "desaparecimentos" e mortes. Crianças e mulheres também lutam e morrem como soldados. Ninguém está seguro lá.
2. Iraque
A mera menção ao Iraque faz você lembrar de um lugar perigoso. A reputação do país é de terror e guerra. Embora os EUA estejam fazendo de tudo pra estabilizar as condições do lugar, quase nenhum desenvolvimento foi visto no lugar (isso pode indicar que se meter no assunto de outros paises pode foder com as coisas mais ainda).
Podemos afirmar que o país está numa situação pior do que a anterior. A morte do ditador Saddam Hussain, que os americanos buscaram com fervor, gerou mais ódio. Hoje o país está em um conflito que parece interminável, com terroristas e rebeldes lutando por suas causas.
3. Somália
Em um mundo fantasioso, a Somália, com seus belos locais, poderia ser um dos maiores destinos de turismo do mundo. Mas a situação do lugar é bem diferente. Desde 1990 o lugar é palco de uma guerra civil que beira o infinito.
A falta de uma democracia deu lugar a um reino controlado por milicias, chefes do tráfico e até piratas. O lugar é dominado por atividades ilegais, e quem manda é quem tem mais armas.

4. Afeganistão
Tida como o lar do grupo terrorista mais odiado do mundo, a Al-Qaeda, os afegãos convivem com diversos perigos em seu país. Se você está em solo afegão, deve ficar bastante atento. Homens-bomba são muito comuns, e você nunca sabe quem é até a hora da explosão. Some isso a um conflito entre diversos grupos, incluindo várias forças armadas locais, mais os NATO, mais a Al Qaeda e o Taliban. Difícil.
5. Sudão e Sudão do sul
Os dois estão ao sul do Egito. A relação entre os dois países não é muito amigável. O sudão do sul é um país onde a maioria é cristão, e o sudão tem em sua maioria o islamismo. Milhões de conflitos acontecem porque um quer impor pro outro sua religião. Enquanto o Sudão do sul se tornou um país independente recentemente, o conflito ainda continua. Não é difícil que conflitos aconteçam entre os dois, inclusive conflito entre tribos. Muitas pessoas que vão visitar o Sudão nunca voltam para seus países.
6. Brasil
Talvez você não achasse que o Brasil estaria nessa lista. Embora todos saibamos que ele seja violento, será que ele merece estar nos top 10 de perigo? Sim. Com quantidades absurdas de homicídios, pobreza, roubos e sequestros, e um estado que cada vez está maior, o Brasil tem tudo pra subir no ranking.
7. México
O país é um destino turístico muito comum, e sofre com os carteis de drogas. A guerra entre as facções já provocou dezenas de milhares de mortes. A violência é muito ligada às drogas, e é mais comum perto das fronteiras, em cidades como Nogales, Tijuana e Ciudad Juarez. Execuções públicas durante o dia não são raras. Mesmo que as autoridades digam que turistas quase nunca são vítimas dessa guerra, destinos comuns como Acapulco sofrem com os índices de violência.
8. Paquistão
Muitas partes do Paquistão são totalmente controladas pelo governo. Mesmo assim, a maioria da população nunca foi a favor da criação do estado paquistanês. Só isso já seria motivo o suficiente pra muitos conflitos, mas espere, tem mais. Os outros ingredientes que fazem o país ser o oitavo mais perigoso são: O Taliban, a Al Qaeda, programas nucleares e práticas radicais islâmicas. Misture tudo e o que você tem é uma privada cagada e com sangue.
9. Coreia do norte
O país mais isolado do mundo é também um dos mais perigosos. Se você é um cidadão da Coreia do norte, a morte pode vir de várias maneiras, até porque o principal problema que você enfrentaria seria a fome e a pobreza. Os cidadãos ainda tem que obedecer fielmente ao governo, e eles são monitorados todos os dias por agentes do estado.
As regras do governo são tão fortes que o tio do ditador de lá recentemente foi executado por uma suposta traição. Outro oficial do exército de alta patente foi executado porque bebeu álcool durante os 100 dias de luto decretados após a morte do Kim Jong-Il. Qualquer uma das pessoas que não demonstrasse tristeza nesses 100 dias de luto seria sentenciada a 6 meses de trabalhos forçados nos vários campos de concentração do local (e foram).
Além disso, a Coreia do norte continua relutante em continuar o seu extremamente suspeito projeto nuclear (a tecnologia por lá é escassa). O país chegou a ameaçar os EUA em um vídeo extremamente tosco onde a casa branca explodia.
10. Colômbia
Tendo um recorde de 2,338 sequestros só em 1998, a Colômbia ainda é conhecida como a capital dos sequestros do planeta. O país ainda conta com altíssimas taxas de homicídios, que em 2006 atingiu 70 pessoas a cada 100,000.
Além disso, grupos como as Farc estão constantemente travando uma guerra contra as autoridades. Ninguém está em segurança quando se opõe a uma das forças de lá (e até mesmo se ficar na sua).



