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A Derrota do Blade Runner

Lino Germano

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Bem pessoal, eu estava lendo a revista época de 21 Janeiro e me deparei com uma matéria no mínimo interessante.
Resolvi compartilha-la com quem estiver interessado. Nesse ponto estou ciente que muitos aqui não dão bola para textos extensos. Mas isso é bom pois fico com a certeza de que somente os interessados e que gostam de ler, irão até o fim (esses geralmente não são baderneiros, nem flooders ou coisas do tipo). Pode ser que já tenham postado, mas é certo que não com esse teor e acho que nem levantando as questões que levantarei no final.

A derrota do Blade Runner

Um atleta amputado é impedido de competir em Pequim com os corredores "normais"

Na reta final da prova dos 400 metros no torneio de atletismo de Roma, em julho passado, Oscar Pistorius era o oitavo e último colocado. Cem metros depois, ao cruzar a linha de chegada, estava em segundo lugar. Essa improvável reação seria uma façanha para qualquer atleta comum. Amputado abaixo dos joelhos quando tinha 1 ano de vida (ele nasceu sem as fíbulas), corre com próteses de fibra de carbono.
Pistorius é o primeiro atleta amputado capaz de correr em tempos próximos aos dos corredores de nível olímpico. Sua melhor marca nos 400 metros, 46s56s, está a um segundo do índice que assegura uma vaga nos jogos olímpicos de Pequim, em agosto. Isso levou o sul-africano a pleitear à Federação Internacional de Atletismo (Iaaf) o direito de “trocar” os Jogos Paraolímpicos, disputados por atletas com algum tipo de deficiência, pelos Olímpicos (na prova de Roma, Pistorius correu como convidado). A Iaaf encomendou um estudo de biomecânica – o ramo da ciência que estuda os movimentos do corpo – e, na semana passada, deu parecer contrário.
As próteses de Pistorius são lâminas (daí seu apelido, Blade Runner, ou “corredor da lâmina”, uma referência ao clássico filme de ficção científica de Ridley Scott) de fibra de carbono em forma de jota. Ao pisar no solo, com próteses ou com pernas, todo corredor produz uma força que, explicam as leis da física, é devolvida ao corpo do atleta e o ajuda a avançar. Segundo o autor do estudo, o professor alemão Peter Brueggermann, as lâminas de Pistorius devolvem mais força ao corpo que o tornozelo humano. Fazem que ele gaste 25% menos energia em relação a quem tem duas pernas . Em outras palavras, se Pistorius tivesse as duas pernas, jamais correria os 400 metros tão rapidamente. Trata-se de um triunfo da tecnologia, mas de uma ajuda desleal numa competição entre desiguais.
A decisão foi contestada, claro, pelo próprio Pistorius (“Eu não vou desistir”) e pelos inúmeros fãs de atletismo que conhecem sua história e acham que sua presença em Pequim serviria de exemplo a milhões de pessoas com deficiência. Eles alegam que o item 144.2 do regulamento da Iaaf, que proíbe correr com “qualquer aparato que proporcione uma vantagem técnica”, poderia ser aplicado, a rigor, a qualquer par de tênis ultratecnológico. O empresário de Pistorius prometeu renovar o pedido para a edição das Olimpíadas seguinte, em 2012, em Londres. Como Pistorius tem apenas 21 anos, terá tempo para melhorar suas marcas - e a empresa islandesa, que fabrica suas próteses, para criar “pernas artificiais” ainda mais eficientes, que tornem os amputados os homens mais rápidos da Terra.
A Matéria é assinada por André Fontenelle

Lendo essa notícia, não pude deixar de rir da situação, afinal ela tem certas ironias.
A maior delas é o fato do cara ser deficiente e simplesmente estar superando atletas normais com “meras” próteses. E essa é outra ironia, pois podemos dizer que o sujeito é praticamente um homem biônico. Coisa que somente se via na ficção - lembram do homem (e mulher) biônicos? – e quando reparávamos para a realidade, o que encontrávamos eram soluções que só supriam a falta de certo órgão ou membro, nada mais que isso. Hoje já começam a aparecer certos "equipamentos” que projetam a capacidade dos deficientes além do normal.
 

mig29gsxr

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Ainda bem que hoje a tecnologia está ajudando os deficientes. É realmente muito triste ter estas deficiências, além de impeditivas em realizar certas atividades, ainda tem a dificuldade de aceitação, de acesso a certos locais. Tomara que essas próteses, num futuro próximo, além de excelentes em suas capacidades, também possuam similaridade com as pernas e ligações nervosas, dando a sensação ao deficiente de possuir e sentir uma perna real.
 

Guaxinim Mestre

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Uma bela lição que ele daria, caso não puder competir na Olimpíada 'normal', seria fazer o tempo da ParaOlimpíada mais baixo que o da Olimpíada.
 

luir

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Guaxinim Mestre;2699665 disse:
Uma bela lição que ele daria, caso não puder competir na Olimpíada 'normal', seria fazer o tempo da ParaOlimpíada mais baixo que o da Olimpíada.
por que bela lição? tendo vantagem?
 

