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[Ancapistão news] Vem falar mal do Estado aqui! (+Liberdade +Idéias Radicais -Estado)

Killer Queen

Ei mãe, 500 pontos!
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Manda pra esse "Visão Libertária" ai pra ver como ele lida com isso.

Vi o vídeo inteiro e anotei diversos pontos:

Ele parte do princípio de que a riqueza produzida pelo mercado deve ser distribuída socialmente, isso não faz o menor sentido. Se o sujeito cria uma empresa, contrata funcionários, produz algo e obtém lucro, o dinheiro é dele e pronto. O funcionário dele voluntariamente assina um contrato para trocar seu tempo e esforço em troca de dinheiro, meio de troca para conseguir produtos e serviços para viver, o dinheiro é dele e pronto. Onde está a necessidade de riqueza produzido por empreendedores e funcionários ser distribuída? O que é meu, é meu e o que é seu, é seu. Pior ainda seria centralizar uma função dessas.

Ele fala que o estado é quem precifica os produtos e serviços. Como? Se eu planto milho no meu terreno e vendo na barraca no centro da cidade, sou eu quem escolho o preço que eu acho justo vender. Como o estado vai saber qual é o preço certo? O preço que eu venderia é o máximo que o consumidor quer pagar e o mínimo que eu quero lucrar. Se uma dessas duas condições não for atendida, não haverá comercialização do meu milho, somente quando ambos estiverem satisfeitos com o arranjo. Se eu vendo a espiga por 3 reais, os 3 reais para mim valem mais que uma espiga e se o cliente paga esses 3 reais, vale mais a pena ele ter uma espiga para comer do que 3 reais no bolso, simples. Por isto se diz que o mercado se auto-regula, não é necessário um intermediário para que o vendedor e um comprador cheguem a um acordo sobre quanto valor eles dão à mercadoria e ao meio de troca, no caso o dinheiro.

Também por isto não existe comércio com preços abusivos. Se estiver muito caro para meu bolso, não vou comprar e o vendedor não vai vender. Vai ter de diminuir o valor de venda para poder obter lucro. Se o valor que ele pede ao vender for menor do que ele possa obter lucro, ele não mais produzirá, autorregulação. Por isto vemos estatais dando prejuízo e sendo salvas com dinheiro roubado através de impostos. Aí vão dizer que se a iniciativa privada fosse atuar no mesmo setor, não teria interesse por não ser possível lucro. Isto é alocação racional de recursos, visto que estes são escassos. O estado é incapaz de saber onde, como, quando e para quem alocar tais recursos pois ele não tem acesso às variáveis necessárias para ser eficiente nesta tarefa. Seria necessário saber o que cada indivíduo pensa, o que deseja e o que necessita. A maior parte das pessoas nem mesmo faz a menor idéia daquilo que precisa. E outra, a sociedade humana está sempre evoluindo, despejando no mercado novos desejos, necessidades que não tínhamos antes. Ninguém precisava de celulares e uma rede integrada mundial, mas cá estamos hoje.

Ele também discorre sobre moedas. Só temos tantas delas pois é a maneira mais eficiente do estado inchar e roubar das pessoas. Veja, se eu te
obrigo a usar o Real sob pena de ser preso e ter seus bens confiscados, eu posso criar mais desta moeda, já que ela não tem lastro em algo finito, e com essa expansão de base monetária eu terei mais dinheiro para pagar as contas estatais e poder gastar primeiro comigo (políticos e funcionários públicos). Quando houver mais dinheiro no mercado, os produtos vão passar a custar mais pela mesma quantidade produzida. É um imposto inflacionário que será pago sempre pelas camadas mais pobres da sociedade pois elas são as últimas a receberem o dinheiro no sistema de mercado corporativista atual (que é chamado de capitalismo pelos socialistas, onde há intervenção estatal no mercado), quando os produtos já terão um valor maior.

Sem esse mecanismo, através de um meio de troca não inflacionário, o estado não teria poder sobre as pessoas e não seria possível aumentar o tamanho e a influência do estado sobre elas e principalmente sobre outros países. O estado é uma máfia que está em constante tensão com outras máfias, todos querem ter o poder sobre outras pessoas, para que seja mais fácil atender as necessidades próprias primeiro, este sendo um mecanismo evolutivo do ser humano, literalmente instinto de sobrevivência. E isto só é possível pelo monopólio da violência, você só pode impôr o estado sobre as pessoas se elas não tiverem força para lutar contra, da mesma maneira que você só estará em pé de igualdade contra um ladrão se você também estiver armado e não ser pego de surpresa.

Ele fala sobre Bitcoin, que está precificada em Real, na verdade você pode precificar em qualquer coisa, qualquer ativo, mas o único que é finito e não pode ser inflacionado é a criptomoeda, descentralizada, auditável por qualquer um, visto que a tecnologia de Blockchain impede que haja fraude, seja extremamente confiável. Bitcoin tem valor instável (volátil) pois a adoção ainda é mínima, cerca de 1% de toda a riqueza existente no mundo é movimentada através dele, quanto menos pessoas tem, maior a "onda" quando alguém compra, vende ou transfere os valores, isto vai diminuir com a adoção em massa.

Observando a história, mesmo havendo grande intervenção estatal as pessoas encontravam meios de trocar valores, muitos foram testados livremente até que se chegasse num consenso sem a necessidade de estado, o melhor até poucas décadas atrás era o ouro, difícil de inflacionar e de falsificar. Para facilitar, foi criado o papel-moeda para diminuir os custos de transporte e de segurança dele. Bancos criaram métodos que conferiam confiabilidade neste sistema, sem necessidade do estado. O padrão ouro foi implodido pelo governo americano e em cadeia pelo mundo todo para permitir que eles gastassem mais, crescessem em tamanho e não pagassem a conta, tirando cada vez mais o valor e o poder de compra das pessoas.

Depois ele coloca o estado como o único capaz de estabelecer relações de trabalho justas entre patrão e empregados. Oras, para que você precisa de um intermediário para fazer um contrato entre você e outra pessoa? O trabalhador é incapaz de saber o que é melhor para ele? Se você faz um contrato com outra pessoa, está consentindo com as condições acordadas e acredita que isto está te beneficiando. E a outra parte no contrato também só aceitará este mesmo contrato se isto a beneficiar também, assim como acontece numa troca ou venda, ambos só irão aceitar o mesmo acordo se houver benefício mútuo, mesmo que você só esteja pensando egoisticamente.

Aliás, egoísmo é uma palavra que foi carregada de conotação ruim através dos tempos. É algo inerente ao ser humano (e à maior parte dos animais) e um mecanismo de sobrevivência. Eu preciso pensar primeiro na minha fome e no meu bem-estar para que eu pense depois no outro, sempre. Por isto não acredito em altruísmo. Mesmo que você vá ao mercado, compre comida, prepare e dê para moradores de rua famintos, estará ganhando algo em troca, seja paz de espírito, seja para se sentir melhor, ou até para mostrar para os outros no Instagram que você é bonzão que faz caridade, tudo sempre haverá um benefício mútuo. Ninguém age de forma que haja desvantagem para um ou ambos os lados de uma ação humana voluntária, pode imaginar qualquer situação, infinitas.

Mas continuando, se você trabalha para alguém ou alguém trabalha para você, se não estiver mais satisfeito com o acordo, basta encerrar o contrato, você não é obrigado a ficar preso a alguém, o nome disso é escravidão, é um crime contra o indivíduo, óbvio. Não existe contrato injusto, por exemplo se o patrão não cumprir o acordo, pode-se exigir que ele cumpra o acordo, encerrar o contrato ou buscar a justiça (privada) para conseguir reparar o prejuízo causado, não é preciso do estado para te falar o que é melhor na sua relação com outras pessoas. Seja o valor do salário, as condições de trabalho, qualquer situação laboral que seja, o empregado e patrão têm que buscar aquilo que é melhor para eles.

O estado falando como você deve trabalhar, quanto deve pagar, salário mínimo, tudo isto cria reserva de mercado, diminuindo concorrência e impedindo que as pessoas possam trabalhar. Veja o caso do salário mínimo. Hoje se eu dou um lucro de 600 reais a uma empresa, estaria impossibilitado de ser contratado, visto que a CLT impede contratar por um valor bruto abaixo do salário mínimo. Leis trabalhistas só protegem o empregador amigo do governo a sempre ser lucrativo com menos trabalho. E quanto mais direitos trabalhistas, maior o custo de se contratar alguém. Este custo é repassado integralmente ao próprio trabalhador. Quer ter férias remuneradas de 30 dias por ano? Seu salário já foi deduzido isto. Uma conta de padaria, você receberia 1100 por ano, mas como um mês você não produz nada, desconta-se em parcelas mensais, no final você recebe 1000 por mês, pois já foi descontado os 100 reais mensais para formar o salário do mês que você não trabalhou.

