Herminium
Bam-bam-bam
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Trago dessa vez pra vocês, minha análise de um jogo que eu até essa semana, só havia terminado uma vez e era nos tempos de X360 há pelo menos uns 10 anos atrás. E uma das melhores coisas que fiz foi jogar ele novamente de cabo a rabo (por enquanto, exceto as duas DLC - as quais irei jogar ainda) e praticamente em seguida, questão de meses, depois de ter acumulado quase 80h em Cyberpunk 2077 e pelo menos metade disso em GTA V.
E lhes adianto, que jogo! É incrível ver o quanto esse jogo envelheceu muito bem e continua maravilhoso mesmo após 13 anos de seu lançamento.
Data de lançamento: 29/04/2008 (PS3, X360), 02/12/2008 (PC).
Desenvolvedora: Rockstar Games.
Publisher: Rockstar Games.
Plataformas: PC, PS3, X360.
1) Considerações Iniciais.
GTA IV pra mim é igual aquele carro que você olha pra ele depois de 15, 20 anos e ele continua muito bonito e não aparentando a idade que tem, se me pedirem um exemplo disso, seria o Honda NSX NA2, a Mclaren F1 e até mesmo o Chevrolet Vectra B. Isso é subjetivo mas são carros que eu olho pra eles e fico pasmo que já estão indo pra além dos 20 anos de idade e toda vez que vejo eles seja onde for, ainda me impressiono com o quão belo é. E GTA IV se encaixa perfeitamente nesse exemplo pois é um jogo já considerado velho porém jogando ele agora me fez perceber coisas que eu jamais percebi antes quando joguei há 10 anos atrás como a ambientação, o realismo nas feições faciais, na física de ragdoll, de danos dos carros e na linearidade da história e no quanto ela é pesada (um dos motivos os quais adorei esse jogo), ele consegue te atrair pro que vai acontecer em seguida mesmo sendo de certa forma bem repetitivo as missões, mas Niko Bellic e todos que se envolvem na história conseguem ser tão cativantes que mesmo sendo repetitivo o jogo ainda é extremamente divertido e principalmente, desafiador em vários momentos.
Aliás, aqui vale dizer que a última missão desse jogo foi algo que achei tão bem feito e pensado que mesmo não tendo aquele típico clima de missão final, com muitos tiros, explosões, perseguições e afins, ela é tão simples mas tão marcante que não precisou de nada do que falei antes pra fechar o jogo com chave de ouro. Maravilhoso!
Entre as várias coisas que me impressionou nesse jogo eu posso certamente citar aqui uma delas e é a mais chamativa: a atenção aos detalhes, de quase tudo. Os efeitos das balas caindo no chão, do quanto os objetos caídos no chão você realmente passa por cima deles seja de carro seja a pé, os buracos de bala nas latarias, as lanternas dos carros, o acrílico, ela pode ficar quebrada separadamente ao invés de toda a lente, a reação dos NPCs a praticamente tudo que você faz, enfim, se hoje em dia, em pleno 2021 isso ainda impressiona muita gente, imagina em 2008!
Porém, infelizmente, poderia ser melhor se não fosse a péssima otimização gráfica no port pra PC. Se tem uma das coisas que eu tenho a reclamar do jogo, é isso. Cheguei num ponto que eu fui obrigado a capar o jogo em 30fps pra conseguir jogar, e mesmo assim sofrer quedas de frames num hardware que é bem robusto, diga-se. Mas vamos à análise.
2) Gráficos.
Considerando a idade do jogo, não nego que fiquei bastante surpreso com a qualidade gráfica desse jogo, grande parte graças ao PC que consegue manter os gráficos e ainda melhorando eles aos poucos ao passar dos anos pelas atualizações e tudo mais, mas ainda assim, como comentado antes, o jogo sofre bastante com a péssima otimização gráfica mesmo em PCs mais atualizados, eu presenciei vários pop-ins e quedas bruscas de frames em momentos totalmente aleatórios e na maioria das vezes o uso de CPU não estava nem próximo de 80, 90% para congelar imagens.
