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A epidemia do "comunavírus". Notícias sobre a irracionalidade e impactos econômicos

Pingu77

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O foda é o seguinte, crise financeira já se tornou uma realidade no momento em que essa m**** de vírus surgiu!
É óbvio que durante uma pandemia, a economia vai pro saco junto. Pessoas doentes, mortas ou entubadas não trabalham ou consomem. Um sistema de saúde em colapso, tendo que escolher quem vai morrer, destrói qualquer economia. Pilhas de caixões sendo carregados por caminhões, apavora qualquer um e mais uma vez, pessoas apavoradas não trabalham e não consomem.

Durante uma pandemia, a prioridade deve ser segurar o vírus a qualquer custo. A vida não é normal durante uma pandemia. É um estado de guerra.

Concordo que um total Lockdown vai matar de vez a economia e trazer ainda mais miséria e é preciso sim encontrar um certo meio termo e manter principalmente serviços essenciais funcionando.

Mas entendam que quanto mais rápido a pandemia for contida, mais rápido a economia volta ao normal. Garanto que se tentarmos fingir que tudo está normal a coisa vai piorar, vai morrer e adoecer muito mais gente e vai demorar muito mais pra acabar e por consequência, a economia também vai demorar muito mais para se recuperar.





Enviado de meu SM-A505GT usando o Tapatalk

É isto.

Obrigado.

c
 

geist

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É diferente de uma crise econômica comum, por isso se bate na tecla da irracionalidade.
Em uma crise se espera austeridade fiscal e liberdade. Nesta a gente vê uma expansão sem precedentes do estado.

Isso significa que o resultado disso será muito pior. Talvez no curtíssimo prazo pareça tudo bem, com governo socorrendo as pessoas, mas não vai tardar a surgir efeitos severos.
 

kyO.Ninja

Ei mãe, 500 pontos!
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O mais impressionante é como os caras cederam tão facilmente para a intervenção estatal. Preparo 0 de todos envolvidos.

Agora com jogo de ego, todo mundo faz o que quer pra se aparecer e se tornar o salvador da humanidade. O problema é o povo cair que nem patinho nisso e IMPLORAR para que atolem uma trolha no rabo. Os canhotos estão morrendo de felicidade pois ta acontecendo todos os sonhos molhados deles, mas o que apareceu de "direitista" com solução mágica usando o papai estado, não ta escrito...

Redes Sociais foram um erro gravíssimo.

Isso, nessa crise percebi o que a minha família é gadosa, todos estão trancados em casa esperando um politico salvador da pátria, a histeria está tão grande que até meus avós que moram em fazenda e 300km da capital, isolados no meio do mato estão com medo.

Eu fico triste pq ninguém vai aprender nada com isso tudo, eles não entendem que os políticos que nos governam fazem mais estrago que qualquer doença que existe.
 

Cafetão Chinês

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Bullshit.

Se as contas dos governos fossem equilibradas (ausência total de dívidas ou pequeníssimas dívidas - base de uma minarquia liberal e que NÃO É SEGUIDA!), bastaria que utilizassem de crédito para segurar as pontas. Como eu já disse em outro post... Depois de findo o problema, paga-se a dívida e volta-se ao equilíbrio.

Porém os governos do mundo inteiro VIVEM DE CRÉDITO (utilizam exatamente esse modelo de Keynes, imprimindo dinheiro e soltando crédito à vontade, priorizando sempre o consumo em detrimento da produtividade). A dívida já está nas alturas. Não há equilíbrio algum nas contas públicas. Aí acontece uma calamidade de natureza humana como essa e ninguém tem mais de onde tirar dinheiro, a não ser contraindo novas dívidas e piorando mais ainda a situação financeira.
Adendo que numa minarquia liberal de verdade, existiria poupança o suficiente para que talvez nem fosse necessário o uso de crédito artificial.
 
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É diferente de uma crise econômica comum, por isso se bate na tecla da irracionalidade.
Em uma crise se espera austeridade fiscal e liberdade. Nesta a gente vê uma expansão sem precedentes do estado.

Isso significa que o resultado disso será muito pior. Talvez no curtíssimo prazo pareça tudo bem, com governo socorrendo as pessoas, mas não vai tardar a surgir efeitos severos.

Cara, mas é uma ilusão vc pensar que eles (o governo) já não tem poder total sobre a população.
 


Baralho

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Deve ser consenso que não há repreensões quanto a um auxílio temporário aos trabalhadores informais e de setores fechados pela quarentena, independente se o valor for R$200,00 (proposto inicialmente pelo governo).

Ou R$ 600,00 (contra-proposta do congresso após o pronunciamento do presidente, com apoio da mídia, mas sem dizer como vai fazer esse incremento, já que o fundo partidário 'ninguém mexe').

Show por enquanto, segue (informalmente) a quarentena (vigente enquanto não cair o decreto de calamidade pública no país) até 10 de abril (sexta-feira) da outra semana, onde já se isolou a maior parte da mão-de-obra e produção do país.

Nesse tempo terá sido plausível que os velhinhos se vacinaram pra gripe e ficarão menos expostos, mas também, com seus entes mais jovens (em idade de trabalho) enclausurados.

Ocorre que fome, sede, demanda por eletricidade e gás não esperam. Não fazem quarentena e não pegam corona nem resfriado. Vão continuar existindo, queira ou não.

Como se combate isso? Sem falar de aluguéis e prestações, pelo menos o IPVA pode ser parcelado em mais vezes até o fim do ano, em alguns estados.

Mas o maior volume de contas continuará chegando. E não tem como faze-las parar, nem parar o consumo.

Sem produção, diminui-se a oferta de bens para atender esse consumo, ao mesmo tempo, que diminui o poder aquisitivo de quem consome, numa só perversa, mas a priori necessária, ação, a de enclausurar milhões.

O dinheiro pra ''ciclar'' esse mecanismo é exatamente demandado via sistema financeiro, cooperativas de crédito, BC e bancos.

Sem esse lado do tal mecanismo, o sistema entende que o governo está injetando (''imprimindo'') dinheiro na economia, no varejo, vulgo M1 - o dinheiro que é demandado no consumo direto.

E independente das boas intenções, o resultado disso, em prazo mais alongado de quarentena (onde autoridades da saúde no Br já afirmam que não seria tão mais efetiva do que o prazo vigente de voltar no dia 10 próximo) não vai ser outro: inflação, pulverização do real, demissões em massa e empobrecimento não só da população, mas do próprio Estado.

Não vai ser só 2020 perdido economicamente, pode jogar a conta lá pra 2023 em diante.

E depois disso, os R$ bi do fundo partidário (que não é pouco, são mais de R$ 3 bi) vai ser fichinha pra consertar o estrago.

---

Nesse espaço de debates, em Brasília não faltam ideias para ''ajudar'' a economia no combate a pandemia, ideias típicas do meio político nesse país: punir, vilanizar o empresário sob a falácia de ajudar o empregado.

O líder do PSL no Senado, Major Olímpio, concluiu seu parecer favorável ao projeto de lei que taxa grandes fortunas e destina recursos para o combate à Covid-19. A iniciativa cria o Imposto sobre Grandes Fortunas (IGF), que incidiria sobre patrimônios líquidos superiores a R$ 28 milhões, com alíquotas que vão de 0,5% a 1%.


O projeto está na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado.

---

Pensou que o pinico celeiro de ideias dos 'representantes' do eleitor param aí (???), sabe de nada inocente...

''Empréstimo'' compulsório. Mas pode chamar de ''perdeu playboy''!


Pelo texto apresentado pelo deputado Wellington Roberto (PL-PB), empresas com patrimônio superior a R$ 1 bilhão teriam de emprestar ao governo o equivalente a 10% do lucro registrado no ano passado.

Por enquanto é isso...

