Cafetão Chinês
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Fiquei esses dias lendo coisas sobre o corte de bolsas pela CAPES e lembrei de uma matéria que li há um tempo falando um pouco sobre a qualidade da produção científica no Brasil. Publicada na Nature.
Em resumo, gastamos muito mais que os nossos vizinhos por resultados piores. No ano de 2013, por exemplo, antes do início dos cortes de verbas iniciados pelo governo Dilma, o Brasil gastou 30 bilhões de dólares e tivemos 670 artigos publicados em periódicos de alto prestígio; enquanto isso, o Chile gastou 2 bilhões de dólares e teve 717 artigos publicados nos mesmos periódicos. Nota-se também que incluo nessa conta verbas públicas e de origem privada, sendo o Brasil muito mais dependente de verba pública para o financiamento da ciência.
Não só publicamos mal, como também, de 1998 para cá, nós nos tornamos menos relevantes para a ciência internacional. Enquanto o número de artigos publicados quintuplicou, o mundo virou as costas para o que escrevemos, e hoje, apesar de escrevermos mais, somos menos citados por outros pesquisadores mundo afora.
Esses dois problemas realmente me fazem me questionar se estava certo o que uma vez ouvi de um professor: "As pós-graduações não se proliferaram porque mais pessoas querem ser cientistas, mas sim porque viraram fábricas de títulos para quem quer ganhar um pouco mais fazendo um concurso público".
Dessa forma, eu faço uma pergunta retórica: Quantas bolsas são pagas por projetos com zero impacto científico?
Com ou sem corte, é hora de reavaliar a pesquisa acadêmica do Brasil.
Fontes:
https://www.ufrgs.br/blogdabc/gasto-brasileiro-com-ciencia-e-muito/
https://www1.folha.uol.com.br/cienc...ncia-e-muito-pouco-eficiente-diz-nature.shtml
https://www1.folha.uol.com.br/cienc...ifica-mas-impacto-dos-trabalhos-diminui.shtml
https://www.statista.com/statistics...-development-gross-expenditure-top-countries/
https://www.scimagojr.com/countryrank.php?min=0&min_type=itp
Em resumo, gastamos muito mais que os nossos vizinhos por resultados piores. No ano de 2013, por exemplo, antes do início dos cortes de verbas iniciados pelo governo Dilma, o Brasil gastou 30 bilhões de dólares e tivemos 670 artigos publicados em periódicos de alto prestígio; enquanto isso, o Chile gastou 2 bilhões de dólares e teve 717 artigos publicados nos mesmos periódicos. Nota-se também que incluo nessa conta verbas públicas e de origem privada, sendo o Brasil muito mais dependente de verba pública para o financiamento da ciência.
Não só publicamos mal, como também, de 1998 para cá, nós nos tornamos menos relevantes para a ciência internacional. Enquanto o número de artigos publicados quintuplicou, o mundo virou as costas para o que escrevemos, e hoje, apesar de escrevermos mais, somos menos citados por outros pesquisadores mundo afora.
Esses dois problemas realmente me fazem me questionar se estava certo o que uma vez ouvi de um professor: "As pós-graduações não se proliferaram porque mais pessoas querem ser cientistas, mas sim porque viraram fábricas de títulos para quem quer ganhar um pouco mais fazendo um concurso público".
Dessa forma, eu faço uma pergunta retórica: Quantas bolsas são pagas por projetos com zero impacto científico?
Com ou sem corte, é hora de reavaliar a pesquisa acadêmica do Brasil.
Fontes:
https://www.ufrgs.br/blogdabc/gasto-brasileiro-com-ciencia-e-muito/
https://www1.folha.uol.com.br/cienc...ncia-e-muito-pouco-eficiente-diz-nature.shtml
https://www1.folha.uol.com.br/cienc...ifica-mas-impacto-dos-trabalhos-diminui.shtml
https://www.statista.com/statistics...-development-gross-expenditure-top-countries/
https://www.scimagojr.com/countryrank.php?min=0&min_type=itp