Porém, diria que em 90% do tempo o jogo foi bastante estável e jogável a 30 fps, na verdade mesmo a 60 ainda dá pra jogar muito bem e deixa a jogabilidade mais fluída, porém devido ao fato de o jogo não ter sido otimizado originalmente pra produzir o dobro de frames que foi desenvolvido, há missões que podem apresentar bugs, até mesmo a movimentação do mar fica bastante alterada ao jogar com taxas altas de frames, mas no geral, o jogo ainda é muito bonito, bem feito, acabado, com ótimas texturas seja das paredes seja do asfalto e até mesmo das comidas e principalmente nas expressões faciais, aliás, ponto que mais me surpreendeu foi justamente isso, as expressões e inclusive a fala ainda é impressionante o quanto é bem feita, os lábios se mexem exatamente com o que os personagens falam, as mãos, guardadas as devidas proporções, tem um realismo bom e no geral, todos os efeitos, seja de explosão, de fumaça de pneu e até da iluminação solar/lunar e etc ainda é muito bonito de assistir.
Obviamente, não chega ao nível de seu sucessor, porém, digo novamente que fiquei bastante surpreso com o quanto o jogo ainda é muito bonito e bem acabado, se não fosse a otimização e os pop-ins, certamente é um jogo que eu daria 10 sem dúvida alguma.
Nota: 8
3) Jogabilidade.
Esse ponto foi o que eu diria o que mais me surpreendeu nesse jogo, ela é perfeita em todos os sentidos, a pé, dirigindo (principalmente), guiando barcos, helicópteros... e principalmente, é muito realista em tudo que se propõe a ser, é completamente diferente da jogabilidade descompromissada e caricata que é a de GTA V, e aqui entra tudo, quando Niko é ejetado do carro ao bater forte de frente com algo, na movimentação da suspensão do carro (isso foi algo extremamente chamativo pra mim, é LINDO de olhar - embora seja bastante molenga), quando o personagem é atropelado e até quando você atropela alguém, nas mudanças bruscas de direção quando está se movimentando e nota-se inclusive que quando você está com mais gente no carro e você faz uma curva mais rápida, os personagens dentro se movem de um lado pro outro, é tanto detalhe pra falar que eu poderia fazer um texto enorme sobre, mas fico por aqui com os pontos principais.
Falando inclusive do que comentei antes, da física do ragdoll (boneco de pano em tradução literal - os efeitos quando o personagem é atropelado, salta do carro etc) é outro ponto que é muito bonito de assistir, o jeito que os pedestres escorrem pelo carro ao ficarem no teto e até você quando um NPC de carro só encosta no seu pé o Niko sai meio cambaleante mas não cai, enfim, é impressionante o quão bem trabalhado a movimentação de todos personagens é.
Mesmo usando armas eu não senti dificuldade alguma usando elas e é inclusive bem divertido pois quando se usa o modo Full Aim, você ainda pode mirar "livremente" pra mirar na cabeça, o que favorece jogadores mais casuais nos momentos intensos do jogo (que são muitos...) e não menos importante, mas falando de novo, quando se dirige os carros eu fiquei impressionado com o quanto ele é realista nas movimentações dos mesmos e na física de danos, por sinal, muito mais realista que muito jogo de corrida por aí, a movimentação das rodas é possível notar a cambagem ficando positiva/negativa e até mesmo os braços de suspensão, enfim, não tenho o que reclamar!
Nota: 10
4) Conteúdo/História.
GTA IV na época, em comparação com seu "antecessor", GTA: SA, é um tanto difícil de comparar pois San Andreas é um jogo ainda mesmo em 2021 totalmente relevante em memes, mods e tudo mais e justamente por isso, se compararmos o IV com ele, torna-se um jogo bem limitado em coisas pra fazer que se resumem a sair com seus amigos (no jogo; Roman, Brucie, Packie) pra jogar boliche, dados, beber e basicamente só isso, o que faz com que GTA IV seja um jogo pouco longevo, e justamente por isso, julgo eu, que não conseguiu fazer o sucesso que GTA: SA ainda faz, onde era possível customizar carro, exercer profissões, traficar carros, fazer auto escola e muita coisa mais.