Guaxinim Mestre

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luir;2699667 disse:
por que bela lição? tendo vantagem?

Não, mostrando p/ alguns preconceituosos que ainda tem por aí que alguém com deficiência pode fazer tudo o que quiser, tão bem ou melhor quanto alguém 'normal'.

E um baita exemplo para os que tem deficiência e pouca auto-estima.
 

Aqualung

Supra-sumo
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Tratamento igual para os iguais e desigual para os desiguais. O exemplo dele, ele já deu... Pode correr igual qualquer pessoa? Pode. Mas ainda assim é complicado ele competir com pessoas "comuns". Sei lá, poderiam criar uma categoria de alta perfomance nas paraolimpíadas, acho que seria mais correto.
 


soukaigi

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Não sei se pode igualar uma prótese de alta tecnologia com um tênis de alta tecnologia. Prefiro nem arriscar dizer qual deles pode dar mais vantagem ao atleta.

Mas como disseram, seria interessante se o tempo na para-olimpíada fosse menor que o da olimpíada.
 

*Splash*

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acho correto a proibição, pois se permitem agora, ali na frente lançam uma prótese melhor ainda e ae pra voltar atrás vai fica ruim.

mas ele marcou sua posição perante os outros, agora negócio eh ele baixar cada vez mais o tempo, nem que seja à parte.
 

Tisito

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Se ele leva "vantagem" com as próteses, como disseram é irregular.
Mas seria realmente ótimo se nas paraolimpiadas ele fizesse um tempo abaixo do que o das olimpiadas!
 

ranma_kun

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Não concordo com ele participar da olimpiada normal, pois a caracteristica que diferenci a Paraolimpiada da Olimpíada normal não são os tempos dos participantes e sim a condição de ser deficiente ou não.
Sem contar que a prótese do cara dá uma vantagem desleal sobre os outros concorrentes, sejam eles deficientes ou 'normais'.
 

hellraditz

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O problema não é agora, o problema é daqui 10, 20 anos quando realmente desenvolverem algo que supere a performance dos humanos normais. Vão ter que criar as Cyber-Olimpíadas!
 

Tsultrim

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O que esperar de um país que tortura monges budistas????

E a comunidade internacional se manteve silente diante disso. Patético. Quero ver até quando o dinheiro falará mais alto.
 

Colt Malone

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É só fazer uma protese que ofereça o mesmo desempenho que uma perna humana normal. Essas proteses de para-olimpíadas dão um ganho muito além do que uma perna normal oferece.

Aqualung;2699710 disse:
TSei lá, poderiam criar uma categoria de alta perfomance nas paraolimpíadas, acho que seria mais correto.

Iria ficar igual F-1, todo mundo andando com proteses tunadas. :lol
 

oldgandalf

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hellraditz;2700074 disse:
O problema não é agora, o problema é daqui 10, 20 anos quando realmente desenvolverem algo que supere a performance dos humanos normais. Vão ter que criar as Cyber-Olimpíadas!
Isso ao meu ver já supera. Eu também acho que ele não pode competir com os não-deficientes, pois isso apesar de não ser por escolha dele, dá vantagem.

Ninguém nunca imaginaria que um dia um deficiente físico poderia superar um humano em plena condição física. A tecnologia é realmente impressionante.

A imagem do aparelho:

pistoriusMS0707_468x523.jpg


Eu também li isso em revista Juscelino, mas eu li na Veja.
 

Mihawk

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Se o tempo das paraolimpiadas fosse menor que das olimpiadas não haveriam para olimpiadas..mas sim Bionicolimpadas...=]



 

kenziner

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Correto a proibição. Se ele ganha vantagem adicional com as próteses, não tem o que reclamar.
 

Lino Germano

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Também acho que os não-deficientes estão em desvantagem (que esquisito não?), já que as próteses ampliam tanto suas capacidades.
E acho muito legal ver a tecnologia avançando dessa forma. Porém acho que não deveria ser da maneira que é. Apesar de vermos exemplos tão bons quanto esse, percebo que ainda "PARECEM" (ao menos dá essa sensação) casos isolados. Não é algo que a rigor ainda favoreça a todos. E além disso, vemos direto na mídia, avanços eficazes nessa área - como os resultados com as céulas tronco - usando diversas técnicas, mas o que eu acho que deveria ser feito, é esse esforço todo ser empregado em conjunto, afinal é algo que não deveria cair em monopólio. Se houvesse uma união de todas as entidades envolvidas de alguma forma com isso com fins puramente filantrópicos, o bem seria maior, os resultados apareceriam mais rápido e talvez não existiria nem "elitismo".
É uma idéia maluca, mas eu gostaria muito de ver as pessoas se unindo dessa forma.

Edit: Pra quem não sabe, aparelhos como esse são muito caros, e obviamente muitos deficientes que precisam dele não podem compra-lo (daí o "ELITISMO" ressaltado). Mas felizmente existem entidades, como a AACD por exemplo, que doam para a pessoa caso ela não possa pagar. Infelizmente, esse tipo de coisa é atropelada por alguns processos burocráticos e pela falta de informação.
 