R$60 Bi em capital de giro para pequenas e médias empresas -R$40 Bi em compra de carteiras -R$6 Bi para agricultura -Postergação de 90 dias no pagamento das prestações da casa própria -R$8,5 Bi para emergências em 500 municípios, sendo R3,5 bi já liberados. Parabéns Presidente.

Não foi contado no gráfico que compara a ajuda anunciada pelos países da Ocde, Brasil e FMI, então de fato, a contribuição brasileira passaria para R$ 106 bi em valores totais.

EUJUDXzWsAMLQjA


E sem esquecer que... sabe o fundo eleitoral (vulgo fundo partidário) para as eleições?

Não né?
Ninguém sabe nem diz nada sobre. E finda-se outro dia no Brasil.
 
Ultima Edição:

Seu Oscar

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O foda é o seguinte, crise financeira já se tornou uma realidade no momento em que essa m**** de vírus surgiu!
É óbvio que durante uma pandemia, a economia vai pro saco junto. Pessoas doentes, mortas ou entubadas não trabalham ou consomem. Um sistema de saúde em colapso, tendo que escolher quem vai morrer, destrói qualquer economia. Pilhas de caixões sendo carregados por caminhões, apavora qualquer um e mais uma vez, pessoas apavoradas não trabalham e não consomem.

Durante uma pandemia, a prioridade deve ser segurar o vírus a qualquer custo. A vida não é normal durante uma pandemia. É um estado de guerra.

Concordo que um total Lockdown vai matar de vez a economia e trazer ainda mais miséria e é preciso sim encontrar um certo meio termo e manter principalmente serviços essenciais funcionando.

Mas entendam que quanto mais rápido a pandemia for contida, mais rápido a economia volta ao normal. Garanto que se tentarmos fingir que tudo está normal a coisa vai piorar, vai morrer e adoecer muito mais gente e vai demorar muito mais pra acabar e por consequência, a economia também vai demorar muito mais para se recuperar.





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Voce tá errado. Os especialistas de fórum vão te refutar. Se o sistema de saúde entrar em colapso, isso não vai afetar em nada quem tá saudável. E basta não estar morto ou de coma, pra trabalhar ou consumir. Ficar apavorado com caixões sendo levados em comboio vai ter impacto zero na economia real. Um ano nesse esquema que você citou acima, desde que tudo esteja funcionando normal, vai ser mto menos impactante pra economia que um mês de um lockdown. Aliás, não pode haver meio termo entre o Lockdown e o liberar geral. Defender meio termo é coisa de isentão.

A questão é que, ou você demonstra ter alguma deficiência cognitiva bastante severa, ou não sabe se expressar mesmo (talvez ambos?).

Você começou sua participação nesse tópico criando uma falsa dicotomia. Ao insinuar uma abordagem de que quem se preocupa com os impactos econômicos e medidas desesperadas, é porque não se importa com os doentes.

Um apelo emocional barato de quem não tem a mínima capacidade para iniciar uma premissa. Ou deve ter o costume de debater com crianças.
"eu tô entendendo que você defende" não é argumento. Seja objetivo, use lógica modal.

Agora, eu sei que é pedir muito para alguém que já demonstrou ser um mitomaníaco, mas comece apontando ONDE eu disse que tudo tem de funcionar normalmente ou ser "a moda caralha".
Pronto. Simples. Após você ter essa mínima dignidade apesar do baixíssimo nível intelectual para um debate que apresentou até aqui, podemos começar.

Em torno disso. Se você se sentiu ofendido com a proposta do tópico. Pode começar dizendo quem está habilitado ou não a trabalhar e abrir as portas segundo a sua carteirinha de fiscal humanitário. Bem como dizer se concorda que as medidas das notícias tomadas pelo governo de aumento do gasto mediante endividamento ou impressão de dinheiro, são corretas ou justificáveis na sua cabecinha "humanista".

Ah sim, caso aprove as medidas, diga também de onde o governo deveria tirar recursos para tal (que não seja do seu intestino).
Você tem razão. Parabéns!
 

constatine

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Governos terão tecnologia para detectar se pessoas saem de casa

Na semana passada, a prefeitura do Recife anunciou uma parceria com a startup pernambucana In Loco para conseguir dados sobre deslocamento de pessoas na cidade, de forma a auxiliá-la no combate ao novo coronavírus. Mobile Time conversou com o fundador e CEO da In Loco, André Ferraz, para entender melhor como vai funcionar essa iniciativa.

Mobile Time – Soubemos da parceria da In Loco com a prefeitura do Recife para o fornecimento de dados sobre o deslocamento das pessoas pela cidade. Poderia explicar melhor como isso vai funcionar?

André Ferraz –
Durante o fim de semana, repentinamente, começamos a receber um monte de ligações de secretarias e políticos desesperados querendo ajuda com dados. Temos uma tecnologia de localização e nunca imaginamos que ela poderia ser usada em um cenário desses. O grande diferencial que temos em relação a outras tecnologias de localização, seja por GPS ou telefonia celular, é a precisão. Conseguimos ter visibilidade de certos comportamentos que não dariam para ser capturados por outras tecnologias. Por exemplo: se uma pessoa sair de casa, conseguimos detectar quase em tempo real, em poucos segundos. E com base nisso podemos gerar métricas por bairros, como um índice de quantas pessoas estão saindo de casa em um certo dia, em determinado bairro. Estamos basicamente medindo duas coisas: 1) um ranking de isolamento por bairro, ou seja, como as pessoas estão se movendo e se elas estão ou não saindo do bairro; 2) dentro do bairro, entregamos um ranking de isolamento no nível residencial, com um percentual de pessoas que saíram ou não de suas casas. Essas duas métricas já estão sendo entregues para alguns governos, tanto prefeituras quanto governos estaduais.

Mobile Time – Com quantas cidades e estados a In Loco está conversando para firmar essa parceria?


Já perdi a conta… Fomos contactados por todo mundo, praticamente todos os estados e boa parte das grandes cidades do Brasil. Por conta disso estamos correndo para ver se conseguimos lançar ainda nesta semana ou na próxima algo que cubra todo o território nacional. Dá bastante trabalho e estamos dando o sangue para fazer acontecer.

Há outras métricas em construção?

Para frente estamos construindo uma métrica para fazer a melhor alocação de pacientes e profissionais de saúde. A forma como faremos é medindo a lotação, quase em tempo real, de cada unidade de saúde. Aí as autoridades conseguirão fazer uma alocação melhor de pessoal.

Outra ferramenta que estamos construindo é um monitoramento em tempo real de aglomerações. Conseguimos identificar um grande grupo de pessoas reunido em uma determinada localização em tempo real. Essa informação poderia ajudar as autoridades de segurança pública a ir ao local e dispersar as pessoas.

Quando essas novas ferramentas ficarão prontas?

A maioria das ferramentas deve sair nas próximas quatro semanas. Estamos realizando entregas diárias. Só a questão da aglomeração, que é um pouco mais complexa porque é em tempo real, talvez demore um pouco mais. Estamos correndo. É difícil dar uma estimativa porque tudo começou a ser feito no sábado.

Enquanto isso, em comunicação, estamos integrando nosso SDK nos aplicativos dos estados de forma que consigam utilizar nossa ferramenta de notificação push por localização para mandar alertas direcionados às pessoas. Se alguém sair de casa, a gente pode mandar um alerta de que só deveria sair se for para uma unidade de saúde, supermercado ou farmácia. E poderíamos indicar quais as farmácias ou supermercados próximos com a menor lotação naquele momento, para que a pessoa não vá a um lugar onde enfrentará fila e risco de transmissão mais alto. Essa ferramenta de comunicação, que vinha sendo vendida para a iniciativa privada, principalmente varejo e m-payment, agora é aplicada para essa situação. Este é um produto que já estava pronto.

Tudo isso está sendo oferecido de graça para prefeituras e governos estaduais?