Mas, nada disso tira o brilho do protagonista e até mesmo dos seus amigos e das pessoas que o solicitam para as missões, que aliás, se resume basicamente em Niko Bellic se mudando para Liberty City, de forma ilegal, para tentar uma vida nova no sonho americano. Não preciso lembrar que tudo isso é fracassado nos literalmente primeiros minutos de jogo e o que acontece em seguida é uma sucessão de erros e acertos por parte de todos envolvidos em tentar se virar na "terra perfeita". Niko começa a conhecer diversas pessoas de diversas frentes diferentes, policiais corruptos, drogados, traficantes, gente rica, gente pobre, que isso tudo é o que faz GTA IV ser diversificado e interessante, são vários tipos de pessoas diferentes que cruzam a vida de Niko e todas elas tem uma importância, seja pro bem, seja pro mal.
Aliás, nesse jogo há várias missões chaves que é possível você escolher o que quer fazer, algo marcante pra época, se quer poupar a vida de tal pessoa, ou se quer eliminar x ou y pessoa e a forma que ele faz isso te deixa realmente pensativo, pois a história é tão cativante que, eu pelo menos, realmente em alguns momentos parava pra pensar se eu queria matar x ou y, ou se x pessoa realmente merecia viver. Porém, achei as missões um tanto repetitivas, é basicamente ir atrás de tal pessoa e matar ela e basicamente isso, quase literalmente, porém os diálogos são tão divertidos que acabam compensando isso. Ah, não tem checkpoint aqui. Falhou missão, comece literalmente do começo.
O mapa é bastante diversificado, bem trabalhado e grande até considerando tudo que há nele, não é uma cidade enjoativa, mas há sim muita coisa pra fazer nela, muita viela pra cruzar e muito lugar pra visitar, pode não ter muitas atividades, mas o mapa é muito bem trabalhado.
Por fim, se não fosse pelo conteúdo limitado, as missões repetitivas, apesar dos DLCs, é ponto que certamente ganharia meu 10, mas merecia mais diversidade na forma de executá-las, coisa que GTA V conseguiu.
Nota: 7
5) Som.
Sonoramente, o jogo é igualmente bem feito, os efeitos de sapateado, dos sons do carro no asfalto (quando se anda em rua de paralelepipedo o som é diferente), do abrir e fechar porta (quando você desliga o carro ouve até o som do freio de mão!), das balas usadas caindo no chão, o recarregar dos cartuchos e os roncos de motor, mais uma vez, me deixaram boquiabertos pra época que foi feito, eu não tenho NADA a considerar aqui.
E a trilha sonora é bem diversificada também, tem rádio pra literalmente todos os gostos, rock, drum n' bass, soul, funk, metal... e até música russa! E por sinal, com bastante artista bem relevante, como Nazareth, Agnostic Front, Jodeci, Black Sabbath, LCD Soundsystem, Bob Marley e muitas outras. Absolutamente nada a considerar aqui.
Nota: 10
6) Considerações Finais.
GTA IV foi um jogo que eu fiquei de certa forma bastante feliz de poder jogar após todos esses anos, pois consegui reparar em muita coisa que eu com 15, 14 anos jamais teria reparado, e essas horas que joguei passaram voando, ainda bem que tem os DLC que irão me render mais algumas boas horas dentro desse mundo meio cinza e de certa forma bem monocromático de Niko Bellic, bastante diferente daquele mundo colorido, caricato e exagerado de GTA V.