Você não vê isto pois é invisível como o trabalhador tem seu custo calculado. Quer ter planos de saúde? A mesma coisa, isto também já foi pago por você mesmo antes de receber o salário. No fim das contas, férias, plano de saúde, vale alimentação, seguro desemprego, imposto de renda, tudo isso é calculado no custo do salário antes de ele aparecer sequer na folha de pagamento. Quem ganha 1 mil reais na verdade custa 2 mil no fim das contas. E aí, não era melhor você receber 2 mil e você escolher como usar este valor? E pior, como o estado é um mau alocador de recursos, o valor que você recebe pelo chamado "direito" é menor do que se você tivesse o dinheiro para alocar você mesmo.

Outra coisa, se um patrão for um filho da p*ta com todo mundo, pode-se muito bem organizar greves, ou ainda ninguém mais trabalhar para ele. Se é notório que um empresário age desta maneira, estará à mercê da sociedade que não aceitará criar contratos com ele, indo à falência, afinal, não haverá papai estado para salvá-lo.

Ele diz que é necessário a intervenção estatal para permitir que empresas concorram sob as mesmas condições. Mas veja só, sem o estado, como empresas farão lobby para criar mais regras de reserva de mercado, impedindo a criação de concorrência, por conseguinte, aumentado o preço de produtos e serviço e diminuindo a qualidade dos mesmos? Sem o estado para se apoiar, é impossível haver reserva de mercado, criação de monopólios e cartéis. Sem usar a força, violência, coerção, estas empresas amigas do estado não conseguem competir num livre mercado, pois assim dependeriam simplesmente de atender os desejos dos consumidores para não falirem. Em seguida ele dá a entender que uma empresa pequena competir com uma empresa grande, sem intervenção estatal, é uma competição desigual. Se não houver estado, há a mesma liberdade para se empreender, mas condição cada um tem a sua, ninguém é igual a ninguém. Da mesma forma que há pessoas que nascem e vivem numa região de clima ameno e com muitos recursos, há aquelas que nascem em climas extremos e com quase nenhum recurso, mas todas são livres para buscar o melhor para si. Mas quando se adiciona na equação intervenção governamental, uns serão livres para criar e outros não, independente da condição, já que num passe de mágica o estado pode afagar os amigos deles para que a legislação mude e os favoreça, tirando a condição do concorrente com uma simples canetada e em um segundo, sem que mais nada tenha mudado.

Ele diz que sem estado haveria monopólios. O que impediria alguém de abrir uma empresa, de empreender no que quer que fosse? Sem violência, seja do estado, empresas ou indivíduos, não é possível evitar que haja concorrência. Se há consumidores necessitados e possibilidade de lucrar, com certeza haverá produção.

Diz que o estado permite a sociedade continuar existindo e funcionando. Fala sobre escravidão assalariada. Oras, se você fez um contrato de trabalho e recebe salário, está concordando com aquilo, é voluntário. Se deixar de ser voluntário, aí sim é escravidão. Só porque alguém está empreendendo ele é um escravagista? Falta lógica nisso, ser dono de meio de produção não enseja escravidão. Escravidão é obrigar indivíduo pacífico a algo contra a vontade dele, ou seja, o que ele fala no vídeo e o que socialistas falam não tem a menor lógica.

Ele diz que o estado precisa intervir no mercado pois ele é ineficiente e que é precisa de estado para garantir investimento em áreas que não são rentáveis. Alguém em sã consciência rasga dinheiro? Por que investir tempo e esforço em algo que não dará lucro? O estado fazer isto é literalmente empobrecer a todos para que algum grupo de pessoas se beneficie. É justo coagir alguém a pagar por algo que não quer e não será beneficiado para "fazer caridade" e ajudar outros?

Ele diz que grande parte das pesquisas começam sem que se saibam os resultados. E tem como ser diferente? Para que alguém iria pesquisar se já se soubesse o resultado? Claro que ele quis dizer que fazer pesquisas é um grande risco econômico, uma vez que se investe sem certeza de retorno, óbvio, e que por isto empresas privadas não torrariam dinheiro como um estado consegue torrar sem falir para que pesquisas ditas "necessárias", não importando seu custo, mais uma vez má alocação de recursos pelo estado, sem contar a origem criminosa (impostos) destes.

Empresas investem em universidade pública para fazer lobby, ganhar benefícios fiscais. Se eles quisessem ter lucro somente, para que gastar dinheiro com uma estrutura que não é sua? Não pode falar que é para economizar, pois o estado é ineficiente em alocar recursos. O dinheiro do empresário cai na conta e o reitor faz o que bem entender. Inclusive a universidade é quem ganha com registro de patentes, é dividido com o pesquisador que ainda utilizou dinheiro de imposto para se sustentar.

Outra ponto falado, de que somos um país produtor de matéria-prima e consumidor de produtos eletrônicos, que temos um controle tecnológico reduzido e que há uma divisão em papéis de estados ao redor do mundo, como se todos tivessem combinado que uns seriam essencialmente agrários e outros essencialmente produtores de tecnologia. O que acontece é que alguns países interviram na educação e tiveram melhores resultados, tendo maior qualificação de trabalhadores. Mas não só isto, estados que interviram menos em como a riqueza será produzida, atraindo automaticamente capital para criação de empresas de produtos e serviços que demandam maior especialização da força de trabalho e maior valor agregado. E toda esta situação seria melhor ainda se não houvesse estado, é irrelevante ter indústrias nacionais, o importante é a quantidade de trocas voluntárias que somos capazes de fazer. Só um exemplo como o Chile que há um bom tempo não tem montadoras de automóveis estabelecidos naquele país e mesmo assim tem uma oferta imensa de diferentes marcas importadas e a preços 50% menores do que no Brasil. Haver divisão internacional do trabalho e um mercado mais livre é o que permite maior qualidade, preços menores e mais rápida evolução de produtos e serviços, por consequência, das relações sociais e direção da civilização.

Noutro momento ele diz que se o estado não fizesse pesquisa para ter a vacina contra esta pandemia, que o setor privado não faria. Sério mesmo? Quem é que não gostaria de lucrar? Será que não tem demanda privada por uma cura?

Depois diz que investimentos de altíssimo risco e de longuíssimo prazo não seriam feitos por empresas privadas. Primeiro, ele não tem como saber isto, visto que não existe um grande grupo de pessoas vivendo sem os dedos do estado sobre tudo, e se a maioria das pessoas, empreendedoras ou não, não quiser arriscar a própria riqueza para ter um retorno, por que obrigar através da ameaça de violência (imposto) outras pessoas a financiar algo tão arriscado? E se for algo tão necessário, como por exemplo uma máquina capaz de evitar que um asteróide em iminente rota de colisão destrua a Terra, a maior parte das pessoas voluntariamente dariam seus recursos para evitar isto, sem precisar apontar uma arma na cara delas.

Por exemplo, você gostaria de investir seu dinheiro para criar uma repartição pública cheia de cargos comissionados por um governo e ainda financiar uma Itaipu que essa repartição teria como objetivo de existência? Você provavelmente está mais interessado é em resolver seus próprios problemas e localmente, há anos temos tecnologia para produzir energia em casa, a um custo muito menor e a um impacto ambiental diminuto, mas o estado não pode permitir a concorrência da produção de energia, ou pelo menos não sem roubar uma parte da sua riqueza. Se cada indivíduo é livre para resolver os próprios problemas ou de uma grande parte das pessoas sem alguém a impedir, a chance de serem criadas idéias que resolvam isto é muito maior do que algumas centenas de pessoas encarregadas e somente elas de resolver a mesma questão, já que estamos beirando aí 8 bilhões de cabeças pensantes no momento. Permitir que só o estado e os amigos deles (corporativistas) possam ajudar as pessoas é condenar humanos à involução, à fome, miséria e escravidão (no sentido amplo e também no coercitivo).

Ele também fala que o estado deve dar saúde e educação ao trabalhador, e que deve haver uma expansão destes serviços. Qualquer expansão do estado passa por tirar a riqueza dos indivíduos através de impostos, lembrando que os pobres pagam mais impostos proporcionalmente, e também os que mais dependem destes recursos. Dar um direito a um pobre é antes tirar parte do dinheiro dele, pagar funcionários e a estrutura usada por estes para pagar a um terceiro para fornecer serviços. Ou seja, o estado é um intermediário entre uma pessoa e o serviço que ela demanda. Pobres pagam no mínimo 40% de imposto direto sobre tudo o que consomem. Impostos indiretos também tiram uma bela fatia disso, bem como o custo de oportunidade perdida pela mera existência do aparato estatal, intervenções e legislação vigente. Este custo é difícil de mensurar, mas imagine um trabalhador que ganhe salário mínimo numa família de 4 pessoas, o que ele conseguiria fazer com mais 40% dos rendimentos diretos, mais os indiretos e mais o custo de oportunidade perdida por falta de um livre mercado? É no mínimo criminoso o resultado da intervenção estatal, colocar imposto na comida mata pessoas de fome. Colocar imposto em remédio mata as pessoas sem acesso a eles por falta de recursos. Nem estou levando em consideração que o estado já é criminoso só de existir, pois só se sustenta roubando através de imposto, tirando de cada ser humano o meio de subsistência por coerção e condenando-o à dependência estatal para viver.

