firmino_666
Ei mãe, 500 pontos!
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A história do jogo se passa no Japão no Período Sengoku, onde o personagem que controlamos, o Lobo (Sekiro), é um shinobi que tem como objetivo proteger Kuro, uma criança com um poder divino. Mas logo no início do jogo, ele é confrontado pelo líder do clã Ashina, o samurai Genichiro Ashina, que planeja sequestrar Kuro para tentar salvar seu avô Isshin Ashina, onde nesta luta, Genichiro decepa o braço esquerdo de Sekiro, e Sekiro é resgatado por um escultor que constrói um braço protético para ele e aqui é onde o jogo começa.
Morte, ressurreição e a Praga do Dragão
Sekiro faz parte da linhagem das pessoas que possuem sangue de dragão, onde ele consegue ressuscitar logo após sua morte. Tanto a ressurreição, como morrer sem usar essa mecânica, traz uma maldição, a Praga do Dragão. Conforme ocorre a interação com os NPCs, eles tem a chance de contrair esta praga, ou seja, quanto mais Sekiro morre, mais chances da Praga do Dragão se espalhar. Com isso, os NPCs vão ficando doentes, podendo até prejudicar o andamento de alguma quest envolvida. A cada morte, Sekiro perde metade de sua experiência e metade de seus Sens (a moeda do jogo), e não há como recuperar, porém há no máximo 30% de chance de ativar o Auxílio Oculto, onde não haverá essa perda de metade da experiência e dos Sens. Essa porcentagem vai reduzindo conforme você vai morrendo e a praga se espalhando.
Pontos e árvores de habilidades
Apesar de perder metade da experiência quando morrer, o ponto adquirido não vai embora, por exemplo, se você está com 3 pontos não gastos, a perda só se dá entre os pontos 3 e 4, não havendo redução para o ponto 2. Há algumas árvores de habilidades, sendo que não estão todas já disponíveis, tendo que achá-las. E elas são bastante utéis, pois adicionam novas mecânicas para o combate do jogo.
Braço protético
Durante a aventura, Sekiro encontrará diversas ferramentas que poderão ser acopladas em seu braço, e tem uma boa variedade de ataques, como explosão de fogo, um machado para destruir escudos e até soltar bombinhas para cegar inimigos temporariamente, além de outras. Todos esses braços poderão ser atualizados a fim de ter novos movimentos. Além desses diversos braços, ainda há uma habilidade no braço que é um gancho, onde Sekiro poderá explorar ainda mais os mapas do jogo, tendo essa exploração vertical uma nova forma de prosseguir pelos locais.
Stealth, Combate, vitalidade e postura
Com um combate diferenciado e bastante diferente de Demon's/Dark Souls e Bloodborne, é aqui o ponto alto do jogo. Muitos fãs do gênero Souls-like vão estranhar, inicialmente, o combate, mas logo ficarão acostumados e extremamente viciados nele. O som quando você consegue realizar o parry de sua espada com o golpe do inimigo é sem palavras. E é este sistema de parry o grande foco do combate, onde tem que apertar o botão de defesa no momento que o inimigo irá te acertar. Toda vez que o parry é bem sucedido, é causado dano à postura do inimigo, essa postura aliada à vitalidade, são as formas que se tem de derrotar os inimigos. A vitalidade é o próprio HP, mas se causar dano suficiente a postura, poderá finalizar o inimigo ou retirar uma barra de vitalidade mesmo com o HP não chegando a zero, por isso a importância do parry, mas você também tem sua própria barra de postura, então deverá gerenciá-la bem, assim como fazia com a stamina nos Souls-like. Além do combate, há a mecânica de Stealth, onde poderá finalizar inimigos sem deixar que eles te vejam, e também é útil para começar uma batalha contra mini-boss já na vantagem deles terem uma barra de vitalidade removida com a ação do Stealth.
Dificuldade
Com certeza, o mais difícil de todos soulsborne, e ainda acho, que para fãs do estilo ele seja ainda mais difícil, pois estávamos acostumados com a esquiva em mente, e aqui ela pode ser fatal em vários momentos, tem que ser muito bom no momento certo em usar, por isso prefiro o parry e até mesmo pular a usar a esquiva. Dito isto, para quem nunca jogou nada de Souls, acredito ser mais fácil de dominar as mecânicas de combate comparado aqueles que já jogaram, porém o jogo ainda é bem difícil. Diferente dos Souls, o checkpoint (bonfire), aqui chamado de ídolos, são muito generosos, sempre colados em uma batalha de boss/mini-boss, sem fazer aquele caminho rushando quando morria para tentar de novo, o que é bom, pois você morrerá bastante.
Um gênio chamado Hidetaka Miyazaki
Em Sekiro: Shadows Die Twice, Miyazaki conseguiu inovar o próprio estilo criado, tendo no combate sua principal diferença de seus jogos anteriores, e ainda adicionou essa exploração vertical que deu mais dinamismo para a exploração dos mapas, acessando áreas que à primeira vista pareciam impossíveis de chegar. Na minha opinião, desde que Dark Souls, o primeiro, foi lançado, não víamos essa sua genialidade tanto em level design, como em inovação, mesmo que em Bloodborne seja bem diferente, para mim não teve o mesmo impacto que tem esse jogo, tanto que até então Dark Souls 1 era meu preferido dele, com Bloodborne logo em seguida, mas isso mudou com esse excelente jogo, que, para mim, é o melhor jogo da From Software, o melhor jogo de Miyazaki, o melhor jogo do ano e o melhor da geração até então.
Nota: 10/10
Link da análise na steam: https://steamcommunity.com/id/firmino/recommended/814380/
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