Bom, o assunto do tópico abre brecha para um problema muito mais significativo....
O cidadão de uma forma geral está preocupado em perder espaço para as formas tecnológicas no processo da produção e serviços, e não me refiro ao brasileiro apenas, mas percebo isso no mundo todo. A pessoa é cada vez mais obsoleta, na base da pirâmide. Precisa seguir determinados preceitos e não é ensinado, orientado a ter uma visão de investidor/ empreendedor. Precisa
estudar, para se profissionalizar. Quando isso acaba sendo um meio de atrofiar o potencial que a pessoa tem de ser 100 % independente. Veja bem, por melhor que seja a faculdade, hoje o objetivo da faculdade não é desenvolver o raciocínio, o senso humano para que, a partir daí, ele saiba ter uma orientação adequada e saudável. O ensino pula o autoconhecimento do aluno para fazer dele alguém obsessivo com sucesso profissional, para se adequar a um "modelo" de sucesso, que pode ser modelo para qualquer um, menos para o próprio indivíduo.. Depois, ele esquece a importância da vocação para uma visão a longo prazo. De qualquer forma, qualquer jovem hoje infelizmente "precisa" estar subordinado a um chefe, a uma empresa, seguir regras, pq a civilização sempre teve "alguém que manda" e "alguém que obedece". É assim no mundo profissional, até mesmo quando se fala de profissões autônomas, um Professor, um médico, um advogado, ainda respondem a alguém. Onde eu quero chegar? No fato de que existem outros meios de "vencer na vida", enriquecer sem depender do pragmatismo da relação empregador/ empregado.
Um dia, meu maior sonho foi seguir uma carreira tradicional, mas daí eu percebi que a metodologia arcaica das faculdades era um limitador, pois não davam o que eu queria. Busquei o meu próprio caminho. Nunca precisei trabalhar por muito tempo me sujeitando a chefes, a regras estapafúrdias, à burocracia do trabalho via CLT. Não nasci em berço de ouro. Meu pai era Engenheiro e minha mãe, doméstica. Eu não passava fome, mas eles nunca me mimaram. E acho que aí o problema são dos pais que mimam muito os filhos e os "obrigam" a entrar numa faculdade para cursar algo que lhes dê dinheiro para se sentirem seguros. Esse é o problema. Toda a sociedade esquece de respeitar o desenvolvimento pleno do indivíduo, a ponto de fazê-lo ser totalmente independente financeiramente e profissionalmente. Não vejo muita gente falando de INCENTIVAR uma cultura voltada para o desenvolvimento de investidores e empreendedores, coisa que para um país como o nosso, é impossível, pq aqui provavelmente nem sabem o conceito de investir e empreender.
Na Europa, apesar da maioria ainda ser sujeita à tradicional forma da relação empregador/ empregado, o senso de investidor e empreendedor na vida do indivíduo já ganha muito mais força, principalmente nos últimos 10 anos. Eu há 8 anos deixei de responder a alguém para ter como sobreviver. Não faço parte de números de uma empresa, pois trabalho como trader (invisto em renda variável de alto risco, no mercado financeiro e derivados) e desde então minha liberdade foi alcançada. Financeiramente, atingi um nível onde eu jamais alcançaria provavelmente se tivesse que seguir uma carreira qualquer numa faculdade que atrofia a intelectualidade do cidadão, para fazê-lo apenas apto a uma especialização burocrática.. Passei a ter tempo para viver minha vida, e não a vida de uma empresa ou chefe.