Aos 30:50 ele me solta que o capitalismo detém o monopólio da força, mas ele quis dizer o estado, ato falho que eu não podia deixar passar, já ia falar que era uma alucinação socialista dele. Enfim, carece de lógica, usa saltos lógicos e acredito que falte a ele ler o contraditório, como por exemplo Ação Humana do Mises, só para começar.

Ele acredita que no sistema vigente temos o capitalismo que cria crises econômicas e o estado tem de intervir para resolver. Não poderia estar mais errado. Basta pegar desde a primeira crise dos mercados, praticamente todas foram causadas por intervenção estatal e posteriormente o estado interviu para tentar resolver o problema que ele próprio criou (por muito tempo culpou-se o mercado, mas literatura recente mostra o contrário e os erros de historicidade sobre as crises econômicas). Não que sem estado não fosse possível ter crises econômicas, elas até poderiam existir, mas seriam totalmente diferentes, muito mais rápidas e muito mais fracas. Haver ausência de estado não é haver ausência de problemas, mesmo que se jogue a ética jusnaturalista pela janela (respeito à propriedade privada), ainda teríamos mais problemas com o estado do que sem ele, já que ele piora problemas que ele mesmo cria ao tentar solucioná-los.

E não podia faltar menção Getúlio Vargas, aclamado por socialistas, este sim um fascista de verdade que criou a CLT baseada na Carta del Lavoro, de outro fascista de verdade, Mussolini, legislação esta corporativista que dava "direitos" ao trabalhador. Isto é o Brasil, temos uma constituição baseada no socialismo, uma lei trabalhista fascista e ainda temos leis em vigor criadas na ditadura, entre as quais permite perseguir opositores. Isso é só o que está no papel, nem estou falando dos políticos. Independente disso, não importa o tamanho do estado e a benfeitoria de políticos, tudo aquilo que não é voluntário é criminoso. E mesmo que uma pessoa apoie o estado incondicionalmente num determinado momento, se não há cláusula de saída, no momento que você não mais quiser participar deste arranjo de governo, estará preso a ele do mesmo modo que um escravo estaria no século 19.
 

Akita

Ei mãe, 500 pontos!
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Esse cara tem bastante seguidores, mais uma galera perdendo a fé no estado.

Resumo: cara usava a própria academia pra fazer vídeo no youtube e treinar, manteve todos os funcionários fazendo vídeo pros alunos com pagamento mesmo não podendo abrir a academia, alguém denunciou que tinha gente na academia e foram várias viaturas mais os fiscais fechar tudo. No fim disseram que não pode treinar na própria academia e deve continuar pagando impostos :kronald.

 

terroso

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Vi o vídeo inteiro e anotei diversos pontos:

Ele parte do princípio de que a riqueza produzida pelo mercado deve ser distribuída socialmente, isso não faz o menor sentido. Se o sujeito cria uma empresa, contrata funcionários, produz algo e obtém lucro, o dinheiro é dele e pronto. O funcionário dele voluntariamente assina um contrato para trocar seu tempo e esforço em troca de dinheiro, meio de troca para conseguir produtos e serviços para viver, o dinheiro é dele e pronto. Onde está a necessidade de riqueza produzido por empreendedores e funcionários ser distribuída? O que é meu, é meu e o que é seu, é seu. Pior ainda seria centralizar uma função dessas.

Ele fala que o estado é quem precifica os produtos e serviços. Como? Se eu planto milho no meu terreno e vendo na barraca no centro da cidade, sou eu quem escolho o preço que eu acho justo vender. Como o estado vai saber qual é o preço certo? O preço que eu venderia é o máximo que o consumidor quer pagar e o mínimo que eu quero lucrar. Se uma dessas duas condições não for atendida, não haverá comercialização do meu milho, somente quando ambos estiverem satisfeitos com o arranjo. Se eu vendo a espiga por 3 reais, os 3 reais para mim valem mais que uma espiga e se o cliente paga esses 3 reais, vale mais a pena ele ter uma espiga para comer do que 3 reais no bolso, simples. Por isto se diz que o mercado se auto-regula, não é necessário um intermediário para que o vendedor e um comprador cheguem a um acordo sobre quanto valor eles dão à mercadoria e ao meio de troca, no caso o dinheiro.

Também por isto não existe comércio com preços abusivos. Se estiver muito caro para meu bolso, não vou comprar e o vendedor não vai vender. Vai ter de diminuir o valor de venda para poder obter lucro. Se o valor que ele pede ao vender for menor do que ele possa obter lucro, ele não mais produzirá, autorregulação. Por isto vemos estatais dando prejuízo e sendo salvas com dinheiro roubado através de impostos. Aí vão dizer que se a iniciativa privada fosse atuar no mesmo setor, não teria interesse por não ser possível lucro. Isto é alocação racional de recursos, visto que estes são escassos. O estado é incapaz de saber onde, como, quando e para quem alocar tais recursos pois ele não tem acesso às variáveis necessárias para ser eficiente nesta tarefa. Seria necessário saber o que cada indivíduo pensa, o que deseja e o que necessita. A maior parte das pessoas nem mesmo faz a menor idéia daquilo que precisa. E outra, a sociedade humana está sempre evoluindo, despejando no mercado novos desejos, necessidades que não tínhamos antes. Ninguém precisava de celulares e uma rede integrada mundial, mas cá estamos hoje.

Ele também discorre sobre moedas. Só temos tantas delas pois é a maneira mais eficiente do estado inchar e roubar das pessoas. Veja, se eu te
obrigo a usar o Real sob pena de ser preso e ter seus bens confiscados, eu posso criar mais desta moeda, já que ela não tem lastro em algo finito, e com essa expansão de base monetária eu terei mais dinheiro para pagar as contas estatais e poder gastar primeiro comigo (políticos e funcionários públicos). Quando houver mais dinheiro no mercado, os produtos vão passar a custar mais pela mesma quantidade produzida. É um imposto inflacionário que será pago sempre pelas camadas mais pobres da sociedade pois elas são as últimas a receberem o dinheiro no sistema de mercado corporativista atual (que é chamado de capitalismo pelos socialistas, onde há intervenção estatal no mercado), quando os produtos já terão um valor maior.

Sem esse mecanismo, através de um meio de troca não inflacionário, o estado não teria poder sobre as pessoas e não seria possível aumentar o tamanho e a influência do estado sobre elas e principalmente sobre outros países. O estado é uma máfia que está em constante tensão com outras máfias, todos querem ter o poder sobre outras pessoas, para que seja mais fácil atender as necessidades próprias primeiro, este sendo um mecanismo evolutivo do ser humano, literalmente instinto de sobrevivência. E isto só é possível pelo monopólio da violência, você só pode impôr o estado sobre as pessoas se elas não tiverem força para lutar contra, da mesma maneira que você só estará em pé de igualdade contra um ladrão se você também estiver armado e não ser pego de surpresa.

Ele fala sobre Bitcoin, que está precificada em Real, na verdade você pode precificar em qualquer coisa, qualquer ativo, mas o único que é finito e não pode ser inflacionado é a criptomoeda, descentralizada, auditável por qualquer um, visto que a tecnologia de Blockchain impede que haja fraude, seja extremamente confiável. Bitcoin tem valor instável (volátil) pois a adoção ainda é mínima, cerca de 1% de toda a riqueza existente no mundo é movimentada através dele, quanto menos pessoas tem, maior a "onda" quando alguém compra, vende ou transfere os valores, isto vai diminuir com a adoção em massa.

Observando a história, mesmo havendo grande intervenção estatal as pessoas encontravam meios de trocar valores, muitos foram testados livremente até que se chegasse num consenso sem a necessidade de estado, o melhor até poucas décadas atrás era o ouro, difícil de inflacionar e de falsificar. Para facilitar, foi criado o papel-moeda para diminuir os custos de transporte e de segurança dele. Bancos criaram métodos que conferiam confiabilidade neste sistema, sem necessidade do estado. O padrão ouro foi implodido pelo governo americano e em cadeia pelo mundo todo para permitir que eles gastassem mais, crescessem em tamanho e não pagassem a conta, tirando cada vez mais o valor e o poder de compra das pessoas.