Deliciem-se com alguns sites falando sobre:
http://blitzdigital.com.br/index.php/menunot-policia/213-10-paises-mais-perigosos
http://ultimainstancia.uol.com.br/conteudo/colunas/64686/
para jornalistas-http://jornalggn.com.br/blog/luisnassif/brasil-e-um-dos-10-paises-mais-perigosos-para-a-imprensa
 

voidZero

Bam-bam-bam
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Porra, Brasil pior que Colômbia e Coréia do Norte?
Por essa não esperava ....



VIVA DILMA VIVA PT VIVA
 


_kana_

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ao contrario dos outros países, que tem estado de guerra civil
DECLARADO, o Brasil consegue ser ainda pior pois, oficialmente,
dizem que o estado ainda manda, tem soberania e blablabla, mas
no dia-a-dia o cidadao tá sendo moído pela bandidagem, que tem
a lei e a corrupcao ao seu favor, o famoso 'estado de mentirinha'.
resumindo: a situacao ta preta, mas so nao se admite por motivos obvios.
 

Hitokiri-Ken

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esqueceram Egito, China, Russia, Iemen, Jordania, Libano, Libia entre outros

listinha tendenciosa


De acordo com um user que mora na China lá é surpreendentemente seguro.

Eu tive o desprazer de experimentar um pouco da estatística brasileira esse ano.
 

PCdubaum

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Meu pt fuderosao vai se esautar, o ministro dos esportes vai falar que Paris eh mais perigosa.
 

ofamosomayer

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esqueceram Egito, China, Russia, Iemen, Jordania, Libano, Libia entre outros

listinha tendenciosa

10 países, não 16.

De acordo com um user que mora na China lá é surpreendentemente seguro.

Eu tive o desprazer de experimentar um pouco da estatística brasileira esse ano.

o pessoal confunde falta de direitos com falta de segurança..
 

Minotauro!=Centauro

Bam-bam-bam
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"Com quantidades absurdas de homicídios, pobreza, roubos e sequestros, e um estado que cada vez está maior, o Brasil tem tudo pra subir no ranking."
Igualou "tamanho" do Estado com esses crimes.
Daí me pergunto, qual a fonte desse "estudo"?
 

%>%

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Talvez você não achasse que o Brasil estaria nessa lista. Embora todos saibamos que ele seja violento, será que ele merece estar nos top 10 de perigo? Sim. Com quantidades absurdas de homicídios, pobreza, roubos e sequestros, e um estado que cada vez está maior, o Brasil tem tudo pra subir no ranking.
Tudo haver. Pouco tendencioso...
 

_kana_

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De acordo com um user que mora na China lá é surpreendentemente seguro.

