Ivo Maropo
Bam-bam-bam
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Tem acontecido um bocado de coisas estranhas com o Palmeiras ultimamente. Quando Maurício Galiotte anunciou que "o futebol mudou, e nós (do Palmeiras) precisamos acompanhar estas mudanças", o que foi que ele efetivamente fez logo em seguida? Sim, tentou o Sampaoli, mas depois fechou com o "pofexô". Sim, justamente após ter passado vexames seriais em 2019 e de ter visto o "cheirinho" finalmente poder comer a sua pizza, Galiotte decide que o "plano B" seria optar por alguém que já não ganha nada há vários anos. Mas não é só isso: escolheu alguém que jamais foi bem na verdadeira obsessão do clube (nem mesmo em seus tempos áureos de Parmalat), a Libertadores da América.
Sendo assim, como entender então esta estranha decisão? Talvez a chave para isso esteja em 2017, quando o Palmeiras, também estranhamente, escolheu o técnico claramente errado com grande convicção para dirigir um Palmeiras que prometia ser uma hegemonia, vez que tinha fortalecido (e muito) um elenco que acabara de ganhar o Brasileirão de 2016. Trouxe, de uma só vez (entre outros), os dois grandes destaques da então última Libertadores, Borja e Guerra. Mas o Palmeiras, por assim dizer, comprou uma Ferrari e a colocou nas mãos do Rubinho para ser dirigida (ao invés de contratar o Schumacher).
O Palmeiras achou por bem contratar o Eduardo Baptista, um técnico que só havia dirigido times como o Sport e a Ponte Preta. Sendo assim, a festejada profissionalização total do Palmeiras, onde tudo passa(ria) por uma quantificação puramente técnica, lógica e científica, só vai mesmo até certo ponto (nos pontos de maior interesse, quem assume mesmo são as mais estranhas das convicções).
Afinal, como justificar a contratação de um piloto inexperiente para dirigir uma Ferrari em seu melhor momento de uma corrida? Simples: para dar chance de vencer aos "trabalhadores, jovens e bonzinhos", e, ao mesmo tempo, em ato puramente hipócrita, oportunista e supersticioso, "comprar um lugar no céu", à semelhança de como alguns bilionários adoram fazer grandes doações públicas como que para comprar a própria "boa consciência" de sua desmedida acumulação de bens e assim deixar a famosa "culpa liberal" sob controle. Assim, através deste covarde e falso ato supersticioso, se pretende evitar (comprar) o próprio mau agouro com a exibição de que, por detrás de um ganancioso inescrupuloso, ainda bate um cálido e empático coração humano preocupado com o infortúnio de seus "semelhantes".
À semelhança deste exemplo, o Palmeiras também adora sucumbir às piores tentações liberais possíveis. Sabe quando um empresário decide dar uma chance ao seu funcionário mais humilde de ascender a um novo cargo como forma de premiação moral? Pois bem. A diferença é que Eduardo Baptista jamais nos mostrou que seria merecedor de tal honraria pela sua capacidade (o Palmeiras o contratou somente por ser "bonzinho e humilde").
Provavelmente pensou que dar "o poderoso e rico Palmeiras" de bandeja para um "jovem e promissor talento trabalhador" significaria "uma chance única de ascensão na carreira". Ele ingenuamente apostou todas as suas (caras) fichas no "eu-não-posso-falhar-aqui-com-esta-chance-única!" alheio. Ele apostou numa responsabilização narcísica do Outro por ter "o incrível privilégio único" de dirigir o (até então) mais rico e promissor clube do país, e com o seu melhor elenco. Isso foi o suficiente para escrever uma profecia de futuro cuja espera de cumprimento é meramente uma questão de tempo? Obviamente que não. 2017, como todos nós sabemos, foi de "ano mais promissor do Palmeiras em muito tempo" para "uma total decepção" em um piscar de olhos.