Estamos fazendo isso pro bono. Mas algumas ferramentas e métricas têm um custo maior por conta do processamento em nuvem. O volume de dados que chega para a gente é muito grande. Processar qualquer coisa na nuvem é bastante custoso. Não estamos cobrando nada dos estados. Em vez disso, estamos tentando arrecadar fundos da iniciativa privada e de alguns editais para ajudar a financiar esse custo. Além disso estamos buscando parcerias. O propósito aqui é ajudar. Estados e prefeituras não precisarão fazer nenhum desembolso.

Como fica a privacidade dos cidadãos?

Tenho uma opinião muito forte em relação a privacidade. Entendo que esse momento não deveria ser utilizado para afrouxar qualquer questão de privacidade. Não deveria ser usado para adiar a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), por exemplo. Do nosso lado, todas as análises são feitas puramente em cima dos dados de localização. Não temos nenhum identificador desses usuários: não sabemos quem eles são e não precisaríamos disso para prestar esse serviço. Os dados não são compartilhados com nenhum governo. Ninguém está tendo acesso à localização das pessoas, mas puramente à estatísticas e relatórios. Fazemos todo o trabalho de anonimização e agregação: só depois repassamos informações, mas nunca o dado bruto. E, finalmente, isso tudo é possível porque temos o opt-in dos usuários para coletar sua localização. O uso desse dado é autorizado e é do interesse da população. Fazemos isso para proteger a saúde das pessoas e consequentemente a nossa economia. Apesar de ser um tema polêmico, seguimos as regulamentações, inclusive uma que nem está em validade ainda (LGPD). O resultado até agora tem sido muito positivo para os governos que começaram a utilizar nossa solução, em particular a prefeitura do Recife, que foi a primeira. É uma tecnologia com potencial de contribuir para uma redução drástica nos efeitos dessa doença.

https://www.mobiletime.com.br/notic...ologia-para-detectar-se-pessoas-saem-de-casa/

Olavo tem razão. Nunca o Estado teve tanto poder sobre as pessoas.
Enquanto isso a China compra tudo que pode comprar mundo afora... isso lembra os EUA pós segunda guerra.
Vamos ter melhor noção nos próximos anos do que é estar sob o julgo chinês. Algo me diz que não será nada bom.

Ah, e pra finalizar: Eu avisei.


Quote.
















Versão em vídeo.
 

Stranger_Eddie

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É diferente de uma crise econômica comum, por isso se bate na tecla da irracionalidade.
Em uma crise se espera austeridade fiscal e liberdade. Nesta a gente vê uma expansão sem precedentes do estado.

Isso significa que o resultado disso será muito pior. Talvez no curtíssimo prazo pareça tudo bem, com governo socorrendo as pessoas, mas não vai tardar a surgir efeitos severos.

Eu confesso que estou preocupado com todo este "alivio" que a mídia está dando em enfase com esta liberação de 600 Reais e ainda forçando a dizer que mães de família já podem considerar 1200 no orçamento, etc.

Ok!... Pode a princípio parecer um pacote socorrista... Só que tenho receio se isto já não tem o dedo no botão "imprimir"...

Tenho muitas dúvidas se o Brasil tem caixa real para que esta moeda extra emergencial não seja um mero placebo... O Governo já tá queimando reserva pra segurar este dólar a 5,XX.... Agora vem com esta medida...

Espero que o efeito disto não seja uma cascata monstruosa para um passo da hiperinflação :kaperto
 

Pingu77

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"BOLSONARO ESTÁ CERTO EM QUERER ACABAR COM A QUARENTENA IMEDIATAMENTE? VEJA O QUE A CIÊNCIA TEM A DIZER

1. O QUE A CIÊNCIA ECONÔMICA TEM A DIZER?

Existem vários pesquisadores na área de economia da saúde que estudam a relação entre economia e epidemias – é o caso, por exemplo, de Raouf Boucekkine, que possui vários papers interessantes sobre os impactos econômicos da AIDS em países africanos. Acontece que essa pandemia de agora traz consequências inéditas e, sendo assim, o conhecimento necessário para lidar com ela, em todo campo de pesquisa que seja, ainda está sendo construído. É o caso do campo da economia. Não obstante, alguns estudos de economia já foram lançados analisando os efeitos econômicos e possíveis medidas a serem tomadas durante essa pandemia.

É o caso de um working paper lançado pela NBER há alguns dias [1], em que os pesquisadores analisaram os impactos macroeconômicos do Covid-19, utilizando-se para tanto de uma adaptação do modelo SIR [2] (acrônimo para suscetível, infectado e recuperado/removido), modelo que é canônico em epidemiologia. Os pesquisadores estudaram a interação entre decisões econômicas e a dinâmica epidemiológica.

O estudo chegou à conclusão de que “reduzindo interações econômicas entre pessoas, essas políticas (políticas de contenção que diminuem o consumo e as horas trabalhadas) exacerbam a recessão mas aumentam o bem-estar ao reduzir o número de mortos causados pela epidemia. Nós encontramos que é eficiente introduzir medidas de contenção de larga escala que resultam em uma aguda, sustentada queda no produto agregado. Essa política de contenção ótima salva aproximadamente meio milhão de vidas nos EUA”.

Outro estudo [3] usou dados da gripe espanhola para verificar o custo-benefício de intervenções não-farmacêuticas (como quarentena, por exemplo). O estudo concluiu que “cidades que intervêm mais cedo e mais agressivamente não têm um pior desempenho (econômico) e, na verdade, crescem mais rápido depois que a pandemia passa. Nossos achados portanto indicam que intervenções não-farmacêuticas não apenas reduzem a mortalidade; elas também mitigam consequências econômicas adversas de uma pandemia”.

Ou seja, o que os dados mostram é que é falso esse dilema posto de vida vs economia: salvando mais vidas, menos a economia sofre.

1.1. QUAIS AS POLÍTICAS ECONÔMICAS IDEIAS PARA COMBATER ESSA CRISE?

O economista Faria-e-Castro analisou [4] quais as melhores políticas econômicas para se adotar nessa crise. Para tanto, ele utilizou de um modelo DSGE para analisar 5 diferentes tipos de intervenções fiscais durante o shutdown de serviços que está ocorrendo nessa quarentena: (i) compras do governo; (ii) cortes no imposto de renda; (iii) aumento nos benefícios de seguro-desemprego; (iv) transferência incondicional de renda para todos; (v) transferência de renda para firmas do setor de serviços. O estudo concluiu que “a ferramenta mais efetiva para estabilizar a renda das famílias e o consumo dos tomadores de empréstimo no contexto de um choque exógeno que conduz ao shutdown do setor de serviços parece ser um aumento no seguro-desemprego. No geral, programas que envolvem transferência de algum tipo para famílias parecem ser também efetivos. Transferências incondicionais são provavelmente menos custosas em termos de implementação, podem ser preferidas pelos poupadores, e entrega resultados mais ou menos parecidos. Assistência de liquidez para as firmas é efetiva em manter o emprego no setor quarentenado”.

A JP Morgan Chase publicou um estudo em que ela calculou quanto tempo as empresas aguentam ficar paradas, sem nenhum fluxo de caixa, apenas arcando com os custos fixos e semifixos. O resultado é que o tempo médio de sobrevivência das empresas até entrarem em crise é de 27 dias. Restaurantes são os primeiros a entrarem em crise de liquidez, com um tempo médio de sobrevivência de 16 dias. Esses dados estão condensados na figura 3 do relatório [5]. Por isso é muito bem-vinda a proposta dos economistas Armínio Fraga, Vinicius Carrasco e José Scheinkman de conceder crédito para pequenas e médias empresas durante essa crise [6].

2. ALGUNS ESTUDOS EM EPIDEMIOLOGIA

Como argumentam Ferguson et al [7], há duas estratégias para se combater o alastramento do vírus: (i) supressão, que consiste em diminuir o número médio de pessoas que cada pessoa doente infecta (também chamado de número de reprodução, ou simplesmente R) para abaixo de 1, de modo que a doença se extinga com o tempo; ou (ii) mitigação, que consiste em diminuir a velocidade de propagação do vírus, mas sem diminuir o R para abaixo de 1.