Eu tive o desprazer de experimentar um pouco da estatística brasileira esse ano.
esse que é o grande problema do pessoal em nao conseguir entender
a diferença de insegurança pública x direitos reprimidos. um nao tem
nada a ver com outro. na china, é notório que o povao nao tem uma
caralhada de direitos, mas a criminalidade é baixissima pois lá nego
mete bala e manda a família pagar o projétil. resultado: tu anda 2 horas
da manhã pela capital e nao tem maiores receios de ser assaltado por isso.
veja singapura: tráfico de drogas lá dá morte, veja os states: dependendo
do caso, a interpretacao da lei permite punir criminosos com 12 anos (e a
lei é realmente feita) e assim vai...

agora, volta-se aqui pro hue: cidadao se defendendo pra nao morrer e
sendo preso/processado, estrangeira sendo estuprada em van, gringo
sendo morto em emboscada no litoral, criança levando tiro na cabeça
em assalto, dentista tendo consultório e corpo queimado e a lei vai só
empurrando... essa inseguranca publica, pra muitos, eh pior que estado
declarado de guerra pois, alem da omissao do estado, tem a lei arcaica
engessando/fodendo tudo. na pratica é insegurança total mesmo pois
juridicamente isso aqui é o caos.

galera que vive aqui acha normal porque cresceu assim, mas a coisa
fica muito claro quando vista pelos olhos de um gringo... aí é taxativo.
 

BigBrother

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Gente que lista genial, eu diria.


Os outros ingredientes que fazem o país ser o oitavo mais perigoso são: O Taliban, a Al Qaeda, programas nucleares e práticas radicais islâmicas.


Não queria ser chato, mas assim quando você faz uma lista você pelo menos tenta seguir alguma metodologia ou lógica por trás dela.
 

Giant Enemy Crab

Wyrd biõ ful ãræd
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HUE máster race, entre os primeiros colocados em uma lista :rox


Oh wait!

enviado durante um acidente de transito enquanto o mundo ao som de Tchaikovsky, via telepatia
 

Francys

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Brasil mais perigoso que o México?

Hoje em dia, duvido muito.
Tem gente que já fala que o México vive uma guerra civil por causa do narcotráfico.

"mimimi aqui também"

Sim, mas a parada lá é outro nível de barbárie.
 

xogum

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O Brasil é primeirão dos países que não estão em guerra.

Enviado de meu GT-I9295 usando Tapatalk
 

SuRf Boy

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Vendo o Brasil em uma lista dessas chego a imaginar que o resto do mundo deve ser todo lindo e colorido exalando paz pelo ar.

Honestamente, o Brasil pode ter vários problemas, esse VÁRIOS tem que ser em caixa alta inclusive, todavia, nesses meus 26 anos eu posso contar nos dedos as vezes que realmente me senti inseguro.

A violência existe sem sombra de dúvidas, mas não vejo esse perigo todo por ai não.

Ps. frequento rotineiramente bairros de todas as classes sociais e algumas cidades.
 

_kana_

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Brasil mais perigoso que o México?
Hoje em dia, duvido muito.
Tem gente que já fala que o México vive uma guerra civil por causa do narcotráfico.
"mimimi aqui também"
Sim, mas a parada lá é outro nível de barbárie.
ah, 'claro'...
lá traficante traidor é morto com motoserra na jugular em 5 segundos e filmado pra web.
aqui jornalista é morto com o famoso microondas a noite toda pra favela inteira ver - e ai
daquele que filmar...
lá é uma 'barbárie' mesmo... :kclassic
 

Bucelacha

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Talvez você não achasse que o Brasil estaria nessa lista. Embora todos saibamos que ele seja violento, será que ele merece estar nos top 10 de perigo? Sim. Com quantidades absurdas de homicídios, pobreza, roubos e sequestros, e um estado que cada vez está maior, o Brasil tem tudo pra subir no ranking.
Legal... todos os outros paises bem mais argumentados e elaborados, e chega no Brazil e fala esse geralzao ae.
Colocou só pra... só pra... aiai que b*sta
 

Bobmark

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Se tivéssemos os dados corretos no Brasil, subiríamos muito no ranking!