Sem dúvida, é um jogo que tem um lugar especial em mim pelo quão bem feito é, o quão cativante é seus personagens e seu realismo na apresentação da história de cada personagem, na ambientação sem muita cor da vida de Niko Bellic. Se não fosse pelos problemas pontuais que presenciai, certamente é um jogo que eu daria 10, na verdade, considero um 10, mas pra ser crítico e chato, darei uma nota quebrada a esse JOGAÇO.
Nota final: 8,75.
E lhes adianto, que jogo! É incrível ver o quanto esse jogo envelheceu muito bem e continua maravilhoso mesmo após 13 anos de seu lançamento.
Desenvolvedora: Rockstar Games.
Publisher: Rockstar Games.
Plataformas: PC, PS3, X360.
1) Considerações Iniciais.
GTA IV pra mim é igual aquele carro que você olha pra ele depois de 15, 20 anos e ele continua muito bonito e não aparentando a idade que tem, se me pedirem um exemplo disso, seria o Honda NSX NA2, a Mclaren F1 e até mesmo o Chevrolet Vectra B. Isso é subjetivo mas são carros que eu olho pra eles e fico pasmo que já estão indo pra além dos 20 anos de idade e toda vez que vejo eles seja onde for, ainda me impressiono com o quão belo é. E GTA IV se encaixa perfeitamente nesse exemplo pois é um jogo já considerado velho porém jogando ele agora me fez perceber coisas que eu jamais percebi antes quando joguei há 10 anos atrás como a ambientação, o realismo nas feições faciais, na física de ragdoll, de danos dos carros e na linearidade da história e no quanto ela é pesada (um dos motivos os quais adorei esse jogo), ele consegue te atrair pro que vai acontecer em seguida mesmo sendo de certa forma bem repetitivo as missões, mas Niko Bellic e todos que se envolvem na história conseguem ser tão cativantes que mesmo sendo repetitivo o jogo ainda é extremamente divertido e principalmente, desafiador em vários momentos.
Aliás, aqui vale dizer que a última missão desse jogo foi algo que achei tão bem feito e pensado que mesmo não tendo aquele típico clima de missão final, com muitos tiros, explosões, perseguições e afins, ela é tão simples mas tão marcante que não precisou de nada do que falei antes pra fechar o jogo com chave de ouro. Maravilhoso!
Entre as várias coisas que me impressionou nesse jogo eu posso certamente citar aqui uma delas e é a mais chamativa: a atenção aos detalhes, de quase tudo. Os efeitos das balas caindo no chão, do quanto os objetos caídos no chão você realmente passa por cima deles seja de carro seja a pé, os buracos de bala nas latarias, as lanternas dos carros, o acrílico, ela pode ficar quebrada separadamente ao invés de toda a lente, a reação dos NPCs a praticamente tudo que você faz, enfim, se hoje em dia, em pleno 2021 isso ainda impressiona muita gente, imagina em 2008!
Porém, infelizmente, poderia ser melhor se não fosse a péssima otimização gráfica no port pra PC. Se tem uma das coisas que eu tenho a reclamar do jogo, é isso. Cheguei num ponto que eu fui obrigado a capar o jogo em 30fps pra conseguir jogar, e mesmo assim sofrer quedas de frames num hardware que é bem robusto, diga-se. Mas vamos à análise.
2) Gráficos.
Considerando a idade do jogo, não nego que fiquei bastante surpreso com a qualidade gráfica desse jogo, grande parte graças ao PC que consegue manter os gráficos e ainda melhorando eles aos poucos ao passar dos anos pelas atualizações e tudo mais, mas ainda assim, como comentado antes, o jogo sofre bastante com a péssima otimização gráfica mesmo em PCs mais atualizados, eu presenciei vários pop-ins e quedas bruscas de frames em momentos totalmente aleatórios e na maioria das vezes o uso de CPU não estava nem próximo de 80, 90% para congelar imagens.