E eis que a mesma convicção liberal narcísica da mais baixa estirpe parece fazer agora, do ano de 2020, a sua mais nova vítima - precisamente quando prometemos reagir ao Flamengo de 2019, eis que chamamos o Luxemburgo! O zoado "pofexô"! A única grande diferença daquela decisão (pelo Eduardo Baptista) para esta (pelo Luxa) de agora, é que o fetiche desta vez não se trata mais de fazer um jovem brilhar pela primeira vez, mas sim um velho retornar a brilhar. Mais parece algo saído do Rocky Balboa, com a sua luta humilde por começar a vencer, e depois, já mais velho, por retornar a vencer. A mesma superstição liberal ingênua também se repete no atual mantra do clube de aproveitamento da base como exercício de humildade e boa-consciência para a expiação dos pecados anteriores.
A postura do próprio Luxemburgo também já é estranha o suficiente. No Campeonato Paulista, sua tônica tem sido a da constante experimentação para tentar achar o time ideal, ou pelo menos uma confiável espinha dorsal titular. O problema? É que esta competição é precisamente a que o Palmeiras mais tem chances de ganhar; uma especialidade do Luxa, com quem o Palmeiras ganhou a competição uma série de vezes (a última, em 2009, também coincidindo com a última vez em que o Palmeiras venceu a competição). De resto, o Flamengo é, como todos nós sabemos, o franco favorito para 2020.
O Brasileirão dificilmente será ganhado pelo Palmeiras, vez que a regularidade do Flamengo em 2019 foi acachapante. A Copa do Brasil pode até nos dar alguma esperança, vez que é nacional e eliminatória, mas não é uma competição que o Luxa tenha tradição de ganhar. A Libertadores? Podem esquecer, Flamengo e River estão claramente acima de nós (sem contar que adoramos passar vergonha contra times fracos e, repetindo aqui já mencionado, o Luxa sempre foi fraco nesta competição, mesmo no ápice de sua carreira).
Sendo assim, o pássaro mais certo em nossas mãos neste exato momento, obviamente seria o "Paulistinha", precisamente o campeonato do qual o Luxa se utiliza somente para fazer experimentos, para definir o time titular para as grandes pretensões do Palmeiras para o ano. Percebem a grande contradição? Ao mesmo tempo, é simplesmente esperado este "vencedor retorno de Rock Balboa" de Vanderlei Luxemburgo no Palmeiras, onde um viria para redimir as falhas um do outro.
Se o Luxa tiver um pingo de juízo, ele deve saber que a obsessão do Palmeiras (obviamente a Libertadores) não surgirá com ele. O mais provável é que a pressão o engula vivo, e a "profecia" do redentor retorno do Luxa ao Palmeiras se mostre ser apenas mais uma mentira fundada em convicções ingênuas. Mas quem sabe um tropeço alheio na eliminatória Copa do Brasil não cale a minha boca? Humm.
Sendo assim, como entender então esta estranha decisão? Talvez a chave para isso esteja em 2017, quando o Palmeiras, também estranhamente, escolheu o técnico claramente errado com grande convicção para dirigir um Palmeiras que prometia ser uma hegemonia, vez que tinha fortalecido (e muito) um elenco que acabara de ganhar o Brasileirão de 2016. Trouxe, de uma só vez (entre outros), os dois grandes destaques da então última Libertadores, Borja e Guerra. Mas o Palmeiras, por assim dizer, comprou uma Ferrari e a colocou nas mãos do Rubinho para ser dirigida (ao invés de contratar o Schumacher).
O Palmeiras achou por bem contratar o Eduardo Baptista, um técnico que só havia dirigido times como o Sport e a Ponte Preta. Sendo assim, a festejada profissionalização total do Palmeiras, onde tudo passa(ria) por uma quantificação puramente técnica, lógica e científica, só vai mesmo até certo ponto (nos pontos de maior interesse, quem assume mesmo são as mais estranhas das convicções).
Afinal, como justificar a contratação de um piloto inexperiente para dirigir uma Ferrari em seu melhor momento de uma corrida? Simples: para dar chance de vencer aos "trabalhadores, jovens e bonzinhos", e, ao mesmo tempo, em ato puramente hipócrita, oportunista e supersticioso, "comprar um lugar no céu", à semelhança de como alguns bilionários adoram fazer grandes doações públicas como que para comprar a própria "boa consciência" de sua desmedida acumulação de bens e assim deixar a famosa "culpa liberal" sob controle. Assim, através deste covarde e falso ato supersticioso, se pretende evitar (comprar) o próprio mau agouro com a exibição de que, por detrás de um ganancioso inescrupuloso, ainda bate um cálido e empático coração humano preocupado com o infortúnio de seus "semelhantes".