Acho que daria, talvez, pra sermos campeões!

Ai o povão ia comemorar, afinal, título é título, né.

Mas ai o flu entraria com recurso pra roubar mais este título.
 

Pingu77

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esse que é o grande problema do pessoal em nao conseguir entender
a diferença de insegurança pública x direitos reprimidos. um nao tem
nada a ver com outro. na china, é notório que o povao nao tem uma
caralhada de direitos, mas a criminalidade é baixissima pois lá nego
mete bala e manda a família pagar o projétil. resultado: tu anda 2 horas
da manhã pela capital e nao tem maiores receios de ser assaltado por isso.
veja singapura: tráfico de drogas lá dá morte, veja os states: dependendo
do caso, a interpretacao da lei permite punir criminosos com 12 anos (e a
lei é realmente feita) e assim vai...

agora, volta-se aqui pro hue: cidadao se defendendo pra nao morrer e
sendo preso/processado, estrangeira sendo estuprada em van, gringo
sendo morto em emboscada no litoral, criança levando tiro na cabeça
em assalto, dentista tendo consultório e corpo queimado e a lei vai só
empurrando... essa inseguranca publica, pra muitos, eh pior que estado
declarado de guerra pois, alem da omissao do estado, tem a lei arcaica
engessando/fodendo tudo. na pratica é insegurança total mesmo pois
juridicamente isso aqui é o caos.

galera que vive aqui acha normal porque cresceu assim, mas a coisa
fica muito claro quando vista pelos olhos de um gringo... aí é taxativo.

Direitos Humanos é coisa de macho

Os que atacam a “turminha dos Direitos Humanos” imaginam ou, melhor dizendo, querem imaginar, algo espantoso: um grupo de Ilustração sobre Human Rights na Índia. Pessoas que não tem o que fazer resolveu sair por aí acariciando todo tipo de demônio. Seriam pessoas vocacionadas para fazer o bem a quem tem por encargo fazer o mal. Seriam aqueles que “ficaram tontos de tanto estudar”, pessoas cultas que perderam um parafuso da cabeça e, então, resolveram pentear ladrão, banhar estuprador e passar talquinho em bumbum de assassino.

Não! Não é nada disso. Os que estudam tendem a agir segundo a cartilha do que se convencionou chamar de Direitos Humanos após a Segunda Guerra Mundial, ou seja, os direitos de minorias e direitos individuais do cidadão, porque sabem muito bem de qual lugar emana a violência. Também sabem muito bem qual violência pode se tornar incontrolável. O ato violento pode vir dos indivíduos e do Estado, mas a violência que pode se tornar perigosa para todos e, então, gerar mais violência que o que poderíamos suportar tem como fonte o Estado.

Os que não gostam da “turminha dos Direitos Humanos” acham que a violência é sempre algo impetrado por indivíduo contra outro indivíduo. Eles sabem da existência dos indivíduos, sabem da sociedade e também do governo. Mas possuem certa dificuldade em ver o Estado enquanto um organismo que exerce a violência porque foi criado para isso. Eles não compreendem a natureza do Estado. Eles confundem o Estado com o governo. Estão longe de conhecer algumas definições de Estado. Nunca ouviram algo que uma sociologia ou uma história ou filosofia poderia ensinar na escola de nível médio: “o Estado é o detentor do monopólio legítimo da violência”.