Pollux

Supra-sumo
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Permitir o uso de próteses fora da paraolimpíada abriria precedentes. Daí o cara resolve correr de cadeira de rodas motorizada e vai virar UM NASCAR!
 

WhiteHorseBR01

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Mostrou na tv esse cara, ele tem próteses de titânio caríssimas e dão um impulso e resistência acima do normal
 

Deslock

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que criem proteses e estruturas biomecânicas mas que isso não seja estimulo a anomalias vistas em contos cyberpunks
 

Hitokiri-Ken

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andregarcia_1;2707580 disse:
Mostrou na tv esse cara, ele tem próteses de titânio caríssimas e dão um impulso e resistência acima do normal


Carbono, fibra de carbono.

Se o problema é o ganho que o equipamento dá, não é só fazer um handicap e diminuir esse impulso que ele gera? e adicionar o peso de uma canela+pé humanos a ele?
 

WhiteHorseBR01

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Hitokiri-Ken;2707852 disse:
Carbono, fibra de carbono.

Se o problema é o ganho que o equipamento dá, não é só fazer um handicap e diminuir esse impulso que ele gera? e adicionar o peso de uma canela+pé humanos a ele?

Segundo a reportagem o ser humano utiliza muito os joelhos, ele já distribui as força mais nos quadris, ganhando vantagem Não sei se tem como resolver, só será sacanagem se ele disputar com outros deficientes com próteses normais
 

Lino Germano

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andregarcia_1;2707865 disse:
Segundo a reportagem o ser humano utiliza muito os joelhos, ele já distribui as força mais nos quadris, ganhando vantagem Não sei se tem como resolver, só será sacanagem se ele disputar com outros deficientes com próteses normais

E aí André! Beleza? Seguinte... eu não tenho muito conhecimento nessas coisas, mas eu imagino que até entre os deficientes é complicado deixar tudo certinho num categoria, pois cada caso é um caso. Dificilmente um deficiente se equivalerá à outro pois cada quadro de deficiência pré-existente ou recém-adquirida se diferencia muito em cada indivíduo. Seria o mesmo que achar que todo cego não encherga nada e portanto vamos colocar todos no mesmo rolo. No entanto uns enchergam mais ou menos que os outros. Mesmo se os casos se igualassem em termos patológicos, haveria ainda o condicionamento físico e condições psicológicas de cada um. Eu sinceramente não sei como eles resolvem essa parada (se resolvem) nas Para-Olimpíadas, mas é algo que eu acho que deveríamos levar em conta.
Essa questão realmente me deixou curioso... Irei pesquisar
 

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Juscelino Germano;2707957 disse:
E aí André! Beleza? Seguinte... eu não tenho muito conhecimento nessas coisas, mas eu imagino que até entre os deficientes é complicado deixar tudo certinho num categoria, pois cada caso é um caso. Dificilmente um deficiente se equivalerá à outro pois cada quadro de deficiência pré-existente ou recém-adquirida se diferencia muito em cada indivíduo. Seria o mesmo que achar que todo cego não encherga nada e portanto vamos colocar todos no mesmo rolo. No entanto uns enchergam mais ou menos que os outros. Mesmo se os casos se igualassem em termos patológicos, haveria ainda o condicionamento físico e condições psicológicas de cada um. Eu sinceramente não sei como eles resolvem essa parada (se resolvem) nas Para-Olimpíadas, mas é algo que eu acho que deveríamos levar em conta.
Essa questão realmente me deixou curioso... Irei pesquisar


Blza e vc?

Existem categorias pra diferentes deficiências Um cego não compete com alguém que não tenha os braços e pernas, por exemplo
 

Lino Germano

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andregarcia_1;2707973 disse:
Blza e vc?

Existem categorias pra diferentes deficiências Um cego não compete com alguém que não tenha os braços e pernas, por exemplo

Sim. Mas eu imagino assim: numa categoria de amputados somente. Será que eles teriam o critério de separar pessoas amputadas no joelho das que tiveram o pé amputado, ou a partir da coxa, ou uma perna só? Entendeu? É isso o que eu quis dizer.
 

Coalhada

Ser evoluído
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Acho injusto ele competir tanto nas olimpíadas quanto nas paraolimpíadas...É um caso sem precedente e vai rolar muito ainda...
 

Nego_Brown___

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Achei correto.
Ser deficiente não é mais o caso. Seria como como se uma pessoa perdesse as pernas, colocasse foguetes no lugar delas, e corresse. Essa pessoa claramente está em uma categoria a parte.
 

Jonjon's Kimyo na Boken

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Nada de injustiça
afinal o cara usa uma "perna" que lhe dá uma vantagem além do normal
não cansa etc
Será que no futuro quando houver porteses bem mais avançadas pessoas farão amputação sem motivos graves apenas para usar as próteses?
 
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