End Of The Line
Bam-bam-bam
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Paul Fernando Schreiner anda por uma sala com poucos móveis, espantando mosquitos dos braços e do pescoço enquanto se pergunta se hoje será um dia diferente de todos os outros. O ar denso e pesado nesta cidade na baía da Guanabara, do outro lado do Rio de Janeiro, parece insuportável, nada parecido com o ar quente e seco de Phoenix, onde o homem de 36 anos vivia quando foi deportado pelos Estados Unidos no ano passado.
As conversas são raras para Schreiner, pois ele não fala português e poucas pessoas aqui falam alguma língua além de português. Mas a língua é só um dos problemas: a comida e até os esportes que os brasileiros praticam --Schreiner gosta de futebol americano, mais que o do tipo brasileiro-- não parecem certos. Em sua cabeça, cada dia é uma luta contra o tédio, a solidão e o desespero. "Sou qualquer coisa menos brasileiro", disse Schreiner, que foi adotado no Brasil por uma família americana há três décadas. "Sou americano." O governo dos Estados Unidos discorda, salientando a linha cada vez mais dura que o governo Trump está adotando com os moradores legais considerados deportáveis.
Fonte:https://noticias.uol.com.br/interna...19/06/06/adotado-brasileiro-deportado-eua.htm