Essa definição é de um pensador que viveu entre o final do século XIX para a entrada do século XX, o alemão Max Weber. O que é o Estado? É a instituição que, emanada da vida comunitária, se sobrepõe à sociedade e que diz para todos: só eu posso fazer a violência legítima, vocês indivíduos, sozinhos ou em grupo, não podem. Nem mesmo toda a sociedade pode. O Estado diz: exerço a força, tenho o monopólio da força física nessa sociedade. Controlo o poder de polícia. Sou a polícia e o exército. Como Estado posso ferir os indivíduos e a sociedade, mas posso fazer isso porque a sociedade de alguma maneira me autorizou, tornou essa minha violência legítima. Deu-me o monopólio de ferir, e legitimou tal monopólio. A sociedade se desarmou e armou uma de minhas partes, a polícia.

Mas, esse “eu”, o Estado, afinal de contas é quem? Ora, é uma instituição. Não é uma pessoa ou um grupo de pessoas. É uma instituição que forma um corpo que, enfim, parece funcionar como um organismo vivo. Dispõe de uma enorme burocracia agrupando outras instituições que devem servir a nação, o povo. Essa instituição ganha um mandatário, o governo. Essa instituição, o Estado, possui o “monopólio da violência”. Esse monopólio é legítimo à medida que nós todos o legitimamos por meio do consenso. Dizemos: “sim, sim, eu não vou exercer a violência, vou deixar com o Estado essa tarefa, ele que a leve adiante por um corpo de funcionários especiais, a polícia”. Dizemos mais: “caso eu seja agredido vou chamar o Estado, ou seja, a força policial, e não vou revidar, não vou trabalhar com a hipótese de que não existe o Estado, a polícia, e então tentar usar da vingança e não da justiça”. Ora, por que eu ajo dessa maneira?

A resposta é simples: porque não quero que minha rua, meu bairro, minha cidade caiam em uma situação em que todos parem de trabalhar para iniciar uma guerrilha interminável. Mas, ao mesmo tempo em que eu faço assim, eu também quero que, ao chamar o Estado, ele venha e pegue aquele que, contra as leis vigentes, atacou a mim fisicamente ou pegou algo que me pertence. Não quero que a força policial chegue e deixe o bandido de lado e pegue a mim! Como eu faço para que isso não ocorra? Ora, eu tenho de ter garantias de que quem tem o monopólio da violência irá agir com prudência, competência e sabedoria. Para que isso me seja garantido, eu tenho de estar sempre acreditando que existe algum controle extrapolicial sobre a polícia. Esse controle é o controle da sociedade sobre o Estado e de várias instituições da sociedade e do Estado sobre uma das instituições do Estado: a polícia.

Temos de nos proteger dos bandidos. Mas temos de ficar atentos porque o Estado é maior que todos e tem o monopólio legítimo da violência. Precisamos então regrar o modo como a violência será exercida e em que circunstâncias. Qual a utilidade de regrar a violência?

Caso a violência não seja regrada, os que passarem por ela vão se revoltar, vão avisar seus parentes e amigos e então parte da sociedade irá dizer: “não vamos mais legitimar o Estado como polícia, não queremos mais que ele tenha o monopólio da violência”. E eis então que, no limite, não é a polícia que acaba, mas o próprio Estado. E com ele todas as outras instituições: o emprego público, a escola pública, o recolhimento do lixo, a água encanada e a energia e tudo o mais. A rua entra em convulsão. O bairro fica desgovernado e a cidade vira “terra de ninguém”. Entra-se por uma situação que os sociólogos chamam de “anomia”. Os serviços públicos param e as milícias se apoderam do poder de polícia. Não há legitimidade para nenhuma milícia, há apenas a força exercida indiscriminadamente. Deixa de existir o culpado e o inocente. Todos viram culpados.

A “turminha dos Direitos Humanos” visa regrar o Estado para que ele não exerça a violência para além do que lhe foi autorizado. Exatamente para que os que estão sob sua guarda, os presos, não criem uma parte da sociedade dizendo: “todos que estão lá na cadeia estão sendo injustiçados, e nós não vamos libertá-los, mas em compensação vamos receber o Estado à bala quando ela voltar aqui”. Isto é: “vamos atacar a polícia quando ela aparecer por aqui, e isso se ela vier em paz ou não”.