Depois ele coloca o estado como o único capaz de estabelecer relações de trabalho justas entre patrão e empregados. Oras, para que você precisa de um intermediário para fazer um contrato entre você e outra pessoa? O trabalhador é incapaz de saber o que é melhor para ele? Se você faz um contrato com outra pessoa, está consentindo com as condições acordadas e acredita que isto está te beneficiando. E a outra parte no contrato também só aceitará este mesmo contrato se isto a beneficiar também, assim como acontece numa troca ou venda, ambos só irão aceitar o mesmo acordo se houver benefício mútuo, mesmo que você só esteja pensando egoisticamente.

Aliás, egoísmo é uma palavra que foi carregada de conotação ruim através dos tempos. É algo inerente ao ser humano (e à maior parte dos animais) e um mecanismo de sobrevivência. Eu preciso pensar primeiro na minha fome e no meu bem-estar para que eu pense depois no outro, sempre. Por isto não acredito em altruísmo. Mesmo que você vá ao mercado, compre comida, prepare e dê para moradores de rua famintos, estará ganhando algo em troca, seja paz de espírito, seja para se sentir melhor, ou até para mostrar para os outros no Instagram que você é bonzão que faz caridade, tudo sempre haverá um benefício mútuo. Ninguém age de forma que haja desvantagem para um ou ambos os lados de uma ação humana voluntária, pode imaginar qualquer situação, infinitas.

Mas continuando, se você trabalha para alguém ou alguém trabalha para você, se não estiver mais satisfeito com o acordo, basta encerrar o contrato, você não é obrigado a ficar preso a alguém, o nome disso é escravidão, é um crime contra o indivíduo, óbvio. Não existe contrato injusto, por exemplo se o patrão não cumprir o acordo, pode-se exigir que ele cumpra o acordo, encerrar o contrato ou buscar a justiça (privada) para conseguir reparar o prejuízo causado, não é preciso do estado para te falar o que é melhor na sua relação com outras pessoas. Seja o valor do salário, as condições de trabalho, qualquer situação laboral que seja, o empregado e patrão têm que buscar aquilo que é melhor para eles.

O estado falando como você deve trabalhar, quanto deve pagar, salário mínimo, tudo isto cria reserva de mercado, diminuindo concorrência e impedindo que as pessoas possam trabalhar. Veja o caso do salário mínimo. Hoje se eu dou um lucro de 600 reais a uma empresa, estaria impossibilitado de ser contratado, visto que a CLT impede contratar por um valor bruto abaixo do salário mínimo. Leis trabalhistas só protegem o empregador amigo do governo a sempre ser lucrativo com menos trabalho. E quanto mais direitos trabalhistas, maior o custo de se contratar alguém. Este custo é repassado integralmente ao próprio trabalhador. Quer ter férias remuneradas de 30 dias por ano? Seu salário já foi deduzido isto. Uma conta de padaria, você receberia 1100 por ano, mas como um mês você não produz nada, desconta-se em parcelas mensais, no final você recebe 1000 por mês, pois já foi descontado os 100 reais mensais para formar o salário do mês que você não trabalhou.

Você não vê isto pois é invisível como o trabalhador tem seu custo calculado. Quer ter planos de saúde? A mesma coisa, isto também já foi pago por você mesmo antes de receber o salário. No fim das contas, férias, plano de saúde, vale alimentação, seguro desemprego, imposto de renda, tudo isso é calculado no custo do salário antes de ele aparecer sequer na folha de pagamento. Quem ganha 1 mil reais na verdade custa 2 mil no fim das contas. E aí, não era melhor você receber 2 mil e você escolher como usar este valor? E pior, como o estado é um mau alocador de recursos, o valor que você recebe pelo chamado "direito" é menor do que se você tivesse o dinheiro para alocar você mesmo.

Outra coisa, se um patrão for um filho da p*ta com todo mundo, pode-se muito bem organizar greves, ou ainda ninguém mais trabalhar para ele. Se é notório que um empresário age desta maneira, estará à mercê da sociedade que não aceitará criar contratos com ele, indo à falência, afinal, não haverá papai estado para salvá-lo.

Ele diz que é necessário a intervenção estatal para permitir que empresas concorram sob as mesmas condições. Mas veja só, sem o estado, como empresas farão lobby para criar mais regras de reserva de mercado, impedindo a criação de concorrência, por conseguinte, aumentado o preço de produtos e serviço e diminuindo a qualidade dos mesmos? Sem o estado para se apoiar, é impossível haver reserva de mercado, criação de monopólios e cartéis. Sem usar a força, violência, coerção, estas empresas amigas do estado não conseguem competir num livre mercado, pois assim dependeriam simplesmente de atender os desejos dos consumidores para não falirem. Em seguida ele dá a entender que uma empresa pequena competir com uma empresa grande, sem intervenção estatal, é uma competição desigual. Se não houver estado, há a mesma liberdade para se empreender, mas condição cada um tem a sua, ninguém é igual a ninguém. Da mesma forma que há pessoas que nascem e vivem numa região de clima ameno e com muitos recursos, há aquelas que nascem em climas extremos e com quase nenhum recurso, mas todas são livres para buscar o melhor para si. Mas quando se adiciona na equação intervenção governamental, uns serão livres para criar e outros não, independente da condição, já que num passe de mágica o estado pode afagar os amigos deles para que a legislação mude e os favoreça, tirando a condição do concorrente com uma simples canetada e em um segundo, sem que mais nada tenha mudado.

Ele diz que sem estado haveria monopólios. O que impediria alguém de abrir uma empresa, de empreender no que quer que fosse? Sem violência, seja do estado, empresas ou indivíduos, não é possível evitar que haja concorrência. Se há consumidores necessitados e possibilidade de lucrar, com certeza haverá produção.

Diz que o estado permite a sociedade continuar existindo e funcionando. Fala sobre escravidão assalariada. Oras, se você fez um contrato de trabalho e recebe salário, está concordando com aquilo, é voluntário. Se deixar de ser voluntário, aí sim é escravidão. Só porque alguém está empreendendo ele é um escravagista? Falta lógica nisso, ser dono de meio de produção não enseja escravidão. Escravidão é obrigar indivíduo pacífico a algo contra a vontade dele, ou seja, o que ele fala no vídeo e o que socialistas falam não tem a menor lógica.

Ele diz que o estado precisa intervir no mercado pois ele é ineficiente e que é precisa de estado para garantir investimento em áreas que não são rentáveis. Alguém em sã consciência rasga dinheiro? Por que investir tempo e esforço em algo que não dará lucro? O estado fazer isto é literalmente empobrecer a todos para que algum grupo de pessoas se beneficie. É justo coagir alguém a pagar por algo que não quer e não será beneficiado para "fazer caridade" e ajudar outros?

Ele diz que grande parte das pesquisas começam sem que se saibam os resultados. E tem como ser diferente? Para que alguém iria pesquisar se já se soubesse o resultado? Claro que ele quis dizer que fazer pesquisas é um grande risco econômico, uma vez que se investe sem certeza de retorno, óbvio, e que por isto empresas privadas não torrariam dinheiro como um estado consegue torrar sem falir para que pesquisas ditas "necessárias", não importando seu custo, mais uma vez má alocação de recursos pelo estado, sem contar a origem criminosa (impostos) destes.

Empresas investem em universidade pública para fazer lobby, ganhar benefícios fiscais. Se eles quisessem ter lucro somente, para que gastar dinheiro com uma estrutura que não é sua? Não pode falar que é para economizar, pois o estado é ineficiente em alocar recursos. O dinheiro do empresário cai na conta e o reitor faz o que bem entender. Inclusive a universidade é quem ganha com registro de patentes, é dividido com o pesquisador que ainda utilizou dinheiro de imposto para se sustentar.

Outra ponto falado, de que somos um país produtor de matéria-prima e consumidor de produtos eletrônicos, que temos um controle tecnológico reduzido e que há uma divisão em papéis de estados ao redor do mundo, como se todos tivessem combinado que uns seriam essencialmente agrários e outros essencialmente produtores de tecnologia. O que acontece é que alguns países interviram na educação e tiveram melhores resultados, tendo maior qualificação de trabalhadores. Mas não só isto, estados que interviram menos em como a riqueza será produzida, atraindo automaticamente capital para criação de empresas de produtos e serviços que demandam maior especialização da força de trabalho e maior valor agregado. E toda esta situação seria melhor ainda se não houvesse estado, é irrelevante ter indústrias nacionais, o importante é a quantidade de trocas voluntárias que somos capazes de fazer. Só um exemplo como o Chile que há um bom tempo não tem montadoras de automóveis estabelecidos naquele país e mesmo assim tem uma oferta imensa de diferentes marcas importadas e a preços 50% menores do que no Brasil. Haver divisão internacional do trabalho e um mercado mais livre é o que permite maior qualidade, preços menores e mais rápida evolução de produtos e serviços, por consequência, das relações sociais e direção da civilização.

