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O aumento do número de pessoas com sintomas de síndrome gripal que procurando unidades de saúde fez a Superintendência de Vigilância em Saúde da Secretaria municipal de Saúde (SMS) iniciar uma investigação epidemiológica e laboratorial. Os atendimentos médicos a casos deste tipo a moradores da Rocinha, por exemplo, que costumam ser de 100 por dia, chegaram a 400 no último fim de semana, segundo um médico que prefere não se identificar. Ele conta que todos apresentam os mesmos sintomas, que são parecidos com os da Covid-19, como febre, dor de cabeça e tosse. De acordo com o jornal Extra, o cenário tem se repetido em outras partes da cidade, como o Itanhangá e a Ilha do Governador. A SMS informa que na última semana foi constatado um crescimento no número de resultados positivos para Influenza A.
Em nota, a secretaria diz que está atenta ao aumento da procura de atendimento nas unidades de saúde por pessoas relatando síndrome gripal. A investigação em curso, segundo a SMS, constatou um aumento de resultados positivos para Influenza A nas amostras coletadas em unidades de saúde sentinelas. As unidades sentinelas fazem o monitoramento das síndromes, avaliando a circulação de vírus respiratórios por meio de amostragem. Estas unidades são responsáveis pela coleta de material para análise laboratorial em pessoas que buscam atendimento de saúde com sintomas respiratórios e também em pacientes internados com quadros mais graves de doenças respiratórias.
Ao G1, o secretário municipal de Saúde, Daniel Soranz, disse que todas as pessoas que apresentam os sintomas de gripe precisam fazer o teste para Covid. E que na Rocinha os testes deram negativo para a doença, e mostraram se tratar do vírus H3N2:
“É um tipo de Influenza, que pode ser prevenida com a vacina. Na última campanha de vacina contra a gripe houve uma adesão muito baixa (de 57% da população). A gente precisa que as pessoas procurem se vacinar para bloquear, para proteger contra esse surto de Influenza A que começou na Rocinha”.
“Apenas cerca de 3% dos casos testados apresentaram positividade para Covid-19“, diz a nota da SMS, acrescentando que as medidas de proteção para se evitar a Influenza A também são semelhantes às que evitam a doença provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2. Entre elas, manter o distanciamento social, usar de máscaras e fazer a higiene das mãos com álcool 70% ou, quando possível, água e sabão.
Moradores da Favela da Rocinha, na Zona Sul do Rio, estão assustados com o crescimento do número de casos de gripe. A prefeitura confirmou o aumento nos diagnósticos de Influenza A (H3N2) na comunidade. Os sintomas da virose se confundem com os da Covid-19.
A moradora Gabrielle Martins diz que muitos vizinhos estão adoecendo. As pessoas relatam principalmente febre alta e dores no corpo, como aconteceu com ela e a irmã Giovanna..
"São sintomas parecidos com a Covid e nós fomos à UPA. A UPA, por mais que tenha médicos, está lotada. Não está tendo como dar um suporte a toda a população. O Hospital Miguel Couto está no mesmo estado. Já saiu que é influenza A. No dia que nós fomos devia ser umas 20h e tinha gente desde às 13h sem ser atendido", contou Gabielle.
A desempregada Solange Mozart está preocupada. "Eu estou gripada, com dor de garganta, dor no nariz. Minha mãe também está com muita tosse desde quarta-feira (17). Fui à Clínica da Família pedir uma visita domiciliar, mas eles disseram que não poderiam vir porque a clínica está cheia e eles tinham outras prioridades", disse Solange.
De acordo com o vendedor Carlos Silva, a escola da filha enviou um alerta pedindo que as famílias evitassem mandar as crianças para a escola caso tenha algum sintoma.
O secretário municipal de Saúde Daniel Soranz disse que foi registrado um aumento do número de casos de síndrome gripal. Mas todas as pessoas que apresentam os sintomas de gripe precisam fazer o teste para Covid. Na Rocinha, os testes deram negativo para Covid e mostraram se tratar do vírus H3N2.
"É um tipo de Influenza, que pode ser prevenida com a vacina. Na última campanha de vacina contra a gripe houve uma adesão muito baixa (de 57% da população). A gente precisa que as pessoas procurem se vacinar para bloquear, para proteger contra esse surto de Influenza A que começou na Rocinha", disse Soranz.
Segundo Soranz, a Influenza A tem um perfil de gravidade um pouco diferente da Covid-19, sendo mais grave em crianças de 6 meses a 6 anos de idade, em gestantes e em idosos de mais de 60 anos. O secretário disse que os sintomas são um pouco mais leves que os da Covid e com um grau de letalidade menor. Mas destacou a importância da vacinação para evitar maiores complicações.
"A recomendação da secretaria é para que, se você ainda não se vacinou contra a gripe, procure qualquer posto de saúde para tomar a vacina. Para se proteger desse surto de Influenza A é necessário se vacinar, não importa a faixa etária. Todos os 280 pontos da cidade, centro municipal de saúde ou clínica da família, estão aplicando a vacina contra a Influenza", afirmou Soranz.
Covid-19: Rio tem panorama diferente da Europa
Com relação à Covid-19, Soranz disse que o panorama da cidade é bem diferente do quadro da Europa, atualmente. No Rio, 99.9% da população adulta tomou a primeira dose da vacina e 95% dos idosos já estão com a segunda dose.
"Aqui no Rio a gente percebeu rapidamente que a vacina só dura seis meses, depois disso a imunidade vem caindo, então a gente fez antes da Europa a dose de reforço para os idosos. Já aplicamos um milhão de doses de reforço. A gente já sabe que precisa revacinar com cinco meses a partir da segunda dose. O Rio vai sair na frente para a cobertura da Covid-19.", afirmou o secretário.
Cerca de 540 mil pessoas ainda não tomaram a segunda dose da vacina contra a Covid no Rio. Com isso, a população carioca já totalmente imunizada chega a 76,7%. Soranz disse que esse número preocupa para que o número de casos e mortes não volte a subir, como está acontecendo, por exemplo, na Europa.
"O grupo de adolescentes é o que mais preocupa. A gente antecipou a vacinação desse grupo. Então, a gente pede aos pais que levem os filhos o mais rapidamente possível para tomar a segunda dose para eles ficarem protegidos e protegerem a sociedade como um todo", disse Soranz.
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