Como pode ser visto na figura 3 (A) desse mesmo estudo, caso nenhuma intervenção fosse feita na Grã-Bretanha, um pico iria acontecer em maio desse ano naquele país. Caso se adote uma estratégia de supressão durante cinco meses, o pico, de mesma intensidade, irá acontecer em novembro.

As simulações de Anderson et al [8] estão em consonância com as de Ferguson et al. Eles simulam que o pico da doença ocorre 3,5 meses depois do início das transmissões, caso nenhuma medida de contenção seja feita, e 9 meses depois caso aja ressurgência da doença. Atkeson diz que “a principal mensagem derivada das simulações desse simples modelo SIR da evolução do Covid-19 nos EUA (e provavelmente no mundo inteiro) é que provavelmente vai se requerer medidas de distanciamento social severo por um ano inteiro ou até 18 meses (até que uma vacina possa ser desenvolvida) para evitar consequências severas na saúde pública” [9].

O mesmo Atkeson, nesse mesmo estudo, faz várias simulações do que acontece com vários cenários diferentes de R. Em uma dessas simulações, ele averigua o que acontece se esforços de mitigação severos são impostos de forma temporária (por alguns meses) e então gradualmente relaxados. O modelo prediz que uma vez que os esforços de mitigação são relaxados, a doença retorna sua rápida progressão, alcançando um pico 450 dias depois dos primeiros esforços de mitigação. Preocupante? Sim. Mas em outra simulação ele calcula o que ocorre se aprendermos a diminuir o R e mantê-lo em níveis baixos. No cenário mais otimista, passados 550 dias, menos de 25% da população se infecta.

Wang et al estimaram que, através de esforços para mitigar o contágio, como lockdown, houve uma redução gradual do R em Wuhan, inicialmente de 3,1 para 2,6, e então para 1,9, para finalmente ficar em algo entre 0,9 e 0,5, suficiente para extinguir o número de pessoas doentes com o tempo [10].

Manter o R baixo é o segredo. E para isso nós precisamos de tempo. É o que argumenta Tomas Pueyo em seu brilhante texto “O Martelo e a Dança”, traduzido pelo pessoal do Altruísmo Eficaz [11]. Nesse texto, Pueyo argumenta que o fator tempo é fundamental nesse momento. A escolha não é entre um pico forte agora e um pico forte depois, mas sim entre um pico forte agora e, caso consigamos controlar a doença, mantendo o R por volta de 1, nenhum pico depois.

É o que a China e a Coreia do Sul estão fazendo nesse momento: elas tiveram um alastramento forte da doença, mas então conseguiram controla-la, e agora o número de novos casos está em declínio nesses dois países [12]. Para isso, elas tiveram que fazer uma quarentena inicial, mas agora as pessoas já estão relativamente livres para circular. A estratégia adotada por esses países agora é a de fazer testes massivos, isolar os casos positivos e rastrear o máximo possível as pessoas cujos casos positivos tiveram contato.

Essa estratégia vai dar certo? Ainda estamos para ver. O futuro desses dois países vai determinar o futuro dos demais. Hellewell et al [13] não trazem conclusões tão otimistas. Eles determinaram as condições nas quais o isolamento de casos positivos e o rastreamento de contatos seria suficiente para evitar um novo surto de coronavírus na ausência de outras medidas de controle. Eles encontraram que em cenários muito plausíveis, somente essas medidas seriam improváveis de controlar a transmissão em um período de 3 meses.

3. BOLSONARO ESTÁ CERTO EM QUERER ACABAR COM A QUARENTENA IMEDIATAMENTE?

Dito tudo isso, resta a pergunta acima. Cabe ressaltar que a ciência não faz juízo de valor, e portanto nada tem a dizer sobre o que deve ser feito. Ocorre que ela é a melhor ferramenta para tentar entender o mundo, e portanto negar seus achados durante as tomadas de decisão pode trazer consequências desastrosas. Bolsonaro, ao propor a saída imediata da quarentena, está indo contra os achados de todos os especialistas, sejam eles virologistas, epidemiologistas, sanitaristas, médicos ou até mesmo economistas. Ademais, ele está indo na contramão de todos os líderes mundiais cujos países foram afetados por essa doença [14]. Tais líderes estão se pautando pela palavra dos especialistas, Bolsonaro está se pautando pelas vozes de sua cabeça, e provavelmente também pelo lobby dos empresários míopes.

O argumento de que a quarentena vai destruir a economia, como já visto, é errôneo, uma vez que não tomar medidas de contenção é ainda pior para a economia, é o que o estudo linkado em [3] argumenta. O que deve ficar claro é que a recessão já está dada, ela é um fato. A gripe espanhola, por exemplo, teve uma taxa de mortalidade de 2% e diminuiu o PIB em 6% e o consumo em 8% [15]. O que deve ser feito agora é tomar medidas que minimizem a crise, ponderando juntamente com ela o número de vidas salvas.

Quanto mais tempo ficarmos em quarentena, maior os custos econômicos dela. Mas como visto, dois países tiveram um surto grande inicial, entraram em quarentena, e agora as pessoas estão relativamente livres para ir e vir. A quarentena inicial é, portanto, uma medida mais do que necessária. Querer acabar com ela justamente agora é de uma irresponsabilidade tremenda.

~ Tomas Heckman.

[1] Martin S. Eichenbaum, Sergio Rebelo and Mathias Trabandt - The Macroeconomics of Epidemics

[2] Várias simulações com modelo SIR podem ser vistas nesse ótimo video:

[3] Sergio Correia, Stephan Luck and Emil Verner - Pandemics Depress the Economy, Public Health Interventions Do Not - Evidence from the 1918 Flu

[4] Miguel Faria-e-Castro - Fiscal Policy during a Pandemic

[5] https://www.jpmorganchase.com/corpo...tCxlP-ExynBXuLJlrwhGA3H2kkmXwxaqke4aF4tXcpMa0

[6] https://www1.folha.uol.com.br/merca...MUPuAKPwUOgVMIMBOlG9lkuiL8WMRtMMfnow6TlfZtrLc

[7] Ferguson et al - Impact of non-pharmaceutical interventions (NPIs) to reduce COVID19 mortality and healthcare demand

[8] Anderson et al - How will country-based mitigation measures influence the course of the COVID-19 epidemic

[9] Andrew Atkeson - What Will Be the Economic Impact of COVID-19 in the US - Rough Estimates of Disease Scenarios?

[10] Wang et al - Phase-adjusted estimation of the number of coronavirus disease 2019 cases in Wuhan, China

[11]

[12] https://aatishb.com/covidtrends/

[13] Hellewell et al - Feasibility of controlling COVID-19 outbreaks by isolation of cases and contacts

[14] https://noticias.uol.com.br/ultimas...das-adotadas-por-paises-contra-a-covid-19.htm

[15] Robert J. Barro, José F. Ursúa and Joanna Weng - The Coronavirus and the Great Influenza Pandemic - Lessons from the 'Spanish Flu' for the Coronavirus's Potential Effects on Mortality and Economic Activity"

c
 

geist

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Eu confesso que estou preocupado com todo este "alivio" que a mídia está dando em enfase com esta liberação de 600 Reais e ainda forçando a dizer que mães de família já podem considerar 1200 no orçamento, etc.

Ok!... Pode a princípio parecer um pacote socorrista... Só que tenho receio se isto já não tem o dedo no botão "imprimir"...

Tenho muitas dúvidas se o Brasil tem caixa real para que esta moeda extra emergencial não seja um mero placebo... O Governo já tá queimando reserva pra segurar este dólar a 5,XX.... Agora vem com esta medida...