Noutro momento ele diz que se o estado não fizesse pesquisa para ter a vacina contra esta pandemia, que o setor privado não faria. Sério mesmo? Quem é que não gostaria de lucrar? Será que não tem demanda privada por uma cura?

Depois diz que investimentos de altíssimo risco e de longuíssimo prazo não seriam feitos por empresas privadas. Primeiro, ele não tem como saber isto, visto que não existe um grande grupo de pessoas vivendo sem os dedos do estado sobre tudo, e se a maioria das pessoas, empreendedoras ou não, não quiser arriscar a própria riqueza para ter um retorno, por que obrigar através da ameaça de violência (imposto) outras pessoas a financiar algo tão arriscado? E se for algo tão necessário, como por exemplo uma máquina capaz de evitar que um asteróide em iminente rota de colisão destrua a Terra, a maior parte das pessoas voluntariamente dariam seus recursos para evitar isto, sem precisar apontar uma arma na cara delas.

Por exemplo, você gostaria de investir seu dinheiro para criar uma repartição pública cheia de cargos comissionados por um governo e ainda financiar uma Itaipu que essa repartição teria como objetivo de existência? Você provavelmente está mais interessado é em resolver seus próprios problemas e localmente, há anos temos tecnologia para produzir energia em casa, a um custo muito menor e a um impacto ambiental diminuto, mas o estado não pode permitir a concorrência da produção de energia, ou pelo menos não sem roubar uma parte da sua riqueza. Se cada indivíduo é livre para resolver os próprios problemas ou de uma grande parte das pessoas sem alguém a impedir, a chance de serem criadas idéias que resolvam isto é muito maior do que algumas centenas de pessoas encarregadas e somente elas de resolver a mesma questão, já que estamos beirando aí 8 bilhões de cabeças pensantes no momento. Permitir que só o estado e os amigos deles (corporativistas) possam ajudar as pessoas é condenar humanos à involução, à fome, miséria e escravidão (no sentido amplo e também no coercitivo).

Ele também fala que o estado deve dar saúde e educação ao trabalhador, e que deve haver uma expansão destes serviços. Qualquer expansão do estado passa por tirar a riqueza dos indivíduos através de impostos, lembrando que os pobres pagam mais impostos proporcionalmente, e também os que mais dependem destes recursos. Dar um direito a um pobre é antes tirar parte do dinheiro dele, pagar funcionários e a estrutura usada por estes para pagar a um terceiro para fornecer serviços. Ou seja, o estado é um intermediário entre uma pessoa e o serviço que ela demanda. Pobres pagam no mínimo 40% de imposto direto sobre tudo o que consomem. Impostos indiretos também tiram uma bela fatia disso, bem como o custo de oportunidade perdida pela mera existência do aparato estatal, intervenções e legislação vigente. Este custo é difícil de mensurar, mas imagine um trabalhador que ganhe salário mínimo numa família de 4 pessoas, o que ele conseguiria fazer com mais 40% dos rendimentos diretos, mais os indiretos e mais o custo de oportunidade perdida por falta de um livre mercado? É no mínimo criminoso o resultado da intervenção estatal, colocar imposto na comida mata pessoas de fome. Colocar imposto em remédio mata as pessoas sem acesso a eles por falta de recursos. Nem estou levando em consideração que o estado já é criminoso só de existir, pois só se sustenta roubando através de imposto, tirando de cada ser humano o meio de subsistência por coerção e condenando-o à dependência estatal para viver.

Aos 30:50 ele me solta que o capitalismo detém o monopólio da força, mas ele quis dizer o estado, ato falho que eu não podia deixar passar, já ia falar que era uma alucinação socialista dele. Enfim, carece de lógica, usa saltos lógicos e acredito que falte a ele ler o contraditório, como por exemplo Ação Humana do Mises, só para começar.

Ele acredita que no sistema vigente temos o capitalismo que cria crises econômicas e o estado tem de intervir para resolver. Não poderia estar mais errado. Basta pegar desde a primeira crise dos mercados, praticamente todas foram causadas por intervenção estatal e posteriormente o estado interviu para tentar resolver o problema que ele próprio criou (por muito tempo culpou-se o mercado, mas literatura recente mostra o contrário e os erros de historicidade sobre as crises econômicas). Não que sem estado não fosse possível ter crises econômicas, elas até poderiam existir, mas seriam totalmente diferentes, muito mais rápidas e muito mais fracas. Haver ausência de estado não é haver ausência de problemas, mesmo que se jogue a ética jusnaturalista pela janela (respeito à propriedade privada), ainda teríamos mais problemas com o estado do que sem ele, já que ele piora problemas que ele mesmo cria ao tentar solucioná-los.

E não podia faltar menção Getúlio Vargas, aclamado por socialistas, este sim um fascista de verdade que criou a CLT baseada na Carta del Lavoro, de outro fascista de verdade, Mussolini, legislação esta corporativista que dava "direitos" ao trabalhador. Isto é o Brasil, temos uma constituição baseada no socialismo, uma lei trabalhista fascista e ainda temos leis em vigor criadas na ditadura, entre as quais permite perseguir opositores. Isso é só o que está no papel, nem estou falando dos políticos. Independente disso, não importa o tamanho do estado e a benfeitoria de políticos, tudo aquilo que não é voluntário é criminoso. E mesmo que uma pessoa apoie o estado incondicionalmente num determinado momento, se não há cláusula de saída, no momento que você não mais quiser participar deste arranjo de governo, estará preso a ele do mesmo modo que um escravo estaria no século 19.

Parabéns por assistir o vídeo, eu não consegui. Se eu pudesse curtia mais uma vez.

Depois dessa o comuna tinha que desaparecer daqui.
 


Killer Queen

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Parabéns por assistir o vídeo, eu não consegui. Se eu pudesse curtia mais uma vez.

Depois dessa o comuna tinha que desaparecer daqui.

É o segundo ou terceiro vídeo que vi deste canal, coincidentemente foi o mesmo usuário que postou, só que os anteriores o cara tinha como argumento risinhos sarcásticos e poucos argumentos, neste ele está mais moderado, mas não menos equivocado. Sim, é um parto ver um vídeo onde parte-se da premissa errada e tem praticamente todos os argumentos sem lógica alguma. Já vi vídeos piores de professores de universidades americanas, acredite.

Só uma pena que quem postou o vídeo não vem aqui dar opinião, faltou coragem, argumentos ou tempo, ou todos os outros. Esse pessoal acha que pode distorcer a realidade e achar que vai dar tudo certo, antes fosse só isso, o pior é obrigar os outros a viver do mesmo modo deles. Libertarianismo é o único meio que vejo em que não é preciso obrigar os outros a viver do meu jeito para que eu possa viver minha vida. Todo o resto é coerção, crime.
 

Guy_Debord

Bam-bam-bam
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Vi o vídeo inteiro e anotei diversos pontos:

Ele parte do princípio de que a riqueza produzida pelo mercado deve ser distribuída socialmente, isso não faz o menor sentido. Se o sujeito cria uma empresa, contrata funcionários, produz algo e obtém lucro, o dinheiro é dele e pronto. O funcionário dele voluntariamente assina um contrato para trocar seu tempo e esforço em troca de dinheiro, meio de troca para conseguir produtos e serviços para viver, o dinheiro é dele e pronto. Onde está a necessidade de riqueza produzido por empreendedores e funcionários ser distribuída? O que é meu, é meu e o que é seu, é seu. Pior ainda seria centralizar uma função dessas.

Ele fala que o estado é quem precifica os produtos e serviços. Como? Se eu planto milho no meu terreno e vendo na barraca no centro da cidade, sou eu quem escolho o preço que eu acho justo vender. Como o estado vai saber qual é o preço certo? O preço que eu venderia é o máximo que o consumidor quer pagar e o mínimo que eu quero lucrar. Se uma dessas duas condições não for atendida, não haverá comercialização do meu milho, somente quando ambos estiverem satisfeitos com o arranjo. Se eu vendo a espiga por 3 reais, os 3 reais para mim valem mais que uma espiga e se o cliente paga esses 3 reais, vale mais a pena ele ter uma espiga para comer do que 3 reais no bolso, simples. Por isto se diz que o mercado se auto-regula, não é necessário um intermediário para que o vendedor e um comprador cheguem a um acordo sobre quanto valor eles dão à mercadoria e ao meio de troca, no caso o dinheiro.

