Achei que o Russomano foi bem como deputado, votaria nele. Depois do que o Alckmin fez nesses 2 últimos mandatos, espero que não ganhe eleição nem para síndico. O Haddad fez muita coisa sem pé nem cabeça.
Sendo bem franco, se não fosse o fato de na minha opinião o Russomanno ter se aliado com quem não deveria, além de algumas decisões polêmicas como a proibição do bloco Adult Swim, eu votaria nele tranquilamente. As pessoas estão tendo cada vez mais acesso ao consumo, e é importante ter um governante que pense no direito desses consumidores.
No mais, realmente, tem tanta m**** em cada linha do texto que eu nem sei por onde começar... Mas vou tentar começar mesmo assim.
"Haddad é um choque para São Paulo. Um choque de modernismo para o qual a cidade não estava mentalmente preparada."
Olha a empáfia esquerdista aí, gente. Pessoal que se acha o único apto a governar. Quem discorda é burro, etc. E tem mais: desde quando um verdadeiro lorpa como o Haddad é um "choque de modernismo" (ou um choque de qualquer outra coisa, aliás)? O cara tá fazendo as mesmas merdas que os prefeitos anteriores. Ou modernismo na cabeça desse pessoal é prefeito tocando guitarra em showzinho de rap e liberando pichação em patrimônio histórico? Na boa, eu acredito que o prefeito deveria fazer uso de outras habilidades e deixar a guitarra para as horas de lazer...
"Numa cidade em que se fala apenas do indivíduo, ele pensou no coletivo. Numa cidade em que as pessoas se enxergam como consumidores, ele nos tratou como cidadãos. Pagará o preço por isso no ano que vem."
Pensou tanto no coletivo que a taxa de criminalidade e a degradação dos aparelhos públicos continua na mesma. E, por mais que vejam isso como um problema (não me pergunte o motivo), "enxergar-se como consumidor" está muito longe de ser um problema. O consumidor, pelo menos, faz a economia girar, gera emprego, e de quebra enche o rabo gordo do Governo com dinheiro, através dos impostos. E, não sei quanto a vocês, mas eu não consegui me sentir como se estivesse sendo tratado como um "cidadão" quando quase morri em fila de hospital, quando precisei regularizar meus documentos e fui tratado com uma má vontade inacreditável quando mudei meu nome, quando quero pagar meus tributos e realizar outras obrigações sem fazer mutreta... Esse é o preço que o cidadão comum paga.
"Fez aquilo que se faz em toda cidade grande de primeiro mundo, criou dificuldades para os carros e investiu nas bicicletas. Mas como convencer pessoas que foram criadas com a ideia de que carro simboliza o ápice do sucesso e que entram em prestações eternas para ter conforto e demonstrar algum tipo de ascensão social a andar de bicicleta? Um vídeo que circulou nas redes sociais mostra uma bicicleta andando mais rápido do que um carro na Marginal Pinheiros. Em outros lugares do mundo, isso faria as pessoas largarem o carro. Aqui, muda-se de prefeito."
O bonitinho só se esqueceu de um "pequeníssimo" detalhe: cidades dos países de primeiro mundo são
planejadas. As vias dessas cidades de fato fazem sentido, não são um emaranhado de caminhos que por vezes não dão em lugar nenhum. Sem contar o relevo acidentado e o clima absolutamente desagradável da Cidade de SP; o carinha se esqueceu de que algumas dessas cidades, inclusive, são muito mais planas do que aqui. Carro é "ápice do sucesso" por uma razão muito simples: dadas todas as condições topográficas, de "planejamento" e desevolvimento, e outras questões talvez externas como a violência, quem tem coragem de andar de bicicleta nessa cidade!?!?!?
"No combate ao crack, Haddad optou pelo caminho da cidadania. Seu programa de acolhimento aos usuários também gerou críticas e foi maldosamente apelidado de “bolsa crack”. "
Criticado e com muita razão, porque dá tanto resultado quanto as políticas do tonto do Gilberto Kassab.
"Quando se pensa como consumidor, perde-se a noção de cidadania, perde-se a capacidade de enxergar o outro com algum grau de compaixão."
Não. Quando se pensa como "consumidor"... aliás, como se pensa como o cidadão obrigado a lidar com uma carga tributária inacreditável, o mínimo que se espera é que esses impostos pagos se transformem em alguma coisa. Não é o caso. Então não passa de choro vazio e sem sentido do autor.
"Estimula-se toda uma retórica estimulando a competição e a meritocracia que faz com que as pessoas não reflitam, sendo contra o uso do seu suado imposto na reabilitação de pessoas a margem da sociedade. Não à toa o defensor dos consumidores está em primeiro."
Só pelo trecho final ("... Não à toa o defensor dos consumidores está em primeiro") eu já poderia encerrar a leitura e crítica ao texto por aqui, porque isso é
ad hominem puro, simples, baixo e sujo. Mas vamos lá, vai... Eu sinceramente passei a ver essas críticas à tal da "meritocracia" como desculpa de mau perdedor e de preguiçoso, que quer comidinha na boquinha, bajulação vinte e quatro horas por dia (sem fazer nada que justifique a adulação), e ai de quem reclamar. Ninguém é contra o uso dos suados impostos na reabilitação de quem for,
desde que o dinheiro seja de fato utilizado para isso. Novamente, não é o caso. O "defensor dos consumidores", por mais que eu tenha minhas reservas com relação a ele, pelo menos está defendendo alguém.
"Toda ação gera uma reação adversa de igual intensidade. A onda de rejeição a Haddad gerará um próximo governo que provavelmente será seu oposto. Seu pensamento coletivo será substituído ou pelo já citado individualismo do consumidor de Russomano ou pelo individualismo do medo de Datena, que receberá os votos daqueles cuja prioridade é a sobrevivência na alardeada guerra urbana em que vivemos. A pessoa que tem medo pensa apenas em si. Quer seu imposto gasto em armas e polícias, não em parques e praças."
Impostos gastos em armas e policiais seriam gastos em algo útil e necessário, ao menos. De nada vale gastar esse dinheiro com parques quando não há a menor segurança para frequentá-los. "Sobrevivência" para o autor aparentemente é um problema (espero que eu esteja errado ao fazer esta afirmação). Mas, uma vez que temos que passar nossos dias com medo de ter um cano enfiado em nossas testas (entre outras coisas), a única coisa que nos resta é a sobrevivência. Porque, convenhamos, isso não é vida.
"Estimular a ideia de que uma cidade não é apenas aquilo que está do lado de fora do vidro do carro no caminho entre a casa e o trabalho. A cidade também é algo para ser vivido."
Parabéns, você caiu em contradição.