Porém, diria que em 90% do tempo o jogo foi bastante estável e jogável a 30 fps, na verdade mesmo a 60 ainda dá pra jogar muito bem e deixa a jogabilidade mais fluída, porém devido ao fato de o jogo não ter sido otimizado originalmente pra produzir o dobro de frames que foi desenvolvido, há missões que podem apresentar bugs, até mesmo a movimentação do mar fica bastante alterada ao jogar com taxas altas de frames, mas no geral, o jogo ainda é muito bonito, bem feito, acabado, com ótimas texturas seja das paredes seja do asfalto e até mesmo das comidas e principalmente nas expressões faciais, aliás, ponto que mais me surpreendeu foi justamente isso, as expressões e inclusive a fala ainda é impressionante o quanto é bem feita, os lábios se mexem exatamente com o que os personagens falam, as mãos, guardadas as devidas proporções, tem um realismo bom e no geral, todos os efeitos, seja de explosão, de fumaça de pneu e até da iluminação solar/lunar e etc ainda é muito bonito de assistir.
Obviamente, não chega ao nível de seu sucessor, porém, digo novamente que fiquei bastante surpreso com o quanto o jogo ainda é muito bonito e bem acabado, se não fosse a otimização e os pop-ins, certamente é um jogo que eu daria 10 sem dúvida alguma.
Nota: 8
3) Jogabilidade.
Esse ponto foi o que eu diria o que mais me surpreendeu nesse jogo, ela é perfeita em todos os sentidos, a pé, dirigindo (principalmente), guiando barcos, helicópteros... e principalmente, é muito realista em tudo que se propõe a ser, é completamente diferente da jogabilidade descompromissada e caricata que é a de GTA V, e aqui entra tudo, quando Niko é ejetado do carro ao bater forte de frente com algo, na movimentação da suspensão do carro (isso foi algo extremamente chamativo pra mim, é LINDO de olhar - embora seja bastante molenga), quando o personagem é atropelado e até quando você atropela alguém, nas mudanças bruscas de direção quando está se movimentando e nota-se inclusive que quando você está com mais gente no carro e você faz uma curva mais rápida, os personagens dentro se movem de um lado pro outro, é tanto detalhe pra falar que eu poderia fazer um texto enorme sobre, mas fico por aqui com os pontos principais.
Falando inclusive do que comentei antes, da física do ragdoll (boneco de pano em tradução literal - os efeitos quando o personagem é atropelado, salta do carro etc) é outro ponto que é muito bonito de assistir, o jeito que os pedestres escorrem pelo carro ao ficarem no teto e até você quando um NPC de carro só encosta no seu pé o Niko sai meio cambaleante mas não cai, enfim, é impressionante o quão bem trabalhado a movimentação de todos personagens é.
Mesmo usando armas eu não senti dificuldade alguma usando elas e é inclusive bem divertido pois quando se usa o modo Full Aim, você ainda pode mirar "livremente" pra mirar na cabeça, o que favorece jogadores mais casuais nos momentos intensos do jogo (que são muitos...) e não menos importante, mas falando de novo, quando se dirige os carros eu fiquei impressionado com o quanto ele é realista nas movimentações dos mesmos e na física de danos, por sinal, muito mais realista que muito jogo de corrida por aí, a movimentação das rodas é possível notar a cambagem ficando positiva/negativa e até mesmo os braços de suspensão, enfim, não tenho o que reclamar!
Nota: 10
GTA IV na época, em comparação com seu "antecessor", GTA: SA, é um tanto difícil de comparar pois San Andreas é um jogo ainda mesmo em 2021 totalmente relevante em memes, mods e tudo mais e justamente por isso, se compararmos o IV com ele, torna-se um jogo bem limitado em coisas pra fazer que se resumem a sair com seus amigos (no jogo; Roman, Brucie, Packie) pra jogar boliche, dados, beber e basicamente só isso, o que faz com que GTA IV seja um jogo pouco longevo, e justamente por isso, julgo eu, que não conseguiu fazer o sucesso que GTA: SA ainda faz, onde era possível customizar carro, exercer profissões, traficar carros, fazer auto escola e muita coisa mais.