Também por isto não existe comércio com preços abusivos. Se estiver muito caro para meu bolso, não vou comprar e o vendedor não vai vender. Vai ter de diminuir o valor de venda para poder obter lucro. Se o valor que ele pede ao vender for menor do que ele possa obter lucro, ele não mais produzirá, autorregulação. Por isto vemos estatais dando prejuízo e sendo salvas com dinheiro roubado através de impostos. Aí vão dizer que se a iniciativa privada fosse atuar no mesmo setor, não teria interesse por não ser possível lucro. Isto é alocação racional de recursos, visto que estes são escassos. O estado é incapaz de saber onde, como, quando e para quem alocar tais recursos pois ele não tem acesso às variáveis necessárias para ser eficiente nesta tarefa. Seria necessário saber o que cada indivíduo pensa, o que deseja e o que necessita. A maior parte das pessoas nem mesmo faz a menor idéia daquilo que precisa. E outra, a sociedade humana está sempre evoluindo, despejando no mercado novos desejos, necessidades que não tínhamos antes. Ninguém precisava de celulares e uma rede integrada mundial, mas cá estamos hoje.

Ele também discorre sobre moedas. Só temos tantas delas pois é a maneira mais eficiente do estado inchar e roubar das pessoas. Veja, se eu te
obrigo a usar o Real sob pena de ser preso e ter seus bens confiscados, eu posso criar mais desta moeda, já que ela não tem lastro em algo finito, e com essa expansão de base monetária eu terei mais dinheiro para pagar as contas estatais e poder gastar primeiro comigo (políticos e funcionários públicos). Quando houver mais dinheiro no mercado, os produtos vão passar a custar mais pela mesma quantidade produzida. É um imposto inflacionário que será pago sempre pelas camadas mais pobres da sociedade pois elas são as últimas a receberem o dinheiro no sistema de mercado corporativista atual (que é chamado de capitalismo pelos socialistas, onde há intervenção estatal no mercado), quando os produtos já terão um valor maior.

Sem esse mecanismo, através de um meio de troca não inflacionário, o estado não teria poder sobre as pessoas e não seria possível aumentar o tamanho e a influência do estado sobre elas e principalmente sobre outros países. O estado é uma máfia que está em constante tensão com outras máfias, todos querem ter o poder sobre outras pessoas, para que seja mais fácil atender as necessidades próprias primeiro, este sendo um mecanismo evolutivo do ser humano, literalmente instinto de sobrevivência. E isto só é possível pelo monopólio da violência, você só pode impôr o estado sobre as pessoas se elas não tiverem força para lutar contra, da mesma maneira que você só estará em pé de igualdade contra um ladrão se você também estiver armado e não ser pego de surpresa.

Ele fala sobre Bitcoin, que está precificada em Real, na verdade você pode precificar em qualquer coisa, qualquer ativo, mas o único que é finito e não pode ser inflacionado é a criptomoeda, descentralizada, auditável por qualquer um, visto que a tecnologia de Blockchain impede que haja fraude, seja extremamente confiável. Bitcoin tem valor instável (volátil) pois a adoção ainda é mínima, cerca de 1% de toda a riqueza existente no mundo é movimentada através dele, quanto menos pessoas tem, maior a "onda" quando alguém compra, vende ou transfere os valores, isto vai diminuir com a adoção em massa.

Observando a história, mesmo havendo grande intervenção estatal as pessoas encontravam meios de trocar valores, muitos foram testados livremente até que se chegasse num consenso sem a necessidade de estado, o melhor até poucas décadas atrás era o ouro, difícil de inflacionar e de falsificar. Para facilitar, foi criado o papel-moeda para diminuir os custos de transporte e de segurança dele. Bancos criaram métodos que conferiam confiabilidade neste sistema, sem necessidade do estado. O padrão ouro foi implodido pelo governo americano e em cadeia pelo mundo todo para permitir que eles gastassem mais, crescessem em tamanho e não pagassem a conta, tirando cada vez mais o valor e o poder de compra das pessoas.

Depois ele coloca o estado como o único capaz de estabelecer relações de trabalho justas entre patrão e empregados. Oras, para que você precisa de um intermediário para fazer um contrato entre você e outra pessoa? O trabalhador é incapaz de saber o que é melhor para ele? Se você faz um contrato com outra pessoa, está consentindo com as condições acordadas e acredita que isto está te beneficiando. E a outra parte no contrato também só aceitará este mesmo contrato se isto a beneficiar também, assim como acontece numa troca ou venda, ambos só irão aceitar o mesmo acordo se houver benefício mútuo, mesmo que você só esteja pensando egoisticamente.

Aliás, egoísmo é uma palavra que foi carregada de conotação ruim através dos tempos. É algo inerente ao ser humano (e à maior parte dos animais) e um mecanismo de sobrevivência. Eu preciso pensar primeiro na minha fome e no meu bem-estar para que eu pense depois no outro, sempre. Por isto não acredito em altruísmo. Mesmo que você vá ao mercado, compre comida, prepare e dê para moradores de rua famintos, estará ganhando algo em troca, seja paz de espírito, seja para se sentir melhor, ou até para mostrar para os outros no Instagram que você é bonzão que faz caridade, tudo sempre haverá um benefício mútuo. Ninguém age de forma que haja desvantagem para um ou ambos os lados de uma ação humana voluntária, pode imaginar qualquer situação, infinitas.

Mas continuando, se você trabalha para alguém ou alguém trabalha para você, se não estiver mais satisfeito com o acordo, basta encerrar o contrato, você não é obrigado a ficar preso a alguém, o nome disso é escravidão, é um crime contra o indivíduo, óbvio. Não existe contrato injusto, por exemplo se o patrão não cumprir o acordo, pode-se exigir que ele cumpra o acordo, encerrar o contrato ou buscar a justiça (privada) para conseguir reparar o prejuízo causado, não é preciso do estado para te falar o que é melhor na sua relação com outras pessoas. Seja o valor do salário, as condições de trabalho, qualquer situação laboral que seja, o empregado e patrão têm que buscar aquilo que é melhor para eles.

O estado falando como você deve trabalhar, quanto deve pagar, salário mínimo, tudo isto cria reserva de mercado, diminuindo concorrência e impedindo que as pessoas possam trabalhar. Veja o caso do salário mínimo. Hoje se eu dou um lucro de 600 reais a uma empresa, estaria impossibilitado de ser contratado, visto que a CLT impede contratar por um valor bruto abaixo do salário mínimo. Leis trabalhistas só protegem o empregador amigo do governo a sempre ser lucrativo com menos trabalho. E quanto mais direitos trabalhistas, maior o custo de se contratar alguém. Este custo é repassado integralmente ao próprio trabalhador. Quer ter férias remuneradas de 30 dias por ano? Seu salário já foi deduzido isto. Uma conta de padaria, você receberia 1100 por ano, mas como um mês você não produz nada, desconta-se em parcelas mensais, no final você recebe 1000 por mês, pois já foi descontado os 100 reais mensais para formar o salário do mês que você não trabalhou.

Você não vê isto pois é invisível como o trabalhador tem seu custo calculado. Quer ter planos de saúde? A mesma coisa, isto também já foi pago por você mesmo antes de receber o salário. No fim das contas, férias, plano de saúde, vale alimentação, seguro desemprego, imposto de renda, tudo isso é calculado no custo do salário antes de ele aparecer sequer na folha de pagamento. Quem ganha 1 mil reais na verdade custa 2 mil no fim das contas. E aí, não era melhor você receber 2 mil e você escolher como usar este valor? E pior, como o estado é um mau alocador de recursos, o valor que você recebe pelo chamado "direito" é menor do que se você tivesse o dinheiro para alocar você mesmo.

Outra coisa, se um patrão for um filho da p*ta com todo mundo, pode-se muito bem organizar greves, ou ainda ninguém mais trabalhar para ele. Se é notório que um empresário age desta maneira, estará à mercê da sociedade que não aceitará criar contratos com ele, indo à falência, afinal, não haverá papai estado para salvá-lo.

Ele diz que é necessário a intervenção estatal para permitir que empresas concorram sob as mesmas condições. Mas veja só, sem o estado, como empresas farão lobby para criar mais regras de reserva de mercado, impedindo a criação de concorrência, por conseguinte, aumentado o preço de produtos e serviço e diminuindo a qualidade dos mesmos? Sem o estado para se apoiar, é impossível haver reserva de mercado, criação de monopólios e cartéis. Sem usar a força, violência, coerção, estas empresas amigas do estado não conseguem competir num livre mercado, pois assim dependeriam simplesmente de atender os desejos dos consumidores para não falirem. Em seguida ele dá a entender que uma empresa pequena competir com uma empresa grande, sem intervenção estatal, é uma competição desigual. Se não houver estado, há a mesma liberdade para se empreender, mas condição cada um tem a sua, ninguém é igual a ninguém. Da mesma forma que há pessoas que nascem e vivem numa região de clima ameno e com muitos recursos, há aquelas que nascem em climas extremos e com quase nenhum recurso, mas todas são livres para buscar o melhor para si. Mas quando se adiciona na equação intervenção governamental, uns serão livres para criar e outros não, independente da condição, já que num passe de mágica o estado pode afagar os amigos deles para que a legislação mude e os favoreça, tirando a condição do concorrente com uma simples canetada e em um segundo, sem que mais nada tenha mudado.