À semelhança deste exemplo, o Palmeiras também adora sucumbir às piores tentações liberais possíveis. Sabe quando um empresário decide dar uma chance ao seu funcionário mais humilde de ascender a um novo cargo como forma de premiação moral? Pois bem. A diferença é que Eduardo Baptista jamais nos mostrou que seria merecedor de tal honraria pela sua capacidade (o Palmeiras o contratou somente por ser "bonzinho e humilde").
Provavelmente pensou que dar "o poderoso e rico Palmeiras" de bandeja para um "jovem e promissor talento trabalhador" significaria "uma chance única de ascensão na carreira". Ele ingenuamente apostou todas as suas (caras) fichas no "eu-não-posso-falhar-aqui-com-esta-chance-única!" alheio. Ele apostou numa responsabilização narcísica do Outro por ter "o incrível privilégio único" de dirigir o (até então) mais rico e promissor clube do país, e com o seu melhor elenco. Isso foi o suficiente para escrever uma profecia de futuro cuja espera de cumprimento é meramente uma questão de tempo? Obviamente que não. 2017, como todos nós sabemos, foi de "ano mais promissor do Palmeiras em muito tempo" para "uma total decepção" em um piscar de olhos.
E eis que a mesma convicção liberal narcísica da mais baixa estirpe parece fazer agora, do ano de 2020, a sua mais nova vítima - precisamente quando prometemos reagir ao Flamengo de 2019, eis que chamamos o Luxemburgo! O zoado "pofexô"! A única grande diferença daquela decisão (pelo Eduardo Baptista) para esta (pelo Luxa) de agora, é que o fetiche desta vez não se trata mais de fazer um jovem brilhar pela primeira vez, mas sim um velho retornar a brilhar. Mais parece algo saído do Rocky Balboa, com a sua luta humilde por começar a vencer, e depois, já mais velho, por retornar a vencer. A mesma superstição liberal ingênua também se repete no atual mantra do clube de aproveitamento da base como exercício de humildade e boa-consciência para a expiação dos pecados anteriores.
A postura do próprio Luxemburgo também já é estranha o suficiente. No Campeonato Paulista, sua tônica tem sido a da constante experimentação para tentar achar o time ideal, ou pelo menos uma confiável espinha dorsal titular. O problema? É que esta competição é precisamente a que o Palmeiras mais tem chances de ganhar; uma especialidade do Luxa, com quem o Palmeiras ganhou a competição uma série de vezes (a última, em 2009, também coincidindo com a última vez em que o Palmeiras venceu a competição). De resto, o Flamengo é, como todos nós sabemos, o franco favorito para 2020.
O Brasileirão dificilmente será ganhado pelo Palmeiras, vez que a regularidade do Flamengo em 2019 foi acachapante. A Copa do Brasil pode até nos dar alguma esperança, vez que é nacional e eliminatória, mas não é uma competição que o Luxa tenha tradição de ganhar. A Libertadores? Podem esquecer, Flamengo e River estão claramente acima de nós (sem contar que adoramos passar vergonha contra times fracos e, repetindo aqui já mencionado, o Luxa sempre foi fraco nesta competição, mesmo no ápice de sua carreira).
Sendo assim, o pássaro mais certo em nossas mãos neste exato momento, obviamente seria o "Paulistinha", precisamente o campeonato do qual o Luxa se utiliza somente para fazer experimentos, para definir o time titular para as grandes pretensões do Palmeiras para o ano. Percebem a grande contradição? Ao mesmo tempo, é simplesmente esperado este "vencedor retorno de Rock Balboa" de Vanderlei Luxemburgo no Palmeiras, onde um viria para redimir as falhas um do outro.
Se o Luxa tiver um pingo de juízo, ele deve saber que a obsessão do Palmeiras (obviamente a Libertadores) não surgirá com ele. O mais provável é que a pressão o engula vivo, e a "profecia" do redentor retorno do Luxa ao Palmeiras se mostre ser apenas mais uma mentira fundada em convicções ingênuas. Mas quem sabe um tropeço alheio na eliminatória Copa do Brasil não cale a minha boca? Humm.