Espero que o efeito disto não seja uma cascata monstruosa para um passo da hiperinflação :kaperto

Esse socorro é como uma folha de hortelã para limpar uma diarrea. Uma recolocação no mercado leva meses, uma empresa quebrada leva meses para se levantar (quando consegue) e a economia costuma ser implacável, entra fácil numa espiral de desgraça sem freio, só sendo possível sair com muita coragem e decisões racionais. Quer ver ficar mais difícil? Se o cenário externo não ajudar, vai demorar mais ainda.
 

konde10

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Bullshit.

Se as contas dos governos fossem equilibradas (ausência total de dívidas ou pequeníssimas dívidas - base de uma minarquia liberal e que NÃO É SEGUIDA!), bastaria que utilizassem de crédito para segurar as pontas. Como eu já disse em outro post... Depois de findo o problema, paga-se a dívida e volta-se ao equilíbrio.

Porém os governos do mundo inteiro VIVEM DE CRÉDITO (utilizam exatamente esse modelo de Keynes, imprimindo dinheiro e soltando crédito à vontade, priorizando sempre o consumo em detrimento da produtividade). A dívida já está nas alturas. Não há equilíbrio algum nas contas públicas. Aí acontece uma calamidade de natureza humana como essa e ninguém tem mais de onde tirar dinheiro, a não ser contraindo novas dívidas e piorando mais ainda a situação financeira.
Adendo que numa minarquia liberal de verdade, existiria poupança o suficiente para que talvez nem fosse necessário o uso de crédito artificial.
Eu não nego que essa política é torta, e num mundo ideal deveríamos fazer o que vocês falam.

Existe um porque Keynes sempre começa assombrar em épocas de crises, porque ela é eficaz no curto prazo e impede o colapso econômico. Até inventarem uma teoria melhor, infelizmente o governo vai precisar abrir a carteira.

A doença já fez o estrago. Eu mesmo parei de consumir e não vou consumir enquanto esse vírus estiver circulando por aí, mesmo com o comércio funcionando e, claro, eu não sou o único. Eu prefiro ficar em casa do que correr risco de morte.
Maduro aprova!
Só por isso o governo do Maduro ainda não colapsou mesmo, porque em crises ele é a melhor opção.
 

Stranger_Eddie

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"BOLSONARO ESTÁ CERTO EM QUERER ACABAR COM A QUARENTENA IMEDIATAMENTE? VEJA O QUE A CIÊNCIA TEM A DIZER

1. O QUE A CIÊNCIA ECONÔMICA TEM A DIZER?

Existem vários pesquisadores na área de economia da saúde que estudam a relação entre economia e epidemias – é o caso, por exemplo, de Raouf Boucekkine, que possui vários papers interessantes sobre os impactos econômicos da AIDS em países africanos. Acontece que essa pandemia de agora traz consequências inéditas e, sendo assim, o conhecimento necessário para lidar com ela, em todo campo de pesquisa que seja, ainda está sendo construído. É o caso do campo da economia. Não obstante, alguns estudos de economia já foram lançados analisando os efeitos econômicos e possíveis medidas a serem tomadas durante essa pandemia.

É o caso de um working paper lançado pela NBER há alguns dias [1], em que os pesquisadores analisaram os impactos macroeconômicos do Covid-19, utilizando-se para tanto de uma adaptação do modelo SIR [2] (acrônimo para suscetível, infectado e recuperado/removido), modelo que é canônico em epidemiologia. Os pesquisadores estudaram a interação entre decisões econômicas e a dinâmica epidemiológica.

O estudo chegou à conclusão de que “reduzindo interações econômicas entre pessoas, essas políticas (políticas de contenção que diminuem o consumo e as horas trabalhadas) exacerbam a recessão mas aumentam o bem-estar ao reduzir o número de mortos causados pela epidemia. Nós encontramos que é eficiente introduzir medidas de contenção de larga escala que resultam em uma aguda, sustentada queda no produto agregado. Essa política de contenção ótima salva aproximadamente meio milhão de vidas nos EUA”.

Outro estudo [3] usou dados da gripe espanhola para verificar o custo-benefício de intervenções não-farmacêuticas (como quarentena, por exemplo). O estudo concluiu que “cidades que intervêm mais cedo e mais agressivamente não têm um pior desempenho (econômico) e, na verdade, crescem mais rápido depois que a pandemia passa. Nossos achados portanto indicam que intervenções não-farmacêuticas não apenas reduzem a mortalidade; elas também mitigam consequências econômicas adversas de uma pandemia”.

Ou seja, o que os dados mostram é que é falso esse dilema posto de vida vs economia: salvando mais vidas, menos a economia sofre.

1.1. QUAIS AS POLÍTICAS ECONÔMICAS IDEIAS PARA COMBATER ESSA CRISE?

O economista Faria-e-Castro analisou [4] quais as melhores políticas econômicas para se adotar nessa crise. Para tanto, ele utilizou de um modelo DSGE para analisar 5 diferentes tipos de intervenções fiscais durante o shutdown de serviços que está ocorrendo nessa quarentena: (i) compras do governo; (ii) cortes no imposto de renda; (iii) aumento nos benefícios de seguro-desemprego; (iv) transferência incondicional de renda para todos; (v) transferência de renda para firmas do setor de serviços. O estudo concluiu que “a ferramenta mais efetiva para estabilizar a renda das famílias e o consumo dos tomadores de empréstimo no contexto de um choque exógeno que conduz ao shutdown do setor de serviços parece ser um aumento no seguro-desemprego. No geral, programas que envolvem transferência de algum tipo para famílias parecem ser também efetivos. Transferências incondicionais são provavelmente menos custosas em termos de implementação, podem ser preferidas pelos poupadores, e entrega resultados mais ou menos parecidos. Assistência de liquidez para as firmas é efetiva em manter o emprego no setor quarentenado”.

A JP Morgan Chase publicou um estudo em que ela calculou quanto tempo as empresas aguentam ficar paradas, sem nenhum fluxo de caixa, apenas arcando com os custos fixos e semifixos. O resultado é que o tempo médio de sobrevivência das empresas até entrarem em crise é de 27 dias. Restaurantes são os primeiros a entrarem em crise de liquidez, com um tempo médio de sobrevivência de 16 dias. Esses dados estão condensados na figura 3 do relatório [5]. Por isso é muito bem-vinda a proposta dos economistas Armínio Fraga, Vinicius Carrasco e José Scheinkman de conceder crédito para pequenas e médias empresas durante essa crise [6].

2. ALGUNS ESTUDOS EM EPIDEMIOLOGIA

Como argumentam Ferguson et al [7], há duas estratégias para se combater o alastramento do vírus: (i) supressão, que consiste em diminuir o número médio de pessoas que cada pessoa doente infecta (também chamado de número de reprodução, ou simplesmente R) para abaixo de 1, de modo que a doença se extinga com o tempo; ou (ii) mitigação, que consiste em diminuir a velocidade de propagação do vírus, mas sem diminuir o R para abaixo de 1.

Como pode ser visto na figura 3 (A) desse mesmo estudo, caso nenhuma intervenção fosse feita na Grã-Bretanha, um pico iria acontecer em maio desse ano naquele país. Caso se adote uma estratégia de supressão durante cinco meses, o pico, de mesma intensidade, irá acontecer em novembro.

As simulações de Anderson et al [8] estão em consonância com as de Ferguson et al. Eles simulam que o pico da doença ocorre 3,5 meses depois do início das transmissões, caso nenhuma medida de contenção seja feita, e 9 meses depois caso aja ressurgência da doença. Atkeson diz que “a principal mensagem derivada das simulações desse simples modelo SIR da evolução do Covid-19 nos EUA (e provavelmente no mundo inteiro) é que provavelmente vai se requerer medidas de distanciamento social severo por um ano inteiro ou até 18 meses (até que uma vacina possa ser desenvolvida) para evitar consequências severas na saúde pública” [9].