Ele diz que sem estado haveria monopólios. O que impediria alguém de abrir uma empresa, de empreender no que quer que fosse? Sem violência, seja do estado, empresas ou indivíduos, não é possível evitar que haja concorrência. Se há consumidores necessitados e possibilidade de lucrar, com certeza haverá produção.

Diz que o estado permite a sociedade continuar existindo e funcionando. Fala sobre escravidão assalariada. Oras, se você fez um contrato de trabalho e recebe salário, está concordando com aquilo, é voluntário. Se deixar de ser voluntário, aí sim é escravidão. Só porque alguém está empreendendo ele é um escravagista? Falta lógica nisso, ser dono de meio de produção não enseja escravidão. Escravidão é obrigar indivíduo pacífico a algo contra a vontade dele, ou seja, o que ele fala no vídeo e o que socialistas falam não tem a menor lógica.

Ele diz que o estado precisa intervir no mercado pois ele é ineficiente e que é precisa de estado para garantir investimento em áreas que não são rentáveis. Alguém em sã consciência rasga dinheiro? Por que investir tempo e esforço em algo que não dará lucro? O estado fazer isto é literalmente empobrecer a todos para que algum grupo de pessoas se beneficie. É justo coagir alguém a pagar por algo que não quer e não será beneficiado para "fazer caridade" e ajudar outros?

Ele diz que grande parte das pesquisas começam sem que se saibam os resultados. E tem como ser diferente? Para que alguém iria pesquisar se já se soubesse o resultado? Claro que ele quis dizer que fazer pesquisas é um grande risco econômico, uma vez que se investe sem certeza de retorno, óbvio, e que por isto empresas privadas não torrariam dinheiro como um estado consegue torrar sem falir para que pesquisas ditas "necessárias", não importando seu custo, mais uma vez má alocação de recursos pelo estado, sem contar a origem criminosa (impostos) destes.

Empresas investem em universidade pública para fazer lobby, ganhar benefícios fiscais. Se eles quisessem ter lucro somente, para que gastar dinheiro com uma estrutura que não é sua? Não pode falar que é para economizar, pois o estado é ineficiente em alocar recursos. O dinheiro do empresário cai na conta e o reitor faz o que bem entender. Inclusive a universidade é quem ganha com registro de patentes, é dividido com o pesquisador que ainda utilizou dinheiro de imposto para se sustentar.

Outra ponto falado, de que somos um país produtor de matéria-prima e consumidor de produtos eletrônicos, que temos um controle tecnológico reduzido e que há uma divisão em papéis de estados ao redor do mundo, como se todos tivessem combinado que uns seriam essencialmente agrários e outros essencialmente produtores de tecnologia. O que acontece é que alguns países interviram na educação e tiveram melhores resultados, tendo maior qualificação de trabalhadores. Mas não só isto, estados que interviram menos em como a riqueza será produzida, atraindo automaticamente capital para criação de empresas de produtos e serviços que demandam maior especialização da força de trabalho e maior valor agregado. E toda esta situação seria melhor ainda se não houvesse estado, é irrelevante ter indústrias nacionais, o importante é a quantidade de trocas voluntárias que somos capazes de fazer. Só um exemplo como o Chile que há um bom tempo não tem montadoras de automóveis estabelecidos naquele país e mesmo assim tem uma oferta imensa de diferentes marcas importadas e a preços 50% menores do que no Brasil. Haver divisão internacional do trabalho e um mercado mais livre é o que permite maior qualidade, preços menores e mais rápida evolução de produtos e serviços, por consequência, das relações sociais e direção da civilização.

Noutro momento ele diz que se o estado não fizesse pesquisa para ter a vacina contra esta pandemia, que o setor privado não faria. Sério mesmo? Quem é que não gostaria de lucrar? Será que não tem demanda privada por uma cura?

Depois diz que investimentos de altíssimo risco e de longuíssimo prazo não seriam feitos por empresas privadas. Primeiro, ele não tem como saber isto, visto que não existe um grande grupo de pessoas vivendo sem os dedos do estado sobre tudo, e se a maioria das pessoas, empreendedoras ou não, não quiser arriscar a própria riqueza para ter um retorno, por que obrigar através da ameaça de violência (imposto) outras pessoas a financiar algo tão arriscado? E se for algo tão necessário, como por exemplo uma máquina capaz de evitar que um asteróide em iminente rota de colisão destrua a Terra, a maior parte das pessoas voluntariamente dariam seus recursos para evitar isto, sem precisar apontar uma arma na cara delas.

Por exemplo, você gostaria de investir seu dinheiro para criar uma repartição pública cheia de cargos comissionados por um governo e ainda financiar uma Itaipu que essa repartição teria como objetivo de existência? Você provavelmente está mais interessado é em resolver seus próprios problemas e localmente, há anos temos tecnologia para produzir energia em casa, a um custo muito menor e a um impacto ambiental diminuto, mas o estado não pode permitir a concorrência da produção de energia, ou pelo menos não sem roubar uma parte da sua riqueza. Se cada indivíduo é livre para resolver os próprios problemas ou de uma grande parte das pessoas sem alguém a impedir, a chance de serem criadas idéias que resolvam isto é muito maior do que algumas centenas de pessoas encarregadas e somente elas de resolver a mesma questão, já que estamos beirando aí 8 bilhões de cabeças pensantes no momento. Permitir que só o estado e os amigos deles (corporativistas) possam ajudar as pessoas é condenar humanos à involução, à fome, miséria e escravidão (no sentido amplo e também no coercitivo).

Ele também fala que o estado deve dar saúde e educação ao trabalhador, e que deve haver uma expansão destes serviços. Qualquer expansão do estado passa por tirar a riqueza dos indivíduos através de impostos, lembrando que os pobres pagam mais impostos proporcionalmente, e também os que mais dependem destes recursos. Dar um direito a um pobre é antes tirar parte do dinheiro dele, pagar funcionários e a estrutura usada por estes para pagar a um terceiro para fornecer serviços. Ou seja, o estado é um intermediário entre uma pessoa e o serviço que ela demanda. Pobres pagam no mínimo 40% de imposto direto sobre tudo o que consomem. Impostos indiretos também tiram uma bela fatia disso, bem como o custo de oportunidade perdida pela mera existência do aparato estatal, intervenções e legislação vigente. Este custo é difícil de mensurar, mas imagine um trabalhador que ganhe salário mínimo numa família de 4 pessoas, o que ele conseguiria fazer com mais 40% dos rendimentos diretos, mais os indiretos e mais o custo de oportunidade perdida por falta de um livre mercado? É no mínimo criminoso o resultado da intervenção estatal, colocar imposto na comida mata pessoas de fome. Colocar imposto em remédio mata as pessoas sem acesso a eles por falta de recursos. Nem estou levando em consideração que o estado já é criminoso só de existir, pois só se sustenta roubando através de imposto, tirando de cada ser humano o meio de subsistência por coerção e condenando-o à dependência estatal para viver.

Aos 30:50 ele me solta que o capitalismo detém o monopólio da força, mas ele quis dizer o estado, ato falho que eu não podia deixar passar, já ia falar que era uma alucinação socialista dele. Enfim, carece de lógica, usa saltos lógicos e acredito que falte a ele ler o contraditório, como por exemplo Ação Humana do Mises, só para começar.

Ele acredita que no sistema vigente temos o capitalismo que cria crises econômicas e o estado tem de intervir para resolver. Não poderia estar mais errado. Basta pegar desde a primeira crise dos mercados, praticamente todas foram causadas por intervenção estatal e posteriormente o estado interviu para tentar resolver o problema que ele próprio criou (por muito tempo culpou-se o mercado, mas literatura recente mostra o contrário e os erros de historicidade sobre as crises econômicas). Não que sem estado não fosse possível ter crises econômicas, elas até poderiam existir, mas seriam totalmente diferentes, muito mais rápidas e muito mais fracas. Haver ausência de estado não é haver ausência de problemas, mesmo que se jogue a ética jusnaturalista pela janela (respeito à propriedade privada), ainda teríamos mais problemas com o estado do que sem ele, já que ele piora problemas que ele mesmo cria ao tentar solucioná-los.