Isso ocorre em partes do Brasil, às vezes mais e às vezes menos. A “turminha dos Direitos Humanos” visa não deixar que isso ocorra em todo lugar de uma vez. Então, a ideia de policiar a polícia é a ideia da justiça de guerra: quem faz prisioneiro tem o dever de cuidar do prisioneiro. É uma justiça simples: “se ergui os braços e depus as armas, não vou mais lutar, cabe a você, agora, zelar pela minha integridade física, moral e psicológica”. Essa justiça de guerra é exatamente a justiça que a “turminha dos Direitos Humanos” quer que seja o válido. É uma justiça de macho. Uma justiça de pessoas honradas. Venci a batalha fazendo o adversário prisioneiro, então tenho de ser suficientemente honrado e não deixar que nada aconteça a ele. Ele não é mais dono de si. Está sem autonomia. Eu sou aquele que, por lhe tomar a autonomia, tenho de protegê-lo. Só por isso e só em função disso é que sou respeitado e só por isso ganho, para o Estado, o “monopólio da violência” de modo “legítimo”.

Por que há quem não entenda esse mecanismo? Simples: esse mecanismo precisa ser vivido de modo correto, para educar as pessoas nele, mas também precisa ser ensinado nas escolas, para que se tenha a ideia de como que ele é alguma coisa inventada por nós. O Estado não é natural, ele é criação nossa. Portanto, somos nós mesmos que o fazemos andar e funcionar todos os dias. A turminha dos “Direitos Humanos” trabalha nesse sentido, para que o Estado caminhe de modo correto, honrado, podendo sempre ter legitimidade em suas ações, principalmente na ação que é a do “monopólio legítimo da violência”.

Quem entende isso, passa a ter aquilo que os filósofos morais chamam de “consciência de cidadão”. Essas pessoas são as que entendem que a mágoa pessoal delas contra bandidos não pode e não deve interferir no andamento da conduta da polícia, nem quando a polícia busca prender o infrator e nem quando a polícia já prendeu o infrator. Essas pessoas não são “sangue de barata”. São pessoas comuns. A consciência da cidadania lhes dá, no entanto, uma superioridade: elas são capazes de compreender a importância do julgamento legítimo e a importância fundamental do bem estar dos prisioneiros. Isso não só pelo fato de que o prisioneiro pode ser inocente. A inocência não dá nada a mais. O que dá tudo que se deve dar é a lei que diz: se você é meu prisioneiro, você trocou sua autonomia pela minha guarda, não pela minha espada. A tortura, as más condições da prisão, etc. são elementos que fazem com que uma parte da sociedade tire a legitimidade do monopólio da violência do Estado. E é exatamente isso que o cidadão que possui a consciência da cidadania sabe que não pode e não deve ocorrer.

Os que leem tudo isso que acabei de escrever e ainda assim ficam contra a “turminha dos Direitos Humanos”, de duas uma, ou as duas: ou querem mesmo acabar com o Estado e com a vida civilizada do país ou então realmente precisariam de um ensino médio melhor.


2013 - Paulo Ghiraldelli Jr., filósofo, escritor, cartunista e professor da UFRRJ
 

Dathilot

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Brasil mais perigoso que o México?

Hoje em dia, duvido muito.
Tem gente que já fala que o México vive uma guerra civil por causa do narcotráfico.

"mimimi aqui também"

Sim, mas a parada lá é outro nível de barbárie.

Lá o governo desistiu de fingir. Só.
Mais de 92% dos nossos homicídios tem relação com crime organizado.

Em 2009 já tínhamos mais de 62 mil homicídios ao ano de acordo com o IPEA. 18% acima dos registros oficiais, classificados erroneamente como outros crimes. E isso sem contar latrocínio e lesão corporal seguida de morte.
 
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