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Uma startup de Israel de biotecnologia afirma ter encontrado a cura definitiva para o câncer. Segundo a Accelerated Evolution Biotechnologies (AEBi), o tratamento funciona para todos os tipos de câncer, gera poucos efeitos colaterais e teve sucesso em testes com roedores. “Acreditamos que dentro de um ano poderemos oferecer a cura completa para o câncer”, diz Dan Aridor, membro do conselho da startup.
Em entrevista ao jornal The Jerusalem Post, o Dr. Ilan Morad, CEO da AEBi, explicou que sua equipe procurou entender quais eram as razões para outros tratamentos de câncer falharem. Depois, os cientistas fizeram o caminho reverso, encontrando soluções para quebrar os sistemas de defesa das células cancerígenas.
“Nossos resultados são consistentes e replicáveis”, diz Aridor. Os primeiros testes, em vitro, tiveram sucesso. Depois, com roedores, mais um êxito. As células humanas cancerígenas, inseridas nos animais, foram inibidas; já os ratos saudáveis não tiveram efeitos colaterais com o tratamento. O próximo passo é iniciar testes clínicos em humanos, o que deve ocorrer nos próximos anos.
MuTaTo: o tratamento
Nomeado como MuTaTo (abreviação de multi-target toxin, ou toxina de múltiplos alvos), o tratamento é análogo ao coquetel da AIDS, segundo Morad. “Antes, dávamos a pacientes com AIDS vários medicamentos, administrados um de cada vez”, explica. “Durante o tratamento, o vírus sofria mutações e a doença voltava a se manifestar. Apenas quando os pacientes começaram a usar o coquetel de uma vez a doença foi controlada”.
Na mesma linha, o MuTaTo age ao mesmo tempo em todas as células cancerígenas e em todas as partes de cada uma. Assim, evita que elas sofram mutações durante o tratamento e se tornem resistente ao medicamento. Diferentemente da AIDS, porém, as células cancerígenas morrem e o paciente não se mantém como “portador” da doença. Portanto, não precisará tomar medicamentos pelo resto da sua vida.
Apesar de ser geral – e atacar efetivamente todas as células que podem gerar mutações cancerígenas –, o tratamento promete estar restrito à parte doente. Ou seja, não irá atuar em células saudáveis, o que reduz efeitos colaterais comuns na quimioterapia tradicional, por exemplo.
Além disso, o tratamento desenvolvido pela AEBi é individualizado. A ideia dos cientistas é que o paciente faça uma série de testes e seja desenvolvido um medicamento personalizado para seu tipo de câncer. Isso garante a eficácia contra as células de um câncer específico e evita os efeitos colaterais gerados por um remédio “universal”.
O MuTaTo surgiu de uma derivação de uma tendência crescente na biotecnologia. No ano passado, pesquisadores ganharam o prêmio Nobel por gerar proteínas específicas (anticorpos, em maioria) em laboratório a partir de vírus que infectam bactérias. O processo realizado pela AEBi é o mesmo, só que, ao invés de resultar em anticorpos, as proteínas são peptídeos. Segundo Morad, estes são “mais baratos, menores e de produção mais simples”.
O câncer na Nova Economia
O câncer é a segunda maior causa de mortes no mundo, apenas atrás de doenças cardiovasculares. No universo das startups e inovações tecnológicas, diversas iniciativas estão sendo tomadas para reduzir os danos causados pela doença.
https://www.startse.com/noticia/sta...nologia-diz-ter-encontrado-cura-para-o-cancer
Apesar de promissor, tem que ver como vai ser o resultado em humanos, o que deve demorar. Talvez ajude a retardar o desenvolvimento das células e reservatórios.
Eu achei muito legal essas novas abordagens "emprestadas" de outras áreas graças a troca de conhecimento e informações entre os pesquisadores tanto para tratamento de câncer quanto para HIV (as novas vacinas em desenvolvimento aplicam uma técnica comum em tratamentos de câncer chamada de "Shock and Kill" e "Block and Lock", mas os resultados não tem sido animadores).
Em entrevista ao jornal The Jerusalem Post, o Dr. Ilan Morad, CEO da AEBi, explicou que sua equipe procurou entender quais eram as razões para outros tratamentos de câncer falharem. Depois, os cientistas fizeram o caminho reverso, encontrando soluções para quebrar os sistemas de defesa das células cancerígenas.
“Nossos resultados são consistentes e replicáveis”, diz Aridor. Os primeiros testes, em vitro, tiveram sucesso. Depois, com roedores, mais um êxito. As células humanas cancerígenas, inseridas nos animais, foram inibidas; já os ratos saudáveis não tiveram efeitos colaterais com o tratamento. O próximo passo é iniciar testes clínicos em humanos, o que deve ocorrer nos próximos anos.
MuTaTo: o tratamento
Nomeado como MuTaTo (abreviação de multi-target toxin, ou toxina de múltiplos alvos), o tratamento é análogo ao coquetel da AIDS, segundo Morad. “Antes, dávamos a pacientes com AIDS vários medicamentos, administrados um de cada vez”, explica. “Durante o tratamento, o vírus sofria mutações e a doença voltava a se manifestar. Apenas quando os pacientes começaram a usar o coquetel de uma vez a doença foi controlada”.
Na mesma linha, o MuTaTo age ao mesmo tempo em todas as células cancerígenas e em todas as partes de cada uma. Assim, evita que elas sofram mutações durante o tratamento e se tornem resistente ao medicamento. Diferentemente da AIDS, porém, as células cancerígenas morrem e o paciente não se mantém como “portador” da doença. Portanto, não precisará tomar medicamentos pelo resto da sua vida.
Apesar de ser geral – e atacar efetivamente todas as células que podem gerar mutações cancerígenas –, o tratamento promete estar restrito à parte doente. Ou seja, não irá atuar em células saudáveis, o que reduz efeitos colaterais comuns na quimioterapia tradicional, por exemplo.
Além disso, o tratamento desenvolvido pela AEBi é individualizado. A ideia dos cientistas é que o paciente faça uma série de testes e seja desenvolvido um medicamento personalizado para seu tipo de câncer. Isso garante a eficácia contra as células de um câncer específico e evita os efeitos colaterais gerados por um remédio “universal”.
O MuTaTo surgiu de uma derivação de uma tendência crescente na biotecnologia. No ano passado, pesquisadores ganharam o prêmio Nobel por gerar proteínas específicas (anticorpos, em maioria) em laboratório a partir de vírus que infectam bactérias. O processo realizado pela AEBi é o mesmo, só que, ao invés de resultar em anticorpos, as proteínas são peptídeos. Segundo Morad, estes são “mais baratos, menores e de produção mais simples”.
O câncer na Nova Economia
O câncer é a segunda maior causa de mortes no mundo, apenas atrás de doenças cardiovasculares. No universo das startups e inovações tecnológicas, diversas iniciativas estão sendo tomadas para reduzir os danos causados pela doença.
https://www.startse.com/noticia/sta...nologia-diz-ter-encontrado-cura-para-o-cancer
Apesar de promissor, tem que ver como vai ser o resultado em humanos, o que deve demorar. Talvez ajude a retardar o desenvolvimento das células e reservatórios.
Eu achei muito legal essas novas abordagens "emprestadas" de outras áreas graças a troca de conhecimento e informações entre os pesquisadores tanto para tratamento de câncer quanto para HIV (as novas vacinas em desenvolvimento aplicam uma técnica comum em tratamentos de câncer chamada de "Shock and Kill" e "Block and Lock", mas os resultados não tem sido animadores).