E não podia faltar menção Getúlio Vargas, aclamado por socialistas, este sim um fascista de verdade que criou a CLT baseada na Carta del Lavoro, de outro fascista de verdade, Mussolini, legislação esta corporativista que dava "direitos" ao trabalhador. Isto é o Brasil, temos uma constituição baseada no socialismo, uma lei trabalhista fascista e ainda temos leis em vigor criadas na ditadura, entre as quais permite perseguir opositores. Isso é só o que está no papel, nem estou falando dos políticos. Independente disso, não importa o tamanho do estado e a benfeitoria de políticos, tudo aquilo que não é voluntário é criminoso. E mesmo que uma pessoa apoie o estado incondicionalmente num determinado momento, se não há cláusula de saída, no momento que você não mais quiser participar deste arranjo de governo, estará preso a ele do mesmo modo que um escravo estaria no século 19.

Bom post. Nao esperava nenhuma resposta séria.

Quando tiver tempo te respondo, só que vai ter que ser mais pro fim de semana cara, pq durante a semana eu só entro aqui pra matar hora no serviço.
 

geist

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Acabei de ver no Jornal da Record: uma porrada de comerciante está entrando na justiça pedindo suspensão ou redução proporcional do IPTU do ano passado por causa da interrupção compulsória da atividade econômica deles. Um advogado falou que a ação procede. A prefeitura de SP tá tentando tirar o dela da reta dizendo que ofereceu linha de crédito.
Espero que a justiça seja justa e dê a causa aos empresários. Vai ser linda a rasgação de cu das prefeituras. :klol
 

RoLukeSky

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Pergunta: os outros Ancaps do Fórum também estão achando legal esse possível golpe do Bolsonaro?

 

geist

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Pergunta: os outros Ancaps do Fórum também estão achando legal esse possível golpe do Bolsonaro?



Você tem receio que seja um "golpe"?
É que é assim... hoje no Brasil seguir a constituição é golpe. Seguir o STF não é...

Só olhar à volta. Restrição de liberdades e direitos por parte de prefeitos, governadores, juízes e, em maior instância, STF. Logo será o exército também, mas por eles e não pelo executivo federal. Acredita mesmo que o exército daria um "golpe" no Brasil?
 

f0rg0tten

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Pergunta: os outros Ancaps do Fórum também estão achando legal esse possível golpe do Bolsonaro?



Não sei se vou ser claro o suficiente mas qualquer coisa eu me corrijo depois.

De forma simples, acho que é só barulho para no fim não fazer nada.

Não quero de forma alguma mais poder na mão do estado, que fique claro. Sempre é mais uma desculpa para atrapalhar mais ainda a nossa vida. Mas falando de efeitos práticos, não acho que algo mude. Com certeza não vai vir um golpe como o que a esquerda vem falando desde o dia 1 do mandato, nem na pratica vai dar a "liberdade" ao presidente que a ala mais bolsonarista fala. Vão usar isso para justificar mais ainda as medidas abusivas e pronto, todo o resto que o congresso e principalmente o stf discordar vai ser anulado o mais rápido possível mesmo.
 

Lacerda Yawara

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Guns-N-Roses-Chinese-Democracy.jpg


Isso mesmo amiibos depois de muitos atrasos o esperadíssimo álbum do Guns chegou ao ocidente e nem precisou de intervenção estatal ou do Xi.

Vamu comemorá @Fracer
:kmaroto:kmaroto:kmaroto:kmaroto
 

Akita

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Confia no governo.

Moeda digital da China pode ser programada pra expirar e dar um "impulso na economia".

Logo mais vem uma guerra/perseguição contra o Bitcoin.

Do reddit.

"The money itself is programmable. Beijing has tested expiration dates to encourage users to spend it quickly, for times when the economy needs a jump-start."


Sem contar a facilidade de confiscar isso.

Postaram sobre a Índia nessa mesma página, começou uma corrida pelo dinheiro digital estatal.
 

Darth Mario

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Confia no governo.

Moeda digital da China pode ser programada pra expirar e dar um "impulso na economia".

Logo mais vem uma guerra/perseguição contra o Bitcoin.

Do reddit.

"The money itself is programmable. Beijing has tested expiration dates to encourage users to spend it quickly, for times when the economy needs a jump-start."


Sem contar a facilidade de confiscar isso.

Postaram sobre a Índia nessa mesma página, começou uma corrida pelo dinheiro digital estatal.
Nossa...que idéia jenial. Pra que poupar pra fazer investimentos maiores? Isso é coisa de capitalista malvadão.

No mais. Não dá pra cobrar imposto em "grandes heranças" se não tiver herança.

Cara, o Brasil é essa m**** porque o brasileiro aprendeu que o seu dinheiro não tem valor, (inflação anos 80), logo depois tiveram dinheiro de poupança confiscado, aí depois veio a ideia maluca pra liberar crédito pra todo mundo nos anos PT.

Nos últimos 30 anos tudo que foi incentivado (artificialmente) foi, desvalorização, gasto desenfreado e insegurança juridica. Aí vem a China e nos apresenta a genial ideia de "dinheiro com prazo de validade". Aí vem um governo de m**** de esquerda e implementa isso e aumenta mais ainda o nosso histórico de ideias de m****.
 

Baralho

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Notícias.
Pra variar a classe política de Brasília, engendrando mais uma política anti-liberdade, dessa vez, uma polícia de Estado para ''controlar'' o acesso e circulação dos cidadãos.

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Votem por favor.
No momento o ''NÃO'' segue na frente.
 

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Distópico.
Quase um enredo de filme de terror, só que na forma de governos ditatoriais..
Nossa...que idéia jenial. Pra que poupar pra fazer investimentos maiores? Isso é coisa de capitalista malvadão.

No mais. Não dá pra cobrar imposto em "grandes heranças" se não tiver herança.

Cara, o Brasil é essa m**** porque o brasileiro aprendeu que o seu dinheiro não tem valor, (inflação anos 80), logo depois tiveram dinheiro de poupança confiscado, aí depois veio a ideia maluca pra liberar crédito pra todo mundo nos anos PT.

Nos últimos 30 anos tudo que foi incentivado (artificialmente) foi, desvalorização, gasto desenfreado e insegurança juridica. Aí vem a China e nos apresenta a genial ideia de "dinheiro com prazo de validade". Aí vem um governo de m** de esquerda e implementa isso e aumenta mais ainda o nosso histórico de ideias de m**.

Nesse dia, quando a moeda tiver o tal ''prazo de validade'', o dinheiro passará a ser pesado e não contado, no Brasil.
 

Lacerda Yawara

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Pra variar a classe política de Brasília, engendrando mais uma política anti-liberdade, dessa vez, uma polícia de Estado para ''controlar'' o acesso e circulação dos cidadãos.

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No momento o ''NÃO'' segue na frente.

Olha só querem instaurar o PROPISKA(Passaporte moscovita) por aqui?
E vão fazer o que se o peão não tiver? Mandar para um gulag?:kcopa
Governo da liberdade contra os "facistas" hue.
De novo:



Vinte três anos mas a mensagem é muito atual.:keehk
 

geist

Lenda da internet
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E esse libertário aqui.

Acho que o @geist estava com essa ideia de autossuficiência.





Muito interessante. Pena que é inviável para quem é sozinho. Não tenho condição física, nem tempo e nem conhecimento para tocar algo independentemente sustentável. Terei um bom terreno "urbano" com poço apenas.

Eu propus a compra de terras e criação de uma espécie de "colônia" para meus familiares. NINGUÉM aceitou. Muito trabalho, muito afastado, etc.
Infelizmente.

Se houvesse um movimento libertário (minárquico) para compra e loteamento de uma fazenda eu aceitaria participar.
 

Baralho

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Exatamente.
Comprar e manter terras na zona rural demandam tempo e dinheiro.
Se não se tira subsídio econômico de atividades relacionadas ao campo, o investimento fica realmente muito dispendioso.
 

Akita

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Pelo jeito o caminho do mundo será esse, moeda digital e poder total do estado sobre a liberdade economia dos indivíduos. Espero que btc se torne uma opção viável pra



Muito interessante. Pena que é inviável para quem é sozinho. Não tenho condição física, nem tempo e nem conhecimento para tocar algo independentemente sustentável. Terei um bom terreno "urbano" com poço apenas.


Eu propus a compra de terras e criação de uma espécie de "colônia" para meus familiares. NINGUÉM aceitou. Muito trabalho, muito afastado, etc.

Infelizmente.


Se houvesse um movimento libertário (minárquico) para compra e loteamento de uma fazenda eu aceitaria participar.

Exatamente.

Comprar e manter terras na zona rural demandam tempo e dinheiro.

Se não se tira subsídio econômico de atividades relacionadas ao campo, o investimento fica realmente muito dispendioso.

Se for para comercializar sim. Tenho um parente com saúde frágil que comprou um pedaço de terra, toma conta sozinho e hoje tem tudo pro próprio sustento, mas ele é aposentado e isso virou o hobby dele.

Acho que aqui a maioria teve avós que viveram do campo e tem terras, não vejo vantagem de vender essas terras pra torrar o dinheiro na cidade. Deixa lá quieto e arrendado.
 
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