Mas, nada disso tira o brilho do protagonista e até mesmo dos seus amigos e das pessoas que o solicitam para as missões, que aliás, se resume basicamente em Niko Bellic se mudando para Liberty City, de forma ilegal, para tentar uma vida nova no sonho americano. Não preciso lembrar que tudo isso é fracassado nos literalmente primeiros minutos de jogo e o que acontece em seguida é uma sucessão de erros e acertos por parte de todos envolvidos em tentar se virar na "terra perfeita". Niko começa a conhecer diversas pessoas de diversas frentes diferentes, policiais corruptos, drogados, traficantes, gente rica, gente pobre, que isso tudo é o que faz GTA IV ser diversificado e interessante, são vários tipos de pessoas diferentes que cruzam a vida de Niko e todas elas tem uma importância, seja pro bem, seja pro mal.
Aliás, nesse jogo há várias missões chaves que é possível você escolher o que quer fazer, algo marcante pra época, se quer poupar a vida de tal pessoa, ou se quer eliminar x ou y pessoa e a forma que ele faz isso te deixa realmente pensativo, pois a história é tão cativante que, eu pelo menos, realmente em alguns momentos parava pra pensar se eu queria matar x ou y, ou se x pessoa realmente merecia viver. Porém, achei as missões um tanto repetitivas, é basicamente ir atrás de tal pessoa e matar ela e basicamente isso, quase literalmente, porém os diálogos são tão divertidos que acabam compensando isso. Ah, não tem checkpoint aqui. Falhou missão, comece literalmente do começo.
O mapa é bastante diversificado, bem trabalhado e grande até considerando tudo que há nele, não é uma cidade enjoativa, mas há sim muita coisa pra fazer nela, muita viela pra cruzar e muito lugar pra visitar, pode não ter muitas atividades, mas o mapa é muito bem trabalhado.
Por fim, se não fosse pelo conteúdo limitado, as missões repetitivas, apesar dos DLCs, é ponto que certamente ganharia meu 10, mas merecia mais diversidade na forma de executá-las, coisa que GTA V conseguiu.
Nota: 7
5) Som.
Sonoramente, o jogo é igualmente bem feito, os efeitos de sapateado, dos sons do carro no asfalto (quando se anda em rua de paralelepipedo o som é diferente), do abrir e fechar porta (quando você desliga o carro ouve até o som do freio de mão!), das balas usadas caindo no chão, o recarregar dos cartuchos e os roncos de motor, mais uma vez, me deixaram boquiabertos pra época que foi feito, eu não tenho NADA a considerar aqui.
E a trilha sonora é bem diversificada também, tem rádio pra literalmente todos os gostos, rock, drum n' bass, soul, funk, metal... e até música russa! E por sinal, com bastante artista bem relevante, como Nazareth, Agnostic Front, Jodeci, Black Sabbath, LCD Soundsystem, Bob Marley e muitas outras. Absolutamente nada a considerar aqui.
Nota: 10
6) Considerações Finais.
GTA IV foi um jogo que eu fiquei de certa forma bastante feliz de poder jogar após todos esses anos, pois consegui reparar em muita coisa que eu com 15, 14 anos jamais teria reparado, e essas horas que joguei passaram voando, ainda bem que tem os DLC que irão me render mais algumas boas horas dentro desse mundo meio cinza e de certa forma bem monocromático de Niko Bellic, bastante diferente daquele mundo colorido, caricato e exagerado de GTA V.
Sem dúvida, é um jogo que tem um lugar especial em mim pelo quão bem feito é, o quão cativante é seus personagens e seu realismo na apresentação da história de cada personagem, na ambientação sem muita cor da vida de Niko Bellic. Se não fosse pelos problemas pontuais que presenciai, certamente é um jogo que eu daria 10, na verdade, considero um 10, mas pra ser crítico e chato, darei uma nota quebrada a esse JOGAÇO.
Nota final: 8,75.