O mesmo Atkeson, nesse mesmo estudo, faz várias simulações do que acontece com vários cenários diferentes de R. Em uma dessas simulações, ele averigua o que acontece se esforços de mitigação severos são impostos de forma temporária (por alguns meses) e então gradualmente relaxados. O modelo prediz que uma vez que os esforços de mitigação são relaxados, a doença retorna sua rápida progressão, alcançando um pico 450 dias depois dos primeiros esforços de mitigação. Preocupante? Sim. Mas em outra simulação ele calcula o que ocorre se aprendermos a diminuir o R e mantê-lo em níveis baixos. No cenário mais otimista, passados 550 dias, menos de 25% da população se infecta.

Wang et al estimaram que, através de esforços para mitigar o contágio, como lockdown, houve uma redução gradual do R em Wuhan, inicialmente de 3,1 para 2,6, e então para 1,9, para finalmente ficar em algo entre 0,9 e 0,5, suficiente para extinguir o número de pessoas doentes com o tempo [10].

Manter o R baixo é o segredo. E para isso nós precisamos de tempo. É o que argumenta Tomas Pueyo em seu brilhante texto “O Martelo e a Dança”, traduzido pelo pessoal do Altruísmo Eficaz [11]. Nesse texto, Pueyo argumenta que o fator tempo é fundamental nesse momento. A escolha não é entre um pico forte agora e um pico forte depois, mas sim entre um pico forte agora e, caso consigamos controlar a doença, mantendo o R por volta de 1, nenhum pico depois.

É o que a China e a Coreia do Sul estão fazendo nesse momento: elas tiveram um alastramento forte da doença, mas então conseguiram controla-la, e agora o número de novos casos está em declínio nesses dois países [12]. Para isso, elas tiveram que fazer uma quarentena inicial, mas agora as pessoas já estão relativamente livres para circular. A estratégia adotada por esses países agora é a de fazer testes massivos, isolar os casos positivos e rastrear o máximo possível as pessoas cujos casos positivos tiveram contato.

Essa estratégia vai dar certo? Ainda estamos para ver. O futuro desses dois países vai determinar o futuro dos demais. Hellewell et al [13] não trazem conclusões tão otimistas. Eles determinaram as condições nas quais o isolamento de casos positivos e o rastreamento de contatos seria suficiente para evitar um novo surto de coronavírus na ausência de outras medidas de controle. Eles encontraram que em cenários muito plausíveis, somente essas medidas seriam improváveis de controlar a transmissão em um período de 3 meses.

3. BOLSONARO ESTÁ CERTO EM QUERER ACABAR COM A QUARENTENA IMEDIATAMENTE?

Dito tudo isso, resta a pergunta acima. Cabe ressaltar que a ciência não faz juízo de valor, e portanto nada tem a dizer sobre o que deve ser feito. Ocorre que ela é a melhor ferramenta para tentar entender o mundo, e portanto negar seus achados durante as tomadas de decisão pode trazer consequências desastrosas. Bolsonaro, ao propor a saída imediata da quarentena, está indo contra os achados de todos os especialistas, sejam eles virologistas, epidemiologistas, sanitaristas, médicos ou até mesmo economistas. Ademais, ele está indo na contramão de todos os líderes mundiais cujos países foram afetados por essa doença [14]. Tais líderes estão se pautando pela palavra dos especialistas, Bolsonaro está se pautando pelas vozes de sua cabeça, e provavelmente também pelo lobby dos empresários míopes.

O argumento de que a quarentena vai destruir a economia, como já visto, é errôneo, uma vez que não tomar medidas de contenção é ainda pior para a economia, é o que o estudo linkado em [3] argumenta. O que deve ficar claro é que a recessão já está dada, ela é um fato. A gripe espanhola, por exemplo, teve uma taxa de mortalidade de 2% e diminuiu o PIB em 6% e o consumo em 8% [15]. O que deve ser feito agora é tomar medidas que minimizem a crise, ponderando juntamente com ela o número de vidas salvas.

Quanto mais tempo ficarmos em quarentena, maior os custos econômicos dela. Mas como visto, dois países tiveram um surto grande inicial, entraram em quarentena, e agora as pessoas estão relativamente livres para ir e vir. A quarentena inicial é, portanto, uma medida mais do que necessária. Querer acabar com ela justamente agora é de uma irresponsabilidade tremenda.

~ Tomas Heckman.

[1] Martin S. Eichenbaum, Sergio Rebelo and Mathias Trabandt - The Macroeconomics of Epidemics

[2] Várias simulações com modelo SIR podem ser vistas nesse ótimo video:

[3] Sergio Correia, Stephan Luck and Emil Verner - Pandemics Depress the Economy, Public Health Interventions Do Not - Evidence from the 1918 Flu

[4] Miguel Faria-e-Castro - Fiscal Policy during a Pandemic

[5] https://www.jpmorganchase.com/corpo...tCxlP-ExynBXuLJlrwhGA3H2kkmXwxaqke4aF4tXcpMa0

[6] https://www1.folha.uol.com.br/merca...MUPuAKPwUOgVMIMBOlG9lkuiL8WMRtMMfnow6TlfZtrLc

[7] Ferguson et al - Impact of non-pharmaceutical interventions (NPIs) to reduce COVID19 mortality and healthcare demand

[8] Anderson et al - How will country-based mitigation measures influence the course of the COVID-19 epidemic

[9] Andrew Atkeson - What Will Be the Economic Impact of COVID-19 in the US - Rough Estimates of Disease Scenarios?

[10] Wang et al - Phase-adjusted estimation of the number of coronavirus disease 2019 cases in Wuhan, China

[11]

[12] https://aatishb.com/covidtrends/

[13] Hellewell et al - Feasibility of controlling COVID-19 outbreaks by isolation of cases and contacts

[14] https://noticias.uol.com.br/ultimas...das-adotadas-por-paises-contra-a-covid-19.htm

[15] Robert J. Barro, José F. Ursúa and Joanna Weng - The Coronavirus and the Great Influenza Pandemic - Lessons from the 'Spanish Flu' for the Coronavirus's Potential Effects on Mortality and Economic Activity"

c

Tem pontos bons pra analise neste post... Depois lerei com mais calma.... A princípio na minha leitura rápida, compreendo o conceito da importância de uma quarentena....
PORÉM, a mesma aqui no Brasil deveria ter sido melhor programada.... Aqui no Brasil foi feita LOCALIZADA, cada estado agindo num verdadeiro "toca o f**a-se" e sem ao mínimo preparar a população local sobre quanto tempo, qual é o real tempo da quarentena (uma semana, 15 dias, um mês) e principalmente, não terem dado uma única instrução para empresas publicas ou privadas um norteio sobre os trabalhadores.

Simplesmente foi um tal de "fecha antes que ficamos doente".... E para o empregador, foi uma espécie de PORRADA tipo: "Tenho que fechar? Vou quebrar!... Demite porque não sei quando volta.... "

E o efeito disto se tornou uma put* CASCATA em questão de menos de 10 dias... Porque estados foram se alinhando em um total desalinhamento de informações, e políticos como Dória e Witzel usaram o poderio do momento para se falarem como "bons moços" e Bolsonaro que fala para cassete se viu numa situação de emputecimento.

Moral da história.

Estamos numa quarentena MUITO DESORGANIZADA. E pior! Ninguém sabe o que fazer, se o efeito foi positivo, e pra ferrar mais. A caca já ta feita em questão de dias! As demissões estão vindo CAVALARES.....

Precisavam todos os poderes ter se reunido antes, sem ideologia partidária, sem a mídia no meio pra ficar metendo querosene no meio da fogueira.... Agora, estamos num put* problema sócio-econômico de brinde em questão de MÍSEROS DIAS....

