Perfeito.
Mas o importante é ir na contramão do status quo.
Se o bom senso e a sensatez, em sua posição, grita que é ridículo, escravagista, machista, esse legalismo ascético asfixiante, de tal modo que seria natural uma pessoa de consciência imparcial e saudável formular essa pergunta que você especulou, não tenha a menor dúvida: não é importante. O importante, então, para os SJWs é ir na contramão disso, altera-se os pólos, para então defender esse medievalismo religioso.
Simplesmente porque é "cool" defender uma minoria. Ainda que essa minoria pratique e defenda coisas abismais, isso é irrelevante, pois o que vale é criar polêmica e necessariamente ir contra o status quo.
Ao passo que se uma Universidade exigir, por exemplo, que as alunas não devem usar shorts curtíssimos ou minissaias inapropriadas dentro da sala de aula, seria a mais exata expressão do ultraconservadorismo machista-cristão que impera nessa sociedade fascista, e, portanto, deve ser combatido.
Cadê a lógica disso?
Se eu inventar uma nova religião, e disser que, sei lá, devemos inserir o dedo no rabo do outro (ainda que o outro não consinta), e cuja doutrina tem pavor a certos elementos já cristalizados em uma determinada sociedade (suponhamos: minha religião é agressiva aos homens que usam terno e gravata e às mulheres que usam vestidos longos, sob o pretexto de que a humanidade nasceu nua e deve andar com trajes sumários), e se essa minha religião cooptasse um certo número de adeptos a ponto de chamar a atenção da mídia e da sociedade, não tenho a menor dúvida, que após eu ser acusado de libertino, promiscuo, degenerado, psicótico, enfim pelo status quo, os SJWs iriam ser os primeiros a defender a minha religião (ainda que eu exponha a figura da mulher ao ridículo, inserindo o dedo a contragosto).
Mas é muito bizarro a sua religião, até machista? Melhor ainda! Quanto mais tosco e subversivo, mas vai ficar evidenciado o quão o SJW é descolado.[/QUO