E todos políticos estão brigando e quem ta apanhando somos nós = a população que não sabe se sai, se fica, e os que talvez possam sair, não tem mais pra onde ir!

Brasil sempre fazendo soluções imediatistas quando os representantes se acham donos da razão.

Esta hipocrisia de poderes tem que acabar. Pois o exemplo vindo de outros países aqui não funciona sem que cada FDP DE POLÍTICO neste país não pensem nas próximas eleições. :facepalm
 

Cafetão Chinês

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Eu não nego que essa política é torta, e num mundo ideal deveríamos fazer o que vocês falam.

Existe um porque Keynes sempre começa assombrar em épocas de crises, porque ela é eficaz no curto prazo e impede o colapso econômico. Até inventarem uma teoria melhor, infelizmente o governo vai precisar abrir a carteira.

A doença já fez o estrago. Eu mesmo parei de consumir e não vou consumir enquanto esse vírus estiver circulando por aí, mesmo com o comércio funcionando e, claro, eu não sou o único. Eu prefiro ficar em casa do que correr risco de morte.
Keynes só começa a assombrar em épocas de crise porque políticos precisam sempre tentar "mostrar que estão fazendo alguma coisa" (e nem vou levar em conta aqui, para efeitos didáticos, que as crises via de regra só são criadas devido a medidas intervencionistas do governo e descontrole de gastos).

Só que é completamente falso que funcione. Keynesianismo só é "eficiente" em destruir capital.
Como nos ensinou a lei de Say: A produção precede o consumo. Sem estímulos reais a produção, não adianta de nada estimular o consumo de maneira artificial, vai apenas agravar a situação. Vai gerar os incentivos errados para a alocação de recursos.

Num cenário de crise, seria o momento ideal para o governo cortar custos, cortar funcionalismo público, cortar estatais, cortar gastos inúteis, cortar burocracia, e por fim cortar impostos. Cortar o peso sobre a produção. Retirando os controles e as amarras dessa maneira, a produção retorna, com isso novas contratações e por fim deflação de preços dado o aumento da eficiência. Com nova geração de riqueza e poupança, a população finalmente aumenta o consumo.
Isso sim seria uma maneira saudável e duradoura para se aproveitar e se contornar os efeitos de uma crise (a Nova Zelândia por exemplo fez um corte brutal após vivenciar uma recessão nos anos 80, donde tinha um estado completamente inchado por políticas keynesianas/desenvolvimentistas. Resultado, está a 30 anos sem recessão. País enriqueceu).

Uma recessão pode muito bem se transformar em uma depressão, caso medidas keynesianas desesperadas sejam tomadas. E aí meu caro, a coisa demora bem mais para retornar ao patamar anterior. Aliás, até hoje estamos vivendo o efeito nefastos dessas medidas implantadas pelo governo Dilma.

Sabe porque a crise de 21 mal é lembrada? Porque o presidente Harding simplesmente não fez NADA. E deixou a coisa se arrumar naturalmente. Resultado: em pouco mais de um ano, o país já estava nos eixos novamente.
Já a crise de 29 se transformou em depressão, após as medidas desenvolvimentistas do New Deal de Roosevelt. Demorou mais de uma década para retornar ao patamar anterior (apenas após a guerra).
 
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konde10

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Keynes só começa a assombrar em épocas de crise porque políticos precisam sempre "mostrar que estão fazendo alguma coisa".
Só que é completamente falso que funcione. Keynesianismo só é "eficiente" em destruir capital.
E outra, a produção precede o consumo. Sem estímulos reais a produção, não adianta nada estimular o consumo de maneira artificial, vai apenas agravar a situação.

Num cenário de crise, seria o momento ideal do estado cortar custos, cortar funcionalismo público, cortar estatais, cortar gastos inúteis, cortar burocracia, e por fim cortar impostos. Isso sim seria uma maneira saudável e duradoura para se aproveitar e se contornar os efeitos de uma crise (a Nova Zelândia por exemplo fez um corte brutal em seu estado após vivenciar uma recessão nos anos 80, donde tinha um estado completamente inchado por políticas keynesianas/desenvolvimentistas. Resultado, está a 30 anos sem recessão).

Uma recessão pode muito bem se transformar em uma depressão com medidas keynesianas desesperadas. E aí meu caro, a coisa demora muito mais para retornar ao patamar anterior.

Sabe porque a crise de 21 mal é lembrada? Porque o presidente Harding simplesmente não fez NADA. E deixou a coisa se arrumar naturalmente. Resultado: em pouco mais de um ano, o país já estava nos eixos novamente.
Já a crise de 29 se transformou em depressão, após as medidas desenvolvimentistas do New Deal de Roosevelt. Demorou mais de uma década para retornar ao patamar anterior (apenas após a guerra).
Mas você trabalha em um mundo ideal em que o governo cortaria funcionalismo, gastos inúteis e burocracia.

Você sabe que isso não vai acontecer. Além de ser demorado. Levaria pelo menos 2 anos para todas essas reformas entrarem em vigor.

Nessas horas tem que ser pragmático, já que não dá para fazer experiência com a população.

E a crise de 21, embora parecidas, eram de proporções bem diferentes. A de 29 foi muito pior. A de 21 gerou "só" 12% de desemprego naquele ano. Isso é o que temos no Brasil hoje. E acredito que o mundo hoje está muito diferente daquela época, as cadeias de produção estão muito mais dependentes.
 

Cafetão Chinês

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Mas você trabalha em um mundo ideal em que o governo cortaria funcionalismo, gastos inúteis e burocracia.

Você sabe que isso não vai acontecer. Além de ser demorado. Levaria pelo menos 2 anos para todas essas reformas entrarem em vigor.

Nessas horas tem que ser pragmático, já que não dá para fazer experiência com a população.

E a crise de 21, embora parecidas, eram de proporções bem diferentes. A de 29 foi muito pior. A de 21 gerou "só" 12% de desemprego naquele ano. Isso é o que temos no Brasil hoje. E acredito que o mundo hoje está muito diferente daquela época, as cadeias de produção estão muito mais dependentes.
Não estou trabalhando com mundo ideal algum, e sim defendendo o que é certo pela ciência econômica. Você quer defender o conveniente e achar que vai dar certo, aí é que não faz sentido mesmo. Não é porque você quer muito muito que o keynesianismo funcione que ele irá funcionar. A Dilma também queria muito muito que o keynesianismo funcionasse, só que pensamentos positivos não geram abundância. E eu demonstrei os motivos.
O keynesianismo só vai piorar a situação.

Aliás, eu te mostrei um cenário empírico em que aconteceu o que eu disse (Nova Zelândia), mas também é possível invocar outros: Alemanha pós guerra do ministro Ludwig Erhard (seguidor de Mises, que removeu os controles), Cingapura, Hong Kong, Chile.

É tipo acreditar que imprimir dinheiro vai criar riqueza do nada. As medidas keynesianas destroem capital, então isso não tem como ser solução. Se for assim é melhor você torcer por algo mágico logo, como a dança da chuva; A probabilidade é até maior de dar certo.

Quanto a crise de 21, ela foi sim parecida com a de 29. E o que a diferencia é justamente as medidas tomadas pelo governo. A de 21 não se transformou em depressão, a de 29 sim. A de 29 levou mais de 10 anos para terminar, tudo pelas medidas amalucadas de Roosevelt e as intervenções do FED.
 
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konde10

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Eu não entendo direito a teoria do "deixa a economia girar".

Com ninguém em quarentena, não se "achata a curva" e assim as mortes são muito maiores do que os 5%. De cada 100 casos, 20 precisam de internação médica. Sem médicos e leitos disponíveis, a Itália está mostrando que o número de mortes é de mais de 10% do total de contaminados (o número de mortes hoje é relacionado ao número de contaminados de 10~15 dias antes, isso ninguém está calculando...). Alemanha calcula 70% de infectados, Brasil acredita em 50%. Se 50% se infecta (110mi) e 10% morrem, então teremos 11mi de mortes no Brasil, praticamente uma cidade de São Paulo inteira.

Eu acho muito melhor fechar tudo, fazer uma quarentena "hardcore" e em 1 mês volta tudo ao normal. Se não, ficaremos nessa sangria econômica por meses, porque a população vai ficar, na melhor das hipóteses, doente e com atestado médico. Além disso, a ciência de um vírus rolando solto vai fazer todo mundo parar de gastar com tudo que não for essencial.

Para mim, essa ideia de deixar o povo solto é a pior alternativa possível.
 

Goris

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Ou voce é muito burro, ou eu não tô sabendo me expressar.
O que eu tenho criticado é das pessoas que estão em casa, e mantendo os seus em segurança, defender que pros outros tudo "volte ao normal".
Pra mim, o liberar geral, com tudo abrindo e funcionando normalmente é, neste momento, "a moda caralha". E é isso, o que eu tô entendendo que você defende. Se não é isso, me desculpe.
Se não é isso que você tá defendendo, o que você propõe, e qual o prognóstico que você visualiza de sua solução?
E, só por curiosidade, porque o home office te ofende tanto?
Cara, te respondi antes, eu entendi exatamente a mesma coisa que o Cafetão.

Sua postagem inicial deu a impressão que quem é a favor de quarentena vertical só é a favor porque não tem entes queridos em risco.

Desculpe, deu a entender sim.

Aí, logo depois, você diz que é a favor da quarentena vertical, que é o que o Cafetão defendia.

Acho que vocês dois estão brigando e pensando parecido. E, não é briga, sua primeira postagem chamando o Cafetão deu, sim, uma impressão errada.
 

Baralho

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Equilíbrio.
Parece que o caminho (não há solução ideal, só o possível) seria o equilíbrio, nem estender a quarentena até chegar no inverno, mas também não perder o que foi feito, e manter o prazo inicial, meio do mês que vem.

E segue, assim, o que a maior parte dos países da Ocde vem fazendo, pacificando o mercado financeiro em termos de Brasil.
 

Biroliro

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Não acho viável se adequar a essa situação apenas para estabilizar a economia temporariamente. O que os economistas de via média estão preocupados é com a crise sistêmica que podemos vir a enfrentar caso o vírus se espalhe rapidamente pelo país, deflagrando tanto a economia quanto a saúde. Se vocês não perceberam, a quarentena não é para evitar a contaminação das pessoas; isso é inevitável, em algum momento todos irão se contaminar, quer porque nem todos estão respeitando as medidas preventivas, ou porque o vírus tem um alto poder de penetração na sociedade. Independentemente, a função da quarentena não é evitar mortes, é evitar que haja um sobrecarregamento no sistema de saúde. O que o Estado está tentando fazer é evitar um colapso, não as mortes. Isso será inevitável, até que desenvolvam a vacina contra o covid-19. Porém, também sou contra essas medidas extremistas que estão sendo tomadas. Acredito que deve haver outro modo de previnir a doença e ao mesmo tempo reduzir os gastos na nossa economia. Os EUA's e outros países que estão enfrentando esse mesmo problema são países de primeiro mundo, o Brasil não tem a mesma estrutura econômica que eles para sobreviver a uma pandemia como essa. Se não tomarmos uma iniciativa racional e efetiva, vamos todos afundar na miséria. É melhor o ministro da economia e o Sr. Presidente terem alguma ideia, porque se as coisas continuarem como estão, em poucos meses vamos estar nadando no fundo do poço.
 

abcdario

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Todo mundo vira keynesiano em época de grandes crises e tragédias, até a Irlanda vai estatizar hospitais.
 
D

Deleted member 248528

Quanto que vocês vão entender que o foco não é população x população ? Quem tem que se mexer é o governo! Que cortem salário, auxilios, impostos e combatam a crise. Eles são pegam 5 meses de arrecadação, ele precisam devolver pelo menos 2 pra população nesse estado de exceção.

Diga para um pobre, morador de favela, com a família passando fome, que ele deve ir até Brasília cobrar do congresso e do STF o corte de impostos.
 

Layzem

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Todo mundo vira keynesiano em época de grandes crises e tragédias, até a Irlanda vai estatizar hospitais.

O Keynesianismo só existe por que ainda existe moedas estatais, tira do governo o poder de imprimir dinheiro e vc verá o Keynesianismo desaparecer da noite pro dia. Se eu estiver errado corrige ae Cafetão ^^.
 

ned ludd

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comunas estão certos, esse mundo é uma guerra (claro que eles chamam de revolução, mas isso é irrelevante)

na guerra o que vale é a violência, esse papo de liberteen de PNA é pura perda de tempo. A melhor coisa em guerra é ataque antecipado

por isso sugiro a prisão imediata de todos os liberteens e queima de sua propaganda vagabunda (mises, HHH, etc)
 

DanielMF

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Acho que aqui é o lugar certo para perguntar.

Não é questão de defender quarentena vertical, e sim, defender que sejam feitos os preparativos para que se possa implantar a quarentena vertical. Ou discordam?

Num país como o Brasil, com pessoas vivendo juntas e dependendo umas das outras, não é possível fazer quarentena vertical sem planejamento e ações emergenciais de grandes proporções, como a separação de famílias e auxílio aos que forem isolados, além de uma adaptação para quem retornar a atividade econômica.

Eu não entendo por que não cobram isso, ao invés de apenas exigir o fim do isolamento horizontal. É por isso que o país vive essa dicotomia burra que causará muitas mortes e também colapso econômico.
 

Pingu77

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Acho que aqui é o lugar certo para perguntar.

Não é questão de defender quarentena vertical, e sim, defender que sejam feitos os preparativos para que se possa implantar a quarentena vertical. Ou discordam?

Num país como o Brasil, com pessoas vivendo juntas e dependendo umas das outras, não é possível fazer quarentena vertical sem planejamento e ações emergenciais de grandes proporções, como a separação de famílias e auxílio aos que forem isolados, além de uma adaptação para quem retornar a atividade econômica.

Eu não entendo por que não cobram isso, ao invés de apenas exigir o fim do isolamento horizontal. É por isso que o país vive essa dicotomia burra que causará muitas mortes e também colapso econômico.

Antes de tudo, o pulo do gato é o controle e a manutenção do R, a taxa de reprodução do vírus. Países que fizeram isso como a Coreia do Sul e a China, que combateram a doença de maneira bem-sucedida, tem maior liberdade de circulação agora.

Para isso, controle e isolamento dos infectados, é preciso testes.

Mas o incompetente governo faz do Brasil o último no ranking da proporção teste por milhão de pessoa.

c
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PicaPauBiruta

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Engraçado que praticamente não vemos uma medida de reduzir os (IMENSOS) salários e benefícios do pessoal do legislativo (deputados, vereadores, senadores), do executivo e principalmente do judiciário (juízes, etc).
Também seria boa uma proposta reduzir esta grande quantidade de cargos que existem (precisamos tanto de uma enorme quantidade de senadores/deputados/vereadores?)
Levando em conta que um deputado custa mais de R$2 MILHÕES por ano (sem contar ainda os de desvios de dinheiro, corrupção, etc), fora ainda assessores e outras regalias (plano de saúde ilimitado que inclui parentes, etc), gastos com voos particulares (so ver que apenas o Maia que gastou milhões de reais em voos com aviões da FAB somente ano passado, inclusive com voos para familiares) .

Se cortar esta palhaçada da para gerar uma economia de dezenas de bilhões (ou centenas de bilhões se levar em conta os gastos de corrupção).
Eu que sou ancap, acho mais fácil o Brasil se tornar uma grande ancapistão da noite para o dia do que isso acontecer !!!

a probabilidade disso acontecer é TOTALMENTE nula, sem chance alguma desses vermes da pior espécie fazer algo para reduzir as próprias